Homem com dois transplantes e criança com coração novo: sistema paranaense salva vidas

Nilson José Dybas completará 52 anos no próximo dia 10 de outubro. Isso oficialmente.

Desde 2015 ele também celebra aniversário no dia 15 de setembro e 3 de novembro. O empresário, que mora no em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, precisou passar por dois transplantes de fígado no intervalo de cinco anos depois de ser diagnosticado com esteatose hepática e ter uma trombose biliar.

Além de ser um caso raro por precisar de dois transplantes, Nilson tem sangue AB+, considerado o mais raro de todos os tipos. No primeiro procedimento, foram 33 dias de espera. No segundo, 37.

“Tentei manter a calma ao receber a notícia de que eu precisaria de um transplante e depois de cinco anos ter que passar por tudo novamente. Era o que precisava ser feito”, conta. “Mas eu posso dizer que me senti seguro em todas as etapas porque via a organização da equipe. Sei, por exemplo, que os órgãos vieram de outras cidades e que até aeronaves foram usadas para que eu pudesse estar aqui hoje”.

O Sistema Estadual de Transplantes conta com aproximadamente 700 profissionais, incluindo 23 equipes de transplantes. Além disso, o governo estadual disponibiliza infraestrutura aérea e terrestre para o transporte de órgãos, incluindo nove veículos próprios do SET e 12 aeronaves para transporte emergencial.

Em 2023, foram realizadas 137 missões aéreas para o transporte de 211 órgãos, número que já é superado em 2024, com 64 missões e 155 órgãos transportados até o momento.

De acordo com o ranking Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado há poucos dias, o Paraná se mantém na liderança entre os estados com mais doações de órgãos e transplantes. Entre janeiro e junho de 2024 foram registrados 648 notificações de potenciais doadores, que resultaram em 242 doações efetivas.

O número de transplantes registrou um crescimento de 12% em comparação com 2023: foram 431 transplantes de órgãos no Estado de janeiro a junho, enquanto 384 procedimentos aconteceram em 2023. Transplantes de fígado como os realizados por Nilson aconteceram 148 vezes nos primeiros seis meses do ano.

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Em agosto deste ano, Jalisson Duarte, de 14 anos, completará 11 anos como transplantado. Foto: Ricardo Ribeiro/AEN


CRIANÇAS – Há pouco mais de três semanas, Fernanda Nogueira, de 11 anos, ganhou um novo coração. Ela também é parte dessa grande rede de solidariedade. Foram três meses internada após descobrir uma insuficiência cardíaca.

“Eu fiquei nervosa e com um pouco de medo no começo. Mas quando acordei da cirurgia estava tudo bem. Agora não vejo a hora de voltar para a escola, conversar com meus amigos e estudar. Talvez eu seja professora ou enfermeira, porque quando fiquei internada vi as enfermeiras tratarem as crianças com muito carinho e pensei que eu poderia fazer isso também”, planeja.

Em 2024, entre janeiro e junho, houve quatro transplantes de coração em crianças de 0 a 18 anos. Além disso, outros nove transplantes de rim, cinco de fígado e 18 de córnea. Atualmente, são 51 crianças na lista de espera por algum órgão no Paraná.

De acordo com o médico Bruno Hideo, responsável clínico pelo transplante cardíaco pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, o tempo de espera ainda é grande na fila dos pacientes pediátricos. “Temos pacientes que esperam por até um ano e meio, por isso é muito importante essa conscientização sobre a doação de órgãos. Essa é uma conversa que as famílias precisam ter, pois ela salva vidas”, afirma.

Em agosto deste ano, Jalisson Duarte, de 14 anos, completará 11 anos como transplantado. Ele recebeu um rim aos quatro anos de idade, depois de passar por sessões de hemodiálise três vezes por semana desde que tinha um ano. Da época, ele pouco se lembra, mas emociona-se ao falar sobre o que significa.

“É uma esperança de vida, uma alegria. Minha vida hoje é normal: jogo futebol, ando de bicicleta, de tudo um pouco. Por isso é importante doar, porque é um sonho”, afirma.

A mãe de Jalisson, Joice Duarte, conta que a vida da família mudou. Foi preciso sair de Itapejara D’Oeste (no Sudoeste do Estado) e deixar empregos para o tratamento do único filho. “Eu nunca vou esquecer o dia em que recebemos a ligação de que o rim havia chegado no hospital: dia 25 de agosto de 2013. É uma vida que recomeça, a gente largou tudo pra vir para acompanhar o tratamento. Temos muita gratidão aos médicos e aos envolvidos para que tudo isso acontecesse”, arremata.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com meio milhão de empregos desde 2020, Paraná alcança 3,2 milhões de carteiras assinadas

Com um saldo de 505.723 novas vagas criadas em quatro anos e meio, o Paraná chegou a um estoque recorde de 3.201.314 pessoas empregadas com carteira assinada, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A estatística leva em conta toda a série histórica do Caged desde que foram estabelecidos os padrões metodológicos atuais de coleta e compilação dos dados, em janeiro de 2020. Os dados são baseados nos cadastros feitos mensalmente por empregadores no sistema do Ministério do Trabalho e nos registros das plataformas eSocial e empregadorWeb.

Mesmo sendo o quinto estado mais populoso do Brasil, com 11,4 milhões de pessoas segundo o Censo de 2022, o Paraná é o quarto estado com maior população empregada com carteira assinada do Brasil e o terceiro que mais criou vagas desde 2020.

Em relação ao estoque total de pessoas com empregos formais, o Paraná fica atrás apenas de São Paulo (14.241.376), Minas Gerais (4.933.054) e Rio de Janeiro (3.829.889) que são mais populosos. Na sequência, logo atrás do Paraná, estão Rio Grande do Sul (2.809.293), Santa Catarina (2.557.424), Bahia (2.106.730) e Goiás (1.586.112). No Brasil, o estoque de empregos, segundo o Caged, é de 46.817.319.

Considerando somente o saldo de vagas criadas desde o início da série histórica, em 2020, somente São Paulo (1.926.190) e Minas Gerais (794.429) criaram mais vagas. Na sequência, com menos vagas criada do que o Paraná, estão Rio de Janeiro (482.685), Santa Catarina (421.923), Bahia (368.180), Goiás (321.865) e Rio Grande do Sul (274.740).

CRESCIMENTO – Os números mostram um aumento consistente na base de pessoas empregadas com carteira assinada, com uma aceleração no volume de contratações ao longo dos meses mais recentes. O saldo de 109.913 novas vagas entre janeiro e junho de 2024 conferem ao Paraná o segundo melhor resultado semestral desde o início de 2020.

O resultado só mostra um saldo menor de novas vagas criadas do que o registrado no primeiro semestre de 2021, quando o Estado se recuperava dos impactos da pandemia da Covid-19. Na oportunidade, foram abertos 115.445 novos postos de trabalho.

"Após a pandemia de Covid-19, o Paraná conseguiu reverter o cenário do mercado de trabalho e desde então vem registrando crescimento econômico. O Governo do Estado obteve muito êxito nas decisões que atraíram investimentos que permitiram o avanço da empregabilidade em todas as regiões do Estado", afirmou o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.

SETORES – Do estoque total de pessoas empregadas com carteira assinada, 1.388.411 trabalham no setor de serviços, 784.227 estão na indústria, 736.162 trabalham formalmente no comércio, 173.687 são empregadas na construção e 118.829 estão trabalhando na agropecuária.

Levando em conta apenas o saldo de mais de 500 mil de novos empregados desde 2020, quando começou a série histórica do Caged, 242.208 novas vagas foram abertas no setor de serviços, 104.671 foram criadas na indústria, 97.155 estão no setor de comércio, 46.435 são ligadas à construção e 15.251 são novas vagas na agropecuária.

“A expansão do emprego no Estado é ampla tanto em termos territoriais quando em âmbito setorial, não deixando regiões ou atividades produtivas à margem deste processo”, disse o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes, Jorge Callado).

JUNHO – O recorde no estoque total de empregos foi alcançado após um saldo de 13.572 novas vagas abertas em junho, saldo de 161.305 admissões e 147.733 desligamentos que aconteceram ao longo do mês no Estado.

O saldo mensal paranaense foi responsável por 88,8% de todos os empregos gerados na região Sul do País, que teve um saldo de 15.287 postos de trabalho, e por 6,7% do total nacional, com 201.705 novas vagas.

 

 

 

 

Por - AEN

 Secretário de Saúde reforça necessidade de ampliar cobertura vacinal no Paraná

O Governo do Paraná tem conduzido diversos esforços para ampliar a cobertura vacinal em todo seu território.

Uma das estratégias mais recentes se deu pelo lançamento da campanha "Proteja seu filho em cada fase da vida", com foco prioritário na vacinação de crianças e adolescentes. Esse foi um dos temas abordados na entrevista concedida nesta quarta-feira (31) pelo secretário estadual de Saúde, César Neves, ao programa “Paraná em Pauta”, da TV Paraná Turismo. 

César Neves destacou a importância da campanha para garantir a saúde pública e prevenir surtos de doenças evitáveis por meio da vacinação. “Nós temos utilizado várias estratégias, muito trabalho e muitas equipes. São mais de 1.800 salas de vacina em todo o Paraná. Eu sempre friso que quem vacina são os municípios, o Estado disponibiliza rapidamente o imunizante, mas quem vacina são os municípios. Por isso, estamos recomendando horários estendidos, inclusive para vacinação nos finais de semana", comentou.

Neves também ressaltou que a campanha incluirá parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) para viabilizar pontos de imunização em colégios estaduais. “A partir desse grande conjunto de esforços surgiu uma união entre as pastas para facilitar o acesso à vacinação. Tudo de forma muito tranquila, onde não existe pressão ou obrigatoriedade, mas convencimento”, disse.

Segundo o Painel do LocalizaSuS, o Paraná registrou, até julho deste ano, 86.54% de cobertura vacinal da Pentavalente, 82,77% para o 1º reforço com a vacina DTP, 81,99% da Pneumocócica 10 Valente, 83,59% da Pneumocócica 10 reforço, 86,06% da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) e 83,15% da Vacina Oral de Poliomielite (VOP). Para todas essas vacinas a meta de cobertura é de 95%. 

A vacina contra Influenza possui destaque especial, principalmente pela chegada dos períodos mais frios do ano, nos quais tendencialmente se concentra a maior expansão de casos. Atualmente, o Paraná é o 6º estado brasileiro em números absolutos para a cobertura de Influenza, com 2.717.308 doses aplicadas. A vacina está disponível para a população em geral acima de seis meses de idade.

“Temos observado, sobretudo a partir de 2015, uma queda nos gráficos de cobertura vacinal. As fake news, campanhas de descrédito, tudo culminou num cenário que busca deslegitimar as vacinas e é nosso papel assegurar aos paranaenses: os imunizantes são seguros, passam por um crivo rigoroso até que sejam disponibilizados e cheguem nos braços dos paranaenses”, complementou.

DENGUE – Ainda durante a entrevista, o secretário comentou sobre o encerramento do atual período epidemiológico da dengue. O ciclo ficou marcado por um grande enfrentamento do Estado, que mobilizou mais de R$ 100 milhões de recursos em vigilância em saúde, com a maior parte para o combate ao mosquito. 

"Tivemos um período duro, com o fenômeno El Nino antecipando em alguns meses a incidência do mosquito, que tem se adaptado cada vez mais ao meio, o que nos levou a uma mobilização constante. Dentro das estratégias, sigo reafirmando que o protagonista ainda é a população. As famílias cuidando das suas casas, do quintal, do terreno baldio, são medidas que fazem a diferença", ressaltou.

O secretário também falou sobre perspectivas futuras para o combate à dengue. De acordo com Neves, a inauguração de duas biofábricas do Método Wolbachia, realizadas nesta semana em Foz do Iguaçu e Londrina, trazem novos panoramas para e possibilidades para este enfrentamento.

"Estamos ganhando mecanismos tecnológicos para este combate. A Wolbachia é um método que consiste na produção de mosquitos inoculados com uma bactéria que impede esses insetos de transmitir a dengue. Temos conversado com o Ministério da Saúde desde 2020 sobre a aplicação dessa estratégia e agora será uma grande ferramenta para o próximo período epidemiológico", destacou.

Por fim, Neves comentou sobre as expectativas para a vacinação contra a dengue no próximo ano. "Está vindo aí a vacina do Instituto Butantan.  Será uma vacina monodose, e isso traz um grande conforto à população, que não tem que voltar aos postos de saúde. E também, outras duas novidades muito assertivas. Primeiro, vai dar cobertura aos quatro sorotipos da dengue: 1, 2, 3 e 4. E é uma vacina que está sendo testada em idosos, algo que a atual, infelizmente, não contempla", completou.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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