Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde mostra que 1.184.889 paranaenses estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso.
Desses, 1.006.617 não tomaram a D2 de Pfizer/Biontech ou Oxford/AstraZeneca, cujo intervalo de aplicação variou de quatro a seis meses ao longo do ano, e 178.272 não tomaram o reforço da CoronaVac/Butantan, cujo prazo é menor, de apenas três semanas.
O estudo leva em consideração os chamados faltosos, pessoas que apareceram para tomar a primeira dose e por algum motivo não especificado não tomaram a segunda. O balanço, que utiliza dados até a quarta-feira (8), também considera possível atraso das informações repassadas pelos 399 municípios ao Ministério da Saúde, que regula o sistema de informações. Os dados ainda são preliminares.
Segundo o Ministério da Saúde e as farmacêuticas que fabricam as três vacinas, a proteção mais alta contra as formas mais graves da doença acontece duas semanas após a aplicação da segunda dose. Atualmente, já foi aprovada a terceira dose em toda a população adulta depois de cinco meses da segunda aplicação, com orientação para que a adicional seja de fabricante diverso das primeiras.
Segundo o relatório, as Regionais de Saúde com os piores índices em termos absolutos e de todas as doses são Metropolitana (2ª RS), com 321.345 (27% do total), e Guarapuava (5ª RS), com 269.071 (22% do total). Elas correspondem a quase metade do número de faltantes. Proporcionalmente a região do Centro-Sul, bem menos populosa que a Capital, é a com maior índice de faltosos.
Depois dessas as com mais casos são Maringá (15ª RS), com 75.748 pessoas, Ponta Grossa (3ª RS), com 72.248, e Londrina (17ª RS), com 58.400. Ivapoirã (22ª RS) é a que menos registra casos em termos absolutos (8.991). Veja o relatório das regionais AQUI .
No recorte por idade, os mais faltosos fazem parte da população idosa. São 523.799 (44%) com 95 anos ou mais, 168.194 entre 90 e 94 anos, 123.066 entre 85 e 89 anos e 99.482 entre 80 a 84 anos, uma pirâmide que fica mais estreita conforme a idade abaixa. Entre 18 e 19 anos são apenas 36 pessoas. Entre 20 a 24, 250 pessoas. Veja AQUI .
O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, alerta que o tema foi inclusive alvo da 5ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nesta quarta-feira (8), no qual foi reforçado o pedido para os municípios realizarem busca ativa nas suas populações. O colegiado reúne secretarias municipais e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR).
“Temos vacinas para atender todo esse público e precisamos vacinar com a segunda dose, o que garante proteção completa. Temos que resolver essa situação em paralelo com a chegada das terceiras doses para a população. O Paraná tem uma tradição de vacinação e temos que ir atrás dessas pessoas. É um esforço pela defesa da sociedade”, afirmou.
VACINAÇÃO EM NÚMEROS – Quase 11 meses após o início da campanha, segundo o Vacinômetro nacional, o Paraná já aplicou 17.779.208 doses. É o quinto estado que mais aplicou primeiras doses, com 8.956.828 imunizantes administrados, e o sexto que mais completou o esquema vacinal em toda a população, com 7.536.231 segundas doses e 21.422 doses únicas. Atualmente, 67% da população está com as duas doses, segundo o consórcio de veículos de imprensa.
Por - AEN
A Copel projeta investir R$ 2,067 bilhões nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia em 2022.
O programa de investimentos da companhia foi aprovado pelo Conselho de Administração nesta quarta-feira (08) e comunicado ao mercado no início da noite. A maior parte deste investimento vai beneficiar a área que atende o consumidor final – a distribuição de energia.
A ampliação e melhoria da rede de distribuição da Copel, que atende 393 dos 399 municípios do Paraná, receberão 77% dos recursos – R$ 1,6 bilhão. “Estes investimentos vão garantir a continuidade do plano de modernização da nossa rede de distribuição, reforçando a capacidade de fornecer energia com qualidade e o mínimo de interrupções possível, e buscando consolidar nossa posição como melhor distribuidora de energia do País”, disse o presidente da Copel, Daniel Slaviero.
Este ano a Copel recebeu o prêmio de melhor distribuidora de energia do Brasil (Prêmio Abradee).
O principal foco dos investimentos da Copel é o Paraná. “O investimento de mais de R$ 2 bilhões é um número que impressiona, porém o que mais importa é como ele impactará na vida dos paranaenses. Serão milhares de quilômetros de redes, subestações e reforço nas nossas estruturas. Esse investimento beneficiará quem está na cidade, mas, principalmente, quem está no campo. É a Copel investindo no seu maior ativo, o Paraná, e fornecendo a energia de melhor qualidade do Brasil”, acrescentou Slaviero.
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA – Em distribuição de energia, os investimentos somados entre 2019 e 2022 alcançam o montante de R$ 4,8 bilhões, quase 60% do total que a Copel está aportando nestes quatro anos. Um dos destaques é o programa Paraná Trifásico, que está substituindo a rede rural existente por uma rede mais moderna, trifaseada, com cabos protegidos e capacidade de comunicação remota.
Com a iniciativa, a Copel melhora a qualidade no fornecimento de energia para o campo, renova seus ativos e contribui para o desenvolvimento do setor agrário paranaense, um dos mais competitivos do País. Ao todo, serão R$ 2,1 bilhões em obras no programa. Este ano, o programa fechou mais de 6 mil quilômetros de redes prontas, ou 25% do total concluído em todas as regiões do Estado.
Outra iniciativa de destaque nos investimentos da Copel é o programa Rede Elétrica Inteligente, que foi lançado em 2020 e está promovendo uma automatização sem precedentes na rede do Estado. “Trata-se do maior programa de smart grid no País”, ressalta o presidente da Copel. “Somente na primeira fase, 151 municípios das regiões Leste, Centro-Sul, Sudoeste e Oeste estão recebendo a rede de distribuição de energia automatizada”.
O investimento nesta primeira etapa, de R$ 820 milhões, está levando a nova tecnologia para 4,5 milhões de paranaenses, em unidades residenciais e empresas urbanas e rurais. Com o novo sistema, as unidades consumidoras estão recebendo medidores digitais, que se comunicam diretamente com a central de operação da Copel.
A tecnologia reduz o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos ao sistema. Além disso, torna possível a leitura de consumo a distância e permite que o cliente tenha autonomia para monitorar seu consumo de energia, entre outros benefícios. Com a Rede Elétrica Inteligente, a leitura do consumo será online, e os clientes poderão acompanhá-la no telefone celular, em tempo real, por meio do aplicativo da Copel.
Além desses programas, a Copel está investindo em obras de modernização e expansão da rede de fornecimento de energia em todo o Paraná. São novas subestações, linhas e redes que reforçam o sistema que atende a 11 milhões de paranaenses, conferindo ainda mais qualidade ao fornecimento de energia no Estado.
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO – Há, ainda, R$ 407,3 milhões que serão aplicados em geração e transmissão de energia no próximo ano. Em 2021, a Copel inaugurou a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Bela Vista, com 29,81 MW de potência instalada. Construída em tempo recorde e entregue dois anos antes do prazo previsto, a usina está instalada no Rio Chopim, entre os municípios de Verê e São João, no Sudoeste do Paraná. O investimento na mais nova hidrelétrica da empresa foi de R$ 224 milhões e a energia gerada vai atender ao consumo de 100 mil pessoas.
Por - AEN
A fase final do plantio da soja, as dificuldades climáticas enfrentadas por várias culturas, entre elas a do milho, da mandioca e da própria soja, e a oscilação nos preços de alguns produtos são abordados no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente ao período de 3 a 9 de dezembro.
O documento foi preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
As sementes de soja já tomam conta de praticamente toda a extensão de 5,63 milhões de hectares previstos para a safra 2021/22. Mas a preocupação tem sido constante nos últimos anos, em razão do clima seco e quente, e não é diferente agora. A maioria das lavouras (56%) está em fase de desenvolvimento vegetativo, 35% em floração, 9% em frutificação e apenas 1% ainda germina. De acordo com os técnicos do Deral, 83% apresentam boas condições, 15% estão medianas e 2%, ruins.
A batata de 1ª safra também está com o plantio quase todo encerrado nos 15,1 mil hectares previstos. A colheita começou e aproximadamente 15% dos tubérculos já foram retirados. Estima-se que, ao final, as terras paranaenses produzam 460 mil toneladas de batatas. Com maior oferta, os preços no atacado seguem em queda.
MILHO E MANDIOCA – Os relatórios de campo apontam piora nas condições da primeira safra de milho 21/22. Como em várias outras culturas, o calor intenso durante o dia, temperaturas mais frias à noite, umidade baixa e chuvas irregulares contribuem para a redução na qualidade. No caso do milho, em uma semana caiu de 95% para 90% a condição boa dos 430 mil hectares.
Os produtores de mandioca convivem com a dificuldade de colheita da safra pela falta de chuvas, repetindo a mesma condição do ano passado. O plantio da nova safra já foi finalizado e ocupa área de 128,4 mil hectares. A produção estimada é de 2.290.000 toneladas, a menor das duas últimas décadas.
TOMATE E TRIGO – O tomate já foi plantado em 84% da área total de 1ª safra, estimada em 2,4 mil hectares. A produção deve alcançar 148,2 mil toneladas. Desse total, 12% já foi colhido. Com maior oferta no mercado, os preços do tomate estão em queda.
Em relação ao trigo, o boletim analisa a situação do preço no mercado internacional e como o Paraná se coloca frente a isso. A conclusão é que o trigo paranaense apresenta um desconto comparado com o argentino que, por sua vez, está mais barato que o americano.
BOVINOCULTURA E SUÍNOS – O documento mostra que os preços do boi gordo pago aos produtores, que caíram no último trimestre, voltaram a reagir. A principal razão é a retração na oferta, reflexo da estiagem que prejudica as pastagens. Também contribui para isso a sinalização de volta das exportações para a China no fim de janeiro de 2022.
Na suinocultura, o registro é do recorde de produção para o trimestre julho/setembro no Paraná. Foram produzidas 269,5 mil toneladas, alta de 9,2% comparado ao mesmo período do ano passado. Até agora, o Estado produziu 767,2 mil toneladas, com previsão de fechar o ano com criação superior a um milhão de toneladas.
AVES E OVOS – Em 2021, as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 4,198 milhões de toneladas, superando em 9,08% as vendas do mesmo período de 2020. Em receita, o acréscimo foi de 25,3%, atingindo US$ 6,944 bilhões em 11 meses deste ano.
Sobre os ovos, o boletim registra a exportação de 19.726 toneladas, volume 83,1% superior ao verificado em igual período de 2020. O faturamento cresceu 62,1%, chegando a US$ 60,469 milhões. O Paraná é o segundo maior exportador, com 5.313 toneladas, e receita cambial de US$ 18,842 milhões.
FRUTAS – O documento técnico do Deral ainda reserva espaço para comentar sobre as frutas consumidas nas festas de final de ano. Algumas delas coincidem com as épocas de colheita no Hemisfério Sul, como pêssegos, ameixas, abacaxis, uvas e lichias. Outras são importadas, mas também se fazem presentes nas mesas: nozes, castanhas, cerejas, damascos e tâmaras.
Por - AEN
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) apresentou, nesta quarta-feira (08) na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei 748/2021 que institui no Paraná o 25 de outubro como Dia da Conscientização sobre Epidermólise Bolhosa (EB).
“Trata-se de uma doença rara e que não tem cura. A ideia é dar mais visibilidade a esta enfermidade e reforçar as políticas públicas para amparar as famílias”, explica.
A EB não é contagiosa, tem origem genética e hereditária. Ela provoca a formação de bolhas na pele ao mínimo atrito ou trauma, devido à falta de colágeno no organismo - proteína responsável pela resistência e saúde da pele. Em geral, a doença é identificada no nascimento pela ausência de pele em algumas partes do corpo do bebê, em razão do contato com as paredes do útero, mas não há diagnóstico precoce.
Na justificativa da proposta, Romanelli ressalta que é fundamental que o diagnóstico seja feito o mais breve possível para que a família receba as orientações adequadas, curativos especiais, e assim evitar condutas invasivas desnecessárias, que podem provocar ainda mais lesões e traumas, e agravar o estado de saúde do bebê. Ainda não existe um medicamento que cure ou diminua a progressão da doença.
O projeto segue para análise das Comissões antes de ser apreciado em plenário pelos deputados.
Crianças borboleta
Os portadores da enfermidade são conhecidos como “crianças borboleta”, pela semelhança da pele às asas de uma borboleta por causa da sua fragilidade. A pele se descola por contato, por trauma, pelo calor excessivo, ou até mesmo de forma espontânea, causando bolhas dolorosas.
A proposição da lei atende solicitação da associação Dando Voz ao Coração, uma organização que oferece apoio psicoemocional às famílias de crianças que sofrem de doenças raras, estejam internadas ou tenham histórico de tratamentos em UTIs. Internacionalmente, no dia 25 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Conscientização da Epidermólise Bolhosa.
Segundo a associação, em 2020 o Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença, com objetivo de orientar profissionais de saúde sobre os critérios para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento ofertado no sistema público é voltado para o controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida de quem vive com essa condição.
Por - ALEP
Os deputados aprovaram em primeiro turno de votação, na sessão plenária desta quarta-feira (8), na Assembleia Legislativa do Paraná, a proposta que possibilita o parcelamento, com a redução de multas e juros, de débitos relativos ao ICM e ICMS e de créditos não tributários inscritos em dívida ativa pela Secretaria de Estado da Fazenda.
Assinado pelo Poder Executivo, o projeto de lei 713/2021, que trata do Programa de Parcelamento Incentivado de Créditos Tributários, também amplia o prazo de parcelamento, para facilitar a regularização dos créditos tributários decorrentes dos impostos. A matéria tramita em regime de urgência.
Segundo o Governo, o objetivo é viabilizar a recuperação de empresas prejudicadas pela pandemia da Covid-19. Em médio prazo, o programa quer manter os níveis de arrecadação do Estado. De acordo com o projeto, os créditos tributários de ICM e ICMS decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2021, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, poderão ser pagos em parcela única com redução de 80% na multa e nos juros.
Já o pagamento em até 60 parcelas mensais, iguais e sucessivas, poderá ser feito com redução de 70% na multa e nos juros; em até 120 parcelas mensais com redução de 60% na multa e nos juros; e em até 180 parcelas mensais com redução de 50% na multa e nos juros. O valor de cada parcela não poderá ser inferior a cinco Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR). O valor no mês de dezembro da UFP/PR é de R$ 120,04.
Para as dívidas não tributárias, as reduções ocorrem somente sobre os encargos moratórios. O desconto é de 80% para pagamento em parcela única, 70% nos parcelamentos em até 60 meses e, por fim, de 60% caso o contribuinte opte pelo parcelamento em até 120 parcelas.
A adesão ao parcelamento implica reconhecimento dos créditos tributários nele incluídos, ficando condicionada à desistência de eventuais ações ou embargos à execução fiscal, com renúncia ao direito sobre o qual se fundam nos autos judiciais respectivos, e da desistência de eventuais impugnações, defesas e recursos apresentados no âmbito administrativo.
LOA
Avançou em segunda votação o projeto de lei 533/2021, de autoria do Poder Executivo, que trata da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2022. O texto passou após receber 45 votos favoráveis e quatro contrários. A proposta, que prevê um orçamento de R$ 54,6 bilhões para o próximo ano, avançou na forma de um substitutivo geral, emitido durante o parecer do relator, deputado Tiago Amaral (PSB), na Comissão de Orçamento da Assembleia.
A peça orçamentária enviada pelo Poder Executivo prevê um orçamento 8% superior ao aprovado para 2021. Com isso, o orçamento prevê o pagamento de promoções e progressões das carreiras do Estado, em um montante de R$ 573 milhões. Além disso, há a previsão de R$ 300 milhões para efetuar contratações de novos servidores por meio de concursos para Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal, profissionais do instituto de Água e Terra (IAT) e da ADAPAR, além de professores da Educação Básica.
A LOA registrou ainda crescimento superior a 11% das despesas em segurança, saúde e educação. Desta forma, a proposta prevê a destinação de R$ 6,1 bilhões para a saúde, R$ 10,9 bilhões para a educação e R$ 4,9 bilhões para a segurança pública. Apesar do crescimento, o orçamento fiscal de 2022 é menor do que o proposto em 2020, antes da pandemia. Segundo o projeto, o orçamento de 2022 acumula queda de 2% em relação ao de 2020.
Os deputados estaduais paranaenses apresentaram ao projeto de lei original um total de 849 emendas. Destas, 450 são relativas à despesa, 126 ao conteúdo programático, 70 coletivas e 203 ao texto da Lei. Do total, o relator acatou 450 emendas relativas à despesa, 126 ao conteúdo programático, 70 coletivas e 180 ao texto da Lei, respeitando a prerrogativa constitucional de acompanhamento e fiscalização da peça orçamentária.
Lotepar
O projeto de lei 544/2021, do Poder Executivo, que cria a Loteria do Estado do Paraná, foi aprovado em segundo turno de votação. A Lotepar será uma autarquia pública com orçamento e autonomia próprios, vinculada à Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA). De acordo com a matéria, caberá a Lotepar a exploração, a administração e a fiscalização do serviço público de loterias.
Ainda segundo a proposição, a Lotepar poderá executar diretamente ou delegar, mediante permissão, concessão ou outra modalidade prevista na legislação que rege as contratações públicas, as atividades operacionais inerentes à exploração do jogo lotérico correlata. A justificativa do texto enfatiza que os recursos levantados pela loteria pública financiarão atividades “socialmente relevantes relacionadas à promoção de direitos sociais”.
Especificamente, a arrecadação com a exploração do jogo auxiliará o Estado a custear serviços de segurança pública, habitações populares e ações e programas do Governo Estadual, especialmente quando voltados à promoção de direitos dos idosos. O texto passou com uma subemenda da CCJ que promove correções ao texto original.
Compensação ambiental
A proposta do Poder Executivo que institui a obrigatoriedade de compensação ambiental para empreendimentos geradores de impactos ambientais negativos não mitigáveis no Paraná foi aprovada em segunda discussão na forma de um substitutivo geral da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). De acordo com o projeto de lei 501/2021, quando identificados os impactos ambientais negativos não mitigáveis, durante a vigência do licenciamento ambiental, estes deverão ser, obrigatoriamente, objeto de compensação pelo empreendimento gerador.
A proposição diz que a metodologia para gradação do impacto, utilizada para mensurar o valor da compensação, deverá considerar a proporcionalidade do impacto ambiental negativo não mitigável, após estudos em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa.
O texto ainda avançou com uma subemenda determinando que, quando viável, será exigida a reposição florestal, com espécies nativas, em área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica.
A subemenda também diz que quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação.
Competências
Avançou em primeira votação o projeto de resolução 14/2021, que permite a apresentação à Câmara dos Deputados de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Federal. A proposta tem o objetivo de revisar a repartição de competências da federação, atribuindo aos estados federados maior autonomia regulatória. O projeto de resolução aprova a apresentação de uma PEC para alterar uma série de artigos da Constituição Federal.
De acordo com a justificativa da matéria, após três décadas da promulgação da Constituição, diversas leis de iniciativa dos estados foram levadas a questionamento perante o Supremo Tribunal Federal visando o controle concentrado de Constitucionalidade.
Pela proposta, a PEC promoveria alteração nos artigos 22, 24, 30, 41 e 175 e acrescentaria o artigo 182-A à Constituição Federal, bem como acresce o seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias com o artigo 115, com o objetivo de revisar a repartição de competências da Federação, atribuindo aos Estados Federados maior autonomia regulatória.
O projeto de resolução é assinado pelos deputados Paulo Litro (PSDB), Homero Marchese (PROS), e Douglas Fabrício (CDN), pelas deputadas Maria Victoria (PP) e Cristina Silvestri (CDN), e pelo ex-deputado Do Carmo (PSL).
Poder Executivo
Assinado pelo Governo do Estado, o projeto de lei 659/2021, que dispõe sobre a aprovação da construção de empreendimentos hidrelétricos e de geração de energia, avançou em segunda discussão. As novas unidades, listadas na proposta, são Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Usina Termelétrica (UTE) e Usina Hidrelétrica (UHE). Segundo o texto, as unidades devem ser construídas nos municípios de Cascavel, Jaguariaíva, Sengés, Pato Branco, Coronel Vivida, Pinhão e Reserva do Iguaçu.
Também de autoria do Governo do Estado, o projeto de lei 694/2021, que acrescenta dispositivos no art. 30 da Lei n° 18.451, de 6 de abril de 2015, para estabelecer alternativamente novas regras de cálculo dos créditos do Programa Nota Paraná, foi igualmente aprovado em segundo turno. De acordo com o Governo, as novas regras de cálculo decorrem do cenário nacional de escalada dos preços, acrescido do enfrentamento da pandemia da Covid-19.
PPA
Os parlamentares também aprovaram em segunda discussão o projeto de lei 682/2021, de autoria do Executivo, que altera a Lei 20.077/2019, que trata do Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2020 a 2023. A proposta altera os anexos dos seguintes programas do PPA a partir do exercício de 2021: Saúde Inovadora para um Paraná Inovador; Ensino Superior Inovador; modernização da Infraestrutura do Paraná e o Paraná Cultural. De acordo com o Governo, a proposta compreende a necessidade de alteração em iniciativas e metas do PPA visando sua complementação e adequação técnica.
Defensoria Pública
Os parlamentares aprovaram em primeira discussão o projeto de lei 667/2021, da Defensoria Pública do Estado do Paraná, que institui o Diário Eletrônico da Defensoria Pública como meio oficial de comunicação de atos do órgão. De acordo com o texto, o diário será publicado na internet, no site oficial da Defensoria, e poderá ser consultado por qualquer interessado em qualquer lugar e equipamento, independentemente de qualquer tipo de cadastramento.
Passaporte equestre
Avançou em segunda discussão, na forma de um substitutivo geral, o projeto de lei 139/2021, do deputado Anibelli Neto (MDB), que cria o passaporte equestre no estado. De acordo com o texto, o documento será destinado a proprietários de equinos, asininos e muares procedentes de estabelecimentos cadastrados na ADAPAR e que cumpram com a legislação sanitária vigente no Paraná, na qual será a chave de acesso ao sistema de emissão da Guita de Trânsito de Animais eletrônica - e-GTA via internet.
Ainda segundo o texto, o passaporte equestre será individual e realizado mediante à apresentação dos exames negativos para Anemia Infecciosa Equina - AIE e para o Mormo, realizados em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Além disso, o documento terá validade igual ao prazo de validade dos exames apresentados, podendo ser renovado sempre que os exames forem atualizados.
Mulheres
O projeto de lei 318/2019, assinado pelas deputadas Mabel Canto (PSC) e Cristina Silvestri (CDN) e pelo deputado Goura (PDT), que altera a Lei nº 18.746/2016, tornando obrigatória a divulgação do serviço Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – em diversos estabelecimentos, foi aprovado em segunda discussão. O texto promove uma atualização na legislação com o objetivo de adotar novas medidas que coíbam a prática de violência contra a mulher, nos estabelecimentos abrangidos pela lei como clubes, hotéis, agências de viagem e casas noturnas, por exemplo.
Comissão Executiva
De autoria da Comissão Executiva, o projeto de resolução 17/2021 passou em segunda votação. O texto visa permitir a recomposição das Bancadas e Blocos Parlamentares nos quinze dias seguintes à data de promulgação da Resolução, por ocasião das mudanças partidárias ocorridas no ano de 2021. Ainda segundo a proposição, as alterações previstas no texto terão eficácia a partir de 1º de janeiro de 2022. Com a dispensa de votação da redação final aprovada, a matéria agora está apta para ser promulgada pelo presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB).
Redação final
Por fim, o projeto de lei complementar 8/2021, do Poder Executivo que trata do parcelamento de valores relativos ao ICMS incidente sobre medicamentos e produtos farmacêuticos, passou em redação final. Agora, a proposta segue para sanção, ou veto, do Governo do Estado.
Retirados
O projeto de lei complementar 10/2021, do Poder Executivo, que visa permitir a reavaliação, a cada cinco anos, da tarifa do serviço de gás canalizado em todo o estado foi retirado da pauta de votações por ofício da Presidência da Casa. O mesmo ocorreu com o projeto de lei 695/2021, que institui o Programa Energia Solidária em todo o estado.
Por - ALEp
Estado quer implantar auxílio-alimentação de R$ 600 para polícias Civil, Militar, Científica e Penal
O Governo do Estado encaminhou nesta terça-feira (7) para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que institui o pagamento de auxílio-alimentação para os servidores dos quadros da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica e Polícia Penal.
O valor mensal da contribuição é de R$ 600, com impacto financeiro anual estimado em mais de R$ 150 milhões.
A proposta integra um grande pacote de valorização dos servidores públicos estaduais. Ele destacou que nos últimos dias o governo enviou ao Poder Legislativo mensagens que concedem aumento de 3% no vencimento de todo o funcionalismo; que estabelece o piso mínimo de R$ 5.545 para os professores da rede pública de ensino, equiparando os trabalhadores temporários, do Processo Seletivo Simplificado (PSS), ao do Quadro Próprio do Magistério (QPM); e que cria a gratificação mensal para diretores (entre R$ 108 a R$ 2.430) e auxiliares (de R$ 92 a R$ 2.070) das instituições de ensino da Rede de Educação Básica do Paraná.
Além disso, o governo antecipou o pagamento do 13º e dos salários de dezembro para antes da celebração do Natal, medida adotada a partir de 2019. “Com esse projeto pensado para as forças de segurança do Estado, de criar o auxílio-alimentação, completamos um ciclo importante de valorização dos servidores. Todo o funcionalismo foi contemplado de alguma maneira, melhorando as condições para quem exerce cargos tão importantes para o Paraná”, afirmou Ratinho Junior.
“Mesmo com as limitações financeiras do Estado neste momento de pandemia, é um gesto de reconhecimento pelo trabalho das nossas forças de segurança, essencial nesta queda brusca dos índices de criminalidade em todo o Paraná. É mais segurança para a população”, acrescentou.
De acordo com o projeto de lei, o benefício será concedido mesmo em caso de férias, licença para tratamento de saúde, por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; participação em programa de treinamento regularmente instituído; serviços obrigatórios por lei e licenças legais. Ele deve impactar cerca de 24 mil servidores.
Para um soldado de 2ª classe da Polícia Militar, por exemplo, o benefício representa 30% do salário (atualmente em R$ 1.933,63). Na carreira da Polícia Científica, será quase 20% do que ganha um Auxiliar de Perícia Oficial (R$ 3.226,64).
A medida, contudo, não contempla aposentados, inativos e pensionistas; servidor civil e militar em disposição, cessão funcional, designados e mobilizados a outros entes federativos; que esteja cumprindo pena de suspensão; que estiver preso, qualquer que seja o motivo, pelo tempo que durar a prisão; que se encontre afastado do exercício da função em virtude de licença, decisão judicial ou administrativa, exceto quando expressamente autorizada a prestação de serviços administrativos internos; ao militar agregado para exercer função de natureza civil em qualquer órgão da administração direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, ou por ter sido nomeado para qualquer cargo público; ao militar em situação de deserção e ao servidor civil em situação de abandono de cargo; e aos militares do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários.
“A atividade policial é extremamente desgastante e muitas vezes exercida longe da residência dos servidores e militares, de modo que se mostra imperiosa a concessão de uma vantagem pecuniária para que o agente público possa ter em seu lar condições adequadas para sua estabilidade física e mental”, destacou o Governo do Estado no texto que justifica o projeto.
Por - AEN










-PortalCantu-20-11-2025_large.png)
_large.jpg)





-PortalCantu-20-11-2025_large.png)
-PortalCantu-20-11-2025_large.png)
-PortalCantu-20-11-2025_large.png)
-PortalCantu-20-11-2025_large.png)
-PortalCantu-20-11-2025_large.png)







