Programa Parceiro da Escola tem mais de 86% de aprovação dos pais

Mais de 86% dos pais de estudantes dos colégios contemplados no programa Parceiro da Escola aprovam o primeiro semestre da mudança, aponta uma pesquisa da Radar Inteligência divulgada nesta segunda-feira (7). Outros dados importantes do estudo são que 84,2% recomendariam o modelo a outros pais e responsáveis e 92,2% entendem que a há cuidado da escola com o filho. 

A pesquisa foi realizada pelo instituto ao longo do mês de junho com o objetivo de mensurar os resultados desde sua implantação. Foram entrevistados 2.002 pais de estudantes de escolas que integram a iniciativa em todo o Paraná em 15 Núcleos Regionais de Educação. 

No detalhamento dos 86,5% que aprovam, o maior recorte é das mães (87,1%). Regionalmente, os maiores indicadores de aprovação são nas regionais de Ponta Grossa (94,9%), Toledo (93,5%), Londrina (93,1%), Área Metropolitana Sul de Curitiba (90,3%), Assis Chateaubriand (90,0%) e Maringá (89,0%). Entre a média de 84,2% de recomendação, as regionais de Ponta Grossa (94,9%) e Assis Chateaubriand (93,4%) têm os maiores índices.

“O balanço semestral revela que o programa Parceiro da Escola vem promovendo avanços concretos na gestão educacional do Paraná, como esperávamos na formatação original. A combinação entre planejamento detalhado, uso estratégico de plataformas, participação da comunidade e estrutura descentralizada tem sido eficaz para transformar o cotidiano das escolas e fortalecer a qualidade da educação pública”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

O Parceiro da Escola otimiza a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas por meio de parcerias com instituições especializadas em gestão educacional. Atualmente, 82 escolas estaduais são geridas por diretores concursados em parceria com Apogeu, Tom Educação ou Impulso. Isso permite que diretores e gestores pedagógicos se concentrem mais na qualidade educacional, acompanhando o progresso dos alunos.

Desde o início de 2025, a iniciativa tem promovido mudanças significativas na gestão educacional, com melhorias tanto na área pedagógica quanto administrativa. Os avanços vão da redução no número de aulas vagas (uma vez que a reposição é obrigação contratual das empresas), avanços no acompanhamento pedagógico e evolução na qualidade dos ambientes escolares, com novos equipamentos e locais reformados.

Outros pontos do programa, como entrega de uniformes e kits de ensino, também foram bem avaliados. A pesquisa aponta que 97,9% dos entrevistados classificam como “importante” ou “muito importante” a entrega de uniformes gratuitos aos estudantes pela empresa parceira. Já 91,4% avaliaram como “ótimo” ou “bom” o fornecimento de materiais escolares.

A pesquisa ainda aponta que 81,4% dos pais sabem que a escola onde o filho estuda está incluída no programa, índice que chega a 94,4% em Londrina e 83,4% em Curitiba. Entre os principais mudanças positivas apontadas estão a falta de aulas vagas, em primeiro lugar, pinturas e reparos, consertos mais rápidos, qualidade do ensino e alimentação.

RESULTADOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS – Os resultados do Parceiro da Escola vão além da aprovação pela comunidade escolar. Um dos diferenciais do programa é o uso intensivo de tecnologia para coleta e análise de dados. Formulários digitais e relatórios de vistoria reúnem informações sobre governança, fiscalização e serviços prestados nas escolas. Esses dados servem como base para reuniões periódicas, orientando decisões estratégicas e operacionais em todos os níveis e permitindo uma gestão ágil, fundamentada em evidências.

A estrutura organizacional da coordenação do programa Parceiro da Escola, vinculada à Unidade Técnica de Convênios e Parcerias (UTCP), é segmentada em áreas de gestão, fiscalização, governança e comunicação. A atuação de 14 articuladores regionais, alocados nos Núcleos Regionais de Educação (NREs), garante capilaridade e suporte adaptado às realidades locais.

Os dados da Seed-PR revelam melhorias em índices pedagógicos e administrativos: 99% das escolas cobertas pelo programa não apresentaram aulas vagas e 67% aumentaram o número de observações pedagógicas em sala de aula após a implantação do programa. Outro destaque é o engajamento dos gestores escolares em ações formativas: cerca de 45% dos diretores passaram a participar mais ativamente de programas de formação continuada.

As avaliações internas, que levaram em consideração a opinião dos diretores das escolas, também trouxeram bons resultados. A alimentação escolar é avaliada como positiva por 99% dos diretores, tanto em qualidade quanto em quantidade. A limpeza tem 95% de aprovação das direções escolares e 92% consideram os produtos fornecidos pelas empresas parceiras são adequados. Além disso, 46% das escolas que demandam reparos estruturais relevantes já possuem planejamento para a intervenção.

O clima organizacional também é bem avaliado. Em mais de 90% das escolas, os coordenadores dos parceiros privados são participativos. Segundo os diretores, 81% estão “totalmente satisfeitos” com o trabalho.

“O programa Parceiro da Escola representa um novo patamar na gestão educacional do Paraná. Com investimentos robustos, inovação, transparência e foco nos resultados, conseguimos garantir mais qualidade para o ambiente escolar e melhores condições de trabalho para nossos profissionais”, diz Miranda. “Essa dinâmica de corresponsabilidade garante transparência e legitimidade às decisões de gestão e aprimoramento do programa”.

INCLUSÃO – Entre os impactos práticos do programa, o Colégio Estadual Maria Montessori, de Curitiba, é um exemplo de como o ambiente escolar pode ser transformado para promover a inclusão. Recentemente foi inaugurada a Sala de Acomodação Sensorial, um novo espaço projetado especialmente para atender estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições de neurodesenvolvimento.

A ideia partiu do professor Bruno Luís Simão, que percebeu a necessidade de um espaço adequado para acolher os estudantes. A proposta foi abraçada pela equipe da escola e viabilizada com apoio direto da empresa parceira. “Quando esse estudante está dentro do espaço escolar e tem alguma crise de desregulação, ele precisa de um momento para se reorganizar. Ter uma sala de acomodação sensorial permite que esses estudantes saibam onde recorrer e tenham um professor junto a eles para fazer essa regulação e voltar a sua rotina normal”, explica o professor.

Com equipamentos que oferecem estímulos visuais, táteis, auditivos e proprioceptivos, a sala tem funções educativa, terapêutica e preventiva. Conforme a diretora da escola, Graziella Pia de Miranda, o espaço gerou impacto direto no processo de aprendizagem. “Eles estão em fase de crescimento, então eles vêm para essa sala e podem confraternizar com outros alunos da educação especial, com um profissional para atendê-los”, relata.

O apoio da empresa parceira foi fundamental para que o projeto saísse do papel. “Essa sala só foi possível, com essa estrutura, porque nós temos o Parceiro da Escola”, reforça Simão.

O impacto também se nota na vida das famílias. “Quando meu filho chegou aqui, não interagia com ninguém, não se alimentava. Hoje, ele come frutas no colégio, tem uma alimentação selecionada. Esse é um colégio modelo para crianças autistas, eu só tenho o que agradecer ao colégio e a todos os profissionais que estão aqui”, conta Niceia Aparecida de Almeida, mãe de um estudante do Maria Montessori.

PROGRAMA – O Parceiro da Escola é fruto de uma lei estadual, após um projeto-piloto em Curitiba e São José dos Pinhais. A seleção das escolas ocorreu em dezembro de 2024. As 82 unidades do Parceiro da Escola estão distribuídas em 34 municípios: Almirante Tamandaré, Andirá, Apucarana, Arapongas, Assis Chateaubriand, Bocaiúva do Sul, Cambé, Campo Largo, Campo Magro, Cascavel, Castro, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ibiporã, Jaguariaíva, Londrina, Maringá, Matelândia, Matinhos, Medianeira, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palmeira, Pinhais, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, São José dos Pinhais, Sarandi e Toledo.

O grupo Apogeu é responsável pela gestão de 16 colégios estaduais em Curitiba, Região Metropolitana (RMC), Litoral e Guarapuava. A Tom Educação faz a gestão de 32 unidades nas regiões Norte, Oeste, Campos Gerais, RMC e Curitiba. Nas outras 34 escolas do programa, distribuídas entre as regiões Oeste, Noroeste, Curitiba e RMC, a responsabilidade é da empresa Impulso.

 

 

 

 

 

 

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 Com RenovaPR, 10 mil projetos sustentáveis de energia transformam paisagem rural

O Programa Renova Paraná, do Governo do Estado, oferece subvenção dos juros para financiamento de sistemas de geração de energia renovável no campo. As taxas de desconto variam: agricultores familiares podem zerar os juros, enquanto médios e grandes produtores recebem abatimentos proporcionais. O impacto é imediato – a economia na fatura de energia costuma ser suficiente para cobrir as parcelas do financiamento.

Desde 2021, mais de 35 mil sistemas de geração de energia renovável foram instalados no meio rural paranaense, fruto dessa nova visão para o setor, entre iniciativas isoladas e que contam com apoio público. Ao todo, foram investidos R$ 5,5 bilhões. Os financiamentos (cerca de R$ 1,54 bilhão) atingiram quase 10 mil projetos aprovados com apoio do Renova Paraná (RenovaPR), voltados principalmente para painéis solares e sistemas de biodigestão, com aporte de R$ 260 milhões do Governo do Estado para equalização dos juros.

O financiamento, com juros cobertos pelo Estado, tem prazo de até dez anos. Os sistemas de placas solares, no entanto, têm vida útil de pelo menos 30 anos. “É como se o produtor comprasse 20 anos de energia com desconto, e com um retorno garantido”, explica Herlon Almeida, coordenador estadual do programa RenovaPR no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

A subvenção dos juros para a instalação de geradores de energia limpa é feita com recursos 100% do Governo do Paraná. O benefício é operacionalizado por meio do Banco do Agricultor Paranaense (BAP), com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE).

"Esse é um programa fundamental para garantir a produção sustentável e o crescimento da nossa agricultura e pecuária. O Estado entendeu a sua vocação e aposta cada vez mais em programas de apoio à produção do campo, como o Banco do Agricultor, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que serão uma alternativa barata ao Plano Safra, e os investimentos em irrigação e estradas rurais", complementa o secretário de Agricultura e Abastecimento, Márcio Nunes.

ECONOMIA – A produção de proteína animal e de produtos hortifrutigranjeiros requer grande gasto de energia. São refrigeradores que conservam a carne, ventilação para os animais ou bombas de água para irrigação de legumes e vegetais. Os produtores que aderem a produção de energia com fontes renováveis pagam apenas a taxa mínima de energia, que varia entre R$ 24 a R$ 82.

Com o dinheiro que deixou de gastar na conta de luz, Idemar Dalberto, da cidade de Nova Prata do Iguaçu, passou a investir na manutenção da produção e no conforto da família. “Antes era difícil, a energia vinha muito cara, mal dava para irrigar o pasto. Agora deu até para instalar um ar-condicionado na casa e dar mais conforto para a família. Deu para melhorar bem o padrão de vida”, celebrou. 

Segundo ele, com a economia feita mês a mês, é possível fazer uma série de melhorias na propriedade. A principal foi a compra de uma carreta basculante, que auxilia no processo de transporte de silagem de milho, que serve para alimentação das vacas leiteiras. “Conseguimos investir mais na conservação do solo para a pastagem, comprando mais adubo e calcário para recuperar a terra. Também compramos um pulverizador automático, que facilita a aplicação de produtos como inseticidas, fungicidas e fertilizantes”, conta.

Já Iranei Donizete chega a economizar R$ 25 mil por mês com criação de porcos na cidade de Mamborê, na região Centro-Oeste. São 2.500 porcas matrizes na propriedade com a venda de até 1.700 leitões por semana. Além das placas solares, o produtor instalou o biodigestor que transforma o dejeto dos animais em produção de biogás, que pode ser usado como fonte de energia.

A maior parte da energia é consumida no aquecimento dos leitões e na climatização dos barracões de maternidade, o que diminui o estresse animal e aumenta a produção. Outro custo alto de energia é o sistema automático de alimentação, que também possibilita uma diminuição no custo de mão de obra.

“Com o dinheiro que deixo de pagar na conta de luz, posso pagar as parcelas do financiamento e reformar a minha propriedade. Neste momento, estou fazendo mais um barracão para mais espaço para os animais, reformando as baias mais antigas das porcas matrizes e refazendo 240 celas parideiras”, diz.

O cultivo de hortaliças também demanda muita energia com irrigação. A produtora Lais Sary tem cultivo hidropônico na colônia Murici, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e instalou placas solares na sua propriedade. Para irrigar a rúcula, agrião, espinafre, salsinha e cebolinha, as bombas de água precisam ficar ligadas durante 12 horas por dia.

“Eu gastava em torno de R$ 1.000 por mês de energia. Com o investimento das placas solares, pagamos só o valor mínimo de R$ 100”, explicou Lais, que é agricultura familiar e tem o juros zerado por meio do programa do Renova PR.

Marlei Dias Borges também é agricultora familiar na região de São José dos Pinhais. Ela faz a ordenha de leite na propriedade e produz queijo e iogurte. As vendas dos produtos chegam a R$ 800 por semana. Graças ao desconto na conta de luz, passou a ter mais conforto e bem-estar.

“Antes eu gastava uma média de R$ 500, agora vem apenas R$ 20. Hoje eu uso o aquecedor para aquecer o leite, para fazer os queijos, para secar a roupa. Fico com o ar-condicionado ligado, quentinha”, diz.

JUROS ZERO – Existe um enorme potencial de crescimento do programa de financiamento de energia limpa para os agricultores familiares. De acordo com levantamento do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná conta hoje com 310 mil unidades produtivas, ou estabelecimentos rurais. Deste total, cerca de 82% se categorizam como agricultores familiares.

Para agricultores familiares, que contratam crédito pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a taxa de juros é de 5% ao ano. Para projetos de energia solar e de biogás ou biometano, o Estado cobre os 5%, o que na prática torna o juro zero.

Médios produtores, que acessam o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) com juros de 10% ao ano, recebem subvenção de 3% para energia solar e de 5% para biogás e biometano. Já os grandes produtores, com taxa de 14% ao ano, têm direito a subvenção de 3% para solar e de 5% para biogás e biometano.

Essas subvenções são válidas para financiamentos de até R$ 500 mil no caso da energia solar e de até R$ 2 milhões para sistemas de biogás e biometano.

A subvenção de taxas de juros funciona mediante contrato bancário. Quando o produtor rural ou cooperativa, pessoa física ou jurídica rural, contrata o financiamento no sistema financeiro do crédito rural, o Estado, por meio da Fomento Paraná, entra como partícipe e garante que parte ou a totalidade do juro, dependendo da modalidade de produtor, é assumida pelo Estado.

No vencimento da parcela do financiamento, o produtor paga a integralidade do juro e o banco informa a Fomento Paraná que a parcela foi paga no prazo. Em até 20 dias, o valor do juros volta para a conta do produtor.

CICLO VIRTUOSO – No Paraná, são mais de 700 empresas prestando serviço na área de energia solar e outras 25 especializadas em biogás. A cadeia também gera emprego, recolhe tributos e impulsiona a economia local.

A tecnologia viabiliza um modelo de sustentabilidade econômica: primeiro, o produtor investe para reduzir custos com energia. Depois de quitar o financiamento, o que era gasto com a fatura mensal passa a ser incorporado como lucro.

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energia mais barata é fundamental para criação de animais, que demandam suporte 24h por dia. Foto: Geraldo Bubniak/AEN


ENERGIA SOLAR – De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Paraná conta hoje com mais de 43 mil propriedades rurais com energia sustentável. Destas, 99% utilizam o sistema de placas solares. As cidades paranaenses que mais se destacam no uso de energia solar são Toledo, com 1.233 propriedades, Santa Helena, com 1.185, e Marechal Cândido Rondon, com 938.

O montante da energia produzida por estes geradores em propriedades rurais chegam a aproximadamente 880 megawatts. É energia suficiente para abastecer uma grande cidade do Paraná, como Londrina ou Maringá.

Os produtores com maior demanda energética e maior adesão ao programa são aqueles ligados às cadeias da proteína animal, como leite, suínos, aves e peixes. Nessas atividades, o consumo de energia é constante e elevado, o que torna mais vantajosa a geração própria de energia no campo.

“Você pode ter um grande produtor de soja que, na propriedade, tenha apenas a casa dele e dos operários. Isto é, ele tem baixa demanda de energia, não demanda energia para produzir. Por isso, quem mais procura e se beneficia do programa são os produtores de proteína animal”, afirma Herlon, coordenador do RenovaPR.

BIOGÁS – O avanço do biogás e do biometano no campo está diretamente ligado à necessidade de tratamento ambiental dos dejetos gerados pela produção animal. A ampliação dos rebanhos depende da capacidade do produtor em tratar adequadamente esses resíduos.

O licenciamento ambiental para novos lotes de animais no Paraná, geridos pelo Instituto Água e Terra (IAT), exige que o empreendimento comprove tratamento adequado dos dejetos, conforme a legislação ambiental. A gestão correta dos resíduos é uma das condicionantes para a obtenção das licenças ambientais, como a Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

O diferencial do biogás está justamente no retorno econômico que o tratamento ambiental pode oferecer. “É um dos poucos tratamentos ambientais que geram retorno financeiro. O que antes era um passivo ambiental, passa a ser um ativo econômico chamado energia – que pode ser consumida na propriedade ou comercializada”, explica Herlon.

NOVA FASE – Se o sol virou aliado na economia, os dejetos da produção animal estão se transformando em uma nova fonte de renda e energia no campo. Com o avanço da energia solar, o RenovaPR agora amplia seus objetivos. O foco para os próximos anos será ampliar a produção de biogás nas cadeias da proteína animal, estimular o uso de baterias para armazenamento de energia e melhorar a infraestrutura elétrica no campo.

A ideia é incentivar a migração das redes monofásicas e bifásicas, que ainda atendem 92% das propriedades, para sistemas trifásicos – mais estáveis e capazes de suportar a automação da agroindústria.

Além disso, o programa discute com parceiros a criação de uma nova linha para estimular o uso de baterias, que hoje têm custo mais acessível. O objetivo é garantir segurança energética diante de apagões causados por eventos climáticos ou falhas na rede.

 

 

 

 

 

 

 

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 PMPR prende 505 pessoas com mandados de prisão em aberto em pouco mais de um mês

A Polícia Militar do Paraná (PMPR) apresentou nesta quinta-feira (3) os resultados da Operação Liberdade Condicionada, realizada entre 19 de maio e 30 de junho deste ano com o objetivo de intensificar o cumprimento de mandados de prisão e outras ordens judiciais.

Mais de 15 mil pessoas foram abordadas em todo o Paraná, com mais de mil locais verificados. Ao todo, foram realizadas 505 prisões e cumpridas 613 ordens judiciais.

Cerca de 6 mil veículos foram vistoriados, resultando em 633 autos de infração de trânsito. Noventa veículos foram recolhidos por questões administrativas e outros nove recuperados por serem produto de furto ou roubo.

As ações ainda resultaram na apreensão de 19 toneladas de maconha, mais de 78 quilos de outras drogas, quase 38 mil pacotes de cigarro clandestino e 674 aparelhos celulares. Foram retiradas de circulação 28 armas de fogo ilegais e 367 munições.

 

 

 

 

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 Paraná registrou crescimento na bovinocultura de corte e de leite em 2024

Em 2024 a análise dos resultados preliminares do Valor Bruto de Produção (VBP), feita pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostrou que a bovinocultura paranaense apresentou crescimento, tanto na produção de leite quanto de carne. Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de junho a 2 de julho, que também aborda a exportação de mel e o impacto das geadas no milho, trigo e olerícolas.

Thiago de Marchi da Silva, médico veterinário do Deral, explica o aumento do VBP na bovinocultura. “Isso se dá por conta principalmente do aumento nas cotações, tanto a arroba bovina, que em 2024 passou o ano num patamar mais elevado do que em 2023, quanto o leite que, apesar de uma alta menos expressiva do que a carne, ainda assim contribuiu também com esse aumento de aproximadamente três centavos por litro de leite posto na indústria”, destaca.

A bovinocultura de corte se destacou com um aumento de 16% no VBP de 2024 em relação a 2023. No ano passado a produção gerou uma receita de R$ 6,9 bilhões, quando em 2023 foram R$ 5,9 bilhões. Na questão da produção de carne, o Paraná apresentou uma recuperação em 2024, abatendo 1,8 milhão de cabeças, quando em 2023 foram 1,6 milhão, alta de 13%.

O VBP da bovinocultura de leite subiu de R$ 11,3 bilhões em 2023 para R$ 12 bilhões em 2024, um aumento de 6%. Se tratando de produção, o aumento foi proporcional aos 3% de VBP, saindo de 4,45 bilhões de litros em 2023, para 4,62 bilhões de litros no ano passado.

MEL – O Paraná fechou 2024 em quarto lugar no ranking brasileiro de exportação de mel natural, gerando uma receita de US$ 10,395 milhões em um volume de 3,969 toneladas, com um preço médio de US$ 2,62/kg.

Já nos primeiros cinco meses de 2025 o Estado segue na terceira posição do ranking nacional, com uma produção de 2.870 toneladas, que resultou em uma receita cambial de US$ 9,313 milhões. Um aumento de 148,7% em volume e 229,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.

MILHO – As geadas da semana passada causaram uma piora nas condições do campo da segunda safra de milho. As lavouras apresentavam 71% em condições boas, já nesta semana esse número diminuiu para 68%. Em condição mediana, o número permaneceu em 18%. Já em condição ruim passaram de 11% para 14%.

Nesta semana, 76% das lavouras atingiram a fase de maturação, possivelmente as colocando fora de risco em relação a futuras geadas. 26% se encontram na fase de frutificação, mais suscetíveis a novas geadas.

TRIGO – O trigo também apresentou uma piora nas lavouras desencadeada pelas geadas da última semana. A área plantada, que se encontrava 99% em condições boas e 1% médias na semana passada, passou para 84% boas, 9% médias e 7% em condições ruins.

Os prejuízos só poderão ser calculados quando as lavouras alcançarem a fase de frutificação. Nesta primeira quinzena de julho não há previsão de geada com potencial de danos ao trigo nos próximos dias.

OLERÍCOLAS – Os preços de algumas das principais olerícolas comercializadas na Ceasa de Curitiba passaram por oscilações desde o início da semana passada por conta da ocorrência das geadas. Neste período em que sete dos 17 produtos analisados apresentaram alta, oito se mantiveram com preços estáveis e dois tiveram baixas.

Os mais afetados neste cenário foram a alface, o chuchu e a couve-flor, que diminuíram a oferta. Por outro lado, a batata salsa e a cebola apresentaram queda nos preços por conta do abastecimento completo destes produtos nos mercados.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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