O Governo do Estado vai investir quase R$ 8 milhões para aprimorar o monitoramento e a emissão de alertas sobre a ocorrência de desastres naturais no Paraná.
A ação integra o programa Paraná Eficiente, um projeto multissetorial com foco na inovação e modernização administrativa com base em três pilares de atuação: meio ambiente, saúde e gestão pública.
O programa tem duração prevista de cinco anos, com investimento total de US$ 130 milhões (cerca de R$ 655 milhões), recursos financiados pelo Banco Mundial (BIRD) – o contrato de gestão foi assinado em dezembro de 2022. As parcelas do financiamento são liberadas conforme a evolução do projeto, o chamado PforR (pagamento por resultados), comprovada através de visitas técnicas.
Integram a coordenação do Paraná Eficiente, entre outros órgãos, o Instituto Água e Terra (IAT); Casa Civil; secretarias de Estado do Planejamento e da Saúde; e a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil.
Agente público comprometido com o desenvolvimento sustentável da operação, o IAT desenvolveu o programa Inovação Ambiental do Paraná – o i9 Ambiental. Por meio dele, serão destinados recursos para que a Defesa Civil possa qualificar o sistema de alertas para desastres ambientais com base na interpretação e integração de dados.
Além disso, o instituto auxiliará nos mapeamentos que identificam os locais com maiores riscos de desastres naturais no Estado. Braço tecnológico do IAT, o Núcleo da inteligência Geográfica e da informação (NGI) é quem vai operacionalizar o i9.
“Teremos mapeamentos específicos sobre enchentes e deslizamentos, informações que vão subsidiar a Defesa Civil na tomada de decisões, nos alertas que serão emitidos à população. Mas também servirá para a qualificação da nossa área de geologia, saneamento ambiental e recursos hídricos, colaborando com o controle das erosões e enchentes”, afirma a coordenadora do NGI, Sonia Burmester do Amaral.
São duas vertentes de atuação nesta primeira etapa de funcionalidade da plataforma. O mapeamento dos pontos mais suscetíveis a inundações se dará na área de referência da Bacia do Alto Iguaçu, a partir da Região Metropolitana de Curitiba. Já a identificação de áreas com maior probabilidade de ocorrências de deslizamentos ocorrerá em diferentes localidades de todas as regiões do Paraná. Essa fase beneficiará 53 municípios.
Chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd) da Defesa Civil, o capitão Anderson Gomes explica que a partir do investimento em parceria com o IAT, o órgão contará com um novo sistema de informação capaz de cruzar os dados meteorológicos de forma mais precisa para o envio de à população paranaense.
“O IAT irá nos fornecer esses insumos, os mapeamentos, e o sistema no qual está sendo investido vai pegar todos esses dados, recalcular, verificar a assertividade, trazer um dado mais qualificado para que a gente possa tomar a melhor decisão para emitir ou não o alerta”, ressalta.
Ainda por meio do i9, a Defesa Civil adquirirá novas estações telemétricas hidrológicas, ampliando a rede observacional e as informações meteorológicas do Estado, o que permitirá a tomada de decisões antecipadas. É por meio dessas estações que o órgão sabe a precipitação acumulada em cada cidade e qual o impacto que pode ocasionar na população local e em municípios vizinhos.
I9 AMBIENTAL – O projeto integra a Plataforma Inteligente de Gestão Ambiental, composta também pelo Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA) e planejada para ser um grande hub de sistemas interconectados entre si pela Infraestrutura de Dados Espaciais do Paraná denominada GeoPR. É nesse arcabouço digital que estarão os dados cartográficos e cadastrais organizados e atualizados, redes de monitoramento ambiental e ferramentas de suporte à decisão, baseadas em geotecnologias, denominada Inteligência Geográfica (IG).
A maior parte dos recursos à disposição do IAT será usada para elaborar uma nova base planialtimétrica de todo o território na escala 1:10.000, ou seja, com alta resolução. A base terá dados atualizados, precisos e com detalhes necessários para uso por diversas áreas do governo, como agropecuária, saúde, educação, infraestrutura, além sociedade em geral e universidades.
Outro avanço é no atendimento às solicitações referentes à legislação ambiental, que ganhou, nos últimos anos, diversas atualizações, entre decretos e leis estaduais e nacionais. O órgão ambiental do Paraná recebe cerca de 30 mil solicitações de licenciamento ambiental por ano e 10 mil de outorga de recursos hídricos.
Além disso, entre as inovações previstas, está a automação, na qual o próprio sistema pode, por exemplo, negar o licenciamento ambiental de corte de árvores nativas em áreas de preservação. Isso evita a disponibilização de um técnico para fazer a avaliação. “A inovação é fundamental para que as respostas sejam mais rápidas. Os técnicos do IAT vão conseguir gerenciar melhor as ações, com rapidez, mas sempre com a segurança técnica e jurídica”, reforça Sonia Burmester do Amaral.
O i9 conta com investimento global de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 126 milhões). O Tesouro do Estado fará o complemento orçamentário, com total estimado em R$ 177 milhões.
PARANÁ EFICIENTE – Desenvolvido pelo IAT, o i9 faz parte do programa Paraná Eficiente, elaborado pelo Governo do Estado com financiamento do Banco Mundial no valor de US$ 130 milhões. A proposta prevê a inovação e a modernização da Gestão Pública no Paraná com o objetivo implementar projetos de gestão ambiental, de saúde e de inovação e modernização da administração do Estado.
Desenvolvido e gerenciado pela Secretaria de Estado do Planejamento, o programa é multissetorial, com projetos que envolvem as secretarias de Estado da Saúde, da Administração e Previdência, do Desenvolvimento Sustentável e da Fazenda, além da Casa Civil, Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e Controladoria-Geral do Estado.
A maior parte dos recursos destina-se à saúde, com investimento de US$ 86,7 milhões. Neste montante, estão incluídas a implantação de novo modelo assistencial de Atenção Primária à Saúde, a racionalização da rede de assistência hospitalar e a adoção do sistema de informação gerencial integrado. Também devem ser executadas iniciativas voltadas à gestão de recursos humanos e patrimoniais, a implementação de modelo de gestão de investimentos e gastos públicos, o estímulo à inovação e a melhoria do desempenho dos servidores públicos.
Por - AEN
As rodovias estaduais do Paraná iniciaram a manhã desta quarta-feira (11) com fiscalização reforçada pelo Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), ação que permanecerá ao longo de todo o feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida.
A Polícia Militar usará todo o efetivo operacional, com apoio de integrantes do serviço administrativo, para intensificar as abordagens e fiscalizações. O objetivo é intensificar o policiamento ostensivo nas rodovias estaduais com maior fluxo de veículos, a fim de evitar acidentes, infrações e delitos de trânsito.
As equipes estarão em pontos e horários estratégicos nas principais rodovias, atuando com abordagens, radares móveis e etilômetros. Equipes da Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM) e Canil vão ajudar nas abordagens a ônibus de viagens, veículos de carga e passeio.
“Os motoristas devem respeitar as leis de trânsito, obedecer o limite de velocidade, utilizar o cinto de segurança e em hipótese alguma dirigir sob influência de bebida alcoólica. Além disso, é importante lembrar de realizar a manutenção adequada dos veículos para evitar problemas mecânicos durante a viagem e também, verificar a documentação do condutor e do veículo para que esteja regular para trânsito nas vias”, recomendou o tenente Sidinei Hudach, do BPRv.
Para quem vai pegar a estrada, é preciso verificar as condições mecânicas (freios, suspensão e pneus) para evitar problemas. Os motoristas também devem sempre portar os documentos do veículo e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além de estarem em dia com o pagamento de tributos (IPVA, licenciamento e seguro obrigatório).
Por - AEN
O novo boletim epidemiológico da dengue, divulgado nesta terça-feira (10) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), aponta que o Paraná soma 1.495 casos confirmados da doença – são 213 confirmações a mais que na semana anterior.
O Estado permanece sem o registro de óbitos neste período epidemiológico, que teve início em agosto e segue até julho de 2024.
Já foram descartados 6.287 casos e outros 4.966 permanecem em investigação. As 22 Regionais de Saúde (RS) possuem casos confirmados, e dos 399 municípios, 159 têm diagnósticos positivos, sendo 130 autóctones, quando a doença é contraída localmente.
As cidades com maior número de casos são Londrina (288), Maringá (213), Paranaguá (131), Foz do Iguaçu (91) e Paranavaí (58).
Com duas novas confirmações, os casos de chikungunya somam agora 167. Já com relação ao zika vírus, foram notificados 16 casos, sendo oito já descartados e outros oito ainda em investigação.
CLIMA – O monitoramento das condições de risco climático feito pelo Laboratório de Climatologia da UFPR (Laboclima/UFPR), que identifica a formação de situações meteorológicas favoráveis à reprodução do Aedes aegypti, aponta condições de risco médio principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Oeste do Estado. Com o aumento das chuvas é muito importante que a população esteja em alerta para os possíveis criadouros do mosquito.
Confira o boletim AQUI e todas as informações sobre o novo período sazonal neste link.
Por - AEN
O motorista Aparecido Caldeira, de 63 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (11) após o ônibus de turismo que ele conduzia bater na traseira de uma carreta carregada com tinta em Corbélia, no oeste do Paraná, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No veículo estavam 36 passageiros, entre adolescentes e líderes da Igreja Adventista de Maringá integrantes de um grupo de escotismo que estava a caminho de Santa Helena, no oeste do estado, para participar de um evento.
O acidente foi por volta das 4h30 na BR-369, nas proximidades da ponte sobre o Rio Piquiri.
Conforme a PRF, o ônibus com placas de Maringá transitava pela rodovia quando bateu na traseira da carreta com placas do Paraguai que seguia no mesmo sentido da via.
"O local era uma subida em linha reta, a carreta paraguaia estava em movimento, não estava parada ou em pane mecânica, estava devagar subindo por estar carregada. Não tinha marcadas de frenagem, e a pista da esquerda estava livre, porque era uma terceira faixa”, afirmou o inspetor da PRF Salgueiro.
As vítimas
Dos passageiros do ônibus, 13 tiveram ferimentos leves e foram encaminhados pelo Samu para Unidades Hospitalares.
Segundo a Igreja Adventista, um dos passageiros permanece em observação, mas sem gravidade e em breve o grupo deve seguir viagem para o evento em Santa Helena.
O condutor do ônibus, de 63 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local da batida.
Em nota a Igreja Adventista afirmou que desde o incidente, a organização do evento vem prestando assistência a todos os envolvidos e familiares.
A nota diz ainda que lamenta profundamente a morte de Aparecido e que no evento estarão unidos em oração pela família do idoso que morreu após o acidente.
O motorista da carreta não teve ferimentos. As causas do acidente são apuradas.
Por - G1
Profissionais das 448 clínicas credenciadas ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) já participaram de uma capacitação para atendimento as pessoas autistas no processo de habilitação – são cerca de 300 médicos e 350 psicólogos nesse trabalho. ]
O curso foi viabilizado por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) em parceria com a Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas - Onda Autismo.
O intuito é que o Detran-PR, em uma iniciativa inédita no Brasil, preste um atendimento cada vez mais inclusivo e qualificado à população, tratando as pessoas com suas diferenças e especificidades, incluindo aquelas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A iniciativa do Detran é louvável. Afinal, precisamos aprender sempre a melhor forma de atendimento, respeitando as especificidades de cada pessoa. E o conhecimento adquirido não vai apenas interferir no profissional, mas levaremos para a vida”, destaca o secretário de Estado do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
“O Detran tem sido um órgão pioneiro na busca da inclusão. Capacitamos estes profissionais para dar legitimidade, segurança e garantia aos condutores, aos serviços, com tratamento adequado. É muito gratificante fazer parte desta ação. De mãos dadas buscamos soluções e o fortalecimento para honrar o cuidado com os paranaenses”, afirma o chefe de gabinete do Detran-PR, Ismael Oliveira.
INCLUSÃO – Os exames de aptidão física e mental estabelecidos para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), bem como a avaliação psicológica, são idênticos para qualquer pessoa. O mesmo vale para os testes prático e teórico, além de outras etapas do processo. O candidato é aprovado desde que demonstre as habilidades necessárias para conduzir veículo automotor.
Por - AEN
Com uma variação positiva de 3,5% entre agosto e julho de 2023, a indústria paranaense foi uma das que registrou maior crescimento no Brasil, além de estar mais de três pontos percentuais acima da média nacional, que foi de 0,4%.
É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o setor.
Além de superar a média brasileira, o Paraná integra um grupo de nove estados com crescimento no intervalo dos dois meses mais recentes analisados pelo IBGE entre 15 estados e regiões analisadas. Em termos proporcionais, o Estado teve a quarta maior alta, atrás apenas do Amazonas (11,5%), Espírito Santo (5,2%) e Rio Grande do Sul (4,3%).
São Paulo, com alta de 3%, Rio de Janeiro (1,7%), Goiás (1%), Mato Grosso (0,6%) e Santa Catarina (0,5%) completam a lista dos estados com índice positivo. Por outro lado, Pará, com queda de 9%, Bahia (-4,1%), Ceará (-3,8%), Pernambuco (-1,7%), região Nordeste (-1,4%) e Minas Gerais (-0,7%) tiveram variação negativa no mesmo período.
No cenário expandido, a indústria recuou 1,2% no acumulado do ano e 4,2% nos últimos doze meses no Paraná. Em Santa Catarina, as baixas foram de 3,1% e 3,8%, respectivamente, e no Rio Grande do Sul, 5% e 3,5%. As dificuldades no setor são nacionais. Segundo o IBGE, a produção industrial nacional está 1,8% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,3% abaixo do que o ponto mais elevado da série histórica, em maio de 2011.
PRODUTOS – O desempenho recente da indústria paranaense foi puxado principalmente pela fabricação de produtos alimentícios, com alta mensal de 14% em relação a agosto do passado. Outros segmentos que se destacaram neste comparativo com o mesmo mês de 2022 no Estado foram a fabricação de produtos químicos (8,1%), produtos de borracha e material plástico (2,3%), móveis (0,5%) e máquinas e equipamentos (0,3%).
Apesar de uma variação negativa de 0,1%, o setor de bebidas mantém alta no acumulado de 2023, com 3,9% de crescimento. A fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também mantém crescimento entre janeiro e agosto deste ano, com 3% de variação positiva.
Assim como no cenário nacional, alguns setores industriais ainda enfrentam desafios para retomar o ritmo de crescimento. É o caso, por exemplo, da fabricação de produtos de metal, que teve queda de 2,4% no Paraná e de 3% no Brasil no acumulado do ano, e da fabricação de celulose, que registra variação de -1,8% em nível estadual e de -2% no País desde janeiro.
PESQUISA – A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.
Os resultados completos da pesquisa também podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE. A próxima divulgação da PIM Regional está programada para 8 de novembro.
Por - AEN