Banco de Leite do Huop completa 26 anos como referência na região Oeste

Com 26 anos de história, o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, é um dos principais serviços de apoio à saúde neonatal na região.

Vinculado à Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, o BLH do HUOP se destaca pelo trabalho contínuo de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição de leite materno para recém-nascidos em situação de vulnerabilidade nutricional, principalmente os prematuros.

São cerca de 293,6 litros de leite humano coletado todos os meses. Em maio de 2025, foram 242 litros coletados e 201,1 litros distribuídos, atendendo 177 crianças.

A coordenadora do serviço, Jociani Fátima Castro, explica que o banco segue normas rigorosas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela rede nacional, garantindo que cada etapa, da doação à distribuição, seja feita com segurança. “O objetivo maior da fundação dos bancos de leite é ter disponibilidade para alimentar os prematuros”, afirma Jociani.

O BLH coleta leite exclusivamente de mães saudáveis. Para ser doadora, é necessário apresentar exames negativos para doenças como sífilis, hepatite, HIV e não ser fumante. Grande parte da coleta é feita diretamente nas casas das lactantes. Somente em maio de 2025, foram 262 coletas domiciliares realizadas pela equipe, que se desloca até a casa da mãe para fazer a coleta e examinar se o ambiente está dentro das normas exigidas e se o leite foi armazenado corretamente.

Para que o leite venha a ser utilizado, deve estar congelado em frasco de vidro com tampa de plástico. Frascos mal vedados, com sujeira ou com leite em estado líquido ao invés de sólido são automaticamente descartados.

Entre as mulheres que contribuem com o banco de leite está Charlene Krüger Dōterra. Ela passou por 10 gestações e relembra o primeiro contato com o BLH. “Quando tive minha primeira filha, em 2002, conheci o banco de leite, e senti que poderia ajudar muitos bebês que não tinham o leitinho da mamãe por algum motivo, que o leitinho que eu tinha poderia ajudar, e assim aconteceu”, relata.

Desde então, sempre que teve oportunidade, contribuiu com doações. “Gostaria que todas as mamães soubessem que o leitinho que às vezes elas desprezam na pia ou na fraldinha pode salvar um bebezinho prematuro, ou que está impossibilitado de receber o leitinho da sua mamãe... Que nós mães podemos ser benção na vida de alguém tão pequeno e indefeso”, diz.

TRIAGEM E SEGURANÇA – Ao chegar ao banco, o leite passa por um rigoroso controle de qualidade. A triagem inicial avalia a higiene do frasco, a coloração do leite, seu odor e se está devidamente identificado com a data de início da coleta. Leites fora do prazo ou com sinais de contaminação não são aproveitados.

A equipe realiza exames de acidez (pH) e só encaminha para pasteurização o leite que estiver dentro dos padrões estabelecidos. Após o procedimento, o líquido pode ser armazenado por até seis meses congelado. Além da pasteurização, alguns leites são analisados quanto ao teor de gordura, por meio do exame de crematócrito. Isso permite direcionar os leites conforme as necessidades específicas dos recém-nascidos, como em casos de prematuros com problemas digestivos ou de ganho de peso.

O Banco de Leite do HUOP é totalmente estruturado para garantir a segurança e a viabilidade do leite desde a coleta até a distribuição. Freezers e geladeiras são divididos entre leites em análise, pasteurizados e prontos para uso, e os que ainda aguardam resultados de exames microbiológicos. Nada é distribuído sem aprovação total nos critérios de qualidade. A unidade segue cerca de 62 normativas estabelecidas pela Rede Brasileira de Bancos de Leite, com controle rigoroso de temperatura, ciclo de armazenamento, transporte e preservação do leite.

O serviço oferece suporte técnico, orientações às mães internadas, visitas domiciliares e colabora com as equipes da maternidade e da UTI neonatal, reforçando a importância do aleitamento materno desde os primeiros dias de vida. Além de alimentar, o leite humano pasteurizado contribui com o fortalecimento imunológico dos bebês, especialmente os mais vulneráveis.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emitiu nesta sexta-feira (27) um alerta sobre o aumento significativo de casos e óbitos provocados pela doença meningocócica. O comunicado foi enviado às 22 Regionais de Saúde, responsáveis por orientar os 399 municípios sobre medidas de prevenção, vigilância e assistência.

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e 21 de junho de 2025 (Semana Epidemiológica 25), foram registrados 22 casos confirmados e seis óbitos pela doença. No mesmo período do ano passado, foram 11 casos e nenhum óbito. Em todo o ano de 2024, o Estado contabilizou 33 casos e quatro mortes.

Os casos desse ano foram registrados em Ponta Grossa (4), Curitiba (3), Paranaguá, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Araucária, General Carneiro, Palmas, São Jorge D Oeste, Cascavel, Três Barras, Céu Azul, Cianorte, Apucarana, Londrina, Wenceslau Braz e Jacarezinho.

As mortes de 2025 ocorreram nos municípios de Ponta Grossa (dois homens, de 2 e 59 anos), Curitiba (homem de 32 anos), São Jorge D’Oeste (mulher de 48 anos), Céu Azul (mulher de 49 anos) e Wenceslau Braz (homem de 84 anos). Entre os óbitos, dois foram provocados pelo sorogrupo C, dois pelo sorogrupo B e dois não foi possível realizar a identificação do surogrupo.

A doença meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e pode provocar quadros graves como meningite e meningococcemia. Por seu alto potencial de transmissão, letalidade e gravidade das sequelas especialmente em crianças, é considerada um problema de saúde pública.

“A vacinação é a principal ferramenta para prevenir as formas mais graves da meningite. Quem passou por isso na família sabe a dificuldade que é tratar, por isso contamos com todas as famílias do Paraná para darmos essa demonstração de ciência, saúde e vida, vacinando as nossas crianças e protegendo ainda mais a população paranaense”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças a partir de três meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A partir de julho de 2025, o reforço aplicado aos 12 meses de idade passará a ser feito com a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção também contra os sorogrupos A, W e Y, conforme já confirmado pela Sesa.

Em 2024, a cobertura vacinal no Estado foi de 91,56% na primeira dose (menores de 1 ano) e de 92,94% na dose de reforço (12 meses), abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.

Além da vacinação, a secretaria orienta que a população adote medidas de prevenção, como manter ambientes bem ventilados, higienizar frequentemente as mãos, evitar aglomerações em locais fechados e não compartilhar objetos de uso pessoal. Também é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da doença — como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e erupções cutâneas (petéquias) — e procure imediatamente um serviço de saúde ao primeiro sinal de alerta.

Para os profissionais de saúde, a recomendação é redobrar a atenção para o diagnóstico precoce e adoção imediata de medidas de isolamento e tratamento, além da notificação obrigatória de casos suspeitos ou confirmados em até 24 horas. A Sesa também reforça a necessidade de coleta de amostras clínicas adequadas e a avaliação de contatos com casos suspeitos para possível quimioprofilaxia, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Após dias congelantes, fim de semana será chuvoso no Paraná

Após uma semana de recordes de temperaturas mínimas por todo o Paraná e registro de geadas até mesmo no Litoral, a chuva que chegou na quinta-feira (26) se mantém no fim de semana e, no domingo (29), uma nova frente fria se aproxima, trazendo temporais para várias regiões paranaenses.

Nesta sexta (27) a nebulosidade segue presente por todo o Estado e estão previstas chuvas leves ocasionais na metade Sul do Paraná. Já na metade Norte há possibilidade de chuva moderada com presença de raios, e temperaturas máximas de até 28°C. No sábado, quem mora no Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do Paraná pode encontrar temporais isolados. No Leste e Sul da região Noroeste também pode chover à tarde, com menos intensidade.

Já quem estará nas regiões dos Campos Gerais e demais áreas da faixa Norte, terá um sábado agradável, com predomínio de sol. Não há previsão de mínimas abaixo de 10°C em nenhuma região do Estado, e as máximas no sábado (28) também podem chegar a 28°C no Noroeste.

“Temos uma situação de instabilidade, um sistema quente, que desce nesta sexta a partir do Noroeste da região do Mato Grosso do Sul, e se projeta em direção ao Rio Grande do Sul. Vai chover um pouco mais lá nesses dias, principalmente no sábado, na altura do Rio Grande do Sul”, explica Fernando Mendes, meteorologista do Simepar.

No Paraná, as instabilidades voltam como frente fria no domingo. Os temporais começarão entre as regiões Oeste e Sudoeste, mas também chegam ao Centro-Sul e Campos Gerais.

“Uma nova massa de ar mais frio começa a se projetar pelo Centro-sul da Argentina, na altura do Uruguai. Teremos um pouco mais de chuva no domingo, associado ao deslocamento de uma frente fria que não promete ser tão intensa, mas pode causar algumas situações de rajada de vento mais fortes especialmente em porções mais ao Sul, Sudoeste e Campos Gerais”, ressalta Mendes.

O acumulado de chuva mais expressivo entre esta sexta-feira e o início da próxima semana deve ficar principalmente no setor Oeste, com até 40 milímetros nos pontos com temporais mais expressivos. No Centro e no Leste, a chuva não deve passar de 20 milímetros. No domingo a temperatura pode chegar a 28°C também no Litoral.

Após a passagem da frente fria, na próxima semana as temperaturas devem cair novamente – mas o frio não será tão intenso quanto nesta semana. As mínimas previstas são de aproximadamente 5°C na região Sul.

CONDENSAÇÃO – Depois de uma terça e uma quarta-feira com tempo seco e temperaturas negativas em praticamente todo o Estado, a quinta foi de muita chuva no Paraná e as temperaturas se elevaram um pouco. Cruzeiro do Iguaçu registrou 141,2 mm de chuva e Candói, 90,8mm.

Com essa mudança brusca do tempo, moradores de várias cidades do Norte, Nordeste, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba perceberam um fenômeno diferente dentro de casa: as paredes e pisos parecem “suar”. Em Ponta Grossa, onde o fenômeno foi intenso em muitas casas nesta sexta-feira, o salto de temperatura foi visível: a mínima foi de -2.3°C na quarta, de 7.9°C na quinta e chegou a 15,5°C na sexta.

“O que ocorre é que nós tivemos uma massa de ar frio muito intensa. Então, houve uma diminuição da temperatura desses materiais das paredes e pisos. Elas estão mais frias. E, como voltou a ter mais umidade no ar, ocorre um processo de condensação, ou seja, o ar quente e úmido entra na casa e condensa o vapor d’água das superfícies mais frias”, explica Mendes.

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas atmosféricas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas.

Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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