Governo do Paraná incentiva criação de fundos municipais dos direitos da mulher

A criação de fundos municipais dos direitos da mulher é uma estratégia essencial da administração pública para fortalecer as políticas para esse segmento da sociedade.

São eles que possibilitam receber recursos financeiros provenientes do governo estadual e de outras fontes, o que ajuda a estruturar e executar ações que visam promover igualdade e combater a violência.

Em março deste ano, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou a criação do Fundo Estadual dos Direitos da Mulher (FEDIM/PR), um divisor de águas no Paraná, e o Governo do Estado lançou em maio a Caravana Paraná Unido Pelas Mulheres, com o objetivo de sensibilizar gestores municipais para criarem, entre outros organismos de políticas para mulheres, esses fundos municipais.

Eles têm como objetivo fornecer suporte financeiro para o planejamento, implementação e execução de planos, programas e projetos voltados à promoção e defesa dos direitos das mulheres. Atualmente, 64 municípios paranaenses possuem um fundo municipal dos direitos da mulher, apenas 16%. Com a caravana, a ideia é sensibilizar lideranças municipais a investirem nessa iniciativa.

De acordo com a secretária estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, a lógica por trás dos fundos municipais da mulher é desburocratizar a gestão e a execução financeira dos recursos destinados a programas e projetos específicos voltados para as mulheres.

“Após a criação do fundo estadual, vamos incentivar os municípios para a criação dos fundos municipais. Isso proporciona um fluxo nos repasses financeiros, criando oportunidades para a implantação de novas ações e fortalecimento das iniciativas já existentes. Essa formatação também promove maior transparência e facilita o acesso a informações sobre as verbas”, pontua.

Mariana Neris, diretora de Políticas Públicas para Mulheres da SEMI, afirma que ao integrar o recebimento desses recursos por meio dos fundos municipais da mulher, os municípios ganham um mecanismo poderoso para captar recursos de outras fontes, além dos repasses governamentais. Doações de empresas e da comunidade em geral podem ser direcionadas para esses fundos, fortalecendo ainda mais as iniciativas locais em prol das mulheres.

“Vamos orientar as prefeituras para que a lei que institui a criação desses fundos seja uma ferramenta de programas voltados para o empreendedorismo feminino, enfrentamento da violência contra as mulheres, formação de cooperativas e outras medidas que possam valorizar as mulheres”, completa.

CARAVANA – Coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher e Igualdade Racial (Semi), a Caravana Paraná Unido Pelas Mulheres percorrerá todas as regiões do Paraná, fornecendo orientações aos prefeitos e gestores municipais. Serão realizados no total dez encontros com o apoio da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e outras associações municipais regionais.

O primeiro encontro ocorreu em Curitiba, com as três associações municipais da região Leste, enquanto os próximos estão agendados para Cascavel, na Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), em 15 de junho, e Francisco Beltrão, na AMSOP (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná), em 16 de junho.

A caravana fortalece esses arranjos de governança, permitindo que o Paraná estabeleça, por meio da SEMI, programas prioritários e cumpra os planejamentos em nível nacional, estadual, regional e municipal voltados para a proteção, defesa e garantia dos direitos das mulheres.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná forma primeira turma de médicos para atuar com acupuntura no SUS

Com o objetivo de expandir a oferta de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) e ampliar o acesso da população paranaense aos benefícios da acupuntura, 58 médicos atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS) de todo o Estado finalizam nesta sexta-feira (2) o curso de Acupuntura para Médicos da Atenção Básica (AMAB).

Esta é a primeira turma de profissionais formados nessa prática no Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná.

Realizado na modalidade semi-presencial, a formação é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Ministério da Saúde (MS) e foi ministrada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As aulas práticas ocorreram na Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP).

“Inúmeras pesquisas científicas vêm comprovando a eficácia da acupuntura para o tratamento de doenças, tanto as agudas como as crônicas. Essa é uma alternativa terapêutica que melhora a qualidade de vida, além de ser um tratamento com tecnologia simples e baixo custo que certamente pode contribuir para o cuidado humanizado e integral na Atenção Primária”, disse o secretário de Estado da Saúde Beto Preto.

No Paraná, as PICS estão normatizadas por meio da Lei nº 19.785, de 20 de dezembro de 2018, que instituiu as diretrizes das especialidades no âmbito do SUS Paraná. Ao todo são 29 práticas integrativas e complementares que auxiliam no tratamento dos usuários.

A acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que faz parte dos recursos terapêuticos da medicina tradicional chinesa (MTC) e estimula pontos espalhados por todo o corpo por meio da inserção de agulhas, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como a prevenção de agravos e doenças.

NA PRÁTICA – O curso contempla as informações essenciais para que o médico não especialista em acupuntura utilize a terapia como parte do manejo de situações clínicas comuns na APS. Mais do que o ensino de protocolos de tratamentos, o curso capacita os participantes a conduzir o raciocínio clínico essencial em acupuntura através de duas grandes perspectivas, a da Medicina Tradicional Chinesa e da Biomedicina (medicina ocidental).

Em complemento aos fundamentos da prática da acupuntura, o AMAB também aborda as principais evidências científicas sobre o uso da acupuntura em diferentes condições clínicas e aspectos práticos no contexto da APS. O objetivo do AMAB é fornecer ferramentas práticas para que o médico da APS consiga incorporar a acupuntura no seu cotidiano.

DADOS – Em 2022 foram realizados 33.072 procedimentos de acupuntura com inserção de agulhas no Estado. Neste ano, entre os meses de janeiro a abril já foram realizados 8.731 procedimentos. Os dados são do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e do Sistema de Informações Ambulatoriais de Saúde (SIA/SUS).

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado oferta seis mil vagas em cursos técnicos para quem concluiu o ensino médio

Os estudantes que já concluíram o ensino médio e querem fazer um curso técnico da Educação Profissional na rede estadual de ensino têm até o dia 12 deste mês para fazer a matrícula diretamente nas instituições que ofertam essa modalidade - chamada subsequente.

No site da Educação Profissionalda Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) é possível verificar as opções de cada colégio em cada cidade. Para a inscrição é preciso comparecer ao colégio levando histórico escolar do ensino médio (original e cópia), RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento e comprovante de endereço recente.

Ao todo, são cerca de seis mil vagas com início no segundo semestre do ano letivo (dia 24 de julho) em mais de 30 opções de cursos, entre eles Administração, Enfermagem, Estética, Desenvolvimento de Sistemas e Recursos Humanos, por exemplo. Os cursos são ofertados em colégios de mais de 70 municípios do Estado, todos presenciais e a maioria no período noturno.

Além dos cursos tradicionais, existem outras opções, como no Colégio Estadual Júlia Wanderley, em Curitiba. “Temos o curso técnico em Guia de Turismo e técnico em Nutrição e Dietética, ambos com duração de um ano e meio”, informa o diretor da instituição, Cristiano André Gonçalves. “O técnico em Guia de Turismo, por exemplo, fornece a carteirinha para trabalhar nesta atividade no Paraná. Turismólogos, formados na área, nos procuram e têm mercado para trabalhar em eventos, no setor histórico, turismo ferroviário”.

A empregabilidade também é ampla no curso de Nutrição e Dietética. “Pode ser em negócio próprio, padarias, restaurantes, dentro de hospitais cuidando da dieta dos pacientes, em academias, enfim, é vasto o campo de trabalho para esses cursos, voltado para alunos que terminaram o ensino médio e profissionais da áreas que querem se aperfeiçoar”, comenta Gonçalves.

Egressa do curso técnico de Nutrição e Dietética, Danielle da Silva Otto é uma das que seguiu carreira na área hospitalar. "Comecei a fazer o curso em 2016. Sempre tive o sonho de cursar Nutrição, mas as condições financeiras não favoreciam. Ingressei no curso técnico que abriu as portas para mim. Consegui estágios, um deles no Hospital do Trabalhador e só aumentei minha paixão pela área", relata.

"Depois que me formei no curso técnico, tive a oportunidade de fazer a faculdade de Nutrição. Durante a graduação trabalhei no Hospital de Clínicas (HC), onde atuei como  técnica de Nutrição responsável pelo lactário e, após me formar, assumi a cozinha do HC por um ano. Atualmente, há quase um ano, estou de volta ao Hospital do Trabalhador, onde fiz meu primeiro estágio como técnica e hoje sou a nutricionista do lactário do hospital, mas também atendo pacientes na área clínica", conta Danielle.

Segundo ela, o curso foi fundamental para o início de sua carreira. "Se eu não tivesse feito o curso, eu não teria a base para conseguir entrar na área e esse suporte profissional, que me fez passar por essas etapas e as portas se abrirem".

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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