As informações sobre os estragos causados pelos temporais que atingiram todas as regiões do Paraná foram atualizadas pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil na manhã desta quinta-feira (5). O relatório aponta que 940 casas foram danificadas pelas chuvas de granizo e vendavais desde a madrugada de quarta-feira (4).
As cidades com maior número de residências que sofreram estragos foram São Jorge do Oeste (400), Mangueirinha (200), ambas na região Oeste, Pinhão (135), na região Sul, e Paula Freitas (130), no Centro-Sul do Estado. Ao todo, de acordo com a Defesa Civil, 3.801 pessoas de 13 municípios foram afetadas pelos temporais, e 24 delas estão abrigadas em casas de parentes ou amigos.
A Defesa Civil informou que está em contato com os órgãos municipais das cidades mais atingidas para prestar assistência humanitária, com distribuição de lonas e telhas. Alguns colchões estão sendo encaminhados para Paulo Frontin e outros materiais de limpeza para São Jorge D'Oeste. São cidades que solicitaram ajuda.
COPEL – No momento, 22,3 mil consumidores estão sem energia no Estado. Os municípios mais afetados são Sarandi e Maringá, com 2,8 mil consumidores desligados cada, e Apucarana, com 1,9 mil clientes sem acesso à energia elétrica. Em Londrina, 1,7 mil consumidores também permanecem desligados.
Em Cascavel, no Oeste, onde foi registrada a ocorrência de um tornado, 55 mil imóveis chegaram a ficar sem energia, mas o número caiu para 1,7 mil na manhã desta quinta-feira.
A Copel alerta que, em ocorrências climáticas como esta, população deve manter distância de locais onde haja fios rompidos ou postes quebrados, e acionar a concessionária através do número 0800 51 00 116.
SANEPAR – A Sanepar informa que os sistemas de Pato Branco e Rolândia ainda são afetados pelas quedas de energia. Nas duas cidades pode haver falta de água e/ou redução de pressão na rede de abastecimento nesta quinta em todas as regiões da cidade. A previsão é de normalização no abastecimento até as 20 horas, de forma gradativa.
VOLUME DE CHUVA – Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a região dos Campos Gerais concentra o maior acumulado de chuvas da manhã desta quinta-feira. Em Jaguariaíva foram registrados 33 mm de chuva no início do dia. Pancadas de chuva com raios ocorreram também em municípios das regiões Oeste, Sudoeste, Centro-Sul, Litoral e na Região Metropolitana de Curitiba.
Para esta quinta-feira, há possibilidade de chuvas intensas no Litoral, Região Metropolitana de Curitiba, Campos Gerais e Norte do Estado. A probabilidade de chuvas nas regiões Oeste e Sudoeste, onde houve os maiores estragos, é baixa.
Com a circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera, que contribuem para a formação de áreas de instabilidade, a previsão é que o tempo continue chuvoso na sexta-feira (6) em várias regiões do Estado, com tempestades mais fortes na região Sul e chuvas mais rápidas nas regiões Norte e Noroeste.
Na quarta-feira, quando aconteceram os maiores estragos, a cidade com maior acumulado de chuvas em 24 horas foi União da Vitória, na região Sul, com 116,4 mm. Na sequência estão Lapa (85,2 mm), na Região Metropolitana de Curitiba, Morretes (73,6 mm), no Litoral, Pato Branco (71,4 mm), no Sudoeste, Curitiba (70,2 mm) e Francisco Beltrão (70 mm), no Sudoeste. Confira os volumes
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Por - AEN
Os preços dos ovos recuaram em setembro no Paraná, equilibrando a trajetória em relação a outras proteínas animais.
Com isso, o produto começa a ficar mais atrativo ao consumidor. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 29 de setembro a 5 de outubro, elaborado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
No mês passado a média do preço da dúzia de ovos ficou em R$ 8,38, o que representa queda de 8,8% sobre os R$ 9,19 de agosto. Entretanto, nos últimos 12 meses o preço do ovo no varejo ainda acumula alta de 12%, visto que há um ano a dúzia saia por R$ 7,51.
Comparativamente, nesses 12 meses, o quilo da paleta bovina baixou 10%, passando de R$ 26,70 para R$ 24,08, enquanto o frango resfriado recuou de R$ 12,04 para R$ 10,44 o quilo. A paleta suína manteve preço estável em R$ 13,58.
LEITE – O documento também relata o pacote de medidas anunciado pelo governo federal para a cadeia do leite, com vistas a estabilizar os preços e melhorar a renda dos produtores. Até o momento, a ação concreta foi o investimento de R$ 100 milhões para a compra de leite em pó em todo o País, visando mitigar a disparidade entre a compra do produto interno e do importado do Mercosul.
Atualmente o produtor paranaense recebe em média R$ 2,34 por litro de leite posto na indústria, valor que muitos consideram insuficiente para cobrir os custos de produção.
CANA-DE-AÇÚCAR – O boletim registra que, dos 498,6 mil hectares de cana-de-açúcar que se espera colher neste ano no Paraná, mais de 80% já foram retiradas do campo. Os trabalhos acelerados se devem ao tempo quente e seco das últimas semanas. A produção deve ultrapassar 34 milhões de toneladas, com produtividade superior à safra de 2022, quando foram colhidas 31,7 milhões de toneladas.
Para a próxima safra a perspectiva também é favorável, com uma área levemente maior (500,9 mil hectares), ainda que abaixo das extensões colhidas em meados da década de 2010, quando superavam 650 mil hectares. O Paraná é o quinto produtor nacional, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.
SOJA, MILHO E TRIGO – O plantio da safra de soja 2023/24 chegou a 1,18 milhão de hectares nesta semana, o que corresponde a 20% do total estimado de 5,8 milhões de hectares. As lavouras desenvolvem-se bem em 94% da área plantada, enquanto 6% têm condições medianas.
A maior parte da área da primeira safra de milho 2023/24 já está plantada no Estado. Nesta semana o índice chegou a 82% dos 314 mil hectares estimados para a safra. No campo as lavouras têm condição boa para 95% da área e mediana para o restante.
Em relação ao trigo, o preço pago aos triticultores no mês passado foi de R$ 50,92 a saca do produto, segundo pesquisa realizada pelo Deral. Esse valor é 45% inferior aos R$ 93,31 de setembro de 2022, quando havia muita incerteza em relação ao abastecimento mundial devido à guerra no Leste Europeu. Em razão desse recuo de preço, a comercialização segue em ritmo mais lento do que no ano passado. Até agora os produtores venderam aproximadamente um terço do volume colhido, enquanto na safra passada, neste período, metade do produto já tinha sido comercializado.
FLORES – No Paraná, em 2022, os gramados representaram 67,2% do Valor Bruto da Produção Agropecuária dos produtos da floricultura, gerando renda bruta de R$ 150,6 milhões. O setor de floricultura todo alcançou R$ 224 milhões. Os principais produtores de grama são os núcleos de Maringá, Curitiba, Cascavel, Toledo e Londrina. O município de São José dos Pinhais, com 3,9 milhões de metros quadrados cultivados e VBP de R$ 33,2 milhões, é o maior produtor e responsável por 22,1% do valor bruto do segmento no Estado.
Por - AEN
Nesta quinta-feira, 05 de outubro, Dia Mundial de Combate à Meningite, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância da vacinação contra essa doença, que é endêmica no Brasil. As meningites bacterianas são mais comuns no outono-inverno e as virais acometem mais pessoas na primavera-verão.
A meningite é um processo inflamatório das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), ocasionada por vários agentes etiológicos. Somente este ano, 948 casos e 64 mortes foram registradas no Paraná.
Apesar de ser uma doença que pode ser evitada com a vacinação, as coberturas vacinais têm diminuído frequentemente em todo o País. Desde 2015, o Paraná não atinge a cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde, que é 95%. No último ano, o Estado atingiu 85,71% de cobertura para a vacina Meningocócica C. Este ano, o dado parcial mostra que o Estado atingiu 88,76% do público elegível para essa vacina.
“Precisamos atingir mais pessoas. A meningite é uma doença que, se agravada, pode deixar sequelas e até mesmo levar à morte. Não pode ser subestimada”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto. “Temos imunizantes disponíveis em todo o Estado e contamos com o apoio da população para aumentar a cobertura vacinal e a proteção contra essa doença”.
Os imunizantes disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são:
- Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C (para crianças de 3 e 5 meses com dose de reforço aos 12 meses).
- Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite (para crianças aos 2 e 4 meses com dose de reforço aos 12 meses).
- Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B (recomendada aos 2, 4 e 6 meses).
- Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y (recomendada como dose de reforço dos 11 aos 14 anos).
TRANSMISSÃO E CUIDADOS – A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Os principais sintomas incluem febre alta e persistente, dor de cabeça por vezes insuportável, dor na nuca podendo ocasionar rigidez no pescoço, vômito e grande sensibilidade à luz. As crianças normalmente permanecem quietas, pouco ativas.
Em caso de suspeita, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde mais próxima imediatamente. Se o profissional da saúde suspeitar de meningite, será coletado amostra de sangue e líquor (coletado na região lombar) para testagem. Os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e são realizados com a máxima urgência pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/PR).
Para prevenir, além da vacinação, é indicado manter os ambientes sempre ventilados com janelas e portas abertas; ao tossir ou espirrar é importante cobrir o nariz e a boca com lenço de papel ou com o antebraço, manter as mãos limpas e fazer o uso constante de álcool em gel e evitar o compartilhamento de copos e talheres.
DIA MUNDIAL – O Dia Mundial de Combate à Meningite foi celebrado pela primeira vez em 2008 para aumentar a conscientização sobre a doença. Historicamente, a celebração era realizada em 24 de abril, fazendo com que fosse ladeada por outras campanhas de saúde significativas, mas que dificultavam a participação de outros parceiros. Alterada para 5 de outubro, as organizações que atuam no combate à doença trabalham para que a data seja reconhecida como um dia oficial da saúde, o que permitirá alavancar uma plataforma de maior alcance com informações.
Por - AEN
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), realiza neste mês a doação de 267 veículos pesados, equipamentos e complementos rodoviários, considerados inservíveis ou desnecessários, para prefeituras municipais.
As doações incluem caminhão basculante, caminhão carroceria, semi-reboque, micro-ônibus, cavalo mecânico, motoniveladora, retroescavadeira, misturador de solo, betoneira, roçadeira, compressor de ar, tanque de betume, rolo compactador, entre outros. A lista completa está disponível nesta página.
Os equipamentos e veículos se encontram nas superintendências e escritórios regionais do DER/PR, podendo ser visitados por representante dos municípios do dia 09 ao dia 11 de outubro.
Os itens estão separados em lotes, contendo de preferência três equipamentos em condições que variam de razoável a precária. Cada prefeitura deve manifestar o seu interesse por cada lote específico, não ultrapassando o limite de até seis lotes, sendo três de equipamento e veículos pesados, e três de equipamento auxiliares.
Cada município será contemplado com a doação de no máximo um lote de cada tipo, sendo realizado sorteio nos casos em que mais de uma prefeitura tiver interesse pelo mesmo lote.
O interesse em um lote deve ser registrado por meio do eProtocolo até as 18h do dia 11 de outubro, seguindo todos os critérios estabelecidos em termo de referência e seus anexos, disponíveis no portal do DER/PR.
O objetivo é garantir que esses materiais e equipamentos sejam aproveitados na realização de serviços e obras pelos municípios, voltando a beneficiar a população paranaense, em vez que estavam guardados em pátios ou depósitos.
SORTEIO E CONCRETIZAÇÃO – Nos casos em que mais de uma prefeitura manifestar seu interesse pelo mesmo lote, será realizado o sorteio da vencedora às 08h30 do dia 19 de outubro, na sede das superintendências regionais do DER/PR. Na mesma ocasião serão oficializados os vencedores de cada lote, sendo obrigatória a presença de representante legal do município para finalizar o processo de doação.
Por - AEN
A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil atualizou na tarde desta quarta-feira (4) o relatório sobre os impactos causados pelas fortes chuvas que caem sobre o Paraná desde as primeiras horas do dia.
Até o fim da tarde, a instituição identificou que 3.699 pessoas de 11 municípios foram afetadas de alguma forma pelos temporais. Segundo a Copel, 500 mil consumidores tiveram o fornecimento de energia interrompido em algum momento.
Entre os afetados, 30 foram desalojados e precisaram abandonar temporariamente as suas residências, dos quais 18 permanecem em casas de parentes ou amigos. O número total de casas danificadas subiu para 772, sendo a maior parte em São Jorge do Oeste (400) e Mangueirinha (200), na região Oeste do Estado. Em Pinhão, na região Centro-Sul, 50 pessoas estão desabrigadas e foram encaminhadas para abrigos temporários.
Em Cascavel, na região Oeste, o Simepar registrou pela primeira vez a ocorrência de um tornado. Uma análise mais aprofundada feita pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) com base em registros de vídeos de um sobrevoo pela região urbana de Cascavel comprovou que um tornado passou pela região sul da cidade, nas proximidades do lago.
Segundo o meteorologista e coordenador de Operação do Simepar, Marco Jusevicius, trata-se do primeiro fenômeno do tipo na região desde o início dos registros do Simepar, em 1997. “O Paraná foi atingido por uma instabilidade muito forte que varreu o Estado desde a região Oeste, passando pela região Central, atingindo o Leste do Estado e agora caminha na direção do estado de São Paulo”, informou.
“Esse tornado foi identificado com informações de radar meteorológico e por evidências da destruição na superfície e por sobrevoos de helicóptero na cidade. De acordo com os estragos obtidos, podemos classificar esse tornado como de categoria F2 (tornados dessa categoria podem atingir até 250 km/h), numa escala que vai de F0 até F5”, acrescentou o coordenador do Simepar.
De acordo com ao Defesa Civil, a situação para os próximos dias requer atenção da população. “Os modelos meteorológicos estão indicando um acumulado de chuva alto para os próximos dias em várias regiões do Estado, especialmente desta quarta-feira até sábado. Então fique atento para os alertas da Defesa Civil e a evolução do quadro meteorológico”, explicou o capitão Marcos Vidal da Silva Júnior, que integra a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.
Os cidadãos que desejam receber os alertas da Defesa Civil relacionados às regiões onde moram podem fazê-lo gratuitamente. Para isso, basta enviar o número do CEP via SMS para o número 40199. Caso necessário, é possível acionar o serviço de emergência da Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. “É importante acompanhar a evolução da situação na sua localidade e ficar atento caso haja qualquer indício de alagamento, inundação ou se você mora próximo de uma encosta”, acrescentou Vidal.

ABASTECIMENTO – De acordo com informações da Sanepar, algumas unidades de produção e distribuição de água ficaram sem energia elétrica nesta quarta-feira.
Em Cascavel, geradores foram acionados para manter a operação do sistema de bombeamento de água. A energia foi restabelecida em quase todas as unidades, mas ainda podem ocorrer falta de água ou baixa pressão nas redes de distribuição em todas as regiões da cidade. A previsão é a de que o abastecimento seja normalizado gradativamente durante a noite.
A queda de energia nos reservatórios da Sanepar nos Jardins Araçatuba e Nezita, em Campina Grande do Sul, afetam o abastecimento de água em bairros de Campina Grande do Sul e Quatro Barras. A previsão é de que a energia seja restabelecida em torno das 18h, e a normalização do abastecimento ocorra por volta das 22h.
Em Foz do Iguaçu, a paralisação do sistema, que já voltou a funcionar, afetou o abastecimento nas regiões do Portal da Foz, da Cadeia Pública, dos CDRs, do Distrito Industrial Foz, do Jardim Europa, Jardim Três Fronteiras, Conjunto Habitacional Plaza Foz, Loteamento Nacional, Jardim Aurora, Pilar Parque Campestre, Parque Pilarzinho, Parque Residencial Três Bandeiras, Parque Industrial, Três Lagoas, Jardim Alvorada, Loteamento Novo Mundo, Loteamento Madre Tereza, Loteamento Residencial Jaqueline, Conjuntos Habitacionais Sol de Maio e Fernanda, Conjuntos Residenciais Graúna e Tucuruí, Loteamentos Witt e Menger, Jardins Colombelli, Congonhas, Rita, São João, Vasco da Gama, Atlantis I e II e das Oliveiras I, II e III.
O temporal da madrugada também provocou queda de energia em diversas unidades de produção e de distribuição de água de Cascavel, no Oeste. Por esta razão, poderá faltar água em todas as regiões da cidade. Não há previsão para o retorno da energia e nem para a normalização no abastecimento. No Sudoeste, pode haver desabastecimento e/ou oscilação de pressão na rede de água em Mariópolis, São Jorge D'Oeste, Honório Serpa, Pato Branco e Mangueirinha.
ENERGIA ELÉTRICA – Após quase um dia inteiro de trabalho, os cerca de 1.500 profissionais da Copel envolvidos nos reparos à rede conseguiram reduzir em 66% o número de consumidores desligados pelo temporal. Ao todo, cerca de 500 mil consumidores foram impactados, dos quais 167 mil permanecem sem energia em todo o Estado.
A maior parte se concentra no Norte do Paraná, onde os ventos e as descargas atmosféricas continuam a provocar desligamentos e 76 mil domicílios estão sem luz. As equipes trabalham para atender a 3.436 mil serviços emergenciais cadastrados em todo o Estado. Os municípios mais atingidos foram Apucarana, onde 33 mil consumidores continuam sem acesso à energia elétrica, Jandaia do Sul, com 21 mil desligamentos, e Cascavel, com 20 mil. A maior cidade do Oeste chegou a ter 55 mil consumidores afetados devido ao tornado, mas a maior parte já foi resolvida.
Em ocorrências climáticas como esta, a Copel alerta sobre a importância do cuidado com a segurança. A população deve manter distância de locais onde haja fios rompidos ou postes quebrados, e acionar a concessionária através do número 0800 51 00 116.
A comunicação sobre falta de luz pode ser feita pelo telefone, mas também via aplicativo para celulares, pelo site da Copel e pelo WhatsApp, no número (41) 3013-8973. Caso não haja internet, é possível enviar o aviso à Copel por meio de mensagem de texto (SMS) para o número 28593, escrevendo as letras “SL”, de “sem luz”, junto com o número da unidade consumidora, que pode ser encontrada no cabeçalho da conta de luz da empresa.
Por - AEN
Além da importância das medidas de prevenção, este período de mobilização internacional contra o câncer de mama e do colo de útero, conhecido como Outubro Rosa, também coloca em foco as pesquisas científicas que tornam possível ampliar o acesso a novas terapias, melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida dos pacientes. Atualmente, projetos de pesquisa e extensão da UFPR e da UEPG recebem apoio financeiro da Agência Araucária.
A pesquisadora Daniela Fiori Gradia coordena o estudo “Identificação das redes regulatórias mediadas pelo receptor associado à resistência ao tratamento com tamoxifeno (EphA2) em câncer de mama”. A professora de Genética da Universidade Federal do Paraná (UFPR) explica que, entre os subtipos de câncer de mama, um problema bastante incidente é a aquisição de resistência ao tratamento.
“Nem todos os casos de câncer de mama são iguais e nas células tumorais com muita expressão de estrogênio a terapia com a droga chamada tamoxifeno tem sido bem eficiente para a maioria dos casos. Mas alguns tumores desenvolvem a capacidade de resistir a ação desta droga, tornando o tratamento ineficaz”, diz.
Buscando entender este mecanismo, o grupo de pesquisadores tem estudado uma proteína que é muito importante na via metabólica do estrogênio, chamada EphA2. O tamoxifeno age impedindo o crescimento dos tumores que apresentam grande quantidade de estrogênio.
“Nosso objetivo é impedir a produção desta proteína em células tumorais e avaliar o comportamento destas células na presença e na ausência do tamoxifeno”, afirma Daniela. “Tentamos identificar outras moléculas importantes nesta via que possam ser usadas no futuro como alvos alternativos no tratamento do câncer de mama e em casos de resistência ao medicamento”.
O projeto está na sua fase inicial, com a análise de dados de pacientes em relação ao perfil de proteínas que são expressas em diferentes grupos. Com a identificação de novos candidatos a alvo, há possibilidade do desenvolvimento de outros fármacos que auxiliem no tratamento, mesmo em casos de tumores resistentes ao tamoxifeno.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama na população feminina é o tipo mais frequente (excluindo câncer de pele não melanoma). São estimados 3.650 novos casos a cada ano no Paraná. Além do alerta quanto aos cuidados e fatores de risco, algumas pesquisas estudam o fator da predisposição ao câncer.
É o caso do projeto "Análise de SNP-LncRNAs como potenciais marcadores de predisposição ao desenvolvimento de câncer de mama". O objetivo dele é procurar na parte do DNA, que no passado era considerado como DNA lixo, pequenas mudanças no material genético e que aumentam a chance de uma mulher desenvolver câncer de mama.
“Essas variações no DNA, quando analisadas isoladamente, geralmente influenciam pouco na predisposição. Porém, nosso projeto já identificou algumas variantes mais comuns em algumas mulheres que desenvolveram câncer de mama e agora queremos estudar o impacto de analisar muitas alterações conjuntas”, explica a coordenadora do projeto, Jaqueline Carvalho de Oliveira, também professora de Genética da UFPR.
O grupo de pesquisadores pretende reanalisar bancos de dados públicos para identificar partes de DNA associados com a suscetibilidade ao desenvolvimento de câncer de mama. “Para que nesta análise em grupo a gente consiga realmente identificar mulheres que têm maior chance de desenvolver o tumor, e que isso ajude em um rastreamento mais efetivo para o diagnóstico precoce”, afirma.
O projeto está em nível de pesquisa básica. Os pesquisadores esperam, a partir destas informações, entender melhor a doença e, no futuro, desenvolver novos marcadores de predisposição ao desenvolvimento de câncer de mama.
As duas pesquisas acontecem no Laboratório de Citogenética Humana e Oncogenética da UFPR, que atua na pesquisa do câncer de mama há mais de 30 anos.
PREVENÇÃO – Além de pesquisas para o avanço do tratamento e diagnóstico precoce de câncer, as universidades também recebem incentivo da Agência Araucária para projetos de extensão com ações junto à comunidade na prevenção ao câncer de mama e de colo de útero. O câncer uterino é o quarto tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. São estimados 790 casos novos casos ao ano no Paraná.
Ednéia Peres Machado, professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), coordena um projeto de empoderamento de mulheres por meio da prevenção ao câncer de colo do útero. São ações de incentivo à formação de lideranças comunitárias em regiões de bolsões de pobreza na prevenção contra o câncer para consulta médica e realização de exames de Papanicolau, além de ações de prevenção contra o vírus HPV junto a crianças de escolas públicas.
“Além dos professores do projeto, a equipe conta com uma psicóloga e um biólogo, acadêmicos de enfermagem e as enfermeiras das Unidades Básicas de Saúde que nos dão um importante apoio e onde são feitas as palestras. Levamos também mulheres que tiveram câncer, que fazem parte da Rede Feminina de Combate ao Câncer, para relatar a experiência delas e falar da importância da prevenção”, conta.
O projeto trabalha com duas escolas onde foram sensibilizadas cerca de duas mil crianças para a vacinação contra o HPV. Em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de Ponta Grossa, a primeira dose foi aplicada em maio, e em novembro será a segunda dose. A equipe também desenvolveu uma cartilha sobre a importância da vacinação e alguns alunos também foram capacitados para serem disseminadores na escola e em uma página criada pela equipe nas redes sociais em que desenvolvem ações com vídeos sobre a prevenção ao HPV.
“A universidade quer estar cada vez mais próxima da população e estas ações de combate ao câncer são uma importante forma de cumprir o nosso papel social, apoiando na resolução de problemas cotidianos que a comunidade tem”, ressalta Ednéia.
Por - AEN