Jucepar leva informação sobre Decreto do Baixo Risco a 72 municípios do Oeste e Sudoeste

Prefeitos, secretários e agentes de desenvolvimento de 72 municípios das regiões Oeste e Sudoeste participaram nesta quinta-feira (16) de encontros sobre políticas públicas realizados em Cascavel e em Pato Branco.

As reuniões são promovidas pelo Sebrae Paraná e profissionais da Junta Comercial do Paraná (Jucepar) aproveitam o momento para levar informação e orientação sobre o Decreto do Baixo Risco (Decreto 3.434/2023).

Os eventos reuniram cerca de 340 pessoas que puderam receber orientação sobre como formalizar a adesão ao decreto, que dispensa de licença 771 atividades econômicas de baixo risco no Paraná. Os municípios que não possuem regras próprias para essa questão podem aderir ao decreto estadual para proporcionar um ambiente mais favorável à abertura de empresas em seus territórios.

“Os encontros foram produtivos para facilitar o entendimento dos gestores a respeito do processo de formalização da adesão”, afirmou o coordenador de Tecnologia e de Integração da Jucepar, Idervan Caetano.

Segundo ele, nesses encontros são apresentadas aos municípios as diretrizes do decreto, que regulamentou a lei estadual da Liberdade Econômica, e implementou baixo risco no âmbito do Paraná para que as empresas obtenham seu CNPJ sem exigência de alvarás e licenciamentos.

O Paraná apareceu como terceiro estado brasileiro com mais atividades econômicas dispensadas, conforme Ranking Nacional de Dispensa de Alvarás e Licenças, referente ao 1º trimestre de 2024. São Paulo e Piauí estão em 1ª e 2ª posição no ranking, com 900 e 858 atividades econômicas dispensadas de licenciamento, respectivamente. Em Santa Catarina são 290. A lei federal da Liberdade Econômica regulamenta o efeito da dispensa de quaisquer atos públicos para as atividades econômicas classificadas como baixo risco.

No total são 132 municípios paranaenses que dispensam mais atividades econômicas que a classificação nacional de baixo risco, proporcionando um ambiente de negócios mais livre e favorável à abertura de empresas aos empreendedores locais. No cenário das capitais, Curitiba só perde para Salvador.

INTEGRAÇÃO  O coordenador de Políticas Públicas do Sebrae-PR, Rubens Palma, enfatizou o papel agregador que os encontros regionais possuem na agenda dos municípios. “As reuniões têm como objetivo integrar os diversos atores da administração pública. Discutimos diversos cases de sucesso, as boas práticas que estão acontecendo nos outros municípios, tudo para melhoria do ambiente de negócio, de desenvolvimento da nossa administração pública”, contou.

Nesse contexto, Palma afirma que a participação da Jucepar e da Casa Civil, com palestras sobre o Decreto do Baixo Risco e o Descomplica Paraná, respectivamente, agregam em conhecimento para os participantes. Em Pato Branco, o encontro regional envolveu ainda temas como a Nova Lei de Licitação e, especialmente, as oportunidades que os empreendedores têm para explorar no mercado.

Também esteve nos encontros a representante da Casa Civil, Fernanda Godói, que fez uma palestra sobre o Descomplica Paraná, um programa que visa desburocratizar e tornar mais ágil a rotina do investidor e do empreendedor no Estado.

GUIA – O governo estadual produziu o Guia Prático para Implementação da Lei da Liberdade Econômica nos municípios do Paraná. O gestor municipal interessado em ter o passo a passo pode acessar o documento. Para formalização da adesão ao decreto estadual, a prefeitura precisa fazer a comunicação para os e-mails do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e da Jucepar (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).

AGENDA – Esta é a segunda semana consecutiva que a Jucepar faz orientação sobre o Decreto do Baixo Risco no Interior do Paraná. Na última semana, 240 gestores de 82 municípiosque participaram de encontros em Londrina (Norte) e Maringá (Noroeste) tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas quanto à adesão a esse decreto. Os próximos encontros regionais sobre políticas públicas do Sebrae-PR acontecerão em Ponta Grossa (dia 21de maio) e Curitiba (6 de junho). Os eventos são direcionados aos agentes públicos dos municípios dessas regiões.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná pode produzir até 750 mil sacas de café em 172 municípios em 2024, aponta boletim

A safra paranaense de café em 2024 está projetada entre 700 e 750 mil sacas, volume que representa uma estabilidade na comparação ao produzido na safra anterior.

As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de maio, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

De acordo com o Deral, as condições climáticas em geral até o momento estão favoráveis, apesar de períodos de calor excessivo e poucas chuvas. A maturação está mais uniforme neste ano e os trabalhos de colheita estão iniciando e serão intensificados nas próximas semanas.

Em 2023 o Paraná produziu 722 mil sacas beneficiadas, volume 48,2% superior à colheita de 2022, que foi severamente castigada pelas adversidades climáticas registradas no ciclo anterior, como geadas e seca. A área cultivada soma 26.180 hectares, há registros de produção de café em 172 municípios. Os cinco principais produtores são Carlópolis, Pinhalão, Ibaiti, Tomazina, no Norte Pioneiro, e Apucarana, no Vale do Ivaí, que juntos responderam com 48,5% do volume paranaense.

Segundo o economista do Deral, Paulo Franzini, os primeiros meses de 2024 foram marcados por negociações travadas, afetadas pelas fortes oscilações nas cotações na ICE e também pelas incertezas do clima, situações que geram muita insegurança para os cafeicultores. No mercado físico brasileiro os preços tiveram altas significativas, recuperando em parte os patamares praticados anteriormente.

O preço médio recebido pelos produtores paranaenses, segundo levantamento mensal do Deral, ficou em R$ 1.033,72 por saca beneficiada em abril de 2024, contra os R$ 992,14 em abril do ano passado. O valor médio recebido em 2023 foi de R$ 846,45 por saca, recuo de 26,7% na comparação com o praticado em 2022, de R$ 1.155,36. O relatório de abril do Deral indica que 82% da safra anterior havia sido comercializada pelos cafeicultores do Paraná.

No contexto mundial, a safra de café 2023/24 está projetada em 171,4 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg, elevação de 4,2% em comparação com o período anterior, sendo os principais países produtores, respectivamente, Brasil, Vietnã e Colômbia. A produção brasileira está prevista em 58,08 milhões de sacas, conforme levantamento divulgado em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), volume 5,5% superior à produção de 2023. O segundo levantamento deverá ser divulgado ainda em maio.

FEIJÃO – Apesar de registros de chuvas, a colheita de feijão no Paraná tem evoluído. Os trabalhos atingiram 58% da área, ante 16% no final de abril. Especialmente no Sudoeste, as chuvas prejudicaram a qualidade do produto colhido neste mês, mas ao menos na semana anterior as condições de colheita melhoraram, ainda que não fossem ideais. A situação tem gerado descontos expressivos no preço recebido pelo produtor ante as referências para o produto de boa qualidade.

MILHO – Começou a colheita da segunda safra de milho 2023/24 no Paraná. Como o plantio aconteceu precocemente em boa parte do Estado, a tendência é de um dos maiores volumes já colhidos no mês de maio da história, se o clima for favorável. Tradicionalmente a colheita tem sua concentração nos meses de junho e julho. Até esta semana foram colhidos pouco mais de 4,4 mil hectares dos 2,4 milhões plantados no Estado. A colheita começou pelas regiões de Campo Mourão, Francisco Beltrão e Irati.

HORTIFRUTI – O boletim também analisa dados do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária 2022 sobre a região de Curitiba, que figura como o principal polo hortifrutícola do Estado, estabelecido pela diversificação das atividades nos pomares e hortas. Na produção de frutas, a região participa com 16,5% de um montante de R$ 2,5 bilhões, correspondendo a um VBP regional de R$ 407,7 milhões, extraídos de uma área de 8,7 mil hectares e volume de 174,4 mil toneladas.

LEITE – Sobre o leite, os técnicos analisam como as recentes inundações que assolaram parte do Rio Grande do Sul no início deste mês impactaram o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura publicou a Portaria 1.108/24 anunciando uma série de medidas destinadas a desburocratizar temporariamente o setor, com o intuito de revitalizar a cadeia produtiva. O estado gaúcho é o terceiro maior produtor do País. No Paraná, o preço pago ao produtor por litro de leite posto na indústria acumula alta de 16,5% em 2024.

SUÍNOS – De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no 1º trimestre de 2024 a produção de carne suína no Brasil apresentou uma queda de 1% no acumulado dos três primeiros meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O total de carne produzida reduziu de 1,29 para 1,28 milhão de toneladas. Por outro lado, as exportações do 1º trimestre de 2024, conforme informações do Agrostat/MAPA, registraram um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2023.

OVOS – Em abril de 2024, segundo o Deral, o preço médio nominal do ovo tipo grande ao produtor no Paraná foi de R$ 149,99 por caixa de 30 dúzias. Este resultado representa um pequeno aumento de 0,35% em comparação com o mês anterior (R$ 149,46), porém, uma queda notável de 14,76% em relação a abril de 2023 (R$ 175,96).

Quanto aos insumos utilizados na produção, em abril de 2024 o preço médio do milho no atacado paranaense foi de R$ 57,39 por saca de 60 kg, 1,5% superior ao mês anterior (R$ 56,54) e uma queda significativa de 20,82% em comparação com abril de 2023 (R$ 72,48).

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com teste positivo de baterias gigantes, Copel reforça sistema contra interrupções de energia

Em um teste pioneiro, a Copel colocou um sistema com baterias de energia gigantes para abastecer as instalações da companhia no bairro Atuba, em Curitiba.

O sistema foi instalado como uma microrrede isolada e forneceu energia ao local, com sucesso, durante as duas horas que durou o teste. O objetivo é utilizar a tecnologia para atender a clientes em redes com maior demanda ou que sofram interrupção no fornecimento de energia. Agora, a companhia vai preparar a estrutura para testá-la em uma subestação da Grande Curitiba.

O sistema de armazenamento é composto por baterias de lítio (tecnologia semelhante à usada em smartphones e carros elétricos), um conversor de energia, um transformador para elevar a tensão elétrica e, ainda, dispositivos de conexão e proteção. A estação de armazenamento está instalada em duas carretas que podem ser transportadas para atender a população em qualquer localidade. O conjunto pesa 50 toneladas.

A estação tem 1 MW (megawatt) de potência, com capacidade de armazenamento superior a 1 MWh (megawatt-hora) de energia. Sozinha, ela consegue abastecer 200 famílias por cerca de um dia sem necessidade de carregamento. Conectada à rede, sua principal contribuição será reforçar o sistema em momentos de maior demanda ou garantir o fornecimento em caso de desligamentos. À noite, quando a demanda diminui, as baterias podem ser recarregadas com a energia da rede.

A solução abre caminho para garantir fornecimento de energia em situações como temporais, batidas de carros em postes e outros fatores externos que provocam desligamentos. Para o consumidor, isso significa contar com energia elétrica de qualidade quando ele mais precisa.

“Essa iniciativa representa um marco histórico e evidencia o potencial disruptivo dos sistemas de armazenamento de energia e das microrredes. É um avanço que não só demonstra o compromisso da Copel com a inovação, mas também impulsiona o caminho em direção a um futuro mais resiliente e sustentável no setor energético”, avalia o engenheiro da área de projetos especiais da Copel, Rodrigo Braun dos Santos.

FUTURO DO ARMAZENAMENTO – A iniciativa faz parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D Aneel) para testar o funcionamento de quatro sistemas de armazenamento de grande porte em diferentes regiões do Estado. Ao todo, a companhia está investindo R$ 34,6 milhões nas soluções.

Além das baterias transportáveis, o montante inclui a instalação de outros três sistemas de armazenamento. Cada um conta com uma aplicação distinta que permite à Copel analisar seu uso em um cenário diferente.

Em Ipiranga, nos Campos Gerais, a empresa instalou dois sistemas de armazenamento na subestação do município. Cada um é formado por baterias de um modelo distinto. Um deles contém baterias de lítio, mesmo modelo das testadas em Curitiba. Ele possui 250 kW de capacidade e 1.505 kWh de energia armazenada, o que significa que consegue fornecer energia a 240 consumidores residenciais por um dia.

O outro sistema emprega baterias de fluxo, tecnologia que armazena energia em líquido e têm vida útil mais extensa, de cerca de 20 anos. Por sua durabilidade, pode ser uma solução mais eficiente para estações de armazenamento fixas, como a desse teste. Este segundo sistema em Ipiranga conta com 250 kW de potência e 1.200 kWh de energia armazenada e tem capacidade de fornecimento semelhante ao outro.

No distrito de Faxinal do Céu, em Pinhão, no Centro-Sul do Estado, um conjunto de baterias com 250 kW de capacidade e 860 kWh de energia armazenada foi instalado junto a uma usina de geração solar fotovoltaica de 200 kWp (kilowatt-pico), unidade de potência que mede a capacidade máxima de geração dos painéis solares.

Um dos objetivos é avaliar o funcionamento das baterias em conjunto com um sistema de geração, permitindo a possibilidade de auxiliar a rede da Copel e a até operar de forma isolada. O local conta com a rede inteligente da Copel, o que permite que todo o funcionamento seja monitorado por equipamentos automatizados, facilitando o controle e a gestão da qualidade do fornecimento de energia.

SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL – Na Ilha das Cobras, no Litoral do Paraná, foi instalado outro sistema de armazenamento, com 75 kW de potência e 430 kWh de energia armazenada. Conectada a uma usina solar fotovoltaica com 71 painéis e 31 kWp de potência, a estrutura foi escolhida por ser a solução mais sustentável para garantir o fornecimento de energia a uma escola de gastronomia e hotelaria que o Governo do Estado colocará em funcionamento no local. As baterias garantem a disponibilidade de energia mesmo em dias chuvosos, quando não há produção de energia solar.

“Estamos testando diferentes tecnologias, em ambientes variados, com o objetivo de melhorar a qualidade do fornecimento de energia à população”, afirma Júlio Omori, superintendente de Projetos Especiais da Copel. “Os sistemas de armazenamento são promissores porque poderemos diminuir o desperdício de energia e garantir abastecimento em situações críticas, especialmente diante dos desafios colocados pela transição energética e pelo aumento da demanda por energia limpa”.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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