202 milhões de dúzias: produção de ovos para consumo cresce 5,7% no Paraná em 2024

Dados da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos (POG) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção de ovos para consumo (para consumo "in natura", industrializados ou para exportação) cresceu 5,7% em 2024 no Paraná em relação ao ano anterior.

Esse é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 28 de março a 2 de abril. O documento é preparado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A produção de ovos para consumo no Paraná era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

O médico veterinário do Deral Roberto Carlos Andrade e Silva explica que esse aumento na produção se deve principalmente por conta da alta demanda, fruto do aumento do preço das carnes e também pelo aumento de consumo da própria população, se beneficiando cada vez mais dos nutrientes e proteínas que os ovos proporcionam. Ele afirma que a tendência é que a produção, que já vem aumentando com o passar dos anos, continue crescendo.

Durante todo o ano de 2024 o Estado do Paraná se manteve em 8º lugar do ranking de produção de ovos para consumo do País. Por outro lado, é o maior na produção de ovos para incubação (a maior parte destinada à produção de pintos de corte), que também registrou um aumento na produção, alcançando em 2024 uma volume de 838,593 milhões de dúzias (equivalente a 10,063 bilhões de unidades), um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior, que era de 815,197 milhões de dúzias (ou 9,78 bilhões de unidades).

FRANGO – O Paraná continua sendo o maior exportador de carne de frango do Brasil, segundo dados do Agrostat Brasil/MAPA, com 366,7 mil toneladas exportadas no primeiro bimestre de 2025, que representa 41,3% da exportação nacional, número 12,5% maior que o mesmo período de 2024, que foi de 325,8 mil toneladas.

SOJA – As perspectivas comerciais para a próxima safra são favoráveis. Segundo o Banco Central, o dólar permanecerá acima de R$ 5,90 em dezembro de 2025 e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que é o segundo maior produtor de cultura do mundo, atrás apenas do Brasil, estima uma redução de área plantada para a próxima safra, beneficiando os produtores brasileiros.

LEITE – O mês de março registrou uma alta nos preços dos principais derivados do leite no varejo paranaense, principalmente no leite em pó (+5,21%), leite longa vida (+2,91%) e leite pasteurizado (+2,02%). As condições climáticas, a inflação e o período interferem diretamente nos preços pagos aos produtores e consequentemente nos consumidores finais.

TRIGO – Abril se iniciou com a possibilidade de plantio do trigo no Paraná segundo o Zoneamento Agrícola. A área de cultivo da cultura deve recuar em 20%, passando de 1,14 milhão de hectares para 0,91 milhão, a menor desde 2012, conforme a primeira estimativa de intenção de plantio para a cultura.

Isso se deve principalmente por conta de que alguns municípios têm preferido plantar milho na sequência da soja e também por conta das frustrações constantes de safras verificadas nos últimos anos, aliadas a mudanças recentes nas políticas de seguro que visam coibir o acionamento constante deste produto.

SUÍNOS – Dados apresentados no boletim apontam um decréscimo em 2024 no Paraná de carnes suínas processadas em frigoríficos com inspeção do Estado do Paraná (SIP) de 3,1% ou 5,06 mil toneladas e também nas de inspeção municipal (SIM), de -12,2% ou 1,39 mil toneladas e inspeção federal (SIF), de -1,4% ou 13,98 mil toneladas. No entanto, houve um aumento de 3,7% no número de abates em frigoríficos paranaenses sob inspeção federal em relação ao ano anterior.

CAQUI – O documento apresentou também uma perspectiva sobre a produção de caqui, que, no Paraná, se concentra entre os meses de março e junho. Segundo o Deral, em 2023 o caqui foi cultivado em uma área de 470 hectares que geraram uma produção de 6,2 mil toneladas e um VBP de R$ 18,2 milhões.

Nos últimos dez anos foi registrada uma redução de 54,5% de produção e 56,2% de área produzida, ocasionada principalmente pela incidência de antracnose (doença fúngica) nos pomares. O regime hídrico irregular e as altas temperaturas tendem a adiantar o ciclo do caqui, prenunciando uma baixa nas colheitas, que seguem a tendência de redução ano a ano no Paraná.

 

 

 

 

 

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 Conselho de Secretarias da Comunicação lança manual de boas práticas em redes sociais

Gestores públicos e profissionais de comunicação contam agora com um Manual de Boas Práticas para Governos em Redes Sociais.

O guia foi lançado nesta quinta-feira (3) durante o 7º Fórum Nacional de Secretarias Estaduais de Comunicação, órgão com poderes deliberativos e normativos do Conselho Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação (CNSecom). O encontro, que reúne representantes dos 26 estados e do Distrito Federal (DF), acontece no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, até esta sexta (4).

O manual aborda tópicos como planejamento, monitoramento, legislação e métricas. Além disso, traz para a pauta das redes sociais governamentais temas como a humanização, visando aproximar governos dos cidadãos; diversidade e representatividade, reforçando o senso de pertencimento da população com os materiais divulgados; e social SAC, para construção de relacionamento com o público.

“É a primeira cartilha assinada pelo Conselho Nacional de Secretários de Comunicação, ou seja, com a presença e contribuição dos 26 estados e do DF, na qual a gente dá uma indicação para os secretários de Comunicação e para os governos estaduais um código de conduta da nossa presença digital", explicou o secretário de Comunicação Social do Governo do Rio de Janeiro e presidente do CNSecom, Igor Marques.

O Paraná é membro do CNSecom, através do secretário da Comunicação, Cleber Mata. No encontro realizado em Fortaleza, o Estado é representado pelo diretor-geral da Secretaria da Comunicação, Eduardo Pugnali. “O Paraná é referência na comunicação governamental no País, tem parte das redes sociais mais acessadas entre órgãos públicos e este manual vem somar ainda mais com as boas práticas que já promovemos em nossas redes”, afirma Pugnali. Confira o manual clicando AQUI.

PROGRAMAÇÃO – Além do lançamento do Manual de Boas Práticas, os gestores públicos participam de palestras sobre publicidade governamental e estratégias de tempo real no âmbito digital nesta quinta-feira. A agenda do dia se encerra com apresentações de cases e debates.

Já na sexta-feira (4), a programação inclui abordagens sobre as plataformas Netflix e LinkedIn, além da palestra com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. O Fórum se encerra com a assinatura de carta-compromisso dos participantes.

CONSELHO – O Conselho Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação (CNSecom) foi criado em 2023 como órgão permanente de coordenação e articulação dos interesses comuns das pastas de Comunicação dos Estados e do Distrito Federal. O Paraná sediou a 3ª edição do Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação, em 2023, realizado em Foz do Iguaçu.

O Fórum é o órgão máximo do CNSecom, com poderes deliberativos e normativos. É integrado pelos secretários e dirigentes de órgãos correlatos das unidades da federação, norteados pela defesa da democracia e das liberdades de expressão e de imprensa.

 

 

 

 

 

 

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 Ratinho Junior lança fundo inédito no Brasil para financiar até R$ 2 bilhões ao agronegócio

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta quinta-feira (3) na B3, em São Paulo, um projeto inédito no Brasil para o financiamento do agronegócio.

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro (FIDC Agro Paraná) é o primeiro instrumento de crédito voltado ao agronegócio criado por um Estado e deverá alavancar aproximadamente R$ 2 bilhões para financiar a expansão das atividades de produtores agrícolas vinculados a cooperativas e empresas integradoras nos 399 municípios paranaenses.

O FIDC Agro Paraná funcionará como uma espécie de ‘guarda-chuva’, sob o qual as cooperativas instaladas no Estado e empresas integradoras poderão participar, por meio da criação de outros fundos vinculados, e oferecer condições facilitadas de financiamento aos cooperados e integrados para a compra de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e logística.

O Governo do Estado entrou inicialmente com um aporte de R$ 150 milhões por meio da Fomento Paraná, instituição financeira responsável pela formatação do fundo, que já dispõe de outros R$ 200 milhões para alavancar fundos da mesma natureza.

A iniciativa foi desenvolvida para oferecer uma alternativa de financiamento ao Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural, que têm se mostrado insuficientes para atender a toda a demanda nacional e no próprio Estado. Diferentemente do programa federal, cuja maior parte dos recursos são usados para custeio e comercialização da produção, o FIDC Agro Paraná será focado na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas.

Segundo o governador, a criação do fundo busca aproveitar dois dos principais potenciais econômicos do Paraná, que são a força da agroindústria e o modelo produtivo cooperativista. “Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná, tanto é que já temos quatro cooperativas que estão preparando os seus fundos, além da sinalização de outros segmentos do setor que já demonstraram interesse em aderir”, afirmou.

Ratinho Junior também esclareceu que os aportes do Governo do Estado por meio da Fomento Paraná buscam equalizar os juros dos futuros financiamentos, e que toda a gestão do fundo será privada. “Quem definirá os investimentos que serão feitos será o setor produtivo. O que o Estado definiu foram algumas regras para incentivar a cadeia econômica, como a preferência pela aquisição de produtos feitos no Paraná”, acrescentou.

A expectativa é de que, conforme a iniciativa avance com a atração de mais investidores, o Executivo Estadual possa fazer novos aportes para multiplicar os investimentos em todas as regiões produtivas do Paraná. “O Governo do Estado dispõe no total de R$ 2 bilhões, o que pelos nossos cálculos podem gerar uma alavancagem de até R$ 14 bilhões em investimentos totais para o agronegócio na medida em que o projeto se consolide”, concluiu o governador.

GESTÃO FINANCEIRA – Além de ser a principal cotista nesta etapa do processo, a Fomento Paraná atuará como o braço do Estado na definição das políticas de aplicação de recursos do fundo. A participação dela é limitada a 20% dos recursos totais aplicados, sendo o restante oriundo da iniciativa privada e de outros investidores qualificados, incluindo as próprias cooperativas.

A gestão do FIDC Agro Paraná será feita pela Suno Asset, escolhida por meio de chamada pública da Fomento Paraná. Pertencente ao Grupo Suno, a gestora possui mais de R$ 1,5 bilhão sob sua gestão, sendo mais de R$ 500 milhões investidos no agronegócio, e trabalhará para atrair mais investidores privados ao novo fundo.

“O Paraná é o primeiro Estado a ter um instrumento de crédito deste tipo, em um arranjo que também envolve as cooperativas e empresas integradoras paranaenses e uma empresa gestora, que buscarão no mercado outros investidores para alavancar o negócio”, destacou o presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile.

O foco inicial será nas cooperativas e empresas integradoras paranaenses, que possuem uma estrutura financeira e administrativa mais robusta, e a partir da consolidação do Fundo, diversas outras cooperativas e integradoras poderão ser atendidas.

O acesso aos recursos pelos produtores rurais cooperados e integrados será definido em uma segunda etapa e os critérios seguirão o regramento definido pela Fomento Paraná e pela Suno Asset. “É mais uma vertente de crédito que se abre para o agronegócio paraense com uma taxa de juros e formas de amortização muito atrativas, em que as cooperativas e integradoras também poderão ganhar como investidoras do próprio fundo”, pontuou o presidente da Fomento Paraná.

Além dos investimentos serem feitos exclusivamente no Paraná via cooperativas e integradoras, o regulamento do fundo também prevê que os produtos e serviços a serem financiadas com recursos do fundo sejam prioritariamente adquiridos de empresas instaladas no Estado.

“A ideia principal é que os implementos, máquinas e equipamentos sejam preferencialmente produzidos no Paraná, criando um ciclo virtuoso de geração de emprego, renda e aumento da arrecadação”, argumentou o presidente da Fomento Paraná.

VOCAÇÃO – Uma das motivações para a criação do FIDC Agro Paraná foi aproveitar o potencial das cooperativas paranaenses, que segundo o governador são um dos principais ativos econômicos do Estado. Atualmente, há 226 cooperativas atuantes no Paraná, das quais 16 figuram entre as 500 maiores empresas do Brasil e 11 entre as maiores cooperativas agroindustriais do mundo.

Em 2024, as cooperativas paranaenses tiveram um faturamento de R$ 205,7 bilhões, segundo dados do Sistema Ocepar. Com o aumento da produção e o retorno dos investimentos agroindustriais feitos nos últimos anos, a expectativa é que esta movimentação chegue a R$ 300 bilhões até 2026 e a R$ 500 bilhões em 2030.

PRESENÇAS – Também participaram do anúncio na B3 o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes; o secretário de Comunicação, Cleber Mata; o diretor Administrativo do BRDE e ex-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; os deputados federais Pedro Lupion e Arnaldo Jardim; e o Chief Information Officer (CIO) da Suno Asset, Vitor Duarte. Pela Fomento Paraná, estiveram presentes as diretoras Administrativa e Financeira, Mayara Puchalski, e Jurídica, Louise Garnica; os diretores de Operações do Setor Público, Mounir Chaowiche; Operações do Setor Privado, Renato Maçaneiro; e de Mercado, Vinícius Rocha.

 

 

 

 

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 Governo do Paraná lança concurso de inovação para criação de bengalas inteligentes

Como permitir que pessoas cegas ou com baixa visão, usuárias de bengala, possam antecipar obstáculos estáticos acima da linha da cintura?

Esse é o desafio proposto no 1º Concurso Público de Inovação do Paraná - Desafio de Inovação: Bengalas Inteligentes, lançado pelo vice-governador Darci Piana nesta quarta-feira (2), no Palácio Iguaçu. Com investimento de R$ 2,8 milhões, a iniciativa é uma parceria entre o Governo do Estado e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O concurso tem como objetivo reconhecer e premiar protótipos de bengalas ou dispositivos complementares utilizados por pessoas com deficiência visual. A iniciativa é fruto de um convênio entre a ABDI e as secretarias estaduais da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA) e do Desenvolvimento Social e Família (Sedef). Serão financiados protótipos de novas bengalas tecnológicas, que poderão incorporar sensores, sistemas de navegação e Inteligência Artificial.

As bengalas disponíveis atualmente no mercado limitam-se à identificação de objetos posicionados abaixo do quadril. As novas soluções que serão apresentadas no concurso devem permitir a detecção de obstáculos acima da linha da cintura como, por exemplo, um galho de árvore ou uma placa de sinalização.

“Essa é a grande preocupação do governo, cuidar da nossa gente. Não adianta sermos os melhores em educação, aplicação de investimentos, infraestrutura, se a nossa população não é bem cuidada”, afirmou Darci Piana. “Tenho certeza que esse concurso ajudará muitas pessoas. Daqui um ano estaremos apresentando essa bengala àqueles que têm problema de visão, e com certeza daremos dignidade e um meio de locomoção muito mais fácil do que com a bengala comum”.

O propósito é oferecer uma solução mais durável, acessível e tecnologicamente avançada para os desafios enfrentados pelas pessoas cegas e com baixa visão. A ideia é que sejam incorporadas tecnologias avançadas, como sensores, big data, internet das coisas e inteligência artificial, promovendo segurança, autonomia para as pessoas e, sobretudo, a inclusão social.

De acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência visual, sendo que 582 mil são cegas. Segundo levantamento do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), no Paraná mais de 82 mil pessoas cadastradas têm deficiência visual, com 13 mil delas cegas e 69 mil com baixa visão.

O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, destacou que o objetivo do concurso é desenvolver uma solução inovadora e acessível para as pessoas cegas. “Esse é o primeiro concurso nacional para buscar uma solução para a tecnologia assistiva. É uma iniciativa importante que o governador Ratinho Junior traz para que a gente possa ter uma bela solução para atender não só o Paraná, mas o Brasil”, ressaltou.

“Nossa ideia é que, no futuro, o SUS possa comprar essa tecnologia para melhorar a vida dessa parcela da população. São as pessoas que usam, os cegos e aqueles com baixa visão, quem vão dizer qual é a melhor tecnologia. A ideia é que uma indústria se instale no Paraná para poder ampliar essa tecnologia para o Estado e para o País”, acrescentou.

Para o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, o desenvolvimento de uma bengala inteligente contribui para levar mais dignidade às pessoas. “Uma população considerável e fica à mercê na rua, com dificuldade, mas enfrentando a vida, e por quê não melhorar a vida dessas pessoas? O concurso é grandioso, de um governo inovador que está cuidando das pessoas e que terão essa atenção”.

“Uma bengala normal prevê um obstáculo do chão, como um degrau, calçada, travessia, mas não vê um obstáculo aéreo. Então é um desafio muito grande, de fazer com que tecnologias como a inteligência artificial possam servir também de forma assistiva para as pessoas cegas”, concluiu.

CONCURSO – O concurso de inovação é aberto à participação de proponentes de todo o País, ampliando o alcance da iniciativa e fazendo com que diferentes soluções possam ser apresentadas. Somado a isso, a iniciativa tem a missão de disponibilizar os dispositivos inteligentes no mercado brasileiro a um preço mais acessível.

As inscrições para o concurso vão até o dia 5 de maio e podem ser feitas através do site da ABDI, onde também está disponível o edital. Coordenado pelo HUBTEC, Escritório de Encomendas Tecnológicas da ABDI, em parceria com o Governo do Paraná, o certame utiliza os instrumentos de Compras Públicas de Inovação para promover e estimular o uso da tecnologia a favor da pessoa com deficiência.

O concurso será realizado em duas fases. Na primeira, serão selecionadas até 10 propostas, com prêmios individuais de até R$ 180 mil. Na segunda, os três melhores projetos receberão apoio técnico da ABDI para aprimorar e expandir seus protótipos, além de premiação em dinheiro, sendo o 3º lugar com R$ 200 mil, o 2º lugar com R$ 300 mil e a melhor solução com R$ 500 mil.

Segundo o assessor especial da presidência da ABDI, André Rauen, a iniciativa permite demonstrar que licitações na modalidade concurso são instrumentos efetivos de fomento ao processo inovativo. “O Hubtech é um escritório especializado em vencer o apagão das canetas. Temos uma rede extremamente qualificada de profissionais para promover uma modelagem contratual que dá segurança jurídica e coragem ao gestor para ele inovar, nesse caso transformando a realidade das pessoas através de ciência e tecnologia”, comentou.

“É um projeto muito bonito, em que vamos usar todo o nosso estoque de conhecimento em modelagem contratual para resolver um problema, que é identificar obstáculos acima da linha de cintura para pessoas cegas ou com baixa visão, criando uma bengala que permita essa identificação e lhes garanta mobilidade total”, complementou.

DESAFIO – O diretor do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), Enio Rodrigues da Rosa, lembrou que o maior desafio das pessoas cegas são os obstáculos na rua. “O grande desafio da bengala inteligente é uma solução para os obstáculos superiores. É uma iniciativa bacana e que o Governo do Estado encampou. Esperamos que ao final do concurso tenhamos uma bengala que proporcione para nós um pouco mais de segurança ao nos deslocarmos pelas ruas”, explicou.

“Qualquer tipo de bengala é importante, inclusive as inteligentes, mas precisamos chamar a atenção da população e da sociedade para cuidarmos melhor dos nossos municípios. Uma cidade acessível e sem obstáculos é boa para qualquer pessoa, principalmente para as pessoas cegas”, finalizou.1º Concurso Público de Inovação do Paraná - "Desafio de Inovação Bengalas Inteligentes"

De acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência visual, sendo que 582 mil são cegas. Foto: Gabriel Rosa/AEN


PRESENÇAS – Participaram do lançamento do concurso o diretor-geral da SEIA, Marcos Stamm; o diretor de Relações Institucionais e Alianças Estratégicas da SEIA, Diego Nogueira; o diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jamil Abdanur Júnior; o coordenador da Política Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Sedef, Felipe Braga Côrtes; a deputada estadual Cloara Pinheiro; a desembargadora do TJPR, Ana Cláudia Finger; o presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná (Cindepar) e prefeito de Prado Ferreira, Silvio Damaceno; o presidente da Agência Curitiba, Dario Paixão; o vereador de Curitiba Marcos Vieira; e demais autoridades.

 

 

 

 

 

 

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 Governo do Estado sanciona lei que institui diretrizes sobre uso da Inteligência Artificial

O Paraná conta a partir de agora com uma lei específica sobre o uso ético, transparente e eficiente de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) pela administração pública estadual.

A regulamentação foi instituída pelo Plano de Diretrizes de IA , sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quarta-feira (2).

O plano lançado pelo Governo do Estado aborda temas como princípios éticos, mecanismos de transparência e diretrizes regulatórias para o uso responsável da IA, em conformidade com princípios éticos e a legislação vigente, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ele também prevê uma série de medidas para capacitação dos servidores públicos, modernização da infraestrutura, estabelecimento de parcerias estratégicas e promoção do ecossistema de inovação no Estado.

O documento estabelece os parâmetros básicos para iniciativas e ações já empreendidas pelo Governo do Estado. O objetivo é aproveitar ao máximo o potencial da IA para a melhoria dos serviços públicos, a eficiência da gestão pública e o desenvolvimento socioeconômico do Paraná, além de apontar possíveis usos futuros da tecnologia pelo executivo estadual.

Princípios como a proteção de dados, a responsabilidade no uso dos algoritmos, a equidade no desenvolvimento de soluções e a segurança cibernética também fazem parte do documento. Além disso, o plano enfatiza a necessidade de que as aplicações de IA no setor público sejam explicáveis e auditáveis, evitando vieses discriminatórios e garantindo a confiabilidade das decisões automatizadas.

O texto explora o conceito de ambiente regulatório experimental, que permitirá testar e aprimorar a aplicação da lA em um ambiente controlado. Chamado de sandbox regulatório, ele já é utilizado por outros países para testar tecnologias emergentes antes da sua implementação de forma mais ampla à população.

Outro ponto relevante é o incentivo à capacitação dos servidores públicos para lidar com tecnologias baseadas em IA. Estão previstos treinamentos e parcerias com universidades, centros de pesquisa e empresas especializadas para garantir que as equipes estejam preparadas para gerenciar e supervisionar o uso da IA levando em conta os riscos e oportunidades associados à tecnologia.

Além disso, o plano reforça a importância do cumprimento das normas nacionais e internacionais de proteção de dados, especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando o uso indevido de informações pessoais dos cidadãos paranaenses.

SOLUÇÕES EM ANDAMENTO – Um dos objetivos do Plano de Diretrizes de Inteligência Artificial na Administração Pública é estimular a expansão do uso da IA por meio do aprofundamento das parcerias com o setor privado, universidades e a disseminação da cultura de inovação em todo o governo.

Entre os exemplos de ações em andamento, estão parcerias firmadas com a Google para a oferta de 30 serviços digitais até o fim de 2025, dos quais seis já estão disponíveis à população. Entre eles, estão plataformas para melhorar a capacidade de leitura de crianças do ensino fundamental e aprimorar as habilidades de escrita com correções automáticas para estudantes do ensino médio.

Atualmente, mais de 500 mil estudantes paranaenses da rede estadual de ensino já utilizam diferentes ferramentas com esta tecnologia em sala de aula para facilitar o processo de aprendizagem. As ferramentas de IA estão presentes no ensino de disciplinas como matemática, inglês e redação.

Em outra frente, estão soluções focadas em melhorias de serviços públicos. É o caso, por exemplo, da biometria facial automática do Detran-PR para a atualização da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e da prova de vida digital disponível a aposentados e pensionistas da Paranaprevidência.

 

 

 

 

 

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