A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou nesta terça-feira (24) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 276 casos da doença, sem nenhum óbito na última semana.
Somados os dados do novo período epidemiológico, iniciado em 28 de julho de 2024, o Paraná registra 14.755 notificações e 1.927 casos confirmados, sem mortes.
OUTRAS ARBOVIROSES – Informações sobre chikungunya e zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, constam nesse mesmo documento. Neste período foram confirmados quatro casos de chikungunya, sendo registradas 114 notificações da doença no Estado. Com relação ao zika vírus, até o momento ocorreram quatro notificações.
Confira o Boletim Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.
Por - AEN
Investimentos de quase R$ 5 bilhões feitos por cooperativas e grupos empresariais do Paraná, que já é um dos maiores produtores de soja do Brasil, consolidam o Estado como um dos principais polos de industrialização deste produto. A estratégia adotada por cooperativas e empresas busca agregar mais valor aos produtos, o que beneficia toda a cadeia produtiva e alavanca a economia estadual.
Enquanto a maior parte do grão in natura é destinado para exportação para a China, União Europeia e Oriente Médio, uma crescente parcela da soja passou a ser processada no Estado, transformando-se em derivados como óleo, farelo, biodiesel e outros produtos de alta qualidade para consumo humano e animal. No Paraná, este processo está sendo liderado pelas cooperativas paranaenses e outras grandes empresas do segmento.
A adoção de tecnologias mais modernas no cultivo e processamento do grão, que garantem alta produtividade e menos desperdício com o reaproveitamento de insumos está alinhada ao desenvolvimento econômico e à preservação ambiental. A industrialização também retroalimenta o agronegócio, especialmente a pecuária, que utiliza o farelo de soja como ração para os animais, agregando ainda mais valor à produção paranaense na forma de outros produtos alimentícios.
Dados da Pesquisa Industrial Anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) ajudam a explicar este cenário de ascensão da soja industrializada.
Os números mais recentes demonstram que o Paraná ampliou de R$ 14,9 bilhões em 2019 para R$ 30,5 bilhões em 2022 o Valor Bruto da Produção Industrial (VBP) na fabricação de óleos e gorduras, com a soja representando o maior peso em termos financeiros. O Valor da Transformação Industrial (VTI), indicador usado para calcular a riqueza efetivamente gerada pela indústria ao transformar insumos em produtos acabados, também foi ampliado de R$ 5,1 bilhões para R$ 9,5 bilhões neste período.
Para estimular o segmento, o Governo do Estado tem incentivado a expansão da cadeia produtiva, com investimentos em infraestrutura logística. Estes projetos ocorrem de fora mais ampla, incluindo melhorias das condições das rodovias, estradas rurais e portos, mas também mediante a concessão de incentivos fiscais para que as empresas ampliem a sua estrutura e invistam em melhorias no entorno onde estão inseridas.
De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, a soja é o principal produto das cooperativas paranaenses. Atualmente, há 13 indústrias de esmagamento, além de quatro especializadas em refino, duas em biodiesel e uma em margarina e óleos comestíveis. “As cooperativas brasileiras têm uma capacidade de esmagamento de 25 mil toneladas de soja por dia, das quais 20 mil toneladas são esmagadas no Paraná”, esclarece Ricken.
Das cerca de 150 milhões de toneladas de soja produzidas no Brasil por ano, 50 milhões de toneladas são esmagadas e o restante é exportado como grão. “A rentabilidade líquida de comercialização de grãos é muito pequena, não ultrapassando 2%, e quando ela passa pela industrialização essa rentabilidade pode chegar a 4,6%, então ela serve como um indutor de riqueza, tendo um peso relevante para a economia paranaense”, argumentou o presidente da Ocepar.
Durante o processo de esmagamento da soja, que transforma os grãos em óleo e farelo, ela é separada da casca e prensada em flocos, que são embebidos em solvente para a extração do óleo bruto. O material restante é seco e moído para gerar o farelo de soja, utilizado principalmente como ração animal. “O farelo é importante porque é usado na alimentação de aves e suínos, cuja carne também está entre os produtos mais importante para as cooperativas”, justificou o presidente da Ocepar.
VALOR AGREGADO – Com um investimento de R$ 1 bilhão, a esmagadora de soja da C.Vale em Palotina começou a operar em novembro de 2023 em uma estrutura que ocupa 12 hectares do seu complexo industrial. Trata-se da terceira maior esmagadora do Brasil em plantas industriais de apenas uma linha de produção e a primeira em nível tecnológico. Cerca de 30% do farelo e do óleo produzidos abastece as indústrias de rações da C.Vale, enquanto o excedente é comercializado com outras empresas.
Segundo o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, os investimentos na industrialização da soja iniciaram na década de 1990 a partir da percepção das cooperativas sobre os potenciais ganhos financeiros em relação ao grão. “Percebemos que não dava mais para ficar só comprando e vendendo grãos porque as margens eram apertadas e o futuro estava na industrialização. Isso gera mais renda ao produtor, receita para as cooperativas, empregos, oportunidades de negócio para prestadores de serviço e aumento na arrecadação de impostos, então todos saem ganhando”, afirmou.
Em agosto, o Governo do Estado autorizou o início das obras de construção de um contorno viário de 15,2 quilômetros no município, em parceria com a cooperativa, para melhorar a logística de chegada dos insumos na fábrica e distribuição dos produtos à base de soja. Orçado em R$ 169,3 milhões, o projeto está sendo executado pela C.Vale, com abatimento de impostos estaduais proporcionalmente ao valor investido.
Atualmente, o empreendimento processa cerca de 40 mil sacas diariamente, o que equivale a 66% de sua capacidade de produção máxima. A meta da cooperativa é alcançar a capacidade plena até outubro, quando cerca de 60 mil sacas deverão ser processadas por dia, o que equivale a 3,5 mil toneladas.
De acordo com o presidente da C.Vale, a empresa trabalha em ajustes nos processos fabris para ampliar o leque de produtos. “A industrialização da soja nos dá a oportunidade de produzir farelo, óleo, margarina, maionese e outros derivados, o que vai depender de estudos de rentabilidade”, disse Lang.
MAIOR DO BRASIL – Localizada na Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, a nova esmagadora de soja do grupo Potencial, cujas obras começaram no fim de junho de 2023, está recebendo investimento de R$ 1,7 bilhão. A esmagadora está sendo construída no Complexo Industrial do Grupo Potencial, junto à usina de biodiesel da companhia, que é a maior do Brasil e a terceira maior do mundo.
“Hoje, a maior matéria-prima usada na produção do biodiesel é o óleo de soja, que corresponde em torno de 80% a 85%, sendo a maior parte dela originada dentro do Paraná”, expõe o vice-presidente Comercial, Operacional e de Relações Institucionais do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt.
Este é o maior investimento dos próximos anos do grupo, que se projeta para tornar-se um dos líderes mundiais do setor de esmagamento. Após a sua conclusão, a planta terá capacidade de processar cerca de 3.,5 mil toneladas de soja por dia, ou 1,15 milhão de toneladas por ano a partir de 2025. Com a ampliação, a Potencial continuará adquirindo óleo de soja pronto de outros fornecedores, mas a esmagadora será responsável por quase metade da principal matéria-prima da usina.
Estão sendo construídos dois silos para armazenamento de soja, com capacidade de 150 mil toneladas cada, e outro silo, com capacidade de 100 mil toneladas, para armazenar o farelo, um dos resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizado na produção de ração e outros produtos e será comercializado nos mercados interno e externo.
“É um novo segmento para nós, mas que vai ao encontro do nosso objetivo de protagonizarmos essa transição de um agronegócio aliado à indústria dentro de um modelo mais sustentável”, disse o vice-presidente da Potencial. “Serão mais de 300 empregos diretos gerados, quase dobrando o número de empregados trabalhando nesse complexo industrial e atingindo mais de 2 mil pessoas entre prestadores de serviços e outros parceiros comerciais”, acrescento Hammerschmidt.
Por meio de um acordo com o Governo do Estado para descontos no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o grupo Potencial pavimentou parte das vias urbanas do entorno da usina e da futura esmagadora. Após a sua conclusão, estão previstos novos pavimentos no contorno da área do completo e a construção de um terminal ferroviário para ligar a planta com a linha férrea que vai até o Porto de Paranaguá.
CONTROLE DE QUALIDADE – Atualmente, somente a usina de biodiesel do Grupo Potencial recebe em média 70 caminhões carregados com até 60 mil litros de óleo de soja cada diariamente. Segundo o gerente-geral da Divisão Industrial da Potencial, Robson Rodrigues Antunes, todas as cargas que chegam passam por um controle de qualidade rigoroso para passarem pelo processo que as transformará em biodiesel.
Os laboratórios da empresa são certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e credenciado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que permite que a equipe certifique a própria produção e preste serviços para outras indústrias, usinas e distribuidoras.
“Temos dois laboratórios: um central, onde recebemos as matérias-primas e certificamos os produtos acabados, e um de controle de processos, onde são colhidas amostras de cada etapa do processo periodicamente para análise e ajustes quando necessário. Toda a operação é controlada 24 horas por dia em um Centro de Operações Integrado para garantir que o processo continue de forma ininterrupta”, explicou Antunes.
Após passar por tratamento para poder ser usado na usina, o óleo de soja é misturado ao metanol, outro insumo que também pode ser produzido no campo a partir da biomassa ou resíduos agrícolas, e de um catalisador, em um processo químico chamado transesterificação.
“A fabricação tem como resultado final 90% de biodiesel e 10% de glicerina bruta, que no caso da Potencial passa por um processo de refino em uma planta própria para ser comercializada com outras indústrias, como a farmacêutica, alimentícia e de cosméticos”, relatou o gerente-geral, demonstrando ainda mais uma gama de produtos que usa a soja como base.
OUTROS EMPREENDIMENTOS – Na metade de 2023, o Governo do Estado do Paraná e a Be8 assinaram um protocolo de intenções para viabilizar investimentos em uma esmagadora de soja em Marialva, na região Noroeste, onde a empresa já tem uma unidade de produção de biodiesel. A nova planta terá capacidade de processamento de 5 mil toneladas por dia e a empresa estima que o investimento poderá chegar a R$ 1,5 bilhão.
No fim do ano passado, a Cooperativa Agropecuária Tradição (Coopertradição) iniciou as obras de uma indústria de farelo e óleo de soja com capacidade inicial de 2 mil toneladas de grão esmagado por dia. O empreendimento, orçado em R$ 700 milhões, conta com R$ 34 milhões de financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Com a nova esmagadora, a capacidade de industrialização da soja, que atualmente é de 20% da produção na região Sudoeste, deverá superar os 40%.
LEGISLAÇÃO – Em setembro, o Congresso Nacional aprovou o projeto dos chamados ‘Combustíveis do Futuro’, que entre outras medidas aumenta a proporção máxima de biodiesel que pode ser acrescido ao diesel de origem fóssil. Desde março, esse percentual é de 14%, com ampliação de um ponto percentual por ano até alcançar a meta de 20% da mistura no ano de 2030.
O texto, que aguarda sanção da Presidência da República para entrar em vigor, também define que a ANP vai regular e fiscalizar os combustíveis sintéticos e que podem substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o consumo de soja no país deverá aumentar de 6 milhões de toneladas em 2024 para 11,1 milhões de toneladas em 2030, em parte por causa dessas mudanças legais. O crescimento também impactará a projeção de esmagamento de soja, que poderá chegar a 55,8 milhões de toneladas em 2030.
Por - AEN
Coceira, obstrução nasal, espirro e a coriza são os sintomas mais comuns quando chega a primavera.
As chamadas alergias sazonais podem ser desencadeadas por pólens ou o desabrochar das flores, mas requerem um cuidado especial a fim de evitar crises respiratórias. Entre as pessoas afetadas, os que mais sofrem são crianças e idosos, além daqueles que têm doenças crônicas, como asma, rinite e sinusite.
A umidade excessiva e o clima muito seco também são fatores que potencializam os problemas respiratórios de quem convive com as alergias. No Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná o tratamento pode ser iniciado na Atenção Primária, nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios. Após a primeira avaliação, o usuário pode ser encaminhado, se for necessário, para a Atenção Especializada, para atendimento com um especialista, como, por exemplo, alergologista, pneumologista ou dermatologista.
De acordo com o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde, de janeiro até agosto deste ano houve, no Paraná, 56.065 atendimentos nas Unidades de Saúde para o tratamento de algum tipo de alergia ou reação alérgica, 6.045 a mais do que em 2023, que registrou 50.020 atendimentos no mesmo período, e 78.142 no ano todo.
De acordo com Acácia Nasr, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, medidas simples podem ser adicionadas à rotina, contribuindo para a qualidade do ambiente.
Ela orienta as pessoas que são mais suscetíveis aos fatores externos sobre alguns cuidados para amenizar os sintomas, como manter a casa sempre limpa e longe de poeira e ácaros, com uma rotina de higienização e lugar arejado; usar sabão neutro para lavar roupas e lençóis; deixar o sol entrar em casa; conservar as roupas bem higienizadas; garantir hidratação adequada dando preferência ao consumo de água.
Segundo Acácia, para o diagnóstico da alergia a Sesa reforça a importância de se considerar a história clínica do indivíduo. Ela deve informar ao especialista sobre as condições ambientais que a rodeiam (residência, trabalho, contato com animais), os fatores desencadeantes de sintomas, antecedentes familiares de alergia, entre outros. Os cuidados para o tratamento das alergias incluem medidas de controle ambiental e medicação para o controle dos sintomas, sob orientação de um profissional de saúde.
“A reação ocorre quando há o contato com o agente alérgeno. Essas medidas reforçam que alguns cuidados básicos trazem mais conforto às pessoas que sofrem mais com alergias nesta época. Crises graves podem ser desencadeadas por isso ficar atendo é importante”, alertou.
Por - AEN
O Programa Brigadas Escolares iniciou nesta segunda-feira (23) a formação de 5.860 novos brigadistas que vão atuar no dia a dia das instituições de ensino do Paraná.
O treinamento contêm aulas teóricas e práticas e noções básicas de segurança, atendimento de primeiros socorros, além da prevenção e combate a princípios de incêndio. O objetivo principal é assegurar a integridade física e o bem-estar da comunidade escolar ao promover ações para prevenção e enfrentamento se situações de emergência.
Integrante da coordenação estadual do programa, a primeira-tenente Joyce Saboia destaca o início do programa em 2012 como uma política de governo. “Diante da relevância destas ações dentro das escolas, em 2015 ele se tornou uma política de estado. Em 2021, devido aos bons resultados, a rede começou a ser ampliada para a rede de ensino pública municipal”, completa.
Ao todo, 2.483 instituições de ensino estaduais e escolas de educação especial de todo o Paraná estão contidas neste cronograma. Os participantes assistem a 60 horas de aulas teóricas, no formato EAD mais 16 horas de conteúdo prático ministrado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR). São treinadas situações como a desobstrução de vias aéreas, reanimação cardiopulmonar, cuidados com queimaduras, prática com o extintor, dentre outros.
No Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, estão em formação 30 funcionários de escolas do município e cidades vizinhas.
O segundo sargento Wellyngton Martins, bombeiro militar que atua no Núcleo Regional da Defesa Civil, detalha as atividades práticas dos cursistas, como a simulação do vazamento de botijão de gás com fogo e o combate em madeira.
“Queremos que eles saibam identificar o princípio de incêndio, quais as classes e os tipos de extintor. Também repassamos noções de primeiros socorros, para dar um primeiro atendimento, caso o aluno venha a se machucar dentro da escola, até a chegada da ambulância especializada”, explica. “Este ano tivemos incidentes de incêndio em escolas, e essas ocorrências só não foram graves porque os brigadistas fizeram o controle inicial, evitando um mal maior”.
O Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia oferece aulas do ensino médio e formação profissional para 500 alunos com idades entre 14 a 18 anos. Para o diretor, Edson Blum, este treinamento é essencial para a instituição que funciona num prédio de três andares que abriga salas de aula, uma cozinha e um laboratório. “Já tivemos uma situação em que uma aluna caiu da carteira, bateu a cabeça e ficou desacordada. Precisamos remover ela por dois lances de escada. Nesse momento colocamos em prática o conhecimento adquirido no curso de brigadista”, destaca.
Desde a implantação, em 2012, o programa concedeu o certificado de brigadistas escolares a 81.755 servidores, 9.124 no ano passado. Nestes 12 anos, foram realizados 80.948 exercícios de abandono escolar, em 2023 esta atividade preventiva foi repetida em 9.968 instituições de ensino.
A iniciativa pioneira no país foi reconhecida pela Defesa Civil Nacional em 2021 como exemplo de boa prática no eixo “Defesa Civil nas escolas”. Em agosto, um representante do Corpo de Bombeiros do Ceará veio conhecer o programa paranaense, que será referência para implementar brigadas nas escolas daquele estado.
CERTIFICACO DE CONFORMIDADE – O programa emite, ainda, um documento oficial, denominado “Certificado de Conformidade”, que comprova que a escola cumpriu e mantém integralmente as medidas de proteção previstas nas legislações do Programa, e possui as condições básicas de proteção à vida da comunidade escolar. São elas: sinalização e iluminação de emergência; extintores de incêndio; brigada escolar para cada turno de funcionamento da escola e a realização semestral dos exercícios simulados de abandono emergencial de edificação escolar.
MONITOR DE SEGURANÇA ESCOLAR – Desde o ano passado foi incluído no programa a Formação de Monitores de Segurança Escolar, ministrada pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC). Ao todo são 28 horas de aulas teóricas e práticas voltadas para o estabelecimento de um plano de ação para as instituições de ensino quando identificado um agressor ativo. O BPEC, cuja nova sede foi inaugurada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior neste mês de setembro, é especializado na aplicação do policiamento comunitário escolar em todo o Paraná, atuando principalmente na rede estadual de ensino, mas com ações também nas escolas municipais e particulares.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) realizou nesta segunda-feira (23) uma audiência pública virtual, transmitida pelo canal oficial da Seed-PR no YouTube, sobre as diretrizes do credenciamento de pessoas jurídicas de direito privado especializadas na prestação de serviços de gestão educacional que estejam interessadas em integrar o Parceiro da Escola. O programa estabelece gestão compartilhada entre o setor público e privado em escolas da rede estadual elegíveis à iniciativa.
A audiência faz parte do processo de credenciamento das empresas, que já está disponível. Ela ajudou a explicar as informações técnicas para a formatação final do objeto técnico que será utilizado no processo de contratação e implementação do programa, além de esclarecer dúvidas sobre os critérios técnicos exigidos para o credenciamento e a ampliação da base de empresas credenciadas.
O termo de referência da contratação indica que só podem se credenciar pessoas jurídicas de direito privado especializadas na prestação de serviços de gestão educacional e implementação de ações e estratégias que contribuam para melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos das instituições de ensino. O programa está dividido em 15 lotes regionalizados.
As empresas serão responsáveis por manutenção das instalações das instituições de ensino; higiene e limpeza interna e externa do prédio escolar e entorno; fornecimento de materiais permanentes e de consumo necessários ao bom funcionamento da instituição de ensino; contratação e gestão administrativa de profissionais; gestão documental; segurança do patrimônio móvel e imóvel da unidade escolar, entre outros. Entre as iniciativas estão fornecer uniforme a todos os estudantes matriculados e garantir a disponibilidade e a manutenção dos equipamentos tecnológicos.
O Parceiro da Escola visa estabelecer uma gestão compartilhada entre os setores público e privado, deixando a responsabilidade pelas diretrizes pedagógicas a cargo da Secretaria de Estado da Educação. O parceiro privado estará subordinado a um plano de trabalho cuja definição exige consulta prévia ao diretor servidor da rede, que conservará poder hierárquico sobre os profissionais lotados nas escolas. Os resultados serão mensurados a partir de frequência escolar, evolução da aprendizagem e satisfação da comunidade.
As consultas públicas para adesão estão previstas para novembro. Inspirado no modelo de consulta das escolas cívico-militares, o processo democrático visa envolver diretamente a comunidade escolar na decisão de implementação do programa. O objetivo principal é aprimorar a gestão escolar em instituições onde foram identificados pontos de melhoria pedagógica, com a expectativa de reduzir a evasão escolar.
O programa já está em fase de projeto-piloto desde 2023, sendo desenvolvido no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Nessas instituições, que atendem cerca de 2,1 mil estudantes, foram observados resultados expressivos, como o aumento nas matrículas, na frequência e no desempenho escolar dos alunos, além de 100% de participação dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Por - AEN
Agosto foi um mês bastante seco no Paraná. Em geral, o cenário agrícola do Paraná em agosto foi desfavorável devido a condições climáticas adversas, como secas e geadas.
O clima seco favoreceu o aumento da incidência de focos de incêndio na zona rural do Estado. Os dados são do Boletim Agrometeorológico elaborado pelo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e técnicos do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com apoio do Simepar.
A precipitação foi um pouco maior no Litoral, Norte e em partes das regiões Oeste e da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), variando entre 45 e 77 mm, mas ainda assim considerada baixa. Nas demais áreas do Estado, o total acumulado não ultrapassou 41 mm. O maior volume de precipitação mensal foi registrado em Guaraqueçaba, no Litoral, com 77 mm, enquanto o menor índice foi de apenas 7,2 mm, em Ubiratã, no Oeste do Estado.
Segundo o boletim, as precipitação em todo o Estado foram significativamente inferiores à média histórica. O Sudoeste e o Sul registraram os menores acumulados de chuva, com déficits de 86,4 mm e 69,3 mm, respectivamente. O Litoral, embora tenha sido a região menos afetada pela seca, também apresentou um déficit de 37,7 mm. As demais regiões apresentaram condições intermediárias em relação à quantidade de chuva. A média estadual de precipitação foi de 37,6 mm, enquanto a média histórica é de 88,6 mm.
Confira a média de precipitações:
Confira o balanço das chuvas:
TEMPERATURAS – De maneira geral, as temperaturas máximas ficaram acima da média histórica, exceto no Litoral e em uma pequena região no extremo oeste paranaense. No Litoral, por exemplo, a temperatura máxima foi 1 °C abaixo da média histórica. Por outro lado, as demais regiões apresentaram temperaturas entre 1º a 3º C acima da média histórica. A maior temperatura máxima média de agosto foi de 29,1°C, em Cambará, no Norte do Estado. Enquanto que a menor temperatura máxima média ocorreu em Palmas e foi de 19,4 °C.
As temperaturas mínimas apresentaram uma grande variação, mas, de modo geral, foram inferiores ou próximas à média histórica. Considerado todo o período do outono e inverno, agosto foi o mês mais frio, enquanto os demais meses foram considerados quentes para essas estações.
Em Jaguariaíva, no Norte do Estado, a média das temperaturas mínimas foi de 7,2 °C, a menor do Estado. Em Loanda, no Noroeste, a temperatura mínima média foi de 16,3 °C, a mais alta registrada. Em relação à média histórica, as temperaturas mínimas apresentaram desvios de -2,5º C graus e as máximas +2,5 °C.
Em agosto, ocorreram duas incursões de massas polares que provocaram geadas em grande parte do Estado, variando de fortes a fracas dependendo do local. A primeira onda de frio foi menos intensa e se deu entre os dias 9 e 14, enquanto a segunda ocorreu de 25 a 29 de agosto e foi bem intensa, especialmente no Sul do Paraná. A temperatura mais baixa registrada foi de -2,7 °C no dia 26, no município de Pinhão, na região Central do Estado.
Confira o balanço nas culturas:
AGRICULTURA – Com base nos boletins semanais elaborados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), é analisada a influência das condições climáticas de agosto sobre as principais culturas agrícolas do Estado.
MILHO 2ª SAFRA – A colheita do milho foi praticamente concluída em agosto, beneficiada pelo tempo seco. No entanto, devido a estiagem, grande parte das lavouras apresentaram produtividades abaixo da estimativa inicial. Apesar disso, os resultados foram surpreendentes, considerando as condições climáticas adversas enfrentadas ao longo do ciclo da cultura.
MILHO 1ª SAFRA – Iniciou-se a semeadura do milho 1ª safra, com 18% da área já implantada. Os agricultores relataram problemas de germinação e perdas devido às geadas.
SOJA – Alguns produtores decidiram semear a soja no final do mês, logo após as chuvas, mas a maioria está aguardando melhores condições para intensificar os trabalhos.
TRIGO – A colheita do trigo foi iniciada, mas a produtividade ficou abaixo do esperado. No final do mês, as condições das lavouras no Paraná eram desfavoráveis: apenas 36% foram classificadas como boas, 36% como médias e 28% como ruins. A principal causa desse desempenho insatisfatório foram as condições climáticas adversas, incluindo seca intensa, temperaturas elevadas durante a fase vegetativa e geadas fortes e frequentes em agosto, especialmente nas regiões Sul, Oeste e Sudoeste do Estado, durante a fase inicial de formação dos grãos.
DEMAIS CEREAIS DE INVERNO – As lavouras de aveia nas regiões Norte e Noroeste do Paraná tiveram a produtividade reduzida por causa da seca. No Sul e Sudoeste, as geadas causaram prejuízos significativos à cultura. Outros cereais comumente cultivados mais ao sul do Estado, como canola, centeio e triticale, também foram afetados pelas geadas. No caso da cevada, devido ao seu período de desenvolvimento vegetativo mais longo, não houve muitas áreas suscetíveis a perdas por geada.
CAFÉ – A colheita do café avançou para 98% em agosto, beneficiada pelo tempo seco. No entanto, a estiagem e altas temperaturas durante a formação dos frutos resultaram em produtividades e rentabilidades abaixo do esperado, com grãos pequenos e leves. Além disso, o clima seco contribuiu para uma maior infestação de bicho mineiro e queda precoce das folhas.
FRUTICULTURA – A produção de laranja foi prejudicada pela estiagem, o que afetou a produtividade e causou má formação dos frutos, além de abortos de flores e frutos. A situação atual é mais severa do que em períodos anteriores de falta de chuvas. A colheita do morango também foi realizada, mas os rendimentos ficaram abaixo do esperado. Além disso, a cultura do maracujá foi impactada pelo clima atípico, com temperaturas elevadas, resultando em baixos rendimentos
MANDIOCA – A seca provocou queda na produtividade e dificultou a colheita das raízes da mandioca.
CANA-DE-AÇÚCAR – A colheita da cana foi beneficiada pelo clima seco. Até o momento, a cultura apresentou boas produtividades; no entanto, há uma tendência de redução devido às adversidades climáticas.
OLERICULTURA – Nas hortas que não estavam protegidas por mantas de TNT, as geadas causaram danos significativos às plantações de alface, brócolis, couve-flor, repolho e outras folhosas, resultando em perdas e comprometendo a qualidade dos produtos. As áreas com fortes geadas também afetaram o tomate, tanto nas poucas lavouras de inverno quanto nas plantas já transplantadas para o novo ciclo.
PASTAGENS – As áreas de pastagens apresentaram baixa produção de massa verde. Além de terem sido afetadas pela estiagem e pelo aumento de focos de incêndio durante o inverno, parte dessas áreas também sofreu com as geadas ocorridas em agosto.
Por - AEN