Fazenda fez 48 novas contratações para modernização fiscal do Paraná em 2023

A Secretaria de Estado da Fazenda encerra 2023 com 48 novas contratações e licitações previstas na fase atual do Projeto de Modernização da Gestão Fiscal do Estado concluídas. O Profisco II, como o projeto é conhecido, reúne vários novos produtos e processos cujo objetivo é melhorar a gestão pública do Paraná nas áreas fiscal, fazendária e financeira.

Desde setembro de 2020, quando foi iniciado, até o momento, o Profisco II acumula 107 contratações, com vigências desde 2021 até 2025. Em valores, o total já contratado ultrapassa R$ 204 milhões (US$ 41 milhões), o equivalente a 75% do financiamento do projeto, dos quais 50% já foram executados, com resultados incorporados às rotinas de trabalho da Secretaria da Fazenda do Paraná.

O Profisco II é uma abrangente iniciativa de aprimoramento na gestão pública nas áreas fiscal, fazendária e financeira. Com investimento total de aproximadamente R$ 270 milhões (US$ 55 milhões) até 2025, distribuídos entre R$ 245 milhões (US$ 50 milhões) provenientes de financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e R$ 25 milhões (US$ 5 milhões) como contrapartida do governo estadual, o programa visa fortalecer a gestão fiscal do Estado ao incorporar infraestrutura e sistemas mais modernos no embasamento das políticas públicas, além de plataformas mais eficazes para os contribuintes.

O secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior, diz que o Profisco é um projeto pensado para o futuro, que vai trazer melhorias importantes na forma como o Paraná lida com as questões fiscais. “O Profisco desempenha um papel crucial, pois, ao atualizar e melhorar procedimentos, não apenas torna a arrecadação e a administração de recursos públicos mais eficientes, mas também simplifica a vida das empresas e dos contribuintes. Ele aprimora serviços da Receita e da Fazenda, simplifica o cumprimento das obrigações fiscais e, em última instância, vai resultar em mais dinamismo econômico e mais atração de investimentos para o Estado”, afirma.

 

DESTAQUES

Um destaque é a implantação do Sistema Único e Integrado de Execução Orçamentária, Administração Financeira e Controle (Siafic), nova ferramenta de gestão financeira que aprimora a transparência e a qualidade da aplicação dos recursos públicos. O Siafic entrará em operação, executando o Orçamento Fiscal do Estado, a partir de janeiro.

Em 2023, todos os órgãos vinculados ao Governo e demais Poderes – Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e a Defensoria Pública – já começaram a trabalhar com Lei Orçamentária Anual (LOA) por meio do novo sistema.

Outro projeto em andamento é o Confia Paraná, programa de conformidade tributária cujo objetivo é transformar a interação entre contribuinte e Fisco. Ele abrange sistemas de monitoramento, gestão da recuperação de créditos, gestão da ação fiscal, disponibilização de serviços aos contribuintes. Após ser implementado, o Confia Paraná poderá estabelecer um tratamento diferenciado para bons contribuintes exemplares, em um incentivo à autorregularização.

O programa irá conferir à arrecadação e à fiscalização tributária um caráter mais colaborativo, ao auxiliar os contribuintes paranaenses a estarem em dia com suas obrigações fiscais. O objetivo é buscar mais eficiência na arrecadação tributária, melhorar a comunicação com a sociedade, automatizar serviços que hoje são realizados de forma manual e diminuir a necessidade de ações fiscais, reduzindo prazos e facilitando o cumprimento das obrigações tributárias por parte das empresas.

Já o Modelo de Orçamento para Resultados é uma proposta inovadora da Fazenda do Paraná. A abordagem busca integrar o planejamento à execução, priorizando a alocação estratégica de recursos públicos para promover eficiência e efetividade na gestão das contas públicas. O modelo implementa mecanismos de monitoramento e avaliação com indicadores claros e proporciona uma análise detalhada para embasar peças orçamentárias do Estado, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.

A metodologia, que, após uma fase-piloto, começará a ser implementada em 2024, oferece maior transparência na distribuição de recursos, reorienta a gestão pública para resultados tangíveis, confere inteligência à alocação de verbas e otimizar a distribuição de recursos públicos, inclusive para áreas como a saúde e a educação.

 

PAGAMENTOS 

O novo Portal de Pagamento de Tributos, lançado em agosto pela Receita Estadual e pela Secretaria da Fazenda, é uma das entregas do Profisco II. Desenvolvido em parceria com a Celepar, o sistema reúne em um único local a emissão de guias para diversos tipos de pagamentos ao Estado, inclusive taxas de inscrição de concursos, restituições, depósitos, além dos tributos estaduais.

A implementação do portal faz parte da Nova Sistemática de Arrecadação, também no âmbito do Profisco. Ela inclui o Sistema Integrado de Arrecadação (SIA-PR), que permite ao Estado fazer a gestão direta das distribuições financeiras aos destinatários dos recursos. A sistemática já traz resultados, como a possibilidade de pagamentos aos Estado por meio de pix e a inserção de data de validade da guia, algo que evita o recolhimento baseado em cálculos incorretos, culminando em débitos indefinidamente em aberto.

Ao longo do curso do projeto, cuja entrega final deve ocorrer no término de 2025, ainda estão previstas entregas relacionadas à emissão de guias múltiplas, o que permitirá o pagamento de várias obrigações em um único documento. Também será entregue um módulo de restituição que analisará pedidos automaticamente. Caso atendam a certos critérios, tais requisições poderão ser deferidas sem a necessidade de análise humana.

A nova sistemática também prevê maior integração com os bancos, o que facilita novos credenciamentos, melhora o acompanhamento dos recebimentos, permite a aplicação de multas por atrasos e trata erros na captura dos resgates de forma imediata. Sob a ótica do Estado, a modernização permite verificar de forma imediata que os pagamentos foram devidamente recolhidos ao Tesouro, distribuídos às suas finalidades, sejam elas fundos ou municípios, e enviados aos sistemas contábeis e financeiros da Fazenda estadual.

 

O QUE É

O Profisco II é dividido em três eixos. O primeiro busca melhorar a gestão fazendária e a transparência fiscal. A segunda vertente concentra-se na criação de ferramentas mais modernas para a administração tributária. O terceiro eixo visa qualificar o gasto público, com sistemas que permitam uma visão detalhada dos custos dos programas de todas as secretarias e da administração indireta.

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

Paraná avança em programas de ação climática e se consolida como o mais sustentável do País

Ações para mitigação de gases de efeito estufa, proteção da biodiversidade e fomento à economia verde nortearam o trabalho do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, em 2023. O Paraná também voltou a ser reconhecido como estado mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados.

Entre as ações realizadas, destacam-se a retomada do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais, a elaboração do Plano de Ação Climática, a entrega do Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa e do Índice de Vulnerabilidade dos Municípios e a participação recorde no Selo Clima Paraná.

A retomada do fórum marcou um novo momento na política climática. Esse colegiado busca envolver atores estaduais que se preocupam com o futuro, em busca de resultados mais concretos frente aos impactos causados pelo aquecimento global. Ele se soma a esforços como o uso de tecnologia contra o desmatamento e programas de replantio de árvores e repovoamento de rios.

Durante o evento foram realizadas as principais entregas do ano. A primeira foi o Plano de Ação Climática do Paraná 2024-2050, que contém estratégias para implantação de ações de redução e mitigação de danos decorrentes das emissões de Gases de Efeitos Estufas (GEE). Ele passou para consulta pública e ainda passará por avaliação do Comitê Intersecretarial de Mudanças Climáticas e do próprio fórum para uma redação final.

A segunda foi o resultado das pesquisas desenvolvidas pelo programa Programa Paranaense de Mudanças Climáticas – ParanáClima, realizado em parceria com o Sistema Meteorológico do Paraná - Simepar e o Instituto Água e Terra - IAT, que resultaram no Inventário Paranaense de Emissão de Gases de Efeito Estufa 2005-2019 e o Mapeamento de Áreas Vulneráveis às Mudanças Climáticas.

Os dois instrumentos visam fornecer informações científicas e técnicas para subsidiar o governo estadual, os governos municipais e a sociedade sobre as mudanças climáticas.

O inventário estima as emissões lançadas pelos 399 municípios classificados por setor produtivo e suas atividades no período de 2005 a 2019. Já o mapeamento é uma projeção, a partir de modelos científicos, levando em consideração eventos extremos e severos de precipitação de chuvas e seca, e pode ajudar gestores municipais a tomar novas medidas para minimizar os efeitos dos eventos.

Segundo o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, o ano consolidou o planejamento do Estado para o futuro na questão ambiental. “O Paraná possui uma biodiversidade riquíssima e que precisa ser conservada. Ao preservarmos a vida do meio ambiente, estamos preservando a vida humana e as futuras gerações”, afirma.

 

SELO CLIMA PARANÁ 

Além disso, a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável certificou em novembro de 2023 um número recorde de 132 organizações com o Selo Clima Paraná. Foi a primeira vez que o selo ultrapassou o número de 100 organizações.

O objetivo do certificado é reconhecer empresas e instituições que, voluntariamente, medem, divulgam e adotam medidas para reduzir a pegada de carbono e combater as mudanças climáticas. Neste ano, a metodologia de avaliação também incluiu critérios relacionados à agenda ESG, e alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

 

BIODIVERSIDADE

Também foram realizadas diversas ações para mapeamento e conservação da biodiversidade paranaense como a renovação do catálogo de espécies de flora ameaçadas, por meio do programa Pró-Espécies, e a elaboração do Plano de Ação Estadual (PAE) para a Conservação de Grandes Felinos.

O trabalho com a fauna promete ser um marco na conservação da biodiversidade paranaense, contribuindo para a elaboração de políticas públicas e ações efetivas voltadas à proteção. Faz parte das ações prioritárias o Plano de Ação Territorial caminho das Tropas Paraná - São Paulo, no âmbito do Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – Pró-Espécies, do Ministério do Meio Ambiente. Para tanto foram avaliadas 5.087 espécies. nos últimos meses.

Além disso, foi realizada em Foz do Iguaçu a primeira oficina para a elaboração do Plano de Ação Estadual (PAE) para a Conservação de Grandes Felinos no Paraná, uma estratégia inédita no Brasil para a conservação das onças-pintadas e pardas, que são os maiores felinos das Américas e estão ameaçados de extinção.

O PAE tem como objetivo geral melhorar o status populacional atual da onça-pintada e da onça-parda, e a coexistência entre humanos e estes grandes felinos, que deverá ser alcançado por meio da realização de 55 ações, vinculadas a seis objetivos específicos.

Também com fins de proteger a fauna, animais silvestres ou domésticos, foi publicado em 2023 o decreto que cria a Rede Estadual de Manejo de Animais em Desastres (Remad), uma iniciativa que visa garantir o atendimento adequado aos animais em situações de desastre.

A rede tem por objetivo desenvolver ações de gestão de risco nas esferas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação para minimizar o impacto dos desastres sobre os animais. Para isso, serão estabelecidos protocolos e diretrizes para atuação integrada dos órgãos envolvidos, bem como para o recrutamento, capacitação e mobilização de voluntários.

 

POLINIZA PARANÁ 

O Poliniza Paraná, projeto premiado e referência nacional em sustentabilidade, foi ampliado em 2023 e chegou também às Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Dez espaços, de nove municípios diferentes, foram selecionados para a expansão. O investimento foi de R$ 72 mil. Esse projeto do governo estadual visa conservar as abelhas nativas sem ferrão (ASF) e divulgar a importância do seu serviço ecossistêmico na polinização. Fora as UCs, até o momento 52 municípios receberam as colmeias.

As ASFs são responsáveis por aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas e utilizadas na alimentação humana. Ainda em 2023, a Sedest firmou uma parceria com o Senar-PR para expandir a educação ambiental do projeto, e também para garantir que as colmeias recebam o manejo adequado e o trabalho pedagógico seja expandido com a população. Em 2024, já está prevista a implantação de meliponários em Tijucas do Sul, Rio Negro e Londrina, e no Câmpus da UEPG, em Pongra Grossa.

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

 Paraná intensifica políticas públicas para atendimento e inclusão da pessoa idosa

O Governo do Paraná intensificou as ações voltadas ao atendimento, proteção e inclusão das pessoas idosas em 2023.

Uma das conquistas foi o aumento de repasses do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa e de recursos do orçamento para as prefeituras. O Censo 2022, divulgado este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o número de pessoas com 60 anos ou mais mais que dobrou nos últimos 22 anos, saltando de 809 mil para 2,2 milhões. As pessoas idosas representam hoje 19% da população, frente aos 8,4% no Censo 2000.

O ano foi marcado por um pacote de ações anunciadas pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em outubro, mês em que ocorre o Dia Internacional da Pessoa Idosa. Em especial, houve a sansão da lei estadual que garante gratuidade da passagem rodoviária intermunicipal ou com desconto para pessoas com 65 anos ou mais. O intuito é proporcionar envelhecimento ativo e saudável, além de aquecer a economia local, através de turismo acessível.

Outras medidas anunciadas incluem o repasse fundo a fundo de R$ 7,4 milhões para ações, programas e projetos voltados à população idosa em quatro eixos: centros-dia, aquisição de materiais de higiene (geral e íntima) para garantia dos direitos a saúde e integridade da pessoa idosa, além da promoção de assistência aos familiares que cuidam de idosos, visando manter o cuidado no ambiente familiar e garantir a proteção destas pessoas. Dos municípios habilitados, 100% foram beneficiados com os recursos pagos ainda este ano.

No âmbito judicial, o Estado assinou, em conjunto com o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná o Ministério Público do Paraná, a Defensoria Pública do Paraná e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná, o protocolo de intenções para a criação da Central Judicial da Pessoa Idosa. A estrutura a ser criada terá como objetivo estabelecer condições técnicas e operacionais para a resolução de conflitos envolvendo idosos.

CIDADES AMIGAS – Um dos principais objetivos da Semipi neste ano foi a continuidade do programa Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa visa promover ambientes urbanos mais inclusivos e manter o envelhecimento saudável e ativo, buscando estimular a criação de cidades que atendam às necessidades deste público, considerando suas habilidades, autonomia e qualidade de vida.

O Paraná possui 27 dos 35 municípios brasileiros reconhecidos pelas organizações internacionais, e mais 12 encontram-se em processo de adesão. A meta é que 100% dos das cidades paranaenses façam parte desta rede global.

OUTRAS AÇÕES – Em setembro, a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) organizou o 1° Seminário Paraná Amigo da Pessoa Idosa, em Curitiba. O evento, com formato de Ideathon – em que as pessoas se reúnem para gerar ideias inovadoras e soluções criativas – reuniu 35 cidades, com uma participação de 120 representantes dos municípios paranaenses, certificados ou em processo de certificação. O objetivo foi a troca experiências para motivar e apoiar novas adesões ao programa e levando a uma reflexão quanto a sua importância.

A Secretaria também trabalhou ativamente no fomento e captação de recursos. Nesse contexto, o governo estadual lançou uma campanha de incentivo a doações ao Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (FIPAR). No caso das empresas, elas podem destinar, até 31 de dezembro, parte do Imposto de Renda devido ao Fundo, com a possibilidade de deduzir essa contribuição do lucro real. Pessoas físicas também poderão doar. Os recursos serão direcionados para políticas públicas efetivas ao público 60+, garantindo que desfrutem de um envelhecimento ativo.

Outro destaque foi a realização em 15 cidades do Curso Básico de Smartphone, com a participação efetiva de 485 pessoas idosas. O projeto é uma parceria entre a Semipi, Celepar e secretarias de Assistência Social dos municípios.

O curso é gratuito e promove a inclusão digital. A população idosa aprende a personalizar o celular e utilizar funções básicas, como aumentar o tamanho das letras, editar e excluir contatos, utilizar aplicativos de mensagens e redes sociais. As atividades somam carga horária de 9 horas, divididas em três dias.

Outra iniciativa voltada à inclusão foi a 17º edição dos Jogos de Integração do Idoso (JIIDO) que ocorreram em Guaratuba e Pontal do Paraná, com a participação de 2 mil atletas 60 anos ou mais, em 10 modalidades de jogos adaptados, em parceria com as secretarias de Esporte dos municípios, além de outras entidades.

De acordo com a secretária estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, o Paraná tem sido referência para os demais estados do Brasil em função de sua governança. Os 399 municípios possuem Conselho Municipal da Pessoa Idosa e 98% contam com fundo municipal da pessoa idosa. Os demais já estão em processo de criação do fundo. 91 % das cidades têm plano municipal da Pessoa Idosa.

“Queremos um Paraná Amigo da Pessoa Idosa. Para isso temos como finalidade promover e proteger os direitos e o bem-estar desta população no âmbito do Estado, bem como de seus familiares, cuidadores e comunidade, com a integração das diferentes políticas setoriais e governamentais”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Transferências constitucionais: Estado destinou R$ 11,5 bilhões aos municípios em 2023

Os repasses do Governo do Estado para os municípios do Paraná, conduzidos pela Secretaria estadual da Fazenda, já totalizaram R$ 11,5 bilhões em 2023, segundo dados do Portal da Transparência. Os valores se referem às transferências feitas até o dia 15 de dezembro. 

Mesmo sem contabilizar os repasses dos últimos dias do ano, a cifra já representa um crescimento nominal de 46% ante o registrado em 2018, quando os repasses haviam somado R$ 7,8 bilhões. Em termos reais, descontada a inflação pelo IPCA nos últimos cinco anos, o aumento é de 10,5%.

“Esse aumento nos repasses em andamento para os municípios paranaenses é um compromisso financeiro do Estado, visto que são previstos constitucionalmente. A Fazenda também os trata como prioridade para fortalecer os serviços essenciais à população nas cidades”, destaca o secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior.

Os recursos transferidos a partir do Tesouro Estadual correspondem à parcela da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), do Fundo de Exportação e dos royalties do petróleo, que são arrecadados pelo Estado.

IMPOSTOS – Do montante repassado em 2023, mais de R$ 8,17 bilhões foram referentes ao ICMS. O valor depositado aos municípios corresponde a 25% do arrecadado pelo Estado com esse tributo, descontados os 20% direcionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

A transferência relativa ao IPVA, cuja arrecadação tem 50% de destinação municipal, foi de R$ 3,19 bilhões. O Fundo de Exportação somou R$ 86,7 milhões aos cofres municipais, enquanto os royalties de petróleo foram de R$ 7,17 milhões até 15 de dezembro de 2023.

As transferências constitucionais são direcionadas para serviços públicos essenciais, tais como saúde, educação, segurança pública, transporte e infraestrutura, beneficiando diretamente a população.

LEGISLAÇÃO – As transferências de recursos aos municípios são feitas de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), e seguem as regras estabelecidas pela Constituição Federal. Os índices são calculados anualmente e levam em consideração uma série de critérios definidos na legislação estadual. Cada ajuste no índice é então aplicado no ano subsequente.

COMPENSAÇÃO – O aumento nos repasses também reflete a compensação em perdas de arrecadação do ICMS, iniciada em junho pela União. Após intensas negociações entre estados e governo federal, um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) estipulou que o Paraná receberá um total de R$ 1,83 bilhão até 2025. A compensação cobre parte das perdas decorrentes das leis complementares federais 192 e 194/2022, que determinaram uma redução das alíquotas dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.

Além do valor compensado em 2023, o Ministério da Fazenda antecipou as parcelas previstas para o ano que vem. Consequentemente, ao longo do mês de dezembro, a Secretaria da Fazenda também repassa aos municípios paranaenses a parcela que lhes é garantida constitucionalmente na antecipação. Até o fim do ano, a pasta deve transferir R$ 229,34 milhões inicialmente programados para 2024. Essas transferências por data, detalhadas por município, e considerando as deduções do Fundeb com base nos índices de 2022, podem ser visualizadas nesta página.

Confira os valores transferidos de 2018 a 2023:

2018 – R$ 7.849.832.453,20

2019 – R$ 8.123.142.902,53

2020 – R$ 8.229.581.237,29

2021 – R$ 9.856.803.233,88

2022 – R$ 11.015.740.231,26

2023 – R$ 11.470.593.463,71 (até 15 de dezembro)

Confira as 20 cidades receberam mais repasses neste ano:

1.    Curitiba (R$ 1,468 bilhão)

2.    Araucária (R$ 617,2 milhões)

3.    São José dos Pinhais (R$ 417,9 milhões)

4.    Londrina (R$ 376,6 milhões)

5.    Maringá (R$ 362,7 milhões)

6.    Cascavel (R$ 294,8 milhões)

7.    Ponta Grossa (R$ 294,3 milhões)

8.    Foz do Iguaçu (R$ 231 milhões)

9.    Toledo (R$ 197,5 milhões)

10.  Guarapuava (R$ 170,7 milhões)

11.  Paranaguá (R$ 138,0 milhões)

12.  Castro (R$ 115,3 milhões)

13.  Pinhais (R$ 107,9 milhões)

14.  Colombo (R$ 105 milhões)

15.  Campo Largo (R$ 100,5 milhões)

16.  Arapongas (R$ 98,1 milhões)

17.  Telêmaco Borba (R$ 91 milhões)

18.  Cambé (R$ 86,7 milhões)

19.  Pato Branco (R$ 85,2 milhões)

20.  Ortigueira (R$ 83,2 milhões)

Os valores referentes a todos os municípios podem ser consultados AQUI.

 

 

 

 

Por - AEN

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