Com reforço nas eletivas e metas ultrapassadas, Saúde apresenta resultados de 2023

A Secretaria da Saúde (Sesa) apresentou nesta terça-feira (5), em audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, um balanço da gestão referente ao último quadrimestre de 2023.

Com um investimento total de R$ 5.905.079.572, o Governo do Estado destinou à área o equivalente a 12,29% do orçamento, superando a previsão mínima exigida por lei.

Os recursos foram repassados para hospitais, prefeituras e unidades próprias para a realização de procedimentos hospitalares, cirurgias eletivas, ampliar a estratégia de regionalização dos serviços de saúde, capacitações e fortalecimento da Atenção Primária.

Um dos destaques foi a avaliação dos procedimentos referentes à produção hospitalar e ambulatorial, sobretudo em relação às cirurgias eletivas, demanda que foi represada durante a pandemia para garantir prioridade aos pacientes com Covid-19. Dentro desta especificidade, o Governo do Estado destinou, entre janeiro e dezembro de 2023, mais de R$ 500 milhões para cerca de 265 mil procedimentos.

Também houve ampliação da cobertura dos serviços de atenção primária. Com uma meta de atingir 85% de cobertura populacional, o Paraná encerrou o ano com 89,42% de público assegurado, garantindo uma otimização no acesso a atendimentos. Ainda ligada à rede de atenção à saúde, outro ponto positivo destacado na audiência foi a redução da mortalidade de pessoas até 69 anos por doenças cardiovasculares. Com uma meta estabelecida de 69,35 óbitos por 100 mil habitantes, o Estado reduziu encerrou 2023 com 58,52/100 mil

“Abordamos diversos pontos importantes de maneira democrática e transparente, reforçando o compromisso do Estado com a saúde pública. Também ouvimos as sugestões e questionamentos dos deputados”, disse o diretor-geral da Sesa, Cesar Neves. “Reforçar a capacidade hospitalar é fundamental para avançar a estratégia de regionalização dos serviços de saúde no Paraná. Estes valores realizados no ano passado evidenciam um grande esforço por parte do Estado em acelerar os procedimentos e diminuir as filas de espera”.

Ainda segundo ele, a rede de urgência e emergência também teve destaque em 2023. Com uma cobertura de 100% do território paranaense pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Estado protagonizou a maior renovação de frota de ambulâncias de sua história, com a entrega de 65 novos veículos. O serviço aeromédico registrou 1.320 atendimentos às vítimas de traumas e emergência clínica que precisam de UTI. As bases aéreas que mais operaram foram Maringá (252), Londrina (249) e Curitiba (213).

O presidente da Comissão de Saúde da Alep, Tercílio Turini, elogiou a apresentação e o diálogo com a Assembleia. “Queremos agradecer a apresentação realizada pelos diretores e representantes da Sesa. O debate com a Assembleia é fundamental para reforçar a transparência e contribuir para melhorar a qualidade dos serviços de saúde ofertados aos paranaenses”, afirmou.

MEDICAMENTOS – Os números da assistência farmacêutica também foram debatidos durante a audiência. De acordo com o relatório da Sesa, o programa Remédio em Casa, iniciativa que permite a distribuição de medicamentos gratuitamente a pessoas que sofrem de doenças crônicas, alcançou o número de 19.900 usuários. O serviço tem o objetivo de facilitar o acesso dos pacientes aos medicamentos, dispensando o deslocamento a uma unidade da rede de farmácia do Estado, além de garantir segurança, conforto e comodidade à população.

METAS – A Secretaria da Saúde também apresentou os resultados para as metas estabelecidas no Plano Estadual de Saúde 2020/2023. Todos os 299 municípios listados aderiram ao Programa de Controle de Tabagismo e a cobertura de atendimento em saúde bucal já alcança 45%. A cobertura de teste do pezinho em nascidos vivos continua em 100% e a do teste do olhinho subiu para 97,36%. O atendimento da rede Hemepar está em 93,1%, acima da meta estabelecida de 92%.

OUTROS DESTAQUES – Em 2023, 145 municípios também conseguiram homogeneidade da cobertura vacinal de ≤ 75%, isto é, atingiram a meta de vacinação em 6 das 8 vacinas elencadas pelo PNI-Ministério da Saúde. No ano passado, o Ministério da Saúde também conferiu ao Paraná a Certificação da Eliminação do HIV. Apenas dois estados conseguiram a certificação no País. 

DENGUE – Embora os dados apresentados se limitem até dezembro, o atual cenário epidemiológico da dengue foi assunto relevante durante a audiência, já que a causa une toda a sociedade. No início dessa semana, o Governo do Estado autorizou um repasse de R$ 93 milhões para auxiliar os municípios no combate à doença. Medidas para ampliar a conscientização popular também foram debatidas.

PRESENÇAS – Participaram da audiência também os deputados estaduais Hussein Bakri (líder do Governo), Arilson Chiorato, Delegado Jacovós, Mabel Canto, Luís Corti e Márcia Huçulak. Pela Sesa, estiveram presentes o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak; a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes; o diretor de Unidades Próprias, Guilherme Graziani; a diretora de Contratos e Regulação, Lilimar Mori; o diretor-executivo do Fundo Estadual de Saúde, Adriano Rissati; o diretor do Setor de Obras da Sesa, Adilson Silva Lino; e o chefe de Gabinete, Ian Sonda.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com pesquisa e iniciativas pioneiras, Paraná pode se tornar a terra do lúpulo no futuro

Maior produtor de cevada do Brasil, o Paraná pode se tornar um bom produtor também de lúpulo, essência fundamental para o aroma e o amargor característicos da cerveja.

Alguns experimentos já contam com a participação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e outros são fruto da iniciativa de produtores que se engajaram na causa, ampliando a oferta de produtos que saem do campo no Estado.

Em Palmital, zona rural de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, 400 plantas trepadeiras geometricamente bem ajustadas nas laterais apontam ao céu estendendo-se por cinco metros de altura, amparadas em uma estrutura de postes e arames reforçados. Essa é a forma mais adequada para que o lúpulo cresça e aproveite o máximo de sol, que contribuirá para melhor qualidade do produto. 

O final de fevereiro e início de março é período da colheita, e o produtor Josimar Cubis reúne familiares e vizinhos para a tarefa. Espera repetir a média de 40 a 50 quilos do produto já seco e desidratado, ainda que o potencial instalado possa render em torno de 80 a 100 quilos. Ele atende cervejarias artesanais da RMC, Londrina e Maringá, além de municípios de São Paulo e Minas Gerais.

Cubis nasceu na propriedade rural que os pais cultivam há 57 anos, principalmente com milho, feijão e batata. Mas desde os 18 anos não passa o dia todo nela. Buscou emprego fora e hoje ainda mantém expediente em uma indústria automobilística. “Mas eu sempre quis plantar alguma coisa na chácara, algo que não fosse comum, porque para o pequeno produtor é difícil trabalhar com as culturas tradicionais”, afirma.

Em 2015, enquanto navegava na internet em busca do algo diferente, bateu os olhos no lúpulo e conheceu a Mantiqueira, reconhecida em 2021 como variedade genuinamente brasileira, resultado de estudos desenvolvidos pelo agrônomo Rodrigo Veraldi em São Bento do Sapucaí (SP), na região da Serra da Mantiqueira, com sementes que se adaptaram ao clima e solo locais. “Passei a conversar com ele”, diz. Em 2020 trouxe as primeiras 260 mudas, que se multiplicaram para 400 em aproximadamente 1,3 mil metros quadrados de terreno.

Os desafios estão sendo vencidos na prática. O primeiro foi o distanciamento entre as linhas das plantas. Em alguns países produtores é de 1,20 metro devido à boa insolação. “Eu plantei com 4 metros para que uma fileira não faça sombra para a outra e numa linha que permita o maior tempo de sol possível diretamente nas plantas”, afirma. A irrigação por gotejamento não foi problema, pois um poço artesiano atende às necessidades da propriedade.  

Novos obstáculos foram enfrentados no ano passado, com ataque de fungos, em razão do excesso de chuvas, quando perdeu 70% da produção. E agora com um tatu, que cisma cavoucar minhocas onde caem as gotas de irrigação e acaba arrancando as plantas, além de formigas, que destroem um pé em uma noite. Cubis acentua que ainda está aprendendo o trato com a planta. “Não tem nada para o Brasil, tem de estudar, pesquisar, ligar para um e para outro, e ler matéria em inglês”, salienta.

Nos primeiros anos ele mantinha a área absolutamente limpa, até que aprendeu que o lúpulo precisa de umidade e que manter o capim e a palhada ajuda na tarefa. A intenção é ter duas mil plantas. “Mas não vou aumentar até que eu aprenda a trabalhar bem com o lúpulo, é melhor errar pequeno”, afirma. “Eu encontrei no lúpulo o que queria desde criança, toda tarde e em minhas horas de folga estou aqui”.

Entre os meses de abril e setembro o produtor mantém a planta em dormência. A partir daí ela rebrota com crescimento de até 30 centímetros por dia. Nesse momento há necessidade de conduzir o desenvolvimento para que a trepadeira não se desgarre dos fios condutores. Em janeiro floresce e a colheita começa em fins de fevereiro, quando os galhos são cortados baixo e levados para a retirada manual das flores. Debulhadas seguem para a estufa, onde são secadas durante oito horas, trituradas e embaladas a vácuo.

 

LUPULO
Josimar Cubis planta lúpulo em Araucária e tem clientes na RMC, Londrina e Maringá. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN


PESQUISA – Na Academia estão em andamento pesquisas sobre as variedades mais adequadas para o Paraná e o Brasil. Um dos trabalhos mais destacados é entre o professor Sérgio Ruffo, do Departamento de Agronomia da UEL, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do professor Alessandro Sato, em Palotina, no Oeste do Paraná. “Não tenho dúvidas em relação às boas perspectivas para o Paraná, tanto que estamos ampliando o espaço de pesquisa”, afirma Ruffo. “Não é mais sonho, já é realidade”.

Segundo o professor, as cultivares de lúpulo existentes no Brasil vêm dos Estados Unidos e da Alemanha. Nos experimentos que a UEL e a UFPR fazem há cinco anos em Palotina estudam-se cerca de 20 variedades disponibilizadas por três viveiros, um no Rio de Janeiro e dois em São Paulo. “São cultivares mais produtivas, mais conhecidas e estamos fazendo trabalho de adaptação, procuramos selecionar as mais produtivas para as condições do Paraná”, diz. 

O início foi em área pequena, agora ampliada e contando com apoio de agências financiadoras, como o CNPq, do governo federal. “Resolvemos apostar”, afirma Ruffo. Segundo ele, o trabalho envolve bastante tecnificação. O lúpulo precisa de 17 horas diárias de sol para aproveitamento e rentabilidade integrais, o que é oferecido pela natureza em várias localidades dos principais países produtores. 

No Brasil o máximo registrado é de 14 horas de luz diária. “Precisa de iluminação artificial para suplementar as três horas restantes e isso envolve muita tecnologia”, salienta. Nos experimentos são utilizadas lâmpadas especiais. “Se não houver, acaba florescendo antes de atingir o topo da treliça, de forma que não produz a quantidade de flores que caracteriza a ótima produção. E é isso que queremos”.

O professor reforça que um lúpulo nacional deve garantir também maior qualidade que o produzido, embalado e armazenado fora do País. “O que fazemos é oferecer lúpulo fresco, com característica de frescor”, diz. “Outro diferencial é que, com as técnicas que desenvolvemos, conseguimos produzir duas safras ao ano”. Além de possibilitar melhor aproveitamento por parte dos cervejeiros. “Apostamos em ter mais de uma cultivar para permitir que os cervejeiros exerçam a criatividade nas receitas.”

Outros usos, segundo ele, podem acontecer em óleos essenciais nas indústrias de fármacos, cosméticos e alimentos.

LUPULO
Plantinha verde é responsável pelo aroma e amargor da cerveja. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN


NÚMEROS – Inicialmente o lúpulo era adicionado à cerveja para atuar como conservante natural, mas pelo sabor e aroma verificados após as viagens de transporte, acabou incorporado às receitas de fabricação. As primeiras menções oficiais de lúpulo no Brasil datam de 1885, com importação feita por D. Pedro II. No Paraná, uma mensagem do governador Affonso Alves de Camargo em 1920 faz alusão a plantações em Guarapuava, de mudas trazidas dos Estados Unidos com a ajuda da Cervejaria Atlântida.

O Anuário da Cerveja 2022, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, apontou 1.729 cervejarias no Brasil. Naquele ano houve aumento de 11,6% em relação às 1.549 registradas em 2021. Elas têm 42.831 produtos registrados no Mapa. O Paraná é o quinto colocado, com 161 cervejarias que oferecem 4.391 produtos diferentes, muitos deles premiados. O Brasil produz anualmente cerca de 15,3 bilhões de litros de cerveja.

Os dados do Mapa do Lúpulo Brasileiro 2023, levantados pela Associação Brasileira de Lúpulo (Aprolúpulo), mostram que no ano passado o Brasil possuía 114 produtores de lúpulo, um salto iniciado em 2015, quando se tinha apenas um. A área total cultivada era de 111,8 hectares, crescimento de 133% em relação ao ano anterior, quando se tinha 48,5 hectares. São 44 variedades cultivadas no País.

As 231.817 plantas em produção espalhadas pelo território brasileiro renderam 88 toneladas do produto, um aumento de 203% em relação às 29 toneladas de 2022. No Paraná, 16 produtores (4º lugar) estendiam 17.440 plantas (6º lugar) em 8,4 hectares (5º lugar), com produção inferior a 8 toneladas. Segundo a Aprolúpulo, o valor médio conseguido no ano passado foi de R$ 223 pelo quilo, com valor máximo a R$ 400. 

O Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior do agro brasileiro, apresentou em 2023 a importação de 3,1 mil toneladas de lúpulo ao valor de US$ 62 milhões. Os importadores paranaenses investiram US$ 4,7 milhões para trazer 114,9 toneladas, das quais 74,3 toneladas dos Estados Unidos, 37 toneladas dos países asiáticos e 3,6 toneladas da Alemanha.

 

 

 

 

 

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 Copel anuncia migração de serviços de TI para a nuvem do Google

Em um movimento importante para o setor de energia brasileiro, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) anuncia para 2024 a migração dos seus serviços de Tecnologia da Informação (TI) para a nuvem do Google (Google Cloud). 

A colaboração durante os próximos cinco anos possibilitará à Copel ter uma infraestrutura mais flexível, escalável e segura, permitindo aprimorar a entrega de serviços aos clientes e impulsionar o desenvolvimento de soluções inovadoras.  

O presidente da Companhia, Daniel Pimentel Slaviero, afirmou que a migração acontece em um momento crucial. “O setor elétrico está marcado pela crescente demanda por eficiência operacional e pela necessidade de velocidade, cultura digital e inovação, itens em que estamos focados nessa fase de transformação”, afirma. 

Ao migrar para o Google Cloud, a Copel poderá aproveitar todo o potencial de ferramentas avançadas de análise de dados, inteligência artificial e machine learning, agregando valor às suas operações e garantindo maior eficácia na tomada de decisões estratégicas.  

O presidente do Google Cloud para a América Latina, Eduardo Lopez, também destacou que o serviço será importante. “Vai tornar os negócios da Copel ainda mais eficientes, possibilitando maior competitividade e agilidade”, destaca.  

O diretor de Soluções da Google Cloud, Alberto Oppenheimer, disse que esse é um passo significativo para serviços que envolvam, por exemplo, o monitoramento de linhas de transmissão e faixas de servidão, bem como o desempenho de usinas hidrelétricas e eólicas e de linhas de distribuição. "Também vai impactar a operação dos medidores inteligentes, que já estão em 81 municípios", afirma.  

Serviços diretos de atendimento ao cliente, como call center ou o processamento de informações para o mercado livre de energia, também serão impactados positivamente pela incorporação. 

 

 

 

 

 

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 Em cinco anos, Paraná reduz tempo de abertura de empresas em 201 horas

Em cinco anos, o Paraná deu um salto no tempo de abertura de empresas.

De segundo estado mais lento em janeiro de 2019, o Paraná pulou para a segunda colocação como estado mais ágil em fevereiro de 2024, num esforço conjunto entre órgãos do Governo do Paraná e prefeituras para minimizar a burocracia e acelerar processos digitais. A redução foi de 201 horas ou 12,6 mil minutos, o que dá mais de uma semana.

Naquele primeiro mês da série histórica do sistema RedeSim, do governo federal, a Junta Comercial do Paraná (Jucepar) levava 8 dias e 18 horas para processar a abertura de uma empresa. O Estado só não era mais lento do que Santa Catarina, que à época levava 9 dias e 4 horas. No último mês de fevereiro, a Jucepar bateu recorde no tempo de abertura, com apenas 9 horas e 32 minutos. Com esse tempo, o Paraná ficou atrás somente de Sergipe, que levou 5 horas e 22 minutos para concluir um processo. Enquanto a Jucepar avaliou 6.720 processos, Sergipe processou 430.

A diferença com a média nacional também é relevante. Em janeiro de 2019, o tempo médio no País era de 5 dias e 13 horas e atualmente é de 1 dia e 3 horas, ainda 18 horas à frente do tempo do Paraná.

Além disso, há dois anos o Paraná não leva mais do que um dia para abrir uma empresa. A última marca acima de 24 horas foi em fevereiro de 2022, quando a Jucepar levou em média 1 dia e 2 horas para concluir o processo. Nos últimos dois meses, janeiro e fevereiro, o tempo ficou abaixo de 10 horas.

O salto dado pelo Paraná em cinco anos é resultado da modernização implantada na Jucepar. O primeiro passo, aponta o presidente da entidade, Marcos Rigoni, foi a digitalização completa de todos os processos já no início de 2019. “Antes praticamente todos os processos eram físicos. E essa foi a grande sacada. Tanto que quando chegou a pandemia a Junta Comercial só fechou a porta física, porque continuou atendendo normalmente via online”, afirma.

Outra questão apontada pelo presidente da Jucepar foi a mudança na gestão do órgão. Houve um trabalho de conscientização com os servidores de que era preciso dar mais agilidade aos processos para que os empreendedores abrissem suas empresas e faturassem o quanto antes. “Houve um trabalho de conscientização de que se não abríssemos mais empresas a economia do Paraná não andaria. Por isso precisávamos ser mais ágeis”, enfatiza Rigoni.

O terceiro ponto levantado por Rigoni foi o processo de desburocratização que veio do programa Descomplica Paraná e do Decreto de Baixo Risco, que regulamentou a Lei Estadual 20.436, conhecida como Lei de Liberdade Econômica. Com o decreto, desde 31 de janeiro deste ano, mais de 770 atividades econômicas ficaram isentas da emissão de licenças na abertura de empresas, agilizando ainda mais o processo.

O ato isenta as empresas enquadradas como de baixo risco das licenças do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Instituto Água e Terra (IAT) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). Um mês após entrar em vigor, ele já contemplou 1.722 empresas no Paraná. Foram 1.148 pedidos para abertura de matriz e filial, além de 574 protocolos de alteração.

O objetivo do decreto é justamente elevar o ambiente de negócios, gerando mais renda e empregos a partir da desburocratização. Com a nova regra, o empreendedor cuja atividade econômica se enquadre como de baixo risco abre sua empresa de forma efetiva e rápida. Dessa forma, consegue emitir Nota Fiscal e contratar colaboradores, entre outras atividades, poucas horas após dar entrada no processo de abertura da empresa na Jucepar, sem esperar os trâmites individuais dos órgãos licenciadores.

“O decreto veio para facilitar a vida do empreendedor, com a integração dos órgãos licenciadores a partir da definição das atividades de baixo risco”, ressalta Rigoni. “Tudo isso é resultado do caminho iniciado lá em 2019”.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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