Do campo ao copo: cadeia cervejeira investiu R$ 5 bilhões em 5 anos no Paraná

A cadeia de produção de cerveja está em alta no Paraná.

Desde 2020, empresas do setor investiram cerca de R$ 5 bilhões não apenas para a fabricação da bebida no Estado, mas também de outros insumos usados no processo, desde o malte até as garrafas. É um trabalho que já começa no campo, com o Paraná liderando a produção nacional de cevada e fomentando também a plantação de lúpulo, outro ingrediente utilizado na cerveja, até chegar ao copo de quem aprecia uma “gelada”.

Esse volume diz respeito a empresas que tiveram incentivo do programa Paraná Competitivo, do Governo do Estado, dentro de um trabalho iniciado pela Invest Paraná, agência de atração de investimentos vinculada à Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).

“Desde 2019 identificamos um aumento na demanda de investimentos do setor cervejeiro, que culminou nesse valor de R$ 5 bilhões aportados principalmente na Região dos Campos Gerais e, mais recentemente, na Região Metropolitana de Curitiba”, explica o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin.

“O setor precisava ser requalificado, ou seja, ter um reinvestimento em suas próprias plantas, fazendo a expansão com apoio do Paraná Competitivo. Com essa ferramenta, desenhamos junto com as empresas o modelo de benefícios e incentivos fiscais para viabilizar esses investimentos”, diz Bekin. “Foi o que resultou nesse número, com milhares de empregos gerados. E não só com as grandes cervejarias, mas com toda a cadeia que envolve também as microcervejarias, as empresas de embalagem e do próprio malte. Foi um trabalho eficiente realizado para esse nicho de mercado”.

Segundo o Anuário da Cerveja, do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Paraná chegou a 2023 com 171 estabelecimentos registrados para a produção de cerveja e chope, quarto maior número do Brasil. E pelos dados da Junta Comercial do Paraná, são 289 cervejarias registradas no Estado, sendo que 96 foram abertas entre janeiro de 2020 e agosto de 2024, 13 delas nos primeiros oito meses deste ano.

MALTARIAS – Os investimentos no Estado começam na industrialização da matéria-prima essencial, a cevada. Para reduzir a dependência de malte importado, seis cooperativas paranaenses se reuniram para construir a maior planta para a produção do insumo na América Latina, a Maltaria Campos Gerais, localizada em Ponta Grossa.

Inaugurado em junho com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior, o empreendimento recebeu R$ 1,6 bilhão de investimentos das cooperativas Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola. A previsão é produzir, em uma primeira etapa, 280 mil toneladas de malte por ano, o que equivale a 15% da demanda nacional.

Em 2023, o Brasil importou 814,5 mil toneladas do insumo, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esse volume representou um impacto de US$ 541,4 milhões na balança comercial nacional. Pelo Paraná, as importações de malte chegaram a 160,6 mil toneladas no ano passado, com receita de US$ 104,8 milhões.

Pioneira na produção de cevada para a indústria cervejeira, a Cooperativa Agrária está investindo mais R$ 500 milhões em uma nova maltaria na colônia Entre Rios, onde fica sua sede, na cidade de Guarapuava, Centro do Estado. O empreendimento está sendo tocado pela Ireks do Brasil, joint venture formada pela cooperativa e pela empresa alemã Ireks, e vai ser o primeiro no Brasil a produzir maltes especiais, produto que hoje é importado, para abastecer o mercado nacional.

CERVEJARIAS – Outro importante investimento veio de uma empresa já consolidada no Paraná. Instalada em 2016 em Ponta Grossa, a multinacional holandesa Heineken iniciou em 2020 um processo de expansão de sua planta, com apoio do programa Paraná Competitivo. A empresa, que tinha anunciado um aporte inicial de R$ 865 milhões, acabou investindo R$ 1,5 bilhão na unidade, mais que dobrando sua capacidade produtiva.

O Brasil é o maior mercado consumidor da marca no mundo. Com a ampliação, a fábrica de Ponta Grossa é a primeira a produzir Chope Heineken 0.0%, um chope zero álcool preservando sabor e alta qualidade. Foi também a partir dos investimentos que a empresa passou a produzir sua versão zero álcool, a Heineken 0.0%, sendo a única planta que fabrica esse rótulo no País, e mais recentemente, a Sol 0.0%, mais uma aposta do grupo.

Durante o período de obras, mais de 1.400 postos de trabalho foram criados. Agora, 255 pessoas foram contratadas para a empresa, com a geração de 575 empregos diretos e milhares de indiretos em sua planta paranaense. A unidade é a que mais produz Heineken no Brasil, dentre as 14 fábricas distribuídas nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, e a que mais produz cerveja da marca no mundo.

Além da cerveja que leva o nome da empresa e sua versão zero álcool, são produzidas na unidade marcas como Amstel, Sol, Bavaria e Kaiser. A unidade é também a primeira do grupo a produzir Heineken retornável 330 ml, contribuindo para a cadeia retornável de vidro.

No mês passado, outra empresa de bebidas anunciou a implantação de uma cervejaria no Paraná, desta vez em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O grupo paranaense RFK, responsável por marcas como o Refriko e o energético Furioso, promete construir uma fábrica altamente tecnológica, com o uso de inteligência artificial no gerenciamento da produção para otimizar o processo de produção.

A empresa, que tem um parque industrial em Cambé, no Norte do Paraná, prevê iniciar a produção na RMC no primeiro semestre de 2026, com a expectativa de envasar 1,2 bilhão de litros de bebidas por ano. A planta pretende iniciar a produção com duas marcas próprias de cerveja, a Bamboa e a Moema, deve incluir um terceiro rótulo e também outras bebidas de seu catálogo.

FÁBRICA DE GARRAFAS – Dentro da cadeia cervejeira no Paraná, o Estado também está ganhando uma fábrica de embalagens da Ambev, que também conta com uma planta para a produção cerveja em Ponta Grossa. A indústria de garrafas, agora, está sendo instalada na cidade vizinha de Carambeí, com investimento de R$ 870 milhões. Em junho, a implantação da unidade já estava 80% pronta. 

O empreendimento faz parte do movimento de ampliar a oferta de cervejas premium no portfólio da empresa, com rótulos como Spaten, Corona, Stella Artois e Original. Serão produzidas na fábrica até 1,5 mil garrafas por minuto, chegando a 15 milhões por mês. São embalagens de diferentes formatos e cores, como long necks, 300 ml, 600 ml e 1 litro.

Cerca de 2 mil pessoas trabalharam somente na construção da fábrica de garrafas, que tem previsão de gerar 170 empregos diretos para Carambeí e região e até 2 mil empregos considerando toda a cadeia.

MICROCERVEJARIAS – Além das grandes empresas do setor, o Paraná também tem um grande movimento de microcervejarias, que são aquelas que produzem até 5 milhões de litros por ano. Somente a Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva) conta com 56 estabelecimentos associados, a maior parte na região de Curitiba, mas com representantes também em diversas regiões do Estado.

Um censo promovido pela associação em 2022 com 43 empresas mostrou que 76% tinham planta própria, metade delas contavam com um faturamento mensal de até R$ 100 mil e 42% empregavam até cinco pessoas. Além disso, 31% delas produziam até 5 mil litros da bebida por mês.

Para fomentar esse segmento, o Governo do Estado oferece incentivos fiscais para a cadeia. A Secretaria de Estado da Fazenda oferece, até 31 de dezembro de 2024, crédito presumido de 13% no valor do ICMS nas vendas de cervejas e chopes artesanais no Estado, com benefício limitado à saída de 200 mil litros por mês. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, existe a possibilidade de prorrogação do benefício.

O diretor de Marketing da Procerva, Mario Kleina, destaca que incentivos tributários são fundamentais para garantir a competitividade das microcervejarias no mercado. “A gente enxerga de maneira essencial a aproximação e o diálogo com o poder público. Conquistamos alguns ganhos significativos para as cervejarias em relação às regras tributárias, que flexibilizaram o cenário e nos tornou um pouco mais competitivos quando se comparado às grandes indústrias”, diz.

“As cervejas artesanais ainda são vistas pelo consumidor como algo ainda distante, principalmente com a mudança no padrão de consumo após a pandemia. Mas a nossa ideia é popularizar esse consumo, para entrar na rotina da população”, destaca Kleina. “Nosso trabalho na associação é disseminar a cultura cervejeira, torná-la acessível e conhecida. Nosso trabalho na associação é formar polos cervejeiros dentro do Estado, com a promoção de eventos para propagar essa cultura”.

Ele destaca a versatilidade dos sabores de cerveja que são explorados na produção especial, com o uso de diferentes ingredientes. Segundo o Anuário da Cerveja, o Paraná contava, em 2023, com 4.400 produtos diferentes, uma média de 26 rótulos por estabelecimento. “Pode variar malte, lúpulo, trazer um sensorial diferente, incluir frutas e outros insumos. Isso abre um leque gigantesco, tornando a cerveja altamente versátil, o que é muito bem recebido pelos nossos consumidores, que é um público que gosta de novidades e quer degustar coisas novas”.

 

 

 

 

 

 

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 Qualidade das universidades estaduais é destaque em mais um ranking internacional

As universidades estaduais de Maringá (UEM), de Londrina (UEL), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro) estão mais uma vez entre as melhores instituições de ensino superior do Brasil.

É o que aponta a nova edição de um ranking universitário, divulgado nesta quinta-feira (3) pela empresa britânica Quacquarelli Symonds (QS), especializada em consultoria educacional e classificações acadêmicas. O levantamento abrange 437 universidades de 23 países da América Latina e Caribe, sendo 96 instituições do Brasil.

Com duas classificações no top 50 do ranking, as universidades ligadas ao Governo do Paraná mantiveram posições de destaque no ensino superior do bloco latino-americano, reconhecidas pela qualidade acadêmica e excelência em pesquisa. Neste ano, as estaduais paranaenses obtiveram melhores resultados em praticamente todos os critérios avaliados pelo ranking, principalmente nos aspectos referentes à capacidade de produção de conhecimento, por meio das atividades de pesquisa.

A UEM figura como a 27ª instituição de ensino superior mais bem avaliada entre as brasileiras, seguida pela UEL e UEPG nas posições 34 e 56, respectivamente. No estrato regional da América Latina, as três estaduais estão nas posições 101, 119 e na faixa 201-250, nessa ordem. A Unioeste conquistou uma posição no desempenho geral, saltando do 59º para o 58º lugar nacional do ranking e se mantendo na faixa 201-250 das universidades latino-americanas. Na sequência, a Unicentro ocupa a posição 82 entre as brasileiras e a faixa 301-350 da esfera regional.

O reitor da UEM, Leandro Vanalli, destaca o reconhecimento da universidade em rankings que medem sua influência na sociedade, na produção científica e na formação de estudantes. "A UEM se posiciona muito bem em nível estadual, nacional e internacional em rankings que avaliam a influência da universidade na sociedade, na produção científica e na formação dos estudantes”, afirma. “O bom desempenho da UEM é resultado de investimentos no ensino superior e da qualidade dos servidores e estudantes que estão sempre em busca da excelência acadêmica".

Os resultados desse ranking da Quacquarelli Symonds refletem o comprometimento das universidades estaduais do Paraná com a educação e a pesquisa de qualidade, e confirmam a capacidade de inovação das instituições. Considerada uma das principais classificações internacionais do ensino superior, o levantamento contempla critérios abrangentes, como a reputação acadêmica, o impacto da pesquisa e a proporção entre professores e estudantes e a percepção da empregabilidade dos profissionais egressos.

Segundo a metodologia, as instituições são avaliadas com base em oito quesitos: reputação acadêmica, que mede a percepção das universidades entre especialistas; artigos e citações por professor, que indicam a produção e o impacto da pesquisa; proporção entre alunos e docentes, que reflete o suporte ao aprendizado; porcentagem de professores com doutorado, que avalia a qualificação do corpo docente; internacionalização da pesquisa, que considera colaborações acadêmicas; impacto na web, que mede a visibilidade online; e reputação do empregador, que reflete as habilidades e competências dos profissionais graduados.

OUTRAS INSTITUIÇÕES – Além das estaduais, outras instituições públicas de ensino superior também estão no ranking, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), classificada em 12º lugar nacional; a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), na posição 36; e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), na 53ª colocação. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), ocupa a 21ª posição, entre as brasileiras.

REFERÊNCIA – A cada ano, essa classificação auxilia estudantes de ensino médio na decisão pelas universidades mais bem avaliadas. Fundada em 1990, a Quacquarelli Symonds também organiza feiras de educação e fornece informações sobre cursos e programas acadêmicos, para além da realização de análises de instituições de ensino superior ao redor do globo. A empresa conta com escritórios em vários continentes, como Singapura, no Sudeste da Ásia; Nova Délhi, na Índia; Bangalore, na Índia; e São Paulo, no Brasil.

 

 

 

 

 

 

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 Com ação direta do IAT, Operação Mata Atlântica em Pé aplica R$ 13 milhões em multas

A edição 2024 da Operação Mata Atlântica em Pé no Paraná, força-tarefa coordenada pelo Ministério Público (MPPR) com suporte técnico do Instituto Água e Terra (IAT), identificou 1.433,33 hectares de área ilegalmente desmatada, com a aplicação de R$ 13.100.500,00 em multas administrativas aos responsáveis pelos ilícitos ambientais.

Eles também podem responder judicialmente – nas esferas cível e criminal –, além de terem sido impostas restrições administrativas relacionadas aos registros das propriedades rurais.

O balanço das duas semanas da ação, a 8ª em nível estadual e a 7º no País, foi apresentado nesta quinta-feira (03). O Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também participaram das fiscalizações.

Somente os agentes do IAT aplicaram 287 Autos de Infração Ambiental (AIA) no período, no valor de R$ 9.714.500,00 (74% do valor integral), em uma área correspondente a 1.098 hectares (cerca de 77% da totalidade), concentrada em 38 municípios, de diferentes pontos do Paraná – como a base operacional do órgão ficou instalada na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Esperança, na região Central do Paraná, as autuações também foram mais concentradas nessa área.

O maior número de ocorrências se deu em Irati, na região Centro-Sul, com 87 pontos de desmatamento. A maior área devastada em uma única propriedade foi verificada em Imbaú, com a supressão de 111,4 hectares de Mata Atlântica. Também na cidade foi lavrado o AIA mais expressivo, no valor de R$ 784 mil.

“A ação deu enfoque também à fiscalização para verificar o cumprimento de embargo já aplicados em Autos de Infração Ambiental de edições anteriores da Operação. O objetivo foi verificar se estão sendo destinadas à recuperação de vegetação, conforme prevê a legislação, ou se continuavam sendo utilizadas mesmo após o embargo”, destacou o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes.

TECNOLOGIA – Do total das áreas fiscalizadas, 776,52 hectares desmatados foram identificados pelo Instituto Água e Terra a partir do uso de tecnologias de georreferenciamento e monitoramento via imagens de satélite, ou seja, sem a necessidade de ir a campo. A fiscalização remota resultou na lavratura de 115 autos de infração e aplicação de R$ 6.621.500,00 em multas.

Além disso, com a utilização dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), são identificados os proprietários das áreas onde há o desmatamento ilegal. Em locais onde não são obtidos, pelas imagens de satélite, elementos suficientes sobre os danos ambientais causados, são realizadas visitas das equipes de fiscalização.

MUNICÍPIOS – As cidades do Paraná em que foram verificados desmatamento ilegal durante a edição 2024 da Operação Mata Atlântica em Pé são: Turvo, Pitanga, Tunas do Paraná, Quitandinha, São José das Palmeiras, São Mateus do Sul, Guaraniaçu, São João, Quedas do Iguaçu, Cruz Machado, Planalto, Jataizinho, Espigão Alto do Iguaçu, General Carneiro, Palmital, Bituruna, Ortigueira, Prudentópolis, Lapa, Nova Esperança do Sudoeste, Pérola D'Oeste, Imbaú, Paulo Frontin, Campina Grande do Sul, Laranjeiras do Sul, Goioxim, Guarapuava, Honório Serpa, Piên, Santa Maria do Oeste, Imbituva, Irati, Boa Ventura de São Roque, Guamiranga, Rio Azul, Capanema, Salto de Lontra e Laranjal.

NACIONAL – Em 2024, a iniciativa permitiu a identificação de 17.124 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa do bioma Mata Atlântica. As irregularidades verificadas levaram à aplicação de multas que somaram R$ 137.515.308,05.

A Operação Mata Atlântica em Pé ocorreu em 17 estados da Federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Os trabalhos foram coordenados regionalmente pelos Ministérios Públicos.

DIMINUIÇÃO DO DESMATAMENTO – Por meio da vigilância, o Paraná conseguiu diminuir em 70,7% a supressão ilegal da Mata Atlântica ao longo do ano passado, segundo o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil do MapBiomas, plataforma vinculada ao Observatório do Clima. De acordo com o material, a área de supressão vegetal do Bioma Mata Atlântica diminuiu de 4.035 hectares (ha), em 2022, para 1.180 hectares em 2023.

Além disso, levantamento preparado pelo IAT, com base em dados de 2021, também do MapBiomas, mostrou que o Paraná teve um aumento significativo de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.

O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já o Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.

COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres.

Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.

O principal canal do Batalhão Ambiental da Polícia Militar é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.

No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.

 

 

 

 

 

 

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 TCU coloca Paraná entre os primeiros no ranking de aplicação da Lei de Licitações

O Paraná ficou na 4ª posição no ranking dos estados com maior maturidade na aplicação da Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei 14.133/2021), de acordo com o levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O Estado alcançou um Índice de Maturidade na Implementação da Nova Lei (IMIL) de 0,81 em uma escala de 0 a 1,0, ficando colado nos primeiros colocados – São Paulo e Goiás, ambos com 0,83, e Mato Grosso, que registrou 0,82.

O relatório do TCU avaliou os estados em cinco eixos: governança, planejamento, controles, uso de tecnologia da informação e comunicações e disponibilidade de dados. O Paraná foi pioneiro ao estar 100% pronto para operar sob a nova lei já em março de 2023, enquanto outros estados e municípios tinham até dezembro para concluir o processo de adaptação.

O secretário estadual da Administração e da Previdência, Claudio Stabile, comemorou o resultado e destacou o empenho do Governo do Paraná em estar na vanguarda da aplicação da nova legislação. “Esse reconhecimento do TCU reforça que o Paraná está à frente, garantindo uma gestão pública cada vez mais eficiente, moderna e transparente”, disse o secretário. “A implementação rápida e eficaz da Nova Lei de Licitações demonstra o nosso compromisso em entregar o melhor para a população, com processos cada vez mais seguros e eficientes”.

Entre outras medidas, a Nova Lei de Licitações exige a integração dos portais de compras públicas dos estados e municípios com o portal federal e a realização de estudos técnicos preliminares para qualquer processo de aquisição, desde itens básicos, como materiais de escritório, até grandes obras de infraestrutura. Também há a obrigatoriedade de mapeamento de riscos em licitações, identificando potenciais obstáculos que possam impactar a execução dos contratos.

MUNICÍPIOS – Com a agilidade do governo estadual na adequação, os municípios paranaenses também podem se beneficiar, uma vez que a nova lei permite que as cidades utilizem os registros de preços realizados pelo Estado, que compra em larga escala e consegue uma melhor negociação. Além disso, os municípios podem solicitar acesso ao Catálogo Estadual para Compras Públicas, utilizado por órgãos estaduais.

O catálogo de itens para compras públicas reúne descrições técnicas de produtos e serviços previamente padronizados, facilitando processos de contratação pública para itens que vão desde materiais de expediente até veículos.

RECONHECIMENTO – A rápida adaptação do Paraná às exigências da Lei 14.133/2021 já foi reconhecida nacionalmente. Durante o XII Congresso Brasileiro dos Servidores da Administração Pública, realizado em agosto de 2023, o Catálogo Eletrônico de Padronização de Compras, Serviços e Obras, desenvolvido pelo estado, foi premiado. A ferramenta centraliza e padroniza as informações dos itens licitáveis, proporcionando maior eficiência e transparência nas contratações públicas.

 

 

 

 

 

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 Pela primeira vez, Paraná entregará kits escolares para todos alunos da rede estadual

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) deu mais um passo para assegurar um melhor aprendizado aos estudantes da rede estadual de ensino.

Pela primeira vez na história, todos os alunos receberão um kit escolar, com três cadernos, lápis de cor, canetas esferográficas, réguas, apontador com depósito, borracha, entre outros itens, a partir do ano letivo de 2025. O investimento será de aproximadamente R$ 43 milhões, com recursos próprios do Estado.

Serão adquiridos cerca de 945 mil kits escolares. A compra desses materiais é fruto de uma ata de registro de preço, realizada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Ministério da Educação (MEC), homologada em agosto deste ano. O órgão federal reuniu os estados interessados na compra dos itens, o que reduziu o custo total para cada ente federado, que realiza a aquisição de forma individualizada.

Os kits deverão ser entregues já no início do ano letivo de 2025, em fevereiro, para os alunos dos ensinos fundamental II, médio e profissionalizante e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A logística e distribuição dos materiais será feita pelo Núcleo Administrativo Setorial da Seed.

Serão dois modelos de kits escolares: um destinado ao ensino fundamental II e outro para o ensino médio e EJA. A diferença entre eles é que os alunos do 6º ao 9º anos receberão itens em maior quantidade, como lápis de cor e cadernos.

“Nosso objetivo é de que cada estudante, independentemente da sua localização, receba o material necessário para começar o ano letivo com tudo o que precisa. A educação do Paraná está cada vez mais comprometida com a equidade e a inclusão, e esse investimento é uma prova concreta desse compromisso”, destacou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

“A gente sabe que para os pais com dois, três filhos, pesa muito no orçamento fazer a compra do kit escolar, então entregando esse material vai aliviar no início do ano o orçamento da família”, complementa.

Com a distribuição dos kits, o Governo do Estado reforça seu compromisso com o fortalecimento da educação pública. A iniciativa pretende garantir que alunos das áreas urbanas e rurais tenham as mesmas oportunidades de aprendizado, eliminando barreiras que possam prejudicar o desempenho escolar.

O Paraná tem a melhor educação do Brasil, conforme dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 divulgados em julho. Entre 2021 e 2023, o Paraná aumentou de 4,8 para 4,9 a sua nota no Ideb no ensino médio, o que inclui as escolas públicas, sob gestão do Governo do Estado, e as escolas privadas e institutos federais. No ensino fundamental (anos finais), que engloba estudantes do 6º ao 9º ano, o Ideb do Paraná passou de 5,4 para 5,5, liderança empatada com Ceará e Goiás.

 

 

 

 

 

 

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