Cada vez mais o Governo do Paraná, por meio do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), investe no que é produzido localmente para compor a alimentação nas mais de 2 mil escolas do Estado.
Frutas frescas, legumes orgânicos e hortaliças chegam diariamente ao prato dos cerca de 1 milhão de estudantes da rede estadual graças à compra crescente de alimentos da agricultura familiar.
“Hoje, o Paraná adquire mais de 17 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar que são produzidos por cerca de 20 mil famílias, sendo que 1.400 delas têm foco na produção orgânica. São ovos, frutas, legumes, verduras, hortaliças, arroz, feijão, grãos, leite, iogurte e pães que representam 34% de tudo o que é comprado para a alimentação escolar”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
Em 2025, além de aplicar 100% dos recursos federais vindos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) na compra de agricultores familiares, o Paraná destinou mais de R$ 150 milhões à agricultura familiar. “Nosso Estado é referência na área. Já fomos reconhecidos pela OMS e pelo Ministério da Saúde por termos uma das melhores práticas na aquisição de frutas, legumes e verduras diretamente da agricultura familiar por um órgão público”, destaca a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona.
Conforme explica a nutricionista Responsável Técnica pela execução do PNAE do Fundepar, Andréa Bruginski, a compra da agricultura familiar segue três critérios principais: priorizar a produção local, o que incentiva circuitos curtos de comercialização, reduz emissão de CO2 e garante alimentos mais frescos; dar preferência a assentamentos da reforma agrária, indígenas, quilombolas e mulheres, com foco no desenvolvimento de comunidades vulnerabilizadas; e incentivar a produção orgânica.
“Vários municípios melhoraram o Índice de Desenvolvimento Humano por conta desse recurso que passou a entrar. Os dois lados da cadeia são atendidos: o desenvolvimento socioeconômico e o aumento no consumo de alimentos frescos e naturais pelos estudantes”, completa.
Ana Veiga, diretora há seis anos do Colégio Estadual Dom Orione, de Curitiba, conta que percebeu mudanças positivas nos estudantes após a ampliação da oferta de produtos orgânicos da agricultura familiar no cardápio da escola. “As merendeiras usam esses alimentos para preparar pratos diversificados e, assim, conseguimos oferecer aos alunos produtos que, muitas vezes, eles não consumiriam. Eles adoram principalmente as frutas”, afirma.
Segundo Veiga, a escola realiza um trabalho contínuo de conscientização sobre a importância da inserção de alimentos orgânicos da agricultura familiar na alimentação diária dos estudantes. Foi com esse objetivo que, no ano passado, o colégio criou uma horta, onde os alunos cultivam diversos produtos, como couve, alface, café, manjericão, cenoura, cebolinha, orégano, morangos e tomate. “Hoje, os alimentos da horta também são usados na merenda e, quando sobra, nós distribuímos para os alunos. É uma experiência completa de educação alimentar”, destaca a diretora.
COMPRA DIRETA PARANÁ – O Governo do Paraná também atua, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), com a aquisição de alimentos de cooperativas e associações da agricultura familiar para distribuí-los a grande parte da rede socioassistencial do Estado, como casas de longa permanência, hospitais filantrópicos e restaurantes populares.
"Desde sua implementação, em 2020, ele investiu R$ 207,6 milhões na agricultura familiar do Estado, distribuindo 27,4 mil toneladas de alimentos diversos para garantir comida de verdade no prato de quem mais precisa", destaca o Secretário de Agricultura e Abastecimento, Marcio Nunes.
Implementado em 2020 em um contexto desafiador, o programa consiste na aquisição de gêneros alimentícios das cooperativas e associações da agricultura familiar e sua distribuição para grande parcela da rede socioassistencial de todo o Estado (Centros de Referência em Assistência Social -CRAS), casas de longa permanência, hospitais filantrópicos, restaurantes populares, entre outros.
O programa, além de beneficiar a população mais vulnerável, também beneficia agricultores familiares, responsáveis pela produção e abastecimento de grande variedade dos alimentos que compõem a cesta básica da população.
“O programa representa uma política de triplo impacto: econômico, com o fortalecimento de pequenos produtores; social, com a garantia de uma alimentação saudável; e ambiental, fomentando modelos sustentáveis de agricultura”, pontua a chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da SEAB, Márcia Stolarski.
Po r- AEN
A primavera tem registrado diversos fenômenos meteorológicos no Paraná. Quando o paranaense se recupera dos impactos da passagem de um sistema, outro se aproxima.
É o que ocorre neste fim de semana, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Após as fortes chuvas de quinta-feira (16), a intensificação de um sistema de baixa pressão traz mais temporais durante a tarde desta sexta (17), e uma frente fria chega ao Estado no sábado (18).
Na quinta (16) as rajadas de vento chegaram a 110,5 km/h em Cascavel, às 16h. Em Nova Tebas (INMET), por volta das 19h, foi registrada uma rajada de vento de 103,7 km/h. Pelo menos 20 estações meteorológicas do Simepar tiveram rajadas de vento acima de 50 km/h entre a tarde e a noite. Os maiores acumulados de chuva foram em Guaíra (29 mm), Laranjeiras do Sul (27,2 mm) e Dois Vizinhos (INMET) (23,6 mm).
A chuva parou durante a madrugada, entretanto, o mesmo sistema de baixa pressão que ocasionou os temporais de quinta-feira (o cavado meteorológico, próximo ao norte da Argentina e o Paraguai) volta a se intensificar nesta sexta (17), formando novas áreas de instabilidade que avançam em direção às regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
“Nestas regiões há previsão para pancadas de chuva com muitas descargas elétricas e também condições para ventos fortes ainda na manhã desta sexta. As áreas de instabilidade avançam para as demais regiões ao longo do dia em forma de pancadas de chuvas isoladas, mas não se descarta também a ocorrência de temporais localizados em algumas cidades no Centro-Sul, Noroeste, Norte e Leste do estado próximo ao período da noite”, explica Paulo Barbieri, meteorologista do Simepar.
Por conta da chuva, as temperaturas nesta sexta-feira ficam mais amenas no Oeste e Sul. As temperaturas máximas não devem passar dos 24°C nestas regiões. Já no Norte do Paraná, nas cidades próximas à divisa com São Paulo, os termômetros chegarão aos 34°C. Na Região Metropolitana de Curitiba, a tarde será com temperaturas em torno dos 25°C.
SÁBADO DE CHUVA, DOMINGO DE SOL – Entre a noite de sexta-feira e o amanhecer de sábado (18), uma frente fria avança pelo oceano provocando pancadas de chuva em todas as regiões paranaenses. Na madrugada de sábado há condições para temporais localizados em todo o Paraná. Até o amanhecer, as áreas de instabilidade avançam pelas regiões paranaenses rapidamente, provocando rajadas de ventos fortes.
Não é só a frente fria que causará vento forte. “Na noite do sábado, há previsão de rajadas de vento entre 60 km/h e 70 km/h na região litorânea do Paraná, devido a um sistema de baixa pressão juntamente com outro, de alta pressão, que se intensificam sobre o oceano”, ressalta Barbieri.
No sábado as temperaturas não devem passar dos 25°C em todas as regiões paranaenses no período da tarde. Já no domingo (19), com o afastamento do eixo da frente fria para a região Sudeste do Brasil, o tempo fica estável novamente. Já pela manhã o sol predominará no Oeste e Sudoeste.
“Nas demais regiões, principalmente no Norte e Leste do Estado, ainda sob influência dessa frente fria e dos ventos que sopram do quadrante sudeste, a nebulosidade permanece ao longo da manhã e também no período da tarde, com algumas chuvas de intensidades mais fracas”, detalha Barbieri.
As temperaturas voltam a subir no Oeste e Sudoeste, enquanto nas demais regiões paranaenses os termômetros dificilmente ultrapassarão a marca de 26°C.
SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações hidrometeorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas atmosféricas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.
Por - AEN
Nesta sexta-feira (17), dia marcado no calendário do Ministério da Saúde como o Dia Nacional da Vacinação, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) convoca os paranaenses para a Campanha Estadual de Multivacinação, que ocorrerá neste sábado (18), o Dia D.
A ação vai abranger 326 municípios paranaenses e faz parte da campanha nacional para ampliar a cobertura vacinal da população - outros 30 municípios já realizaram ou farão a ação em outro dia. A meta é aplicar 150 mil doses de vacinas do Calendário Nacional de Imunização.
Mais de 1.370 salas de vacinação estarão abertas (8h às 17h) e 9.748 profissionais da saúde participarão do movimento, visando atualizar o calendário de imunização de todos os públicos, principalmente crianças e adolescentes.
Colocar em dia a caderneta de vacinação ajuda a reduzir o risco de reintrodução ou disseminação de doenças que podem ser prevenidas com a imunização, seguindo as orientações e estratégias de rotina e das campanhas vigentes (influenza, dengue, resgate do HPV e Covid-19) e intensificar a vacinação contra sarampo e febre amarela até 59 anos.
“Durante a semana, muitas pessoas não conseguem se deslocar até os pontos de vacinação por causa da rotina de trabalho. Por isso, o Dia D acontece no sábado, justamente para ampliar o acesso das famílias. Nossa intenção é oferecer toda a estrutura necessária para que a campanha tenha o melhor resultado possível”, disse o secretário de Estado de Saúde em exercício, César Neves.
CAMPANHA – No dia 6 de outubro, o Paraná deu início à Campanha de Multivacinação, que segue até o próximo dia 31, com a ação intensiva e abrangente neste Dia D (18). As vacinas disponíveis são: hepatite B, pentavalente, Vacina Inativada Poliomielite (VIP), pneumocócica 10 valente, meningocócica C, meningocócica ACWY, tríplice viral (SCR), varicela, hepatite A, febre amarela, rotavírus, HPV, DTP, covid-19 e influenza.
A ação conjunta entre os governos federal, estadual e municipais pretende incentivar a população a ir até os postos ou unidades de saúde onde serão administradas as vacinas.
DIA NACIONAL DE VACINAÇÃO – A data é um importante alerta para a população sobre os riscos das baixas coberturas vacinais. A imunização é uma das principais formas de prevenção de diversas doenças, podendo evitar casos graves, hospitalizações e até mesmo mortes.
Segundo César Neves, o Estado do Paraná sempre foi reconhecido por conseguir manter boas coberturas vacinais. “Esse histórico é resultado do empenho das equipes de saúde, estrutura da rede e do compromisso da população com a imunização”, disse.
Por - AEN
Em situações de emergência, cada segundo conta. Cientes disso, em uma enquete informal, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) constataram que muitas pessoas não sabem o número para solicitar assistência dos bombeiros.
No Paraná, assim como em todo o Brasil, o telefone do Corpo de Bombeiros Militar é o 193 — atendimento voltado a acidentes, quedas, traumas, incêndios, resgates e situações de risco à vida.
“Saber para qual número ligar e quais informações repassar pode fazer toda a diferença para garantir que o socorro correto chegue o mais rápido possível”, comenta a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, chefe da Comunicação Social do CBMPR.
As forças de segurança da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) atuam de forma integrada para garantir uma resposta mais eficiente ao cidadão, mas cada força possui um número específico de sua central de atendimento. “Muitas pessoas confundem estes números de emergência e acabam ligando para o serviço errado, o que pode atrasar o atendimento”, ressalta a capitã.
O 193 deve ser acionado sempre que houver vítimas de acidentes, quedas ou situações que envolvam trauma físico, além de incêndios e salvamentos. Já o 192, do SAMU, é destinado a casos clínicos como, por exemplo, mal súbito, AVC, dor no peito ou falta de ar. A Polícia Militar do Paraná (PMPR), no 190, deve ser acionada em situações de crime, violência ou perturbação do sossego. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) atende pelo 197, registrando denúncias sobre crimes, inclusive anônimas.
O atendimento pelo 193 é feito diretamente pela Central de Operações do Corpo de Bombeiros, que direciona o tipo de viatura mais adequada para cada ocorrência. Esta central também é responsável por acionar o SIATE (Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), serviço que funciona por meio de uma parceria entre a SESP e a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), permitindo o atendimento pré-hospitalar de vítimas de traumas em via pública pelos bombeiros.
O sistema foi o primeiro do gênero implantado no Brasil, servindo como referência para os demais Estados da Federação. “Quando a pessoa liga para o 193, a central identifica se é necessário enviar uma ambulância do SIATE, um caminhão de combate a incêndio ou até uma equipe de oficiais para gerenciamento de ocorrências com múltiplas vítimas. Tudo depende da qualidade das informações recebidas”, explica a bombeira.

INFORMAÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA – Informações precisas e o mais completas possíveis, fazem a diferença em situações de emergência. O atendente precisa ter o endereço completo, número de vítimas e entender o que está acontecendo para direcionar a resposta adequada. As perguntas feitas durante a ligação são essenciais para definir o tipo de viatura e de equipe que serão enviadas, agilizando o socorro. Por isso, manter a calma e responder todas as indagações do atendente é fundamental.
No caso específico de atendimento pré-hospitalar, quando uma solicitação é feita através do 193, o atendente repassa imediatamente ao médico Coordenador do SIATE, responsável pela triagem dos casos. Ele é preparado durante a chamada para perguntar às vítimas todas as peculiaridades e, em seguida adotar as medidas necessárias para o socorro, em conjunto com o Chefe de Operações do Corpo de Bombeiros.
A capitã também reforça a importância de ensinar os números de emergência para todos os membros da família, inclusive as crianças. Muitas vezes, o socorro pode depender de uma ligação feita por elas. Manter os números anotados em locais visíveis — como na geladeira ou próximos ao telefone — pode ser decisivo em um momento de pânico.
Importante ressaltar que a ligação é gratuita e pode ser feita também de aparelhos celulares, mesmo com a tela bloqueada. Indiferente de marca ou modelo, os celulares possuem a função “ligação de emergência” logo na tela inicial, que já vem com os números nacionais padrão salvos, além de redirecionarem ligações de números de emergência de outros países como 911 e 112.
Números de emergência:
- 193 – Corpo de Bombeiros: acidentes, quedas, traumas, incêndios e salvamentos
- 192 – SAMU: emergências clínicas (ex.: mal súbito, AVC, dor no peito, falta de ar, entre outros)
- 190 – Polícia Militar: crimes, violência, perturbação do sossego
Orientações importantes em caso de emergência:
- Mantenha a calma.
- Tenha em mãos o endereço completo (rua, número, bairro e cidade).
- Informe com clareza o que está acontecendo e quantas pessoas precisam de ajuda.
- Ouça e siga atentamente as orientações do atendente — cada pergunta tem um propósito.
- Ensine crianças e idosos da casa a reconhecer e usar os números de emergência.
- Deixe os telefones anotados em locais visíveis (geladeira, mural, telefone fixo).
- Lembre-se: chamadas de emergência podem ser feitas mesmo com o celular bloqueado.
Por- AEN
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) atua diariamente no controle, acompanhamento de casos e planejamento das ações contra a raiva no Paraná. Isso envolve vigilância em campo e trabalho técnico dos departamentos que monitoram ocorrências e orientam as equipes regionais.
Entre as ações mais características está a revisão de abrigos de morcegos hematófagos, principal transmissor do vírus da raiva. Cavernas, furnas, bueiros, construções abandonadas ou até troncos de árvores são locais utilizados pelos morcegos para abrigar suas colônias. A revisão do número de abrigos é essencial para o controle da doença e exige ações de campo constantes realizadas pelos fiscais e assistentes da Adapar.
De acordo com a Divisão de Raiva dos Herbívoros da Agência, o Paraná possui mais de mil abrigos de morcegos cadastrados, sendo 951 considerados ativos, ou seja, locais onde há presença confirmada de morcegos hematófagos. “A Adapar faz isso de forma rotineira, com revisão uma vez por ano ou a cada dois anos em algumas situações. O importante é manter o controle atualizado e acompanhar essas populações”, explica a chefe da Divisão de Raiva, Elzira Pierre.
Essas ações são realizadas muitas vezes em áreas de mata, grutas ou propriedades rurais de difícil acesso. Munidos de equipamentos de segurança, lanternas e instrumentos específicos, os fiscais e assistentes de fiscalização da Adapar entram nos abrigos para observar a presença dos morcegos, estimar o tamanho das colônias e registrar informações sobre a espécie e o comportamento dos animais.
Esse levantamento técnico é essencial para identificar mudanças na dinâmica populacional e definir se há necessidade de intervenção. É importante destacar que somente a espécie Desmodus rotundus (morcego hematófago) pode ser manejada e tratada. As demais espécies são protegidas por lei e não devem ser capturadas.
PASTA VAMPIRICÍDA – Mas o trabalho da Adapar não se limita ao monitoramento. Quando há indícios da presença da doença, a resposta precisa ser imediata. Em caso de notificações de casos suspeitos de raiva, a Adapar atua prontamente, direcionando equipes para as propriedades. “Se estão ocorrendo focos na região e há um aumento expressivo da população de morcegos, é feita a captura e o tratamento com a pasta vampiricida. Essa resposta rápida é essencial para conter a disseminação da doença”, explica Elzira Pierre.
A pasta vampiricida é aplicada de forma controlada sobre o dorso de alguns morcegos capturados. Ao retornarem à colônia, eles transmitem o produto aos demais por meio do hábito de se lamberem, o que interrompe o ciclo de infecção.
As notificações podem ocorrer tanto pela presença de morcegos em propriedades rurais quanto por animais de produção com sintomas compatíveis com a raiva. Por isso, o olhar atento do produtor é fundamental para o funcionamento do sistema de vigilância, que depende diretamente das notificações feitas ao serviço oficial.
A partir dessas informações, a Adapar define as ações prioritárias de campo, com o objetivo de proteger os rebanhos e evitar prejuízos aos produtores. “O produtor notifica em caso de ataques na propriedade, e a gente investiga se existe um abrigo por perto de morcegos hematófagos”, explica Márcio de Andrade, assistente de Fiscalização da Adapar do Escritório Regional de Cascavel, que atua diretamente na revisão dos abrigos.
PREVENÇÃO E VACINAÇÃO – Além do controle de abrigos, a Adapar também atua de forma constante na orientação sobre a vacinação dos animais de produção. A imunização é a principal forma de prevenção.
O preço da vacina, que varia de R$ 2,00 a R$ 3,00 por dose, é acessível e pode ser adquirida nas casas veterinárias. Os animais que forem vacinados pela primeira vez devem ser revacinados entre 21 e 30 dias após a dose inicial. Depois disso, a vacinação passa a ser anual, garantindo a proteção contínua contra a raiva. Para 30 municípios da região Oeste, a vacinação é obrigatória.
“A medida mais importante é a vacinação dos animais contra a raiva. É somente através da imunização que conseguimos efetivamente controlar a doença”, reforça a veterinária Luíza Coutinho Costa, fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar.
Para reforçar a vacinação preventiva e esclarecer informações de forma educativa para apoiar os produtores, a agência realizou no início do mês uma mobilização que percorreu municípios do Oeste do Paraná conscientizando produtores, estudantes e profissionais sobre a doença.
DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO LABORATORIAL – O diagnóstico da raiva no Estado é realizado pelo Laboratório de Diagnóstico Marcos Enrietti, da própria Adapar, responsável pelos exames que confirmam ou não os casos e apoiam as ações de campo. O laboratório mantém comunicação direta com os departamentos de epidemiologia animal e com as secretarias municipais e estaduais da Saúde, garantindo o monitoramento conjunto dos casos e o alerta rápido para possíveis riscos zoonóticos.
“No laboratório, as amostras são testadas inicialmente para raiva, e os primeiros resultados saem em até 48 horas. Isso é essencial para as ações de defesa sanitária e de saúde pública”, explica Rubens Chaguri de Oliveira, chefe do Departamento de Laboratórios da Adapar. “Caso as amostras sejam negativas, elas seguem ainda para uma série de diferenciais, para que possamos compreender o que causou a morte do animal e identificar outras doenças com sintomas neurológicos semelhantes”.
DOENÇA – A raiva é uma zoonose que representa risco tanto para os rebanhos quanto para as pessoas. Transmitida principalmente por morcegos hematófagos, a doença causa prejuízos econômicos aos produtores e ameaça à saúde humana, já que não há cura após o surgimento dos sintomas.
A Adapar reforça que casos suspeitos devem ser notificados imediatamente, pois atua de forma preventiva e técnica em prol da sanidade dos rebanhos e da segurança da população rural. Também é importante evitar o contato direto com morcegos e com a saliva de animais que apresentem sinais neurológicos, como dificuldade de locomoção, salivação excessiva ou comportamento agressivo. Em situações assim, a recomendação é manter distância e comunicar imediatamente a Adapar.
Por - AEN
A aquisição de novos equipamentos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), fortalece as ações voltadas à saúde bucal. Entre 2023 e 2025, 113 municípios paranaenses receberam novos consultórios odontológicos, ampliando os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A iniciativa integra a política estadual de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) não apenas aumentando o acesso, mas também qualificando a assistência na área. “Queremos intensificar e qualificar a atenção em saúde bucal, dando aos paranaenses ainda mais motivos para sorrir. Reforçamos, assim, nosso compromisso com a inovação e a qualidade nessa área”, disse o secretário de Estado da Saúde em exercício, César Neves.
Em 2023, consultórios odontológicos completos foram entregues a 36 municípios. Em 2024, 49 cidades foram contempladas e em 2025, até o momento, são 28, um total de 113 municípios beneficiados com os equipamentos. Todos com equipes credenciadas e aptas ao trabalho. Em todo Paraná, são 1.735 equipes de saúde bucal, compostas por cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal.
EQUIPAMENTOS – Cada conjunto de equipamentos entregue às Unidades de Saúde inclui cadeiras odontológicas, mochos odontológicos, kit acadêmico, material clínico, instrumentos, fotopolimerizador, ultrassom com jato de bicarbonato, mini-incubadora, seladora, bomba de vácuo, autoclave e compressor. As cidades contempladas no critério de desempenho também receberam equipamentos e acessórios para radiografia periapical.
Os critérios avaliados para distribuição dos equipamentos foram estabelecidos na resolução nº 105/2023 da Sesa. São considerados o desempenho no antigo Programa Previne Brasil e a expansão da cobertura de saúde bucal, atendendo os municípios que credenciaram novas equipes de saúde bucal.
QUALIDADE – Com esses investimentos, o Estado garante também melhores condições de trabalho para os profissionais e mais conforto, segurança e qualidade no atendimento à população.
A chefe da Divisão de Saúde Bucal da Sesa, Carolina de Oliveira Azim Schiller, destaca a importância da ampliação do acesso à atenção em saúde bucal no Estado. “Estas ações promovem a saúde, a prevenção, o tratamento e a reabilitação de nossos pacientes, melhorando a qualidade de vida”, disse.
RECURSOS – Desde 2019, o Governo do Estado destinou mais de R$ 72 milhões para a saúde bucal. A rede pública de saúde oferece atendimento preventivo e terapêutico. Além dos equipamentos, a Sesa repassou R$ 3.841.550 para equipar as clínicas odontológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
COMBATE AO MAU HÁLITO – A Secretaria estadual da Saúde apoia a Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito e reforça a importância do diagnóstico precoce e do acolhimento, já que mais de 30% da população brasileira convive com o problema, que pode ter causas bucais ou indicar alterações metabólicas e sistêmicas.
O mau hálito constante pode ser um sinal de alerta para a saúde e não deve ser tratado como tabu. A campanha, promovida pela Associação Brasileira de Halitose (ABHA), propõe transformar preconceito em cuidado e informação. Com o tema “Mau hálito constante indica problema de saúde”, a ação acontece de 22 de setembro a 25 de outubro em todo o país.
NAS ESCOLAS – O Projeto de Atenção à Saúde Bucal na Primeira Infância chega aos Centros Municipais de Educação (CMEIs), vinculados ao Programa Saúde na Escola (PSE), em cinco municípios da 15ª Região de Saúde – Ângulo, Colorado, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças e Sarandi. A meta é alcançar 2 mil crianças de 0 a 6 anos com ações de prevenção e promoção da saúde bucal e distribuir kits de higiene bucal.
Os profissionais farão levantamento epidemiológico em relação à cárie e estratificação de risco. O projeto é desenvolvido pela Sesa em parceria com o curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Por - AEN































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