O Governo do Estado enviou nesta segunda-feira (30) à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o
referente ao ano de 2025.O projeto segue agora para apreciação do Poder Legislativo, onde será votado até o fim do ano. O PLOA estabelece a estimativa de receita e fixa as despesas do Orçamento Geral do Estado. Para o ano que vem, o projeto prevê um aumento de quase 60% nos investimentos em relação a 2024.
Pelo texto, o orçamento total do Paraná para o próximo ano será de R$ 78,7 bilhões — valor 15% maior do que o aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Isso significa, na prática, um aumento de R$ 10 bilhões no orçamento de um ano para o outro.
A previsão do Governo do Estado é de um total de R$ 75,6 bilhões de receitas totais destinadas ao Orçamento Fiscal e ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Isso inclui o pagamento de pessoal e encargos sociais, juros e outras despesas correntes. Além disso, outros R$ 3,1 bilhões são destinados ao Orçamento de Investimento das Empresas Públicas e das Sociedades de Economia Mista.
Já para as diferentes áreas do governo, como Saúde, Educação e Segurança Pública, a PLOA prevê um crescimento de 14,7%. Como destacado pelo secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, todos os órgãos e setores da administração pública terão aumento nos repasses para custeio e também investimento.
“A condição fiscal do Paraná é uma das melhores do Brasil, o que nos permite devolver à população de diferentes formas”, destaca Ortigara. “Fizemos um esforço para que essa fosse uma proposta muito pé no chão e em sintonia com o comportamento de nossa economia”.
Segundo ele, houve um trabalho muito próximo com os diferentes órgãos de governo para que houvesse um maior alinhamento entre o que foi planejado, o que está alocado e o que será executado ao longo de 2025.
RECEITAS E DESPESAS – Para o próximo ano, o Paraná projeta uma receita corrente de R$ 71,3 bilhões. Essas receitas referem-se à entrada de recursos financeiros que sustentam as operações regulares do governo. O crescimento é de 15% em relação à LOA de 2024, influenciado principalmente pela perspectiva de um aumento na arrecadação de 16% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), saltando de R$ 26,7 bilhões para R$ 31,1 bilhões.
Há ainda mais R$ 3 bilhões de receitas de capital — recursos destinados a financiar investimentos e projetos de longo prazo, como operações de crédito e alienação de bens — e outros R$ 4,4 bilhões de receitas intraorçamentárias, totalizando os R$ 78,7 bilhões previstos pela Sefa.
Já as despesas correntes representam uma parte significativa do orçamento, e somam R$ 65,7 bilhões. Estas despesas englobam os custos operacionais do governo, como pagamento de salários de servidores públicos, manutenção de instalações, aquisição de materiais, entre outros.
Despesas de capital estão previstas em R$ 8,4 bilhões, além de cerca de R$ 1,5 bilhão destinados a reservas de contingência. As despesas de capital são direcionadas para investimentos em infraestrutura, aquisição de ativos fixos, e outros gastos que visam melhorar a capacidade produtiva e o crescimento de longo prazo.
EDUCAÇÃO E SAÚDE – A PLOA 2025 enviada à Alep detalhou também os valores que devem ser direcionados à Saúde e à Educação. A projeção da Sefa é que esses repasses aumentem no próximo ano, ficando acima do mínimo constitucional.
No caso da Educação, a Proposta da Lei Orçamentária traz um total de R$ 18,6 bilhões, o que representa um aumento de 16,8% em comparação ao valor presente no orçamento de 2024. Já na Saúde, a projeção é de uma despesa de R$ 9,3 bilhões, um aumento de 17,4%.
Para a Segurança Pública, o orçamento previsto em 2025 é de R$ 6,4 bilhões. Para o setor de Ciências e Tecnologia — o que inclui também as universidades estaduais —, o direcionamento será de R$ 4,3 bilhões. Também se destacam Infraestrutura e Logística (R$ 1,86 bilhão) e Agricultura e Abastecimento (R$ 1,2 bilhão).
OUTROS VALORES – Quanto aos poderes, os orçamentos do Legislativo, Judiciário e Ministério Público obedecerão aos limites percentuais da Receita Geral do Tesouro Estadual estabelecidos na LDO 2025: Legislativo, 5% (dos quais 1,9% para o Tribunal de Contas); Judiciário, 9,5%; e Ministério Público, 4,2%.
Por - AEN
Em um esforço conjunto para garantir o acesso à justiça e à promoção dos direitos das crianças e adolescentes, o Paraná disponibiliza 2 mil exames de DNA para a população.
A ação é uma parceria entre a Secretaria estadual do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Ministério Público do Paraná (MP-PR), Polícia Científica e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).
O objetivo central da iniciativa é fortalecer os processos de reconhecimento de paternidade, especialmente em casos em que há dúvidas ou disputas relacionadas ao vínculo biológico entre pais e filhos. Os testes só podem ser feitos quando há o chamado “trio vivo”, ou seja, o suposto pai, a mãe e a criança ou adolescente, até 18 anos.
Segundo a Associação do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná, existem 6.631 crianças sem o nome do pai em seus registros em todo o Estado. Com a ação, poderão ser resolvidas ao menos 30% das questões judiciais de forma mais célere, contribuindo para a dignidade e os direitos de crianças e adolescentes que necessitam da confirmação de suas origens paternas.
“Estamos cumprindo com o nosso papel de salvaguardar o direito dessas crianças e adolescentes de terem os nomes de seus pais. É uma ação em parceria para que chegue a mais pessoas possível”, destacou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
Os exames serão realizados gratuitamente em todo o Estado, abrangendo diversas regiões, incluindo áreas mais remotas e de difícil acesso. Para ter acesso ao procedimento, o cidadão precisa ir até o Ministério Público de sua cidade e manifestar interesse em fazer o procedimento. Em seguida, a Sedef encaminhará a solicitação à Polícia Científica, responsável pela coleta, e a Universidade Estadual de Londrina fará a análise, devolvendo ao Ministério Público o resultado.
O projeto visa assegurar que famílias em situação de vulnerabilidade social possam ter o direito de acesso ao exame, uma medida fundamental para a inclusão social e a proteção dos direitos humanos.
O reconhecimento de paternidade vai além de questões familiares. Trata-se de um direito fundamental que influencia a formação da identidade da criança, além de impactar aspectos legais e sociais, como o acesso a direitos de herança, benefícios previdenciários e o exercício do convívio familiar.
“O Cedca, como órgão responsável pela promoção dos direitos da criança e do adolescente, vê na iniciativa uma forma de garantir que as crianças paranaenses tenham o direito de conviver e serem acompanhadas por seus pais, de terem registrado a sua história, sua família, conforme preconizado pela Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, enfatizou a presidente do colegiado, Juliana Sabbag.
A expectativa é que, após os 2 mil exames iniciais, o programa possa ser ampliado, de acordo com a demanda da população. Além disso, a Sedef já estuda novas parcerias para garantir a continuidade do projeto e a inclusão de outras ações voltadas à proteção das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Por - AEN
Com o objetivo de reforçar a importância dos cuidados com a saúde das mulheres, em especial na prevenção e detecção precoce do câncer de mama e do colo do útero, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai promover a 6ª edição da campanha Paraná Rosa.
Realizada durante o mês de outubro, a ação estadual integra o movimento internacional de conscientização e combate a esses tipos de cânceres, buscando ampliar o acesso a exames e promover a saúde feminina de forma integral.
Para garantir a oferta adequada de exames durante este período, o Governo do Estado, por meio da Sesa, irá aumentar em 30% o repasse para realização dos procedimentos que rastreiam o câncer de colo de útero e de mama durante nos meses de outubro, novembro e dezembro. O valor pago pelo Estado aos prestadores, que em junho de 2024 foi de cerca de R$ 1,3 milhão ao mês, subirá para R$ 1,8 milhões mensais.
Com este aporte, o volume de exames citopatológicos, que hoje é de 61,5 mil procedimentos ao mês, passará para 79,9 mil. Já para a mamografia, o quantitativo que gira em torno de 12,1 mil ao mês, passará para aproximadamente 15,4 mil exames disponibilizados.
“O Paraná Rosa é uma campanha fundamental para conscientizar e incentivar as mulheres a realizarem, de forma regular, os exames preventivos. Embora a prevenção deva ser uma prática contínua ao longo do ano, o mês de outubro traz visibilidade e reforça a importância desse cuidado com a saúde das mulheres”, diz o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
As ações do Paraná Rosa se estendem por todo o Estado com a adesão dos 399 municípios. Neste ano, além do envolvimento da primeira-dama e madrinha oficial da campanha, Luciana Saito Massa, a mobilização conta com a parceria do Serviço Social do Comércio (Sesc). O Sesc em parceria com a Sesa, disponibilizará o "Sesc Saúde Mulher” para atender a população da 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, oferecendo exames e serviços de saúde gratuitos.
“Estou muito feliz em poder participar novamente deste grande projeto e em levar informações a quem mais precisa. Sabemos que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento do câncer. Por isso, é fundamental conscientizar as mulheres sobre a importância de cuidar da sua saúde, buscar ajuda profissional e realizar os exames regularmente”, afirma a primeira-dama.
A ação será lançada na próxima terça-feira (8) para os sete municípios do Litoral (Paranaguá, Matinhos, Antonina, Morretes, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba), oferecendo gratuitamente exames de mamografia e citopatológico para mulheres, previamente agendadas pelas equipes de saúde, especialmente para aquelas mulheres que nunca realizaram ou estão com os exames em atraso.
“Precisamos fazer valer a política de atenção integral à saúde das mulheres, principalmente na atenção primária à saúde e nos serviços e exames especializados quando necessário, para fortalecer ainda mais este momento e incentivar a campanha de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer, faremos este esforço adicional. Vamos aumentar a produção ambulatorial de exames e serviços de mamografias e Papanicolau”, afirma a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
AÇÕES – Além de intensificar as ações do Programa de Cessação do Tabagismo e da vacinação contra o HPV para meninos e meninas, o Governo do Paraná irá lançar, por meio do site do Paraná Rosa e nas redes sociais do governo, um desafio de 21 dias voltado à conscientização sobre os fatores de risco associados a diversos tipos de câncer e doenças crônicas.
A iniciativa tem como objetivo promover hábitos saudáveis e incentivar mudanças que favoreçam a saúde física e mental, como a prática regular de exercícios, alimentação balanceada, realização de exames preventivos e a busca por uma melhor qualidade de sono.
CASOS – No Brasil, o câncer de mama é o câncer mais incidente em mulheres. Estima-se que surjam neste ano 73,6 mil novos casos da doença. O Instituto Nacional de Câncer (Inca), apontou ainda que no Paraná, o número pode chegar a 3,4 mil. Já o câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente, correspondendo à quarta causa de morte de mulheres. Para o ano de 2024, são estimados 790 novos casos desta doença no Estado.
Entre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (neoplasias, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias crônicas), o câncer foi a principal causa de mortalidade prematura em 2023 no Paraná – óbitos ocorridos em pessoas entre 30 a 69 anos –, ultrapassando as doenças cardiovasculares. O câncer de mama ocupou a primeira posição dentre as causas de mortalidade por câncer em mulheres entre 2019 e 2023.
EXAMES – Umas das formas de detecção precoce do câncer de mama é a mamografia de rastreamento, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É indicada para as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos a cada 2 anos. Mulheres de outras faixas etárias com histórico familiar podem realizar por indicação médica. Em relação ao câncer de colo de útero, a recomendação é que seja realizado nas mulheres de 25 a 64 anos, que já iniciaram a vida sexual.
Os dois primeiros exames com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, os próximos podem ser realizados a cada três anos.
De acordo com o Sistema de Informação do Câncer (Siscan) no Paraná, em 2022 foram realizadas 190.069 mamografias de rastreamento, em mulheres de 50 a 69 anos e 468.000 exames de rastreamento do câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos. Já em 2023 foram 215.424 e 545.929, respectivamente. Desde o início deste ano, 122.071 mulheres paranaenses já fizeram a mamografia e 301.963 exames de rastreamento do câncer do colo do útero.
Para oferecer os exames gratuitamente, o Estado conta com 173 mamógrafos em uso no Sistema Único de Saúde (SUS) distribuídos nas 22 Regionais de Saúde.
REDE – A Rede de Saúde do Estado conta com 24 estabelecimentos habilitados, como Unidades de Assistência de Alta Complexidade (Unacons) e Centros de Assistência de Alta Complexidade (Cacons) que oferecem atendimento especializado e integral à pessoa com câncer. O atendimento inicial deve ser feito nas Unidades Básicas de Saúde do Estado, onde são feitas consultas, orientações, solicitação de exames para investigação diagnóstica do câncer e encaminhamentos necessários para a rede.
“Enfatizamos que os exames de rastreamento do câncer do colo do útero e da mama estão disponíveis em todos os meses do ano e podem ser acompanhados por meio da Carteira de Saúde da Mulher”, afirma Maria Goretti.
OUTUBRO ROSA – O Outubro Rosa surgiu em 1997 nos Estados Unidos e foi instituído no Paraná por meio da lei nº 16.935/2011. O objetivo da campanha é conscientizar as pessoas em relação à prevenção do câncer de mama com diagnóstico precoce e tratamento oportuno, evitando mortes pela doença.
PARANÁ ROSA – O Paraná Rosa é um projeto que foi idealizado pela primeira-dama do Estado e teve sua primeira edição em 2019. O objetivo é levar a todos os municípios a informação, o cuidado e o acesso a exames para detecção precoce dos cânceres de mama e do colo do útero.
Por - AEN
O Paraná é o segundo estado que mais cumpriu mandados de prisão em 2024, totalizando mais de 31 mil presos que possuíam mandados em aberto.
Os dados fazem parte do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) e se refere ao período entre janeiro e agosto. Neste recorte, o Estado ficou atrás apenas de São Paulo, com 46,7 mil mandados cumpridos em oito meses, e está bem à frente de Minas Gerais, terceiro colocado com 11,4 mil prisões nesta modalidade.
As operações são geralmente coordenadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), mas em muitos casos também contam com o apoio de outros órgãos de segurança paranaenses, municipais, de outros estados e até corporações nacionais, como Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, que também cumprem mandados de maneira isolada. Na prática, as ações coordenadas pelos agentes de segurança pública corresponderam por 17,3% das 179 mil prisões efetuadas mediante mandato judicial no Brasil neste ano.
Na comparação com os mesmos meses de 2023, as forças de segurança paranaenses ou que atuam no Paraná ampliaram em 6,45% os mandados cumpridos entre janeiro e agosto enquanto em nível nacional a variação foi de 2,44%. Este também é o quarto ano seguido em que há aumento das prisões efetuadas nesta modalidade no Estado. Em 2020, foram 17,4 mil, passando para 22,4 mil em 2021, 24,6 mil em 2022, 29,1 mil em 2023 e os atuais 31 mil em 2024.
Na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, o crescente desempenho está diretamente ligado aos investimentos feitos pelo Governo do Estado para melhoria das condições de trabalho dos policiais. Ele lembrou que o orçamento da pasta foi ampliado de R$ 2,5 bilhões em 2019 para R$ 6,5 bilhões em 2024.
“São políticas como a criação da Polícia Penal, a valorização da Polícia Científica e a contratação de delegados para todas as comarcas estaduais, bem como a retirada dos presos das delegacias para que os agentes se dedicassem exclusivamente às investigações e operações. Estes fatores, somados à dedicação dos policiais, têm elevado os índices de elucidação de crimes cumprimento de mandados em todo o Estado”, afirmou Teixeira.
“Além disso, o crescimento também está ligado ao programa Mulher Segura Paraná, lançado recentemente e que inclui, entre outras ações, o reforço no cumprimento de mandados judiciais em aberto contra os agressores”, complementou o secretário da Segurança Pública.
Em média, houve 127 prisões relacionadas a mandados em aberto por dia no Paraná neste ano. Um dos exemplos mais recentes deste trabalho ocorreu nesta sexta-feira (27), em Cascavel, onde oito pessoas foram presas em uma operação da PCPR contra o tráfico de drogas na região Oeste do Estado. A operação contou com suporte aéreo de helicópteros e cães policiais da instituição, além de apoio da Guarda Municipal.
Na última quarta-feira (25), mais de 40 policiais civis e miliares foram a Prudentópolis, na região Centro-Sul do Estado, para o cumprimento de 19 mandados judiciais, dos quais 10 eram de prisão preventiva, além de outros nove de busca e apreensão de drogas, dinheiro e armas.
Outras 57 pessoas foram presas durante três megaoperações simultâneas contra o crime organizado no dia 17 de setembro. Coordenadas pela PCPR, as ações envolveram 300 policiais em 22 cidades do Estado, além de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, além de contar com apoio da Polícia Penal do Paraná, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
POLÍTICAS PÚBLICAS – De acordo com o delegado-geral da PCPR, Silvio Rockembach, a posição de destaque do Paraná em nível nacional com relação ao cumprimento de mandados de prisão está ligada diretamente a três pilares das políticas públicas para o setor implementadas a partir de 2019 pelo Governo do Estado: definição de indicadores de desempenho, valorização dos policiais e investimento maciço na modernização da estrutura à disposição destes profissionais.
“Um dos principais indicadores usados para medir a eficiência e eficácia da instituição é justamente o cumprimento de mandados de prisão para que os crimes que elas cometeram não ficassem impunes. Isso fez com que as unidades trabalhassem de forma integrada e com uma missão bem clara”, afirmou.
O Estado investiu na aquisição de viaturas, aeronaves e embarcações modernas, bem como em novos armamentos e equipamentos. “A Polícia Civil do Paraná possui o que há de mais moderno no mundo para investigação, o que aumentou significativamente a capacidade de localizar e prender pessoas com mandados em aberto, assim como dar cumprir rapidamente os novos mandados que são expedidos ao longo das investigações”, acrescentou o delegado-geral.
Rockembach lembrou ainda que o Governo do Estado efetuou em 2022 a maior contratação de delegados da Polícia Civil da história, o que permitiu que o Paraná tivesse ao menos um profissional deste tipo em cada uma das 161 comarcas a partir de 2023. Outro exemplo recente ocorreu em maio deste ano, quando o governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou o maior pacote de promoção dos agentes da PCPR, beneficiando 2.337 policiais civis.
“A readequação das forças policiais, que hoje trabalham motivadas por terem o devido reconhecido do Estado, resulta em investigações de mais qualidade, com a conclusão ágil dos inquéritos e a consequente decretação e efetivação das prisões”, concluiu o delegado-geral.
MULHER SEGURA – Além do combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que correspondem ao maior volume de mandados de prisão cumpridos pelos policiais paranaenses, outra linha de atuação tratada como prioridade pelo Governo do Estado é o combate à violência contra a mulher.
Criada em abril de 2024, a Operação Mulher Segura já efetuou 2.501 prisões, das quais 2.151 em flagrante. As outras 350 prisões efetuadas até o momento são reflexo do cumprimento de mandados de prisão relacionados a crimes como violência doméstica, crimes sexuais, feminicídio e descumprimento de medidas protetivas.
Entre os dias 1º e 28 de agosto, a PCPR efetuou 848 prisões em flagrante ou com mandados judiciais em aberto de pessoas envolvidas em crimes contra mulheres no Estado. A ação integrou a Operação Shamar, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que visou o combate à violência contra a mulher em todo o território nacional.
Por - AEN
Cerca de 82% dos municípios do Paraná registraram um saldo positivo na criação de vagas de emprego com carteira assinada no acumulado de janeiro a agosto de 2024.
Dos 399 municípios, 327 tiveram mais contratações do que demissões no período segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Curitiba foi a cidade que mais criou vagas de trabalho formais até agora no ano: 36.733. O número é o resultado de 395.141 admissões e de 358.408 desligamentos ocorridos na Capital do Paraná nos primeiros oito meses de 2024. Londrina aparece em segundo lugar, com um saldo de 6.294 vagas, seguida por São José dos Pinhais (6.046), Maringá (5.905), Ponta Grossa (5.464) e Cascavel (4.995).
Vinte e cinco cidades paranaenses tiveram um saldo acima de 1.000 vagas criadas no ano, enquanto outras 119 localidades registraram entre 100 e 999 contratações a mais do que demissões.
Em termos proporcionais, quem lidera a lista é a Nova Aliança do Ivaí, na região Noroeste, com um saldo de 89 vagas criadas, o que representa um acréscimo de 49,7% em relação ao estoque – termo utilizado pelo governo federal para denominar o volume total de empregados registrados em regime CLT na cidade. As outras maiores variações percentuais no acumulado do ano aconteceram em Doutor Ulysses (34,4%), Inajá (32,1%), Itambaracá (27,6%), Pinhal de São Bento (26,3%) e São Pedro do Iguaçu (20,5%).
Mirador, Porto Rico e Presidente Castelo Branco, na região Noroeste, além de Pinhalão, no Norte Pioneiro, foram as únicas cidades do Paraná a manterem exatamente o mesmo patamar de empregos no comparativo entre os oito primeiros meses de 2023 e 2024.
Especificamente em agosto, que é o mês mais recente com dados consolidados pelo Caged, São José dos Pinhais lidera o ranking de empregos formais criados, com um saldo de 1.068 vagas. Depois, aparecem São Mateus do Sul (835), Ponta Grossa (800), Londrina (665), Arapongas (470) e Maringá (451).
ESTADOS – O bom desempenho em nível municipal fez com que o Paraná tenha o 3º maior saldo de vagas criadas entre janeiro e agosto deste ano. Nestes meses, foram criados 137.572 empregos com carteira assinada no Estado, saldo de 1.390.072 contratações menos 1.252.500 demissões no período.
O volume só foi menor do que o registrado em São Paulo, onde 441.076 vagas foram criadas, e Minas Gerais, que teve um saldo positivo de 188.293 vagas formais. O desempenho paranaense também ficou bem acima dos demais estados da região Sul, com o Rio Grande do Sul fechando o período entre janeiro e agosto com um saldo de 10.413 empregos, enquanto Santa Catarina criou 7.641 vagas novas.
No ano, os setores que mais contrataram no Paraná foram o de serviços, com saldo de 70.119, seguido pela indústria (34.342), construção (17.030) e comércio (15.271). Na agropecuária foram 816 novos postos de trabalho criados. Entre os subsetores, o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi o com maior número de postos gerados, com saldo de 34.299.
Também houve uma distribuição equilibrada de gênero nas vagas criadas em nível estadual, com 70.115 delas ocupadas por homens, o equivalente a 51% do total no ano, e 67.457 por mulheres, o que corresponde ao 49% restantes.
Por - AEN
Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) revelou que nos últimos quatro anos 26,4 mil mulheres tiveram acesso ao planejamento reprodutivo e sexual na assistência ambulatorial garantido com a escolha do Dispositivo Intrauterino TCu 380 (DIU de cobre) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O DIU é um método contraceptivo reversível que apresenta alta eficácia, segurança e boa tolerância, possui longo tempo de atuação, sua inserção é um procedimento simples e tem poucas contraindicações para o uso.
Focando na atenção integral à saúde da mulher e no planejamento familiar, a Linha de Cuidado Materno Infantil do Paraná organiza a oferta deste método nas unidades de saúde, maternidades e ambulatórios. A incorporação do método pelo Ministério da Saúde e atuação de médicos e enfermeiros para inserção do dispositivo resultou no aumento gradativo da procura e no atual número expressivo de mulheres utilizando o DIU. O volume de colocações apresentou alta expressiva a partir de 2021, quando ultrapassou a marca de 5 mil.
O método foi disponibilizado pelo SUS a partir de 2017 – antes só era possível utilizá-lo pagando o dispositivo e a colocação na rede particular. Desde janeiro daquele ano até julho deste ano foram inseridos 36,4 mil DIUs pelo SUS no Paraná, com recorde em 2023 (8.339).
Elaine Regina Catanio, de 35 anos, residente em Enéas Marques, no Sudoeste do Paraná, passou pelo procedimento de inserção do DIU há cerca de um ano. Ela conta que o processo foi tranquilo e realizado com muito cuidado e efetividade. “Consultei na Unidade de Saúde com a médica do município que atende a saúde da mulher. Fiz o ultrassom e, com o resultado, foi agendado o procedimento. A colocação foi feita na própria unidade, tudo pelo SUS”, diz.
O DIU de cobre pode ser utilizado sem necessidade de troca por dez anos. Caso a paciente deseje retirar o dispositivo deve procurar um profissional qualificado para que o procedimento seja realizado na Unidade de Saúde.
“Além do DIU, nas unidades de saúde do Paraná podem ser encontrados todos os métodos contraceptivos disponibilizados pelo SUS, como a pílula, a injeção, a camisinha. Também pode ser realizada a consulta ginecológica e decidido em conjunto com a equipe de saúde qual o melhor método para a paciente", explica a chefe da Divisão de Atenção da Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi.
AÇÃO REGIONALIZADA – O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) realiza desde junho atendimento ambulatorial, via call center, para consulta ginecológica e inserção de DIU nas mulheres. O atendimento é para mulheres que tiveram seus bebês no HUOP e queiram fazer o uso do método posteriormente, além daquelas domiciliadas em um dos 25 municípios da 10ª Regional de Saúde.
Os atendimentos são realizados pelos enfermeiros docentes do programa de residência em Enfermagem Obstétrica do HUOP, com recursos da Sesa. A iniciativa surgiu da demanda hospitalar, que atende aproximadamente 350 partos por mês.
A consulta de enfermagem para a inserção de DIU de cobre ocorre no ambulatório de Saúde das Mulheres toda segunda-feira, geralmente pela manhã. As mulheres que tiverem interesse em fazer a inserção do dispositivo, podem entrar em contato via Call Center (45) 3321-4703 por mensagem de WhatsApp e agendar sua consulta.
Em Turvo, município pertencente à 5ª Regional de Saúde de Guarapuava, muitas mulheres também aderiram ao DIU de cobre. Uma parceria da Regional de Saúde com a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras do Paraná garante atendimento personalizado, com enfermeiras treinadas e aptas para realização do procedimento. Desde o início deste ano 86 mulheres já optaram pelo DIU nessa localidade.
“Fui super bem atendida, me deram apoio, com três enfermeiras que me acolheram e me tiraram todas dúvidas. Para as mulheres que têm receio ou medo, podem ir tranquilas, é um método que nos garante segurança”, afirma Flávia Grasile, professora em Turvo, que procurou o SUS para esse serviço.
Confira os dados ano a ano:
2017 - 2.619
2018 - 1.706
2019 - 3.939
2020 - 2.983
2021 - 5.304
2022 - 6.867
2023 - 8.339
2024 (até julho) - 4.735
Por - AEN