Com mais de 220 mil trabalhadores da Educação Básica vacinados com a primeira dose, o Paraná ultrapassou na semana passada o total do público estimado inicialmente para este grupo prioritário, de pouco mais de 215 mil pessoas, segundo o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19.
De acordo com o Vacinômetro do Sistema Único de Saúde, 222.556 profissionais receberam a primeira dose no Estado. Outros 2.456 já tomaram a segunda dose ou dose única e estão com o esquema vacinal completo. O grupo é composto por profissionais de creches e pré-escolas, ensino fundamental, médio, profissionalizante e EJA tanto da rede pública (municipais e estadual) quanto da rede privada, sendo mais de 83% mulheres.
Por consequência da marca de seis meses de vacinação no Paraná, o que se vê nas escolas são profissionais vacinados, com algumas exceções de pessoas com alguma condição específica ou que não puderam tomar a vacina no dia indicado.
É uma realidade bem diferente daquele 18 de janeiro de 2021, ainda em férias escolares, dia da aplicação da primeira vacina no Paraná. O hiato entre os dois recessos (janeiro e julho) é justamente o intervalo de imunização, o que possibilitou o retorno gradual dos alunos para as salas de aula.
No Colégio Estadual Profª Marli Queiroz de Azevedo, na Cidade Industrial de Curitiba, todos os 103 trabalhadores da instituição foram vacinados. “A última professora tomou há pouco tempo, pela idade de 41 anos, pois na vez pela escola tinha testado positivo para a Covid-19 e não podia tomar. Outros haviam tomado a vacina da gripe e precisaram esperar 15 dias, mas agora todos já receberam”, diz a diretora Tânia Sugamosto Hennequin.
A escola retomou as atividades presenciais no dia 21 de junho com todas as suas 47 turmas regulares dos ensinos fundamental II e médio em três períodos. Quase 40% dos mais de 1,6 mil estudantes já voltaram. “Como nós tomamos os cuidados e está tudo muito bem organizado, a maioria não teve receio em retomar as aulas, mas naturalmente existia uma preocupação. Com a vacinação, os professores e funcionários se sentiram mais seguros”, relata.
A vacinação é fator importante para o avanço da reabertura, garantindo mais proteção à comunidade escolar – juntamente com o cumprimento do protocolo de biossegurança, que limitou contaminações e suspendeu atividades quando necessário, fechando turmas e escolas. Essa foi a determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior no dia 4 de maio, quando foi instituída essa regra de proteção: retorno gradual com o avanço da vacinação.
"É importante reabrir. A escola precisa do aluno e o aluno precisa da escola para um futuro melhor. Que a gente consiga ter uma escola aberta, uma escola segura e que volte a ser frequentada pelos alunos. Esse semestre foi desafiador como todo o ano passado. Mas conseguimos alcançar a vacinação em massa”, afirmou o secretário estadual de Educação e do Esporte, Renato Feder.
CONCOMITANTE – Paralelamente ao começo da vacinação dos profissionais da Educação Básica, na segunda semana de maio, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) iniciou a retomada gradual das atividades presenciais nas escolas, com 200 instituições abrindo as portas aos estudantes no dia 10 de maio.
Até o recesso escolar em 9 de julho, 55% (1.161) dos mais de 2,1 mil colégios estaduais já haviam retomado total ou parcialmente o ensino presencial no modelo híbrido. Com o início do segundo semestre letivo na próxima quarta-feira (21), mais colégios vão reabrir até chegar à totalidade nas próximas semanas, enquanto os demais abertos parcialmente vão ampliar sua capacidade de atendimento a séries e turmas.
A partir do início de agosto, a maioria dos profissionais da Educação começará a receber a segunda dose da vacina, já que mais de 93% desse público recebeu vacinas de fabricantes que têm 90 dias de intervalo entre as doses. Mais de um terço das doses (75.333) foi aplicada em pessoas de 40 a 49 anos, sendo 38.889 entre 40 e 44 anos e 36.444 entre 45 e 49 anos, as duas principais faixas etárias.
A medida também permitirá o retorno de servidores dos grupos de risco (apenas com esquema vacinal completo, conforme a Resolução 623/2021 da Sesa), até então em regime de teletrabalho, e o chamamento de professores que participaram do Processo Seletivo Simplificado (PSS) e não puderam ser chamados anteriormente, o que afeta o quadro de muitas instituições.
"A vacinação foi fundamental para os professores, os funcionários das escolas e toda a comunidade escolar. O Paraná desenvolveu o mais completo programa de aula virtual do País, mas nada substitui o atendimento diário e olho no olho. O segundo semestre será transformador para a educação do Estado", acrescentou Feder. (Com AEN)
O Ministério da Saúde confirmou neste domingo (18) o envio ao Paraná, nos próximos dias, de mais 453.780 vacinas contra a Covid-19. A remessa será composta por 296.550 doses do imunizante Covishield, da AstraZeneca; 88.200 da CoronaVac, do Instituto Butantan/Sinovac; e 69.030 doses da Comirnaty, produzida pela Pfizer/BioNTech.
As vacinas vão garantir o avanço da imunização em todo o Estado na população em geral, e serão destinadas tanto para primeira quanto para a segunda aplicação (D1 e D2). O governo federal ainda vai confirmar a data da distribuição.
Das vacinas Covishield, 52.800 chegam por meio do consórcio Covax Facility, destinadas à primeira dose. Já as outras 243.750, enviadas diretamente pelo Ministério da Saúde, terão 96.608 voltadas à segunda aplicação. As 88.200 doses da Coronavac serão destinadas para D1 e D2. Já das 69.030 Comirnaty, que completam o lote, 29.966 são para segunda dose.
Assim que chegarem ao Estado, os imunizantes serão recebidos e separados pela Secretaria de Estado da Saúde, no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, para serem distribuídos rapidamente entre as 22 Regionais de Saúde.
Até o momento, o Ministério da Saúde já entregou ao Estado 8.332.670 imunizantes, sendo que 6.975.101 doses já foram aplicadas nos paranaenses – outra parte está reservada para a segunda dose dos grupos já iniciados.
De acordo com o Vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), foram aplicadas 5.151.816 primeiras doses e 1.823.285 pessoas já estão completamente imunizadas com a segunda ou com a dose única.
CALENDÁRIO – O objetivo da Secretaria de Estado da Saúde é aplicar pelo menos a primeira dose em 80% da população com mais de 18 anos no Paraná até o final de agosto. O restante da população adulta será imunizado até o final de setembro. (Com AEN)
O casal João Camilo Valter e Marineia Rosa Gaudino Valter levava uma vida sedentária em Joinville, Santa Catarina. Ele era instrutor de auto-escola e ela costureira. Em busca de mais saúde, João Camilo começou a se preparar para uma cirurgia bariátrica e, na conversa com a nutricionista, percebeu que definitivamente teria que mudar seus hábitos alimentares.
“Resultado: eu disse para trocar de armário em casa, porque o que tínhamos fazia mal. E decidimos mudar de vida, achar um sitiozinho”, conta João Camilo. Em 2018, trocaram a casa por um terreno de 2,29 hectares em Tijucas do Sul, município da Região Metropolitana de Curitiba. E foi assim que João Camilo e Marineia retomaram o trabalho de seus pais na roça, mas agregando valor ao cultivo através da produção de orgânicos.
Eles agora integram o grupo de agricultores que fazem de Tijucas do Sul o município com mais produtores de orgânicos em todo o Paraná: são 197 certificados, distribuídos em 75 famílias. No Brasil, é o Paraná que detém a liderança, com 3.737 certificações.
A produção em Tijucas do Sul é encabeça por alface americana, brócolis, couve-flor e repolho. Outros cultivos também são expressivos: cenoura, beterraba, inhame, batata salsa, gengibre, ervilha, vagem, tomate, pimentão e pimenta cambuci. Em menor escala, também há produção de morango e uva (suco e vinho).
Para novos produtores, a transição da agricultura convencional para a orgânica pode levar de 12 a 18 meses, a depender da cultura. Para isso, os produtores do município contam com o auxílio técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná).
Os alimentos orgânicos são produzidos com uma metodologia que gera menos impacto ao meio ambiente, melhorando a qualidade de vida local. Para obter o selo de orgânico, o produtor precisa obter uma certificação, concedida por órgãos regulamentadores que estabelecem o que é permitido ou proibido no manejo. Na prática, a produção é regida por uma série de regras, regulamentadas no Brasil pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) através da Lei 10.831/2003, atualizada em março de 2021 pela Portaria nº 52.
Algumas das características desse sistema de produção são a proibição do uso de agrotóxicos e o uso responsável do solo, água e outros recursos naturais. O resultado: alimentos mais saudáveis para o consumo e para o ecossistema local.
Segundo um levantamento da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), a alimentação com orgânicos vem registrando um grande crescimento no Brasil nos últimos anos. A alta foi potencializada pela pandemia: o setor registrou aumento de 30% nas vendas em 2020, movimentando R$ 5,8 bilhões. A estimativa é que, em 2021, o crescimento seja de 10%.
Magnun Rodrigo da Silva, agrônomo e extensionista local do IDR-Paraná, explica que a adaptação requer diversos cuidados. “Não é tão simples. Existe principalmente uma barreira cultural: o produtor precisa entender que ele tem que deixar de utilizar alguns tipos de insumo para ser um produtor orgânico. Mas é uma oportunidade tanto de negócio como de saúde. Ele vai vender produtos de qualidade, que estão cada vez mais chegando na mesa do consumidor paranaense”, afirma.
A saúde é vista como consequência tanto para o consumidor como para o produtor. Apenas com a mudança nos hábitos alimentares, em três anos, João Camilo Valter perdeu mais de 20 quilos. Os benefícios se estendem para Marineia, que reconhece a melhora na qualidade de vida como um todo.
“A alimentação é diferenciada, e hoje a gente tem menos custo e praticamente ganha mais do que quando morava em Joinville. Mas o maior ganho é a saúde”, endossa a produtora.
Em cerca de 1,6 hectares, o casal produz 25 opções de hortaliças, mas o brócolis e a cenoura são os carros-chefes. A maior parte é vendida para a Região Metropolitana de Curitiba: além de atender uma cooperativa e algumas lojas de orgânicos, os produtores entregam compras realizadas por e-commerce, mediadas por uma loja online. O casal tem planos de expansão, e pretende criar uma pequena agroindústria para comercializar temperos.
ORGÂNICOS DO SUL – O perfil dos produtores de orgânicos em Tijucas do Sul não é formado apenas pelas pequenas propriedades. Além de serem os maiores produtores da região, a empresa Orgânicos do Sul é a pioneira do cultivo hoje tradicional na cidade.
“O trabalho começou com o pai e a mãe, apostando no orgânico em um tempo em que ninguém acreditava, há 18 anos”, conta Flavio Henrique Setim, presidente da empresa. “O começo foi por uma situação complicada: meu pai teve uma intoxicação pelo uso de defensivos. Daí veio a ideia, que na época era uma coisa de louco. Não se acreditava nisso porque não conseguia produzir nada sem veneno. Aos poucos, o mercado foi expandindo”.
Após quatro anos de produção, os pais de Flavio, Irineu e Jociane, começaram a industrializar a produção, passando a comercializar os produtos já embalados. Dois anos depois, criaram a marca Orgânicos do Sul.
Hoje, são 60,5 hectares de terra que produzem uma média de 5 a 8 mil bandejas de produtos por dia. O mix da marca possui 11 produtos, capitaneados por alface americana, brócolis, couve-flor e cenoura. A empresa atende diversas redes de supermercados em Curitiba, além de mercados em Santa Catarina e no Norte do Paraná.
A produção conta com 23 funcionários: são 16 em campo e cinco no packing house, além dos pais de Flavio, que auxiliam em diversos setores. Com 25 anos e à frente da empresa há quatro, Flavio vislumbra uma expansão dos negócios. Além de investir em novos equipamentos, a família pretende, em breve, passar a produzir ovos orgânicos e vinho colonial.
COORGÂNICOS – Para alavancar as vendas de pequenos produtores, desde 2017 Tijucas do Sul também conta com uma cooperativa de orgânicos, a Coorgânicos. Com 69 associados, o grupo está se estruturando para adentrar o mercado. Só em 2020, a cooperativa vendeu um montante de R$ 650 mil.
Nos últimos dois anos, participou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que oferece alimentação e ações de educação nutricional em todas as etapas da educação básica pública. Escolas de Mandirituba, Piên, Quitandinha e Curitiba foram algumas das que receberam alimentos da região.
“Ainda estamos apenas no mercado institucional, com o PNAE. Estamos tentando ir para o mercado comum, chegar a Joinville. A maioria dos associados vende os produtos de forma particular, mas a ideia é que, em um futuro próximo, a gente comercialize bem pela cooperativa”, estima o produtor Lourival Pereira da Silva, presidente da Coorgânicos.
Estado cadastra empresas e técnicos para programa de energia solar rural
MAIS ORGÂNICOS – Como forma de estimular e facilitar a agricultura orgânica no Paraná, os produtores familiares do Estado podem participar do Programa Paraná Mais Orgânico. O projeto, desenvolvido pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), auxilia em todo o processo de conversão da agricultura convencional para a orgânica, desde o período de transição até a emissão do certificado e comercialização dos produtos.
O intuito é reduzir os custos da certificação, um dos empecilhos para iniciar a atividade. Segundo o IDR-Paraná, o valor varia conforme o tipo de produção, área cultivada ou localização da propriedade, mas pode chegar a R$ 1,5 mil anuais. Com o programa, o processo é gratuito.
A iniciativa é uma parceria da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com o IDR-Paraná, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e as universidades estaduais. Para participar, o agricultor interessado deve entrar em contato com um dos núcleos do programa.
PARANÁ AGRO – Os orgânicos de Tijucas do Sul integram a série de reportagens Paraná que Alimenta o Mundo, desenvolvida pela Agência Estadual de Notícias (AEN). O material busca mostrar o potencial do agronegócio paranaense. Os textos são publicados sempre às segundas-feiras. (Com AEN)
O Governo do Estado vai estruturar um escritório de projetos executivos de Engenharia e Arquitetura para atender prefeituras municipais do norte do Paraná. Denominado Projetek, o novo espaço será instalado na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e deve atender demandas de empreendimentos públicos de cidades com menos de 30 mil habitantes e que não dispõem de setores de projetos.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o Paranacidade – serviço social autônomo vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedu) – e a Associação de Municípios do Médio Paranapanema (Amepar).
Para estruturar o escritório de projetos serão aplicados recursos financeiros da ordem de R$ 662,9 mil, sendo R$ 151,4 mil para investimentos (infraestrutura predial, mobiliários, equipamentos e softwares) e R$ 511,5 mil para despesas de custeio, como bolsas de auxílio. Desse montante, R$ 630,4 mil são oriundos do Fundo Paraná, confirmados em evento que contou com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior. O valor restante, R$ 32,4 mil, será aportado como contrapartida pela Amepar.
“A carência de projetos executivos dificulta a captação de recursos nas instâncias governamentais e o acesso a fontes de crédito nas instituições bancárias, para o financiamento de construção de empreendimentos públicos”, afirma o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona.
Ele explica que, muitas vezes, para viabilizar as licitações em pequenas cidades, os gestores públicos dispõem somente de projetos básicos com estimativas de preços, sem a precisão de elementos que definem os complexos de obras e serviços específicos dos empreendimentos.
“Além de gerar aditivos contratuais e atrasos nos prazos de execução e cronogramas de construção, essa prática pode impactar a qualidade e o resultado dos equipamentos públicos entregues aos cidadãos”, aponta o superintendente.
O portfólio de serviços do novo escritório vai contemplar projetos arquitetônicos, estruturais, elétricos, hidrossanitários e de prevenção contra incêndio e pânico para os mais diversos tipos de empreendimentos públicos, tais como: creches, escolas, postos de saúde, entre outras edificações.
Ao todo, serão beneficiados 17 municípios da jurisdição da Amepar: Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Jaguapitã, Jataizinho, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Sabáudia, Sertanópolis e Tamarana. O início do atendimento aos gestores públicos está previsto para o primeiro semestre de 2022.
PARCERIA – O Escritório Regional do Paranacidade em Londrina vai intermediar o atendimento das demandas entre os municípios e o novo escritório de projetos. O intuito é proporcionar a qualidade das obras com execução em menor tempo e evitar dispêndio de recursos. O projeto contribuirá com as necessidades das cidades em relação às obras nas áreas de educação, saúde, segurança, cultura, saneamento, entre outras.
O superintendente executivo do Paranacidade, Álvaro José Cabrini Júnior, sinaliza a possibilidade de expansão desse modelo para outras regiões do território paranaense. “A expectativa é atender mais municípios, a partir de parcerias com outras universidades estaduais, e contemplar projetos de infraestrutura urbana, incluindo drenagem, pavimentação e outros tipos de obras, seguindo prazos e orçamentos pré-fixados”, pontua.
TECNOLOGIA – Em conformidade com a legislação vigente para obras e serviços de Engenharia na Administração Pública, o novo escritório fará uso da tecnologia BIM, sigla em inglês para Building Information Modeling ou Modelagem de Informações da Construção, em tradução livre.
Segundo o coordenador do Projetek, professor Aron Lopes Petrucci, essa técnica possibilita o desenvolvimento de modelos digitais precisos para as diferentes fases de uma edificação. “Todos os elementos que compõem a obra podem ser analisados e alterados no ambiente virtual, antes da construção. Isso facilita todo o processo, inclusive o gerenciamento da pós-ocupação e do ciclo de vida das edificações, resultando em obras mais baratas e mais ágeis, que atendem melhor aos usuários finais”, destaca.
Do ponto de vista acadêmico, o espaço vai propiciar o desenvolvimento de competências e habilidades, contribuindo para a formação técnica dos futuros profissionais. Considerando as atividades transversais que permeiam o setor público, um escritório de projetos executivos pressupõe vários conhecimentos multidisciplinares, inclusive de gestão, finanças e jurídicos.
ESCRITÓRIO – O novo escritório de elaboração de projetos executivos de Engenharia e Arquitetura será instalado no Centro de Tecnologia e Urbanismo da UEL, que reúne os cursos de graduação e os programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica.
O local vai comportar 15 pessoas conectadas, simultaneamente, a um servidor local, proporcionando às diversas especialidades envolvidas – arquitetura, estrutura, instalações hidráulicas, prevenção de incêndio, instalações elétricas, planejamento e orçamentação – um trabalho conjunto em torno do mesmo modelo virtual, uma das premissas da tecnologia BIM. Todos os computadores serão equipados com softwares específicos, licenciados para modelagem nessa tecnologia.
Para o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Ricardo Rocha de Oliveira, a iniciativa contribui para o desenvolvimento de profissionais para inserção no mercado, principalmente no setor público. “Também é um avanço para as prefeituras municipais, com a possibilidade de obras que serão executadas com projetos adequados e eficientes”, salienta.
EQUIPE – Para desenvolver os projetos de engenharia e arquitetura serão selecionados bolsistas (com dedicação de 20 horas semanais): 15 estudantes de graduação e cinco profissionais já formados em Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica (registrados nos respectivos conselhos profissionais).
Um grupo de professores ficará responsável pela coordenação administrativa do espaço e supervisão das atividades de BIM; além de acompanhar o desempenho acadêmico dos estudantes bolsistas, assim como a validação de créditos curriculares das atividades. Eventualmente, outros professores também devem atuar como consultores nas áreas abrangidas pelos projetos.
Serviço
Escritório de Projetos Executivos de Engenharia e Arquitetura da UEL (Projetek)
Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU)
Rodovia Celso Garcia Cid – PR 445, Km 380 – Campus Universitário | Londrina (PR)
Fone: (43) 3371-4505
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Escritório Regional do Paranacidade em Londrina
Praça La Salle, 35 – Jardim Canadá | Londrina (PR)
Fone: (43) 3372-3300
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. (Com AEN)
As obras de duplicação da BR-277 em Cascavel, na Região Oeste, vão começar na próxima terça-feira (20). O projeto consiste na ampliação de 5,81 quilômetros da rodovia, do km 574,4 ao km 580,2, entre o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Ferroeste. A intervenção integra o convênio entre o Governo do Estado e a Itaipu Binacional e foi contratada pelo valor de R$ 48.009.661,88.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) será o responsável pela obra, cujo prazo de conclusão é de 14 meses, em setembro de 2022.
“É mais um projeto, mais um passo que o Paraná dá para se tornar o hub logístico da América do Sul”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Essa obra era aguardada há muito tempo pelos moradores da Região Oeste. Terá a capacidade de melhorar o fluxo de quem precisa circular por ali, especialmente nos horários de rush, e ajudar no escoamento da safra”.
Ele lembrou que a duplicação da BR-277 acompanha a obra de readequação do Trevo Cataratas, também em Cascavel. O local é um ponto de interseção em nível que reúne as rodovias BR-369, ligação com Maringá; a BR-277, sentido Guarapuava e sentido Foz do Iguaçu; a BR-467, em direção a Toledo; e a Avenida Brasil, principal via de acesso a Cascavel. Cerca de 45 mil veículos circulam pelo trevo diariamente.
“Vai resolver o maior gargalo logístico do Paraná, que conseguimos priorizar dentro do acordo de leniência entre a concessionária que administra o trecho e o Ministério Público Federal”, destacou Ratinho Junior.
MODAIS – Superintendente do DER-PR na Região Oeste, Charlles Urbano Hostins Júnior explicou que o alargamento do trecho reforça a interligação entre os modais rodoviário e ferroviário, já que a duplicação da rodovia será até a Ferroeste. “Terá um impacto muito significativo no escoamento da safra, finalizando um corredor que começa no Mato Grosso do Sul e passa por Marechal Cândido Rondon, Toledo e Cascavel”, disse.
A Ferroeste também será ampliada e modernizada. O projeto, estimado em mais de R$ 20 bilhões, vai unir por trilhos Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá, com estimativa de ser encaminhado para a Bolsa de Valores para concessão no começo do próximo ano.
“A tendência é de crescimento muito grande com a implantação desta Nova Ferroeste, precisamos estar preparados. E, nesse caso, a duplicação deste trecho é fundamental, já que vai até a porta da Ferroeste”, ressaltou Hostins Júnior.
OBRA – A intervenção na BR-277 começa em frente ao Show Rural com serviços preliminares, ensaios de caracterização dos materiais, limpeza da camada vegetal, instalação do canteiro de obras, levantamento topográfico e serviços de terraplenagem.
Além da duplicação dos 5,81 quilômetros da rodovia, também será pavimentada a via marginal esquerda do km 581,7 ao km 583,3, em uma extensão de 1,56 quilômetro, executado um viaduto no km 575,1, no acesso para a Ferroeste, e outro viaduto no km 580, onde será implantada uma variante da PR-180.
CONVÊNIO – Os recursos para a obra integram o convênio entre a Itaipu Binacional e o Governo do Estado, por meio da Secretaria estadual de Infraestrutura e Logística, sendo o DER/PR a unidade executora.
Convênios semelhantes estão garantindo mais obras para a região, como a implantação da nova Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a duplicação do Contorno Oeste de Cascavel, a duplicação da Rodovia das Cataratas e a implantação de estrada municipal entre Ramilândia e Santa Helena. (Com AEN)
Um em cada cinco paranaenses com idade superior a 18 anos está imunizado contra a Covid-19. A marca de 20% da população vacinável que recebeu a dosagem única ou as duas doses do medicamento foi alcançada nesta quinta-feira (15).
De acordo com o Vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), 1.746.297 de um total de 8.720.953 pessoas já completaram o ciclo vacinal no Paraná – o Ministério da Saúde ainda está finalizando os estudos para inclusão de crianças e jovens no Programa Nacional de Imunização (PNI).
“É um avanço importante e significativo, que desencadeia na melhoria de outros indicadores, como a queda no número de mortes, infectados, na taxa de transmissão e também na ocupação das UTIs”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “A vacina salva vidas e vai fazer com que a normalidade seja retomada. Lembrando que vacina boa é vacina no braço dos paranaenses”.
Ele lembrou que na quarta-feira (14) o Paraná também ultrapassou a marca de 60% do público vacinável com passagem em algum posto de saúde, o que aproxima o Paraná da marca de 80% projetada para agosto nesse indicador.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que os municípios que mais avançaram na imunização por completo, em números absolutos, são: Curitiba, com 303.844 pessoas, Londrina (102.078), Maringá (83.250), Cascavel (58.212) e Ponta Grossa (46.022).
Proporcionalmente ao quantitativo da população, contudo, Diamante do Norte (28,60%), Barra do Jacaré (28,57%), São Jorge D’Oeste (27,12%), Nova Laranjeiras (23,39%) e Miraselva (23,20%) são as cidades mais eficientes em relação à aplicação da segunda dose. Já Itaperuçu (8,57%), Sertanópolis (7,78%), Manoel Ribas (7,15%), Lidianópolis (7%) e Sertaneja (6,77%) se destacam na proteção com dose única, com a aplicação do imunizante da Janssen.
“Tivemos, pelos grupos de comorbidades, uma discrepância muito grande no número de doses entre municípios. Há duas ou três semanas estamos corrigindo essa proporção de maneira isonômica para que possamos chegar, no mês de agosto, à vacinação de 80% da população-alvo paranaense ao menos com uma dose”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. O calendário prevê imunização de 100% até setembro.
Atualmente, ainda segundo a ferramenta do SUS gerenciada pelo Ministério da Saúde, o Estado já administrou um total de 6.810.284 doses, sendo 5.063.987 primeiras doses (74,4% das aplicações), 1.484.703 segundas doses (21,8%) e 261.594 doses únicas (3,8%).
LABORATÓRIOS – Nesses seis meses, a vacina mais utilizada foi a Covishield, da parceria AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, com 46,5% do total de doses utilizadas, seguida pela CoronaVac, do Instituto Butantan/Sinovac, com 36,3%. Na sequência, estão a Cominarty, da Pfizer/BioNTech, com 13,4%; e a Janssen, com 3,8%.
NOVAS DOSES – Nesta quinta-feira (15), o Paraná vai receber mais 235,5 mil vacinas contra a Covid-19 para aplicação da primeira dose. Os imunizantes são da Fiocruz/AstraZeneca/Oxford, e são divididos entre dois públicos: são 166.951 doses para o avanço na vacinação da população em geral e 45 mil doses exclusivas para moradores de quatro cidades da região de fronteira com Paraguai e Argentina: Foz do Iguaçu, Guaíra, Santo Antônio do Sudoeste e Barracão. (Com AEN)






















-PortalCantu-20-11-2025_large.png)







