O Paraná encerrou o mês de maio com 12.297 pessoas colocadas no mercado de trabalho via Agências do Trabalhador e postos avançados de atendimento. No comparativo com o mesmo período de 2022, quando 10.395 contratos de trabalho foram intermediados pela rede Sine, o crescimento foi de 18,3%.
No acumulado do ano, foram registrados 57.532 encaixes em vagas de emprego, o que representa um aumento de 15,35% em comparação aos cinco primeiros meses do ano anterior, com 49.874 pessoas contratadas via rede Sine estadual. No comparativo com os cinco primeiros meses de 2021, em que 40.913 pessoas tiveram contrato de trabalho intermediado pelo Sine , o avanço é de 40,62%.
Com o desempenho de maio, o Paraná também mantém a curva de crescimento. Foram 8.689 em janeiro, 11.152 em fevereiro, 13.315 em março e 12.079 em abril.
Maio de 2023 também representa o melhor resultado dos últimos 10 anos para esse mês. O melhor resultado até então tinha sido em 2011, quando foram registrados 14.860 encaixes intermediados pelas Agências do Trabalhador e postos de atendimento. Foram 9.501 em 2012, 11.747 em 2013, 10.890 em 2014, 8.845 em 2015, 6.220 em 2016, 6.496 em 2017, 6.346 em 2018, 7.434 em 2019, 2.966 em 2020 (pouco após a chegada da pandemia), 8.860 em 2021 e 10.395 em 2022.
Os municípios que mais empregaram foram Curitiba (892), Toledo (448), Cianorte (424), Marechal Cândido Rondon (399), Francisco Beltrão (390), Assis Chateaubriand (372), São José dos Pinhais (366), Cascavel (335), Pato Branco (350) e Apucarana (257).
Para o secretário de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, esse resultado mostra o impacto positivo dos mutirões de emprego e demais campanhas de empregabilidade realizadas pelo Governo do Estado em todas as regiões do Paraná. "O volume de colocados via Sine em maio comprova a efetividade da nossa estratégia de longo prazo, que é de crescimento mensal, atingindo números maiores que os já registrados nos últimos anos", destaca.
CAGED – De acordo com dados consolidados do Caged, o Paraná acumula mais de 54 mil novos postos de trabalho criados no primeiro quadrimestre de 2023 (saldo de contratações e demissões). Os dados apontam que, até o fim de abril, haviam 2,97 milhões trabalhadores atuando de maneira formal nos 399 municípios paranaenses.
O cuidado com a biossegurança nas estruturas e nos processos nos aviários do Estado é fundamental para evitar que a gripe aviária entre nas granjas comerciais e provoque perdas econômicas incalculáveis.
O recado tem sido transmitido em reuniões realizadas pelos servidores do Sistema de Agricultura do Paraná por todo o Estado e chegou nesta terça-feira (06) a Dois Vizinhos, no Sudoeste, maior produtor paranaense de frango por metro quadrado, e considerada a Capital Nacional do Frango.
“Nunca estamos e nunca estivemos imunes, por isso precisamos estar vigilantes e preparados para agir de pronto e eficazmente se chegar em granjas comerciais”, alertou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Ele foi uma das 400 pessoas, entre produtores, industriais e técnicos que se reuniram no Centro Cultural Arte e Vida. “É momento de alerta, é momento de vigilância, é momento de atitude, é momento de prevenção, prevenção e prevenção”, reforçou.
Há alguns dias o Brasil ainda se mantinha como um dos países que nunca tiveram a gripe aviária. No entanto, foram confirmados pelo menos 23 casos no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Felizmente todos em aves silvestres”, disse Ortigara. É provável que a doença em aves silvestres ou de fundo de quintal também seja observada no Paraná. O grande desafio proposto aos produtores é tomar todas as medidas de biossegurança para evitar que chegue a galpões de criação para exportação".
“Se chegar, pode quebrar economicamente”, advertiu Ortigara. “É um jogo profissional e precisa ser encarado de forma profissional”.
O Paraná produz cerca de 5 milhões de toneladas de carne de frango anualmente, metade das quais para exportação. É responsável por 36% da produção nacional e por 41% da exportação destinada a mais de 150 países. A arrecadação do município de Dois Vizinhos tem 70% oriunda do agronegócio. Nesse segmento, a avicultura representa 62%. Pelo menos 3 mil dos 45 mil habitantes estão diretamente ligados ao setor. Ali são abatidas diariamente 680 mil aves.
“O que for preciso fazer nós vamos fazer”, afirmou o prefeito Luiz Carlos Turatto. Ele determinou que o secretário da Agricultura municipal, Junior Ventura, prepare uma cartilha com todas as normas a serem cumpridas pelos produtores e agroindústrias. “Nós vamos fazer com que tudo seja cumprido. Se precisar parar o município e outros setores para nos dedicarmos a isso nós vamos fazer porque não quero ter de liberar retroescavadeira para abrir valeta e enterrar frangos”, alertou.
O gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, destacou que enquanto houver registro em aves silvestres ou de fundo de quintal nada acontece em termos de exportação. No entanto, se houver ocorrência em granja comercial de qualquer estado brasileiro, dos 150 países que importam carne de frango paranaense, cerca de 20, entre eles os grandes mercados do Japão, África do Sul e Coreia do Sul, podem deixar de comprar do Paraná.
Se for detectada em granja comercial paranaense muitas propriedades serão afetadas com reflexo em todos os países importadores, que têm protocolos diferentes. Alguns podem deixar de comprar de todo o Estado e outros, como China e Arábia Saudita, restringem a um raio de 10 quilômetros do foco. E será preciso um trabalho forte para retomar as vendas.
Dias orientou sobre a necessidade de os produtores e a população prestarem atenção nos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam. Normalmente demonstram falta de coordenação motora no pescoço, tremores na cabeça e no corpo, perda de equilíbrio, andar em círculos e problemas respiratórios, além de ocorrência de muitas mortes de animais.
“É fácil perceber que tem algo estranho com a ave”, disse. Nesse caso não se deve tocar, mas chamar imediatamente algum técnico da Adapar. O contágio pode acontecer pelo contato, razão pela qual se orienta avisar técnicos para que eles façam o serviço usando os equipamentos de proteção recomendados. “Quanto mais rápido diagnosticar, é mais rápido de investigar e resolver’, acrescentou.
CONSUMO – O gerente da Adapar reforçou que não há risco de pessoas serem infectadas pelo consumo de carne de frango. Os donos de aviários devem manter os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos.
A Adapar tem mapeado todo o protocolo de prevenção e de intervenção eficaz, caso seja detectado qualquer problema. Isso se deve muito ao georreferenciamento das propriedades rurais do Estado com conhecimento do número de animais e distâncias. Por isso a importância de todos os detentores de animais fazerem o cadastro na Adapar. A campanha se estende até 30 de junho.
“É uma ferramenta de planejamento e de intervenção que precisa estar afinada para circunscrever o problema ao local em que nasce e não deixar espalhar”, acentuou o secretário Norberto Ortigara. “Temos métodos e planos de contingência para atuar de pronto e eficazmente se chegar. Precisamos dar as mãos para defender nosso negócio”.
Além das reuniões que se espalham por todo o Paraná com orientações práticas aos produtores, há encontros constantes, de forma presencial ou virtual, do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), que reúne órgãos públicos federais e estaduais, entidades do setor produtivo paranaense, técnicos de universidades e forças de segurança pública. O objetivo é manter o mesmo nivelamento nas informações sobre a evolução da doença no mundo, no país e no Estado para tomar medidas de forma conjunta.
Para evitar influenza aviária, segue proibida a realização de eventos com aves no Paraná
Para manter o trabalho sanitário de controle dos impactos da gripe aviária, o Governo do Paraná também reforça que eventos agropecuários, feiras, exposições ou agremiações de criadores que contenham aves de qualquer tipo no Estado estão suspensos. A orientação que norteia o protocolo é a Portaria 578/2023 do Ministério da Agricultura e Pecuária, a mesma que reconheceu estado de emergência zoossanitária no território nacional, por 180 dias, em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 em aves silvestres.
Em fevereiro deste ano, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) emitiu a Portaria 053/2023, de caráter estadual, com a mesma regra, originalmente com uma duração prevista de 90 dias, mas a recomendação foi estendida pela portaria federal.
Outra medida executada pelo Estado é Portaria Conjunta do Instituto Água e Terra (IAT) e Adapar para a execução de ações de contenção da doença. O documento altera a Portaria IAP nº 106, com a inclusão e alteração de critérios para dispensar o Licenciamento Ambiental Estadual para o enterro ou destruição de animais mortos. Assim, no caso de uma emergência sanitária, passa a ser autorizada a destruição de carcaças de animais através da queima a céu aberto, contanto que seja respeitada a legislação ambiental vigente.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (6) a atualização do boletim epidemiológico da dengue.
O informe confirma mais 8.600 casos positivos e cinco mortes. Agora o Estado soma 61 óbitos e 85.397 casos confirmados pela doença, 11% a mais do que no informe anterior (76.797) neste período epidemiológico, que teve início em agosto de 2022 e segue até o final de julho deste ano.
Com relação aos óbitos, três são do município de Londrina (dois homens de 84 e 43 anos, e uma mulher de 74 anos); uma mulher de 74 anos era residente de Ibiporã; e outra de 72 anos era de Missal. Todos tinham comorbidades.
As 22 Regionais de Saúde possuem casos confirmados da doença. Dos 399 municípios, 356 possuem casos confirmados. Os casos autóctones, adquiridos no município de residência dos infectados são a maioria, 65.003, contra 364 adquiridos em outros estados e “importados” para o Paraná. O Estado já descartou 104.774 casos suspeitos.
“A principal orientação para que ocorra a diminuição nos números de casos de dengue é a eliminação dos focos que acumulam água parada, como em vasos de planta, caixas d´água ou pneus velhos deixados no quintal. Precisamos de uma verdadeira força tarefa junto a população para intensificar o cuidado e eliminar o Aedes aegypti”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
CHIKUNGUNYA – O mosquito também é transmissor da chikungunya. Neste informe, o número de casos confirmados é de 617, um aumento de 2,49% em relação à semana anterior, quando os casos confirmados somavam 602. O Estado permanece com 3 óbitos registrados pela doença.
Confira AQUI o boletim da dengue.
Por - AEN
A terceira edição do Ganhando o Mundo para países de língua inglesa teve suas inscrições encerradas na semana passada com 12.148 estudantes inscritos, moradores de todas as cidades do Paraná. Após duas edições para países específicos (Canadá e Nova Zelândia) e 100 vagas em cada uma durante 2022, o atual programa do Governo do Estado que leva alunos da rede estadual para estudar fora do país oferta mil vagas para cinco diferentes destinos: Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Nova Zelândia.
Promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), o intercâmbio começa no início de 2024 e terá a duração de um semestre letivo – que varia conforme o sistema educacional de cada país. A edição é voltada aos estudantes da 1ª série do ensino médio neste ano letivo de 2023, e que cursaram do 6° ao 9° ano do ensino fundamental na rede pública do Estado.
Das mil vagas ofertadas, 399 estão reservadas para os estudantes que obtiverem a maior nota de classificação em cada município do Paraná. Outras 100 vagas são destinadas exclusivamente a alunos beneficiários do programa Bolsa Família, independentemente do município a que pertençam.
Já as demais 501 vagas são voltadas proporcionalmente aos municípios que possuíam número igual ou superior a 100 matrículas no 9º ano do ensino fundamental na data de elaboração do edital nº 72/2022, em novembro do ano passado. O número exato de vagas para cada município pode ser conferido no edital.
Em 358 municípios foram cinco ou mais estudantes inscritos. Em várias cidades a expectativa é de que mais de 20 candidatos concorram, por vaga, como Curitiba, que teve 1.488 inscritos para 59 vagas (ou 60 contando a do Bolsa Família). Esse também é o caso de outros municípios como Apucarana, Campo Largo, Cascavel, Castro, Fazenda Rio Grande, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Maringá, Pinhais, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, entre outros.
CRONOGRAMA – A partir da próxima segunda-feira (12) será divulgada a homologação provisória das inscrições, com período de recurso de dois dias úteis. O resultado dos recursos e a homologação final das inscrições acontece a partir da sexta-feira (16).
Para ter a inscrição validada o estudante precisa cumprir alguns requisitos: ter cursado do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em uma instituição de ensino da rede pública estadual do Paraná; ter médias iguais ou superiores a 7,0 e frequência igual ou superior a 85% em cada uma das disciplinas da matriz curricular (em 2022); ter sido regularmente matriculado no 9º ano na rede pública estadual em 2022 e estar matriculado e cursar a 1ª série do ensino médio na rede estadual em 2023. Na data do embarque, também é necessário ter idade mínima de 14 e máxima de 17 anos e seis meses.
Com todos os aptos selecionados, será divulgada então a classificação provisória a partir do dia 23 – com prazo de dois dias úteis para recursos – e uma semana depois (30) serão divulgados os resultados desses recursos e a tão esperada classificação final com os mil selecionados. A convocação nos colégios com entrega da documentação será feita na semana seguinte, a partir de 04 de julho.
CRITÉRIOS – A nota de classificação para selecionar os estudantes vai considerar três itens: a nota padronizada obtida pelo estudante na Prova Paraná Mais, realizada entre 25 de outubro e 3 de novembro de 2022, o número de certificados obtidos pelo estudante na plataforma Inglês Paraná e os certificados de participação como Aluno Monitor na escola em que ele estiver matriculado. A Prova Paraná Mais 2022 terá peso 70 na nota de classificação. Já o Inglês Paraná e o Aluno Monitor terão peso 15 cada um na pontuação total (100).
GANHANDO O MUNDO – O programa foi criado para possibilitar a ampliação do repertório cultural e acadêmico dos estudantes, permitir sua vivência e experiência na realidade de outros países, consolidar uma rede de jovens líderes que atuarão nas escolas da rede pública estadual de ensino do Paraná, além de potencializar o desenvolvimento da autonomia e aperfeiçoar o domínio da língua inglesa.
São custeadas pelo Governo do Estado as despesas com alimentação, hospedagem, transporte, emissão de vistos e passaportes, passagens aéreas e terrestres, exames médicos, vacinas, seguro-viagem e saúde, taxa de matrícula, mensalidade da escola no Exterior, material didático, uniforme, tradução juramentada da documentação escolar, reuniões de orientação, assim como o curso preparatório de língua estrangeira. Os alunos também recebem um auxílio de R$ 800 mensais.
EM ANDAMENTO – Além da terceira edição do Ganhando o Mundo para países de língua inglesa, estão em andamento outras versões do programa: o Ganhando o Mundo França e o Ganhando o Mundo Professores – ambos já divulgaram a lista dos selecionados, com 40 estudantes e 96 professores e pedagogos, respectivamente, e têm embarque previsto para setembro deste ano.
Por - AEN
O próximo sorteio do Programa Nota Paraná, programa do Governo do Estado vinculado à Secretaria da Fazenda, ocorrerá nesta quarta-feira (7), a partir das 9h30, e terá transmissão ao vivo pelos canais do Instagram, Facebook e YouTube da pasta.
Serão sorteados R$ 5 milhões em prêmios. Nesta edição, estão concorrendo 2.826.924 contribuintes que pediram CPF na nota nas compras realizadas em fevereiro. Ao todo, foram gerados 23.696.973 bilhetes para o sexto sorteio de 2023.
Os consumidores concorrem a 15 mil prêmios de R$ 50, dez prêmios de R$ 10 mil, um prêmio de R$ 50 mil, um prêmio de R$ 100 mil e um prêmio máximo de R$ 1 milhão. Entidades sociais do Estado também concorrem a prêmios, com valores que variam de R$ 100 a R$ 20 mil. Neste sorteio, 1.342 entidades estão elegíveis para disputar os prêmios.
O Paraná Pay, programa que permite usar os créditos do Nota Paraná em certas atividades e setores no Estado, sorteará 8 mil prêmios de R$ 100, totalizando R$ 800 mil. Os valores podem ser utilizados por meio da carteira digital do banco Senff, em estabelecimentos dos setores de turismo, venda de gás de cozinha e combustíveis. Outra opção é transferir o valor para a conta bancária cadastrada no Nota Paraná.
Além dos sorteios mensais, o Nota Paraná devolve aos contribuintes que pedem CPF na nota parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago nas compras realizadas no comércio.
CADASTRO – Para se cadastrar no Nota Paraná, basta acessar o site www.notaparana.pr.gov.br, clicar na opção "cadastre-se" e preencher a ficha com dados pessoais, como CPF, data de nascimento, nome completo, CEP e endereço para criação da senha pessoal.
Para participar dos sorteios do Paraná Pay, o consumidor precisa estar cadastrado no Nota Paraná e ter concordado com os termos de uso dos créditos e prêmios. Para aderir, é necessário acessar o perfil de usuário no site ou no aplicativo e clicar em "concordar".
Por - AEN
O Estado do Paraná apresenta nesta Semana do Meio Ambiente o Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+ Paraná), com vistas ao desenvolvimento sustentável.
O documento, já discutido em várias reuniões, tem como base plano divulgado pelo Governo Federal, que estabelece desafios nacionais a serem vencidos até 2030.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou a importância do trabalho a favor de um Planeta melhor e salientou a contribuição que o Estado já tem dado nessa direção. Em razão disso, foi considerado por dois anos seguidos como o Estado mais sustentável do Brasil, no Ranking de Competitividade dos Estados.
“Estamos crescendo economicamente, mas com responsabilidade ambiental”, salienta. “Este Plano ABC+ exigirá esforços de todos, mas é uma contribuição consistente que o Paraná dá na construção de uma política inovadora de respeito ambiental e social”.
Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o setor agropecuário paranaense, representado por várias entidades que elaboraram o documento, vai dar sua contribuição na garantia de um futuro saudável. “Queremos responder com a mesma bondade os benefícios que recebemos da natureza, pois a agropecuária depende da água, do ar e da terra, física, química e biologicamente bem equilibrados”, afirma.
O plano é fundamental para guiar um Estado que é líder na produção nacional de frangos (35,54%) e também se destaca no cultivo da erva-mate (87,4%) e do feijão (18,1%), além de ter presença significativa em diversas cadeias produtivas, como piscicultura (21,4%), sericicultura (84,21%), mel (15,73%), trigo (2,8%), cevada (73%), leite (13,6%), aveia (22%), madeira (17,2%), ovos (9,56%), milho (9,3%), soja (22,8%) e suínos (19,20%).
BOAS PRÁTICAS – O Paraná tem tradição de boas práticas agropecuárias, entre elas o Sistema de Plantio Direto, que nasceu no início da década de 70, e já adotou vários programas que se sucederam ao longo dos anos e ainda permanecem tendo em vista a conservação e melhorias dos atributos físicos, químicos e biológicos dos solos.
A partir de 2009 o Estado assumiu as orientações da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-15), realizada em Copenhague (Dinamarca). Naquele evento, o Brasil comprometeu-se a reduzir de 36,1% a 38,9% a emissão de gases de efeito estufa até 2020.
A ação fortaleceu-se em 2011 ao referendar o Programa ABC, do Governo Federal, apresentado em 2015 na COP-21, da qual resultou o Acordo de Paris, com metas ambiciosas para garantir um Planeta mais sustentável.
Em 2021 acrescentou-se um + ao ABC, com a criação de uma linha de crédito destinada ao financiamento de tecnologias e sistemas de produção nas propriedades rurais, para promover uma agropecuária mais adaptada à mudança climática e também mitigadora de gases de efeito estufa.
O Segundo Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Paraná, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável/Simepar, apontou que 58% das emissões em 2019 tiveram origem nos subsetores de pecuária, agricultura e mudança no uso da terra, o que amplificou a dimensão do plano estadual.
“Agindo regionalmente assumimos o protagonismo do esforço nacional e mundial de fixar mais carbono no solo e reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa”, reforça Ortigara.
Segundo ele, a responsabilidade do agricultor e do pecuarista é grande e decisiva quando se trata de fixar carbono nos processos produtivos. “Vamos contribuir para aumentar o estoque desse elemento-chave à vida e para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa”, diz. “A construção do presente e do futuro não pode mais ser adiada”.
DESAFIOS – O Plano ABC+ Paraná foi elaborado com a participação de várias entidades públicas e privadas. Os desafios propostos até 2030 levam em conta o histórico da produção agrícola e silvícola do Estado e a situação atual de cada atividade, além do potencial de contribuição em relação à mitigação de gases de efeito estufa.
O Estado está se propondo a recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, qualificar o uso de Sistema de Plantio Direto de Grãos em 400 mil hectares e ampliar em quatro mil hectares o uso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. A tecnologia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta também deve ser estendida para mais 500 mil hectares.
Em Sistemas Agroflorestais, a ampliação será em 30 mil hectares, enquanto as florestas plantadas deverão ocupar mais 220 mil hectares. O Plano também privilegia o uso de bioinsumos em 430 mil hectares e de sistemas de irrigação em 48 mil hectares, além da ampliação em 78,9 milhões de metros cúbicos do Manejo de Resíduos de Produção Animal. O Estado assume ainda o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva e aproveitar 78,9 milhões de metros cúbicos de dejetos animais para a produção de biogás/biometano.
O documento também orienta pelo fortalecimento de programas estaduais que já estão em andamento, como o RenovaPR (transformação energética do campo), Paraná Mais Verde (plantio de novas mudas), Prosolo Paraná (mitigação dos processos erosivos do solo e da degradação dos cursos d’água) e a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, que tem como meta a expansão da pesquisa e a integração da academia aos novos processos produtivos sustentáveis.
“Há margem para que os resultados sejam ainda mais expressivos, por isso estamos prevendo para 2025 uma reavaliação das metas estipuladas agora e, caso sintamos que é possível incrementar os esforços, isso será feito”, diz Breno Menezes de Campos, coordenador do Plano ABC+ Paraná e chefe do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop), da Seab.
As ações e estratégias para se alcançar os objetivos envolvem desde os pequenos hortifruticultores até os grandes produtores de grãos. “A produção sustentável deve ser compromisso de todos, pois a terra, o ar e a água são os principais insumos para quem está integrado à missão de produzir alimentos”, afirma Ortigara. “Produzir e ganhar em produtividade não está em dicotomia com a preservação e o cuidado com o meio ambiente. Pelo contrário, o ambiente responde de forma positiva quando é bem tratado”.
OPERACIONALIZAÇÃO – Os principais atores na operacionalização, estratégia e implementação do Plano ABC+ no Paraná serão o IDR/Paraná e a SEAB/PR. Para difundir e implementar as ações estratégias e tecnologias do ABC+, o IDR-Paraná elaborou um projeto de capacitação do Plano ABC. Estão previstos 12 cursos (periodicidade anual) referentes aos produtos, processos e sistemas preconizados pelo ABC+PR. Esta capacitação será direcionada para profissionais de nível técnico e superior para serem multiplicadores das tecnologias sustentáveis de baixa emissão de carbono.
Além desse projeto de capacitação do Plano ABC+, estão previstas estratégias para levantamento de subsídios para criação e implementação de políticas públicas voltadas para a conservação do meio ambiente e mitigação da emissão de carbono na agricultura paranaense. Para isso o Paraná conta com o apoio de instituições de pesquisa como a Embrapa Florestas, Embrapa Soja, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal (UTFPR), universidades estaduais, além de outras instituições privadas do agronegócio.
RESULTADOS – O objetivo estabelecido pelo Brasil no Plano ABC+ é de reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas até 2030, ou 50% do que se emitiu em 2005. Ele é um complemento ao Plano ABC, realizado entre 2010 e 2020, que apresentou resultados superiores aos previstos. Foram mitigados 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em uma área de 52 milhões de hectares, superando em 46,5% a meta estabelecida.
O foco, que se estende para os Estados, é uma abordagem integrada da paisagem das áreas produtivas, e não apenas sob o aspecto de produção de alimentos. Nisso estão envolvidos os cuidados com o solo, conservação de água, respeito à biodiversidade e cumprimento do Código Florestal.
Por - AEN