A conquista da certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação pelo Paraná, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal nesta quinta dia (27), vai alavancar as exportações paranaenses. O selo funciona como um aval sanitário sobre toda a produção agropecuária do Estado, e deve impactar não somente a exportação de carnes e seus derivados, que são diretamente vinculadas à questão, mas também produtos agrícolas, potencializando a economia do Estado como um todo.
Esse é o principal impacto esperado pela certificação, almejada há anos pelo setor produtivo. “Com a vacinação, existe uma desconfiança de que ela é necessária porque os animais podem ter a doença. Quando você para de vacinar, você tem a certeza de que, nessa região, ela está erradicada”, explica Otamir Cesar Martins, diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). “Vamos poder alcançar novos mercados que pagam melhor - como na carne suína, que chega ao dobro do valor em países como Japão e Coreia do Sul”.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Paraná é o segundo maior produtor de carne suína do Brasil, representando 21,1% do total do País. No entanto, quando o foco é a exportação, o Paraná cai para terceiro lugar, com 13,59% do total. A certificação concedida pela OIE potencializa esse percentual, abrindo diálogo com mercados que só compram carnes de produtores com o selo.
“Em cinco anos, provavelmente estaremos nesses mercados com carnes especiais — o que, no timing comercial internacional, é um tempo muito curto”, indica Antônio Poloni, assessor da presidência da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). “Mais do que ampliar mercados, esse é um selo de qualidade do Paraná como um produtor de primeiro mundo. É um cartão de visita muito mais forte para o empresário”, endossa.
EXPORTAÇÃO – O novo status do Paraná potencializa diretamente a exportação de seus produtos, já que libera acesso a mercados que só compram de quem é certificado. Rafael Gonçalves Dias, gerente de saúde animal da Adapar, explica que isso acontece porque, como a febre aftosa é difícil de controlar, ela funciona como um termômetro: zonas livres da doença têm bons serviços veterinários e controlam outras zoonoses.
Ele aponta que, a curto prazo, a suinocultura deve ser uma das principais favorecidas, uma vez que ela já tem uma produção robusta e suficiente para abastecer novos mercados, mas atualmente só acessa cerca de um terço dos mercados compradores. “Já exportamos para bons mercados, como Hong Kong, Rússia e China. Agora, queremos conquistar mercados premium: Estados Unidos, União Europeia, Japão e Coreia do Sul, que pagam até o dobro do valor por tonelada”, pontua Dias.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o Paraná produziu 936 mil toneladas de carne suína em 2020, um aumento de 11,1% comparativamente a 2019 que consolidou o Estado como segundo maior produtor da proteína no País. Com relação à exportação, foram 117,9 mil toneladas em 2019, por exemplo, 16% do total exportado pelo Brasil. No total, naquele ano, a suinocultura gerou um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 6,31 bilhões — valor 28% maior que em 2018.
“O mundo já nos conhece pela qualidade da nossa carne suína. Além de termos uma grande produção por empresas privadas e cooperativas, temos plantas de projetos sendo desenvolvidas com alta tecnologia, como em Assis Chateaubriand, atraindo investimentos para se produzir cortes da forma como se exige nos mercados internacionais”, ratifica Antônio Poloni, da FAEP.
MATURIDADE – Pela maturidade do mercado, os especialistas apontam que a suinocultura será a mais diretamente valorizada em curto e médio prazo. No entanto, devem crescer também a produção de outras proteínas - como pecuária de corte e peixes, seus produtos derivados e ainda os indiretamente relacionados, como milho e cereais. “Todos os produtos ligados ao agronegócio crescem, porque esse é um selo agregador de proposições. Ele funciona como um upgrade de modo geral”, pontua Poloni.
Martins, diretor-presidente da Adapar, aposta que a cadeia do leite será totalmente beneficiada. “Nossa produção láctea será muito maior que o nosso consumo, gerando exportação. Poderemos exportar queijos e leite em pó, por exemplo. Nas outras commodities, você tem um ganho indireto por esse novo status sanitário, que coloca nosso Estado em posição de igualdade com os países do primeiro mundo”, explica.
O QUE PODE MUDAR – Outra grande mudança pode ser na pecuária de corte. O Paraná ocupa a 10ª posição no ranking nacional com um rebanho de 9,3 milhões de cabeças sendo 6,3 milhões da pecuária de corte e 3 milhões de cabeças de pecuária leiteira.
No caso paranaense a quantidade de área com terras mecanizáveis já está limitada, mas em áreas declivosas subutilizadas há potencial para incorporação de até 4 milhões de cabeças de bovinos de corte. Estas áreas, segundo a Adapar, têm bom potencial produtivo e produção de pastagem para uso na pecuária de corte.
A região do Arenito Cauiá (Noroeste), por exemplo, possui 3,2 milhões de hectares e hospeda apenas 6,5% do rebanho bovino paranaense. Nesta área há aproximadamente 2 milhões de hectares de áreas declivosas e pequenas áreas de pastagens para gado leiteiro em pequenas propriedades, além de áreas planas em litossolos que não servem para a agricultura e áreas de várzeas.
Atualmente existem técnicas para incrementar a produtividade nestas áreas (declivosas), através da melhoria das pastagens, aliada ao uso de genética superior, o que traria aumento da lotação com produtividade agregada.
Também é uma área com imenso potencial para a integração lavoura-pecuária. O sistema de integração é uma estratégia de produção que integra culturas anuais e pecuária, no mesmo espaço, em consórcio, sucessão ou rotação, e busca potencializar a sinergia entre os componentes pecuária e lavoura. O principal objetivo é o cultivo do solo por boa parte do ano – em alguns casos, o ano todo – conseguindo um incremento na produção de grãos e aumento de ganho em carne e leite com custos mais baixos.
"As cooperativas querem investir em Campo Mourão, no Noroeste, na região do Arenito Caiuá. Tem um potencial imenso de levar pecuária para essa região. E também para promover o esquema lavoura-pecuária nas pequenas propriedades, intercalando produção e garantindo rentabilidade o ano inteiro. Teremos investimentos nesse sentido. É um novo mercado que se abre ao Paraná”, acrescenta José Roberto Ricken, diretor-presidente da Ocepar, entidade que representa as cooperativas.
CERTIFICAÇÃO – Os últimos focos de febre aftosa registrados no Estado em 2006. Em outubro de 2019, após diversas tratativas com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Paraná deu um passo importante para essa conquista, suspendendo a vacinação de bovinos. Os trabalhos são consolidados com a concessão do selo internacional.
Além do Paraná, também foram reconhecidos pela OIE como área livre de aftosa sem vacinação os Estados do Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre, além de 19 municípios do Amazonas e cinco do Mato Grosso. Apenas Santa Catarina obtinha a certificação, concedida em 2007. (Com AEN).
As 37.440 doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech recebidas nesta semana serão descentralizadas para 21 municípios do Paraná na próxima segunda-feira (31). O quantitativo faz parte da 21ª pauta do Ministério da Saúde.
Os municípios contemplados são Araucária, Campo Largo, Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Umuarama, Paranavaí, Maringá, Apucarana, Londrina, Bandeirantes, Jacarezinho, Santo Antônio da Platina, Toledo e Telêmaco Borba. Destes, 12 municípios ainda não haviam recebido doses da farmacêutica norte-americana.
“A orientação inicial do Ministério da Saúde era distribuir as doses da Pfizer somente para as capitais, mas graças à estrutura organizada e robusta do Paraná, temos conseguido descentralizar cada vez mais doses para diferentes municípios do Estado”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
DISTRIBUIÇÃO – A distribuição das doses foi definida pela Secretaria de Estado da Saúde considerando a capacidade de armazenamento e aplicação da vacina, que possui orientações específicas distintas dos demais imunizantes utilizados no Paraná.
A vacina possui validade de até seis meses quando conservado em -80ºC a -60ºC. Se a vacina for mantida na temperatura -25ºC a -15ºC, a validade é de 14 dias. Quando “descongelada”, de 2ºC a 8ºC, a durabilidade é menor, o que exige aplicação instantânea.
O quantitativo por município considera a estimativa populacional dos grupos atendidos. Nesta remessa, o Ministério da Saúde orienta que as doses sejam destinadas para primeiras aplicações (D1). Os grupos atendidos serão pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente.
DADOS – Segundo o vacinômetro nacional, o Paraná aplicou 3.532.642 doses de vacina contra a Covid-19 até essa quinta-feira (27). Ao todo o Estado já recebeu 5.295.190 doses de vacina contra a Covid-19. Destas, 177.840 são da Pfizer.
“Ainda estamos recebendo essas doses em volumes bem abaixo das demais. Tão logo tenhamos mais disponibilidade destas vacinas, iremos descentralizar as doses para todo o Estado”, afirmou Beto Preto.
Confira a distribuição das doses por município
Araucária – 1.170 doses
Campo Largo – 1.170 doses
Curitiba – 7.020 doses
Ponta Grossa – 3.510 doses
Guarapuava – 1.170 doses
União da Vitória – 1.170 doses
Pato Branco – 1.170 doses
Francisco Beltrão – 1.170 doses
Foz do Iguaçu – 1.170 doses
Cascavel – 1.170 doses
Campo Mourão – 1.170 doses
Umuarama – 1.170 doses
Paranavaí – 1.170 doses
Maringá – 3.510 doses
Apucarana – 1.170 doses
Londrina – 3.510 doses
Bandeirantes – 1.170 doses
Jacarezinho – 1.170 doses
Santo Antônio da Platina – 1.170 doses
Toledo – 1.170 doses
Telêmaco Borba – 1.170 doses
Total: 37.440 doses (Com AEN)
O Governo do Estado encaminha nesta sexta-feira (28) para as 22 Regionais de Saúde mais 352.750 doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz contra a Covid-19. Os imunizantes fazem parte da 21ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde, que contempla ainda mais 37.440 doses da Pfizer/BioNTech, que serão repassadas aos 21 municípios selecionados na segunda-feira (31).
Como forma de agilizar o processo e apressar a proteção dos paranaenses, a Secretaria estadual da Saúde fará a distribuição para as Regionais mais afastadas de Curitiba por meio da frota aérea. Já para as divisões de Paranaguá, Metropolitana, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão, Londrina, Telêmaco Borba e Ivaiporã o transporte será terrestre.
A previsão é que as vacinas comecem a sair do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) às 14 horas – apenas a Regional de Paranaguá, responsável pelo atendimento dos municípios do Litoral, retirou as doses pela manhã para iniciar a vacinação nos trabalhadores portuários de Antonina e Paranaguá.
“É um processo contínuo, que busca fazer com que as vacinas cheguem o mais rapidamente possível ao braço dos paranaenses. A orientação é para vacinar, vacinar e vacinar. Somente assim garantiremos a proteção total contra o vírus”, afirmou o secretário da Saúde, Beto Preto.
Todas as vacinas são destinadas à primeira dose (D1). O imunizante da AstraZeneca inclui o grupo de comorbidades e pessoas com deficiência permanente, trabalhadores de transporte aéreo e portuários, forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e da educação. Já a vacina da Pfizer, além de pessoas com comorbidades e deficiência permanente, também inclui gestantes e puérperas com comorbidades.
APLICAÇÃO – De acordo com o vacinômetro nacional, o Paraná aplicou 3.532.642 doses de vacina contra a Covid-19 até essa quinta-feira (27). Ao todo, o Estado já recebeu 5.295.190 doses do governo federal.
Confira o quantitativo que será encaminhado para cada Regional de Saúde:
1ª Paranaguá – 20.730
2ª Metropolitana – 75.955
3ª Ponta Grossa – 17.250
4ª Irati – 5.925
5ª Guarapuava – 18.145
6ª União da Vitória – 5.920
7ª Pato Branco – 8.190
8ª Francisco Beltrão – 12.750
9ª Foz do Iguaçu – 12.155
10ª Cascavel – 21.825
11ª Campo Mourão – 14.430
12ª Umuarama – 9.270
13ª Cianorte – 6.570
14ª Paranavaí – 11.600
15ª Maringá – 27.175
16ª Apucarana – 13.675
17ª Londrina – 26.125
18ª Cornélio Procópio – 10.755
19ª Jacarezinho – 9.450
20ª Toledo – 12.090
21ª Telêmaco Borba – 6.790
22ª Ivaiporã – 5.975
Total: 352.750 doses (Com AEN)
O Paraná ultrapassou na manhã desta sexta-feira (28) a barreira de 3,6 milhões de doses aplicadas das vacinas contra a Covid-19. Foram, de acordo com o Vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), 2.456.592 primeiras doses (D1) e 1.159.458 segundas doses (D2), totalizando 3.616.050.
O desempenho faz o Estado ter o melhor aproveitamento entre as dez unidades da Federação que mais imunizaram, com 80,1% de aplicação de um total de 4.512.722 doses distribuídas às secretarias municipais de saúde.
Apesar de terem números absolutos superiores, São Paulo (73,6%), Minas Gerais (71,3%), Rio de Janeiro (66,3%), Rio Grande do Sul (79,1%) e Bahia (75,6%) estão atrás do Paraná em eficiência. Pernambuco (63,5%), Ceará (72,8%), Santa Catarina (72,5%) e Pará (60,8%) completam o top 10 nacional.
“Apostamos em uma logística eficiente de distribuição e contamos com o suporte integral dos municípios para fazer a vacinação andar rapidamente no Paraná. Queremos vacinar de domingo a domingo e também nos corujões noturnos. Temos condições e experiência para aplicar mais de 200 mil imunizantes por dia tão logo esse quantitativo seja disponibilizado pelo Ministério da Saúde”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Atualmente, a imunização no Paraná está concentrada no chamado grupo prioritário estabelecido pelo Ministério da Saúde que, no Estado, é formado por 4.812.142 pessoas.
Com a evolução do processo, o Paraná garantiu também a marca de 51% do público-alvo protegido com a primeira dose. Desses, 24% complementaram o ciclo com as duas aplicações.
“Estamos avançando à medida que as vacinas estão chegando com mais frequência. O Ministério da Saúde tem enviado, em média, cerca 300 mil a 400 mil doses por semana. A meta continua sendo de imunizar todos os paranaenses com mais de 18 anos até o fim deste ano”, reforçou o governador.
O painel nacional, atualizado com informações contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) às 9h02 desta sexta-feira (28), revela também que foram aplicadas 2.215.759 doses da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (CoronaVac), 1.254.271 da AstraZeneca (Fiocruz/Oxford) e 98.278 da farmacêutica norte-americana Pfizer.
CIDADES – Em números absolutos, ainda segundo a ferramenta do SUS, Curitiba foi a que mais imunizou, com 669.348 aplicações, também levando em consideração as duas doses, seguida por Maringá (215.855), Londrina (209.944), Cascavel (110.416), São José dos Pinhais (104.059), Ponta Grossa (85.833), Foz do Iguaçu (78.387), Colombo (53.956), Guarapuava (50.195), Arapongas (40.565), Paranaguá (40.058) e Toledo (39.735).
Já o ranking da vacinação elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde, aponta que proporcionalmente os municípios com maior taxa de proteção com a primeira dosagem são São Jorge d’Oeste (42,78%), Diamante do Norte (42,65%), Pontal do Paraná (39,62%), Kaloré (35,84%) e Bom Jesus do Sul (33,77%).
Em relação à segunda aplicação, Nova Santa Bárbara (23,54%), Nova Laranjeiras (22,29%), Diamante do Norte (20,26%), Tamarana (19,61%) e São Jorge d’Oeste (19,50%) foram os que mais avançaram.
GRUPO PRIORITÁRIO – Também em números absolutos, dentro do grupo prioritário foram aplicadas 628.646 doses, entre primeira e segunda, em pessoas de 65 a 69 anos. Na sequência aparecem trabalhadores da saúde (603.970); 70 a 74 anos (581.288); 60 a 64 anos (503.654); 75 a 79 anos (396.187); e mais de 80 anos (371.734).
O painel aponta, ainda, que 259.743 doses foram destinadas para vacinar quem possui algum tipo de comorbidade, além de 54.208 para pessoas com mais de 60 anos institucionalizadas; 44.867 para trabalhadores da educação do ensino básico; 18.051 para forças de segurança e salvamento; 17.362 para indígenas; 14.756 para pessoas com doenças permanentes graves; 11.089 para gestantes e puérperas; 4.404 para quilombolas; e 309 para as Forças Armadas.
Além desses, também há registros de vacinação nos outros grupos prioritários elencados no Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19. O painel é abastecido com informações dos municípios.
“Sempre que temos disponibilidade de vacinas e medicamentos, as equipes realizam uma força-tarefa para agilizar o envio, seja ele aéreo ou terrestre, possibilitando que essas doses cheguem o quanto antes aos paranaenses”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. (Com AEN)
Numa ação rápida, que mobilizou várias equipes, a Polícia Militar conseguiu elucidar o crime em que foi vítima o motorista de aplicativo e ex-policial militar, Gilberto Dalmazo, de 37 anos.
O crime aconteceu no interior de Chopinzinho no início da tarde desta quinta dia (27). O corpo de Gilberto, que foi morto com um tiro na cabeça, foi encontrado numa estrada rural que liga a comunidade de Lagoão (Vila Rural) a PR-281, na comunidade de São Francisco.
Os bandidos fugiram com o carro da vítima, um Voyage. O carro foi encontrado pouco tempo depois abandonado em Dois Vizinhos.
A partir da localização, equipes da PM de Chopinzinho e Dois Vizinhos, com auxílio de uma equipe do Batalhão de Pato Branco, iniciaram diligências e conseguiram chegar aos suspeitos pelo crime. Foram apreendidos três adolescentes e um homem, maior de idade.
A primeira detenção ocorreu na PR-281, no limite entre os municípios de Dois Vizinhos e São Jorge D’Oeste. Um casal de adolescentes foi abordado em um Táxi. Os menores retornavam de Dois Vizinhos e confessaram a participação no crime, revelando o nome de outro menor e do maior de idade, que seria o mandante. Os demais envolvidos foram encontrados na Vila Rural, em Chopinzinho.
Segundo apurado, a menor foi quem solicitou a corrida via aplicativo. Os outros dois fizeram uma barreira com pedras e ficaram escondidos num matagal na beira da estrada. Quando o motorista parou o carro para remover as pedras foi atingido na cabeça por um disparo de espingarda calibre 22. O tiro foi disparado por um dos menores, que pegou o carro e seguiu até Dois Vizinhos em companhia da menor.
Os envolvidos informaram que teriam recebido a quantia de R$ 1 mil cada um para executar Gilberto Dalmazo. A encomenda do crime seria uma vingança do homem, maior de idade, que teve os filhos presos por Dalmazo na época em que exercia a função de policial militar em Chopinzinho.
Os envolvidos foram encaminhados ao Batalhão da PM, em Pato Branco, para elaboração do boletim de ocorrência e na seqüencia entregues à Polícia Civil. (Com RBJ).
O status alcançado pelo Paraná de área livre da febre aftosa sem vacinação encerrou uma batalha pessoal de mais de dois anos do governador Carlos Massa Ratinho Junior. E põe fim à luta de mais de 50 anos de todo o setor agropecuário do Estado.
A conquista foi sacramentada nesta quinta-feira (27) com a emissão do certificado internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A cerimônia ocorreu de forma virtual, durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, em Paris, na França.
Alcançar a chancela que possibilita ao Paraná ganhar ainda mais destaque no mercado internacional de proteína animal constava entre as promessas de campanha de Ratinho Junior. Movimento que avançou na gestão do Estado e virou prioridade dentro da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento durante a simbólica mudança da sede administrativa do Governo para Londrina, em abril de 2019.
“Naquela ocasião o governador prometeu ao setor que faria de tudo para livrar o Paraná da vacinação contra a aftosa. Deu sustentação política a um movimento técnico de anos”, disse o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira no Palácio Iguaçu, o governador classificou o feito como o “maior anúncio para o agronegócio paranaense em 50 anos”.
Vai garantir, destacou ele, um impulso econômico sem precedentes para o Estado. “Vamos poder vender carne para mercados que até então não falavam com o Paraná. Atualmente, não temos negócio com 65% dos países. Esse comércio vai significar bilhões de dólares injetados na economia, gerando cada vez mais emprego e renda para os paranaenses”, disse.
Ratinho Junior destacou que o setor já está se movimentando para alcançar novos compradores. Citou o anúncio recente de investimentos de indústrias e cooperativas como JBS, Lar e Frimesa, entre outros, na construção e ampliação de plantas em diferentes regiões do Estado.
“Chegamos ao mais alto grau de qualidade sanitária do planeta, com a garantia de segurança alimentar. Agora todo mundo que quiser falar de comida, terá necessariamente de falar com o Paraná”, destacou o governador. “A certificação é vitória de várias pessoas, públicas ou não, e construída por várias mãos. Há relatos de que a movimentação tenha começado em 1958. Eu tive a honra de poder anunciar a conquista, um prêmio para todo o agronegócio do Paraná”.
Vice-presidente do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados do Estado do Paraná e diretor executivo da Frimesa, Elias Zidek confirmou que a indústria já está prospectando negócios no Japão, um dos tantos países que não compravam a carne paranaense em virtude da vacinação do gado.
“Vejo com muito entusiasmo essa movimentação. Vai ativar toda a cadeia produtiva. Estimo que até o fim do ano que vem possamos alcançar a marca de 200 mil toneladas de carne suína exportada – atualmente ela é de 110 mil toneladas. Esse é o dia mais feliz da minha vida profissional”, afirmou o executivo.
SETOR PRODUTIVO – Impressão compartilhada por todo o setor produtivo do Estado. “Se aumentarmos em 2% o mercado comprador, batemos na casa das 200 mil toneladas de carne suína exportada. Isso vai significar cerca de 1,2 milhão de porcos”, comentou José Roberto Ricken, presidente-executivo do Sistema Ocepar, que congrega as cooperativas do Estado.
É justamente na carne suína que o colegiado espera alcançar maior êxito com a chancela internacional – o Paraná conquistou, também na OIE, o status de zona livre de peste suína clássica independente.
No ano passado, por exemplo, foram produzidas no Paraná 936 mil toneladas de carne suína, aumento de 11,1% comparativamente a 2019. Rendimento que garante a vice-liderança no setor, atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29% do total nacional – produziu 1,3 milhão de toneladas de um total de 4,5 milhões de toneladas.
“É a coroação de mais de 50 anos de trabalho. Ao romper essa barreira sanitária, abrimos o mercado internacional para carnes bovinas e suínas, mas também para as aves, piscicultura e produtos lácteos. Entraremos em mercados mais valorizados e esse dinheiro vai circular na economia paranaense”, destacou o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette.
“Serão ganhos efetivos e desenvolvimento para o nosso Estado. Atrai o investimento e melhora a renda das famílias, especialmente naquelas pequenas propriedades que são a base do Paraná”, completou Marcos Brambilla, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná (Fetaep).
HOMENAGENS – Durante o evento no Palácio Iguaçu, o governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou uma placa comemorativa ao presidente do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec), Ronei Volpi. Ele foi um dos principais articuladores da conquista internacional. Ainda na cerimônia foi feito um minuto de silêncio como forma de homenagear o ex-governador do Paraná Jaime Lerner, que faleceu nesta quinta-feira.
PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o vice-governador Darci Piana; o secretário de Estado da Comunicação Social e Cultura, João Debiasi; os deputados federais Sérgio Souza e Aline Sleutjes; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; os deputados estaduais Elio Rush e Anibelli Neto; o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Fernando Moraes; o superintendente estadual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cleverson Freitas; o ex-secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná e assessor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Antônio Poloni; e o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir César Martins. (Com AEN)






















-PortalCantu-20-11-2025_large.png)







