Edital para inspecionar pontes e viadutos de rodovias estaduais atrai 11 interessados

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), promoveu nesta segunda-feira (29) a sessão de disputa de edital para contratar a inspeção de obras de arte especiais (OAEs) em rodovias estaduais de todas as regiões do Estado.

São centenas de pontes, viadutos e trincheiras, passarelas, passa-gado e passagens de fauna.

Onze empresas participaram da sessão, oferecendo propostas de preços cada vez menores, até ser declarada melhor classificada a Cap Empreendimentos Ltda., com a proposta de R$ 3.436.000,00. Agora ela tem até esta terça-feira (30) para enviar a documentação exigida pelo edital e um detalhamento da proposta de preços para análise de pregoeira do DER/PR.

O resultado da análise será publicado no portal de compras do governo federal Compras.gov e no portal de compras do Governo do Estado, o Compras Paraná.

Além de 920 OAEs, também serão inspecionadas 5.281 obras de arte correntes, 500 estruturas de contenção de taludes, e os dispositivos de drenagem superficial em 10.247 quilômetros de rodovias estaduais.

O objetivo é avaliar as condições de todas as estruturas e dispositivos e planejar obras de manutenção e conservação conforme a necessidade, garantindo que continuem servindo suas funções na malha rodoviária pelos próximos anos, com segurança ao usuário. Também serão verificadas melhorias realizadas anteriormente, como reparos e recuperação.

O resultado desta inspeção será aproveitado na elaboração de projetos básicos de manutenção e conservação, base para a licitação de obras futuras que vão garantir melhor estabilidade e segurança das rodovias estaduais, inclusive contra efeitos climáticos extremos.

O trabalho em campo será feito por três equipes, compostas por um engenheiro, um técnico para operar drone, um auxiliar de campo e um motorista. Uma quarta equipe vai atuar exclusivamente na inspeção de dispositivos de drenagem. As atividades também contarão com apoio de uma equipe técnica específica para esse contrato, atuando na sede do DER/PR em Curitiba.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Lottopar se associa ao Conar para garantir publicidade responsável no mercado lotérico

Com cinco sites de apostas esportivas atuando de modo regulamentado e autorizados pela Lottopar e com a plena comercialização da loteria instantânea, a Raspinha, os operadores credenciados pela autarquia têm intensificado a publicidade.

A partir disso a Lottopar, como órgão fiscalizador, garante que a propaganda realizada por essas empresas esteja de acordo a Portaria n° 008/2024, publicada pela autarquia, e também o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária do Conselho Nacional Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

A Lottopar se associou ao Conar em julho. A partir de agora, a autarquia tem novos mecanismos de fiscalização, pois passa a contar com um canal exclusivo junto ao Conar para entrar com representação contra empresas e demais órgãos que não estejam cumprindo as normas e os princípios da publicidade responsável e segura. A autarquia deve garantir que a propaganda do setor lotérico no Paraná seja responsável.

Além de mais ágeis, as denúncias feitas pela Lottopar junto ao Conar também passam por todo o encaminhamento formal do processo, relatoria e votação dos conselheiros para respaldar a decisão de alterar ou suspender uma propaganda.

“Essa é mais uma ferramenta que colocamos à disposição dos paranaenses para desenvolver um mercado lotérico responsável. Sabemos da força da publicidade e ela precisa ser executada dentro dos padrões éticos e morais para difundir que os jogos lotéricos e as apostas esportivas são, acima de tudo, uma nova forma de entretenimento para o paranaense”, destaca o presidente da autarquia, Daniel Romanowski.

COMO FUNCIONA – Caso a população acredite que alguma publicidade realizada pelos operadores lotéricos ou de apostas esportivas esteja ferindo os padrões éticos e morais, o cidadão pode acessar o portal do Conar, onde no topo da página há um link que leva para um formulário de efetivação de denúncia. Essa reclamação é recebida pelo Conselho de Ética do Conar e se comprovada a procedência das informações, a denúncia passa para a segunda etapa.

Nessa segunda fase, a diretoria do Conar sorteia um relator entre os mais de cem membros do Conselho de Ética, o anunciante é informado da denúncia e pode enviar defesa por escrito. O Conselho de Ética reúne-se para examinar os processos éticos e as partes envolvidas podem comparecer às reuniões e apresentar seus argumentos perante os conselheiros.

Encerrados os debates, o relator anuncia seu parecer, que é levado à votação. A decisão é imediatamente comunicada às partes e, se for o caso, aos veículos de comunicação. Finalizado esse processo e comprovada a procedência de uma denúncia, o órgão vai recomendar a alteração ou suspender a veiculação do anúncio. O Conar jamais vai censurar a propaganda, mas sempre buscará pela adequação do material publicitário.

OUVIDORIA – Além do Conar, para fazer reclamações sobre possível publicidade irregular, os paranaenses também contam com o atendimento da ouvidoria da Lottopar. Para acessar esse canal, é só clicar na aba de atendimento, localizada no portal da Lottopar, ou ainda presencialmente na sede da autarquia, na Rua Marechal Deodoro, 950 – 1º andar, no Centro de Curitiba, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13 às 17h30, pelo telefone (41) 4009-3778, bem como mediante contato direto com o ouvidor da instituição pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

PUBLICIDADE RESPONSÁVEL – A portaria publicada pela Lottopar e o Anexo X do Conar trazem regras para garantir que os anúncios de apostas sejam responsáveis, com particular atenção à necessidade de proteger crianças, adolescentes e outras pessoas em situação de vulnerabilidade.

As propagandas não devem levar ao entendimento de que o jogo é para enriquecer, os jogos licenciados e autorizados pela Lottopar são entretenimento e não uma forma de recuperar perdas. As publicidades não podem, de maneira explícita ou implícita, passar informações enganosas ou irrealistas sobre a probabilidade de ganhos em apostas, sobre a isenção ou nível de risco envolvido, induzir ao entendimento de que a participação poderá levar ao enriquecimento ou que constitui forma de investimento ou de renda.

Para a proteção de crianças e adolescentes, a Lottopar, agora em conjunto com o Conar, fiscaliza para que as publicidades de apostas não tenham crianças e adolescentes como participantes ou como público-alvo. Para isso, todas as publicidades devem conter claramente um símbolo “18+” ou aviso de “proibido para menores de 18 anos”. Pessoas que apareçam nas publicidades do segmento, praticando apostas, desempenhando papel significativo ou de destaque, deverão ser e parecer maiores de 21 anos de idade.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Geração Olímpica e Paralímpica: Edwarda Oliveira busca ouro inédito do vôlei sentado em Paris

Marcada no peito, no braço e na história. É assim que a paratleta paranaense de vôlei sentado Edwarda Oliveira, de 25 anos, apoiada pelo programa Geração Olímpica e Paralímpica do Governo do Estado, quer voltar de Paris. 

Disputando sua terceira Paralimpíada, ela vem da sequência de duas medalhas de bronze, conquistadas ns Rio-2016 e Tóquio-2020. Agora, Edwarda quer trazer a de ouro para casa. A trajetória de Ewarda Oliveira é o tema da vez na série de reportagens Geração Olímpica e Paralímpica da Agência Estadual de Notícias que mostra a importância do apoio do Governo do Paraná na carreira dos atletas, paratletas e técnicos que disputarão os Jogos de 2024.

Duda, como é conhecida, tatua todos os mascotes das principais competições que disputa. E para a disputa de Paris-2024, ela já planeja o local da próxima.“Vou ter que ir para o outro braço porque nesse não cabe mais”, afirma, apontando no braço esquerdo as tatuagens dos mascotes das Paralimpíadas do Rio-2016 e Tóquio-2020, e dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e Santiago-2023.

É também uma maneira de lembrar dos pontos altos da carreira. “Eu queria colocar na pele a minha história. Todos os atletas que participam de Paralimpíada, de Olimpíada, tentam marcar esse momento na sua vida, e a tatuagem funcionou para mim. Eu tenho tatuado todos os mascotes das competições que eu participo”, explica, com espaço de sobra no braço direito para mais algumas.

Natural de Pinhão, no Centro-Sul do Paraná, Duda nasceu sem a perna direita após o cordão umbilical enrolar e impedir o desenvolvimento do membro durante a gestação. “Naquele tempo as pessoas julgavam os deficientes físicos como incapazes e a minha mãe nunca gostou desse rótulo. Ela me dizia ‘se você quer jogar vôlei, você vai jogar vôlei’, e foi isso que eu fiz”, conta Edwarda. “O que me salvou foi a minha criação”.

A mãe e os tios são professores e a ensinaram desde pequena que a deficiência não poderia ser um empecilho em sua vida. “Tinha que ser apenas um detalhe no modo como eu faria as coisas, que seria um pouco diferente”, destaca.

Com habilidade para a prática de esportes, foi na escola que Duda teve o primeiro contato com o vôlei, mas em pé, jogando com pessoas sem deficiência. Era uma forma de fortalecer a musculatura e facilitar o encaixe das próteses, recebidas do Sistema Único de Saúde (SUS) e que tinham que ser trocadas todos os anos devido ao seu crescimento. Era como se fosse um sapato apertado, como ela mesma diz.

Depois de competir no vôlei em pé ainda na infância, um olheiro de Maringá a viu jogando com a prótese e a apresentou ao vôlei paralímpico, com o convite para jogar na cidade do Noroeste paranaense. Aliado a isso, a transmissão dos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, ao qual ela viu pela televisão, foi o empurrão que faltava para Edwarda mudar de modalidade.

O caminho desde então foi rápido. Edwarda mudou-se sozinha para São Paulo, aos cuidados do técnico Ronaldo Gonçalves de Oliveira, um dos precursores do voleibol paralímpico no Brasil. Com olhar à distância atento da mãe, a mudança tinha motivo: jogar no Sesi-SP, aos 13 anos. Em um mês ela já integrava a Seleção Brasileira de Vôlei Sentado.

Edwarda está na classe VS1, de atletas com deficiências mais severas e que têm maior impacto nas funções essenciais do vôlei sentado, como amputados de perna. “Como no meu caso nada vai crescer mesmo, automaticamente já fui enquadrada nessa classe”, brinca.

Há pouco mais de 10 anos praticando o esporte, Edwarda já fez história: além das medalhas paralímpicas, sendo a atleta mais jovem entre todas as delegações na Rio-2016, também conquistou junto com a equipe o primeiro mundial do vôlei sentado feminino, em 2022, na Bósnia. Para 2024, o objetivo é trazer o ouro para casa. “Nós temos chance de medalha de ouro e vamos em busca disso”, afirma.

APOIO – Ao longo de sua carreira, Duda contou com o apoio do Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), do Governo do Paraná. Criado em 2011, o GOP é o maior programa estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta, conforme pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte. Desde então, tem sido uma iniciativa de destaque no fomento e apoio aos talentos esportivos no Paraná. Em 2024 o programa está em sua 13ª edição e terá investimento da Copel de R$ 5,2 milhões.

“Eu recebi a bolsa desde quando morava em Pinhão, em 2012. Depois fui morar em São Paulo e parei de receber, mas um dos motivos que me fizeram voltar ao Paraná foi o Geração Olímpica e Paralímpica. O ruim da vida do atleta é que não podemos contar com o dinheiro certo no mês. Por isso bolsa do Geração Olímpica e Paralímpica é muito importante”, comenta.

Ela também destaca que o auxílio financeiro é essencial para a manutenção da rotina de um atleta de alto rendimento, com preparador físico, técnico, psicólogo, nutricionista, entre outros profissionais. “O dia a dia do atleta é muito caro, porque tem que se alimentar bem, fazer suplementação, academia, fortalecimento, e tudo isso gera gasto. Toda ajuda que chega nós agradecemos muito, e o Geração tem possibilitado me manter no alto rendimento”, complementa.

CARREIRA DUPLA – Edwarda também tem enveredado para outro esporte paralímpico: parabadminton. Incentivada pelo noivo e atleta da modalidade, Rogério Oliveira, conquistou no Parapan-Americano de Santiago-2023 o ouro jogando na dupla mista, fazendo par com o companheiro, e a prata no individual. “Estar nas duas modalidades é difícil, mas eu consigo manter isso. Claro que 100% nas duas não consigo dar, então hoje meu foco é o vôlei sentado por conta dos Jogos, encerrar esse ciclo tão bonito que construí na modalidade”, salienta.

Ao saber que não poderia participar da Paralimpíada disputando as duas modalidades, ela voltou para a Seleção Brasileira de Vôlei Sentado no início de 2024. “Ter as portas abertas para voltar para seleção é um reconhecimento a todo o trabalho que fiz até aqui. Nós temos chance de conseguir a medalha de ouro e eu tenho consciência dessa ajuda que posso dar para a equipe”, afirma.

PÓS-PARALIMPÍADA – Difundir o vôlei sentado no Paraná. Esse foi um dos motivos que a fez regressar ao Estado, desta vez para Curitiba, há dois anos. Ela conta que a Capital não tem uma equipe feminina de vôlei sentado e veio para mudar isso. Hoje ela treina com a equipe masculina no Círculo Militar.

“Meu objetivo é abrir as portas do vôlei sentado feminino, e isso faz parte de uma construção. Participar de campeonatos na redondeza, falar sobre o esporte, isso ajuda a dar um norte”, comenta. “Eu estava tranquila em São Paulo, com carteira assinada, convênio, mas vim para Curitiba com as mãos abanando pensando no futuro, no que podemos construir aqui”.

“O feminino é mais delicado que o masculino. Os homens não ligam muito para chegar e sentar na quadra. Para nós, mulheres, tem a questão física, emocional, mostrar o coto, a deficiência, e para muitas mulheres não é algo confortável de se fazer, porque é isso que você faz quando chega na quadra”, afirma Edwarda.

COPEL – Até o final de 2024, o programa terá investido mais de R$ 55 milhões em bolsas financeiras para atletas e técnicos vinculados a instituições paranaenses (federações e escolas), atendendo desde jovens promessas a estrelas de renome internacional. A iniciativa é patrocinada pela Copel desde o início - e de forma exclusiva desde 2013.

Para o presidente da Copel, Daniel Slaviero, o apoio busca tornar o Paraná referência de esporte olímpico e paralímpico no Brasil, ao valorizar os atuais talentos do Estado. "Nós temos orgulho de apoiar, junto com o governo do Paraná, esses atletas e profissionais que por muito tempo vêm se preparando para um dos momentos mais significativos da história dos esportes. Estamos torcendo com toda energia”, comenta.

O programa abrange, além do pagamento mensal de bolsas financeiras a atletas e técnicos, recursos necessários para a execução e gestão das atividades previstas, confecção de uniformes, material de divulgação e promoção, infraestrutura de logística (hospedagem, alimentação e transporte), programas de treinamento e capacitação, bem como avaliações médicas e laboratoriais dos atletas.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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