Indústria paranaense cresce 2,9% em 2023, melhor resultado da região Sul

A produção industrial paranaense cresceu 2,9% de janeiro a outubro deste ano, frente a igual período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o único estado do Sul com saldo positivo: a indústria gaúcha recuou 4,5% e a catarinense, 2,1%.

Outras altas foram observadas no Rio Grande do Norte (13,6%), Espírito Santo (8,5%), Mato Grosso (5,2%), Pará (4,1%), Amazonas (3,9%), Goiás (3,8%), Rio de Janeiro (3,7%) e Minas Gerais (3,5%). A indústria nacional, no entanto, mostrou variação nula, com média de 0%. 

Os principais motores dessa evolução foram a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (23,3%), alimentos (8,6%), bebidas (3,2%) e móveis (3%). No caso dos alimentos, no qual o Estado já é um polo, com o setor cooperativista faturando mais de R$ 200 bilhões em 2023, foi o terceiro maior crescimento, atrás apenas de Rio Grande do Norte (16,8%) e Bahia (13,4%).

O resultado foi impulsionado também pelo crescimento da produção industrial de outubro, que evoluiu 1,6% em relação a setembro. Foi o maior crescimento da região Sul no período: a indústria gaúcha evoluiu 1,2% e a catarinense registrou um recuo de 0,6%. A variação nacional foi de 0,1% no mês.

De acordo com o IBGE, dez dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse intervalo. Além do Paraná e do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Região Nordeste, Goiás, Ceará, Minas Gerais, São Paulo e Pará registraram crescimento em outubro. 

O Paraná ainda registrou o maior crescimento proporcional em relação a outubro de 2022, de 28,9%, seguido por Espírito Santo (16,9%) e Goiás (13%). Os setores expoentes dessa diferença foram coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (crescimento de 393%), produtos de madeira (27,1%), máquinas e aparelhos elétricos (12,4%), bebidas (11,9%), máquinas e equipamentos (8,5%), produtos de borracha e material plástico (5,6%) e alimentos (5,1%).

A variação dos últimos doze meses também está positiva, em 1,2%, o melhor resultado do Sul, já que as indústrias gaúcha (-4%) e catarinense (-2,6%) diminuíram a produção nesse intervalo.

O Estado ainda teve a melhor média do último trimestre encerrado em outubro, com evolução de 3%, seguido por Goiás (1,8%), Pará (1,5%), Rio de Janeiro (1,1%) e São Paulo (0,8%).

INDUSTRIALIZAÇÃO EM ALTA – As expectativas para os próximos meses e anos são altas no setor. Apenas nesta semana foram feitos três grandes anúncios de expansões ou instalações no Paraná. 

A Renault do Brasil vai investir mais R$ 2 bilhões para produzir um novo veículo no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O aporte vai viabilizar a produção de um C-SUV completamente novo sobre a Plataforma Modular do Grupo Renault, a mesma utilizada na linha de montagem do Kardian, veículo que será lançado para o mercado em março de 2024. O novo investimento faz parte do International Game Plan 2027 da empresa, projeto mundial da Renault que prevê fabricar oito novos modelos, incluindo três SUVs do segmento C, entre 2024 e 2027 para os mercados internacionais.

Outra ampliação será na fábrica da Tirol, em Ipiranga, nos Campos Gerais. A empresa vai investir R$ 40 milhões para ampliar a capacidade produtiva de 600 mil para 800 mil litros de leite por dia. A unidade também será capacitada para fabricar creme de leite.

E a multinacional japonesa Nissin Foods anunciou uma nova planta em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Será a terceira unidade da fabricante líder de macarrão instantâneo no Brasil, com investimento de R$ 1 bilhão. A marca tem uma unidade no estado de São Paulo e outra em Pernambuco.

 

 

 

 

Por -AEN

 Paraná alcança saldo positivo de mais de 122 mil novas empresas em 2023

O Paraná registrou saldo de 122.193 novas empresas abertas de janeiro a novembro em 2023.

O resultado corresponde à diferença entre as 262.575 aberturas e 140.382 baixas no período. O Paraná está com o total de 1,6 milhão de empreendimentos ativos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar).

Houve um aumento de 4% no volume de empresas constituídas em relação ao mesmo período de 2022, com 10 mil a mais, de 262.575 e 252.359. Apenas em novembro foram abertas 20.981 empresas no Paraná, aumento de 10,3% em relação às 18.806 novas companhias do mesmo mês de 2022. O mês também teve o segundo menor número de baixas do ano, com 11.719. O saldo positivo ficou em 9.172.

A principal Natureza Jurídica das empresas abertas em 2023 é Microempreendedor Individual (MEI), com 195.701, seguida da LTDA, com 60.581, e Empresário, com 5.286.

“Estamos comemorando o saldo de 122 mil novas empresas no Paraná. O ambiente de negócios está muito bom. O PIB cresce mais do que a média nacional, a empregabilidade está altíssima, o ensino básico é o melhor do Brasil, e temos uma vocação inovadora. É um crescimento econômico consistente”, destacou o secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros.

“A Junta Comercial do Paraná encerra mais um ano com um saldo bastante positivo e com muito a comemorar, pois temos aqui no Paraná a melhor Junta Comercial do Brasil, com processos sem burocracia, rápidos e auxílio para empresas que queiram investir e contratar”, disse o presidente da Junta Comercial do Paraná, Marcos Rigoni.

TEMPO – O tempo médio na abertura de empresas no Paraná em novembro foi de apenas 13 horas e 28 minutos. O estado ficou atrás de Sergipe (7 horas e 38 minutos), Piauí (9 horas e 25 minutos), Bahia (11 horas e 29 minutos), Mato Grosso do Sul (11 horas e 18 minutos) e Espírito Santo (13 horas e 18 minutos).

O volume de processos do Paraná, no entanto, é muito maior. Foram 5.147 analisados no mês passado, enquanto os demais estados ficaram com menos de 1,5 mil processos no período.

O Paraná também continua sendo o mais ágil da região Sul no registro de CNPJ: Santa Catarina e Rio Grande do Sul tiveram médias de 32 horas e 14 minutos e 25 horas e 48 minutos, nesta ordem.

No Brasil, o tempo médio de abertura de empresas foi de 1 dia e 5 horas, com o movimento de 60.377 processos. Ou seja, no Paraná a média é 16 horas inferior.

O tempo total de abertura de empresas e demais pessoas jurídicas leva em consideração o tempo na etapa de viabilidade, de validação cadastral que os órgãos efetuam e de efetivação do registro e obtenção do CNPJ. Não são considerados os tempos de inscrições municipais ou estaduais e nem a obtenção de licenças para funcionamento do negócio.

Confira o relatório de novas empresas AQUI  e o balanço do tempo de abertura AQUI .

 

 

 

 

 

 

Por -AEN

 Paraná alcança menor número de roubos da história em 2023

O Paraná registrou 20.246 roubos de janeiro a outubro deste ano. Esse é o menor registro desde o começo da série histórica da Secretaria de Segurança Pública, em 2007.

Naquele ano foram, de janeiro a outubro, 46.137 casos, ou seja, diferença de 56%. O pico da série foi em 2016, com 74.076 casos. Desde então houve redução ano a ano e de 2020 a 2023 o número ficou abaixo de 30 mil.

De acordo com os dados reunidos no Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Sesp, o índice de roubos deste ano também é menor que o mesmo período do ano anterior, janeiro a outubro de 2022, que teve 21.465 ocorrências (-5,6%).

A queda no volume de casos em relação ao ano passado pode ser percebida em todas as modalidades do crime: roubo a comércio (de 2.864 para 2.380, uma redução de 18%), residência (de 2.187 para 1.854, queda de 15%) e veículos (de 2.902 para 2.654, ou 8,5%). 

Todas as regiões registraram indicadores positivos neste ano. Em Londrina, no Norte do Estado, a redução foi de 36,5% (de 1.238 em 2022 e para 786 em 2023). Maringá também acompanhou a tendência de queda, com redução de 21% nas ocorrências do crime (de 943 para 744). Em Apucarana, a redução foi de 29%, ou 74 registros, de 255 para 181.

Araucária, Colombo, Campo Largo e Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, também tiveram queda nas estatísticas de roubos. Em Araucária, a queda foi de 51% (de 416 para 204); em Colombo, de 20,5% (de 653 para 519); em Campo Largo, de 27% (de 223 para 163); e em Almirante Tamandaré, de 3,9% (de 257 para 247).

Outra região com menos casos foi Guarapuava, com 47 roubos a menos no período, uma queda de 25,8% (de 182 para 135). Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, teve queda de 26,8%, 59 ocorrências a menos do crime (de 220 para 161). No Litoral do Estado o destaque ficou com Paranaguá com 56 roubos a menos, uma redução de 11% no período comparativo (de 506 para 450).  

“As estatísticas comprovam que estamos no caminho certo, trabalhando diariamente com operações, patrulhamento, investigações, tudo para que o paranaense possa circular com tranquilidade. Já tivermos um grande resultado na redução de homicídios em 2023. Com integração das polícias e uma visão estratégica vamos melhorar ainda mais”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.

FURTOS – O número de furtos também registrou queda de 7,7% em todo o Paraná entre um ano e outro. Foram 149.228 de janeiro a outubro de 2022 e 137.744 no mesmo período de 2023). A redução também ocorreu nos furtos a comércio (de 13.581 para 12.965, uma redução de 4,5%), residência (de 27.975 para 25.736, ou 8%) e veículos (de 11.357 para 10.576, 6,8%). 

Em Curitiba, a redução no volume de furtos foi de 3,7%: 44.531 de janeiro a outubro de 2022 e 42.936 no mesmo período deste ano. Já em Londrina, a queda foi de 10,8% (de 8.561 para 7.636). Ponta Grossa, nos Campos Gerais, apresentou uma redução de 5,6% para o período, passando de 5.283 para 4.987. Em Paranaguá, no Litoral, foram 714 furtos a menos (de 3.161 para 2.447, uma queda de 22,5%).  

São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, registrou 3.999 ocorrências do crime em 2022 e 3.626 no mesmo período deste ano, uma redução de 9,3%. Colombo também assistiu diminuição nos dez meses deste ano: 18,4% (de 2.720 para 2.219). Na 2ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP), com sede em São José dos Pinhais e correspondente a 22 municípios da RMC, foram mais de três mil furtos a menos, de 17.350 para 14.902, uma queda de 14%.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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