O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta quinta-feira (3) na B3, em São Paulo, um projeto inédito no Brasil para o financiamento do agronegócio.
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro (FIDC Agro Paraná) é o primeiro instrumento de crédito voltado ao agronegócio criado por um Estado e deverá alavancar aproximadamente R$ 2 bilhões para financiar a expansão das atividades de produtores agrícolas vinculados a cooperativas e empresas integradoras nos 399 municípios paranaenses.
O FIDC Agro Paraná funcionará como uma espécie de ‘guarda-chuva’, sob o qual as cooperativas instaladas no Estado e empresas integradoras poderão participar, por meio da criação de outros fundos vinculados, e oferecer condições facilitadas de financiamento aos cooperados e integrados para a compra de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e logística.
O Governo do Estado entrou inicialmente com um aporte de R$ 150 milhões por meio da Fomento Paraná, instituição financeira responsável pela formatação do fundo, que já dispõe de outros R$ 200 milhões para alavancar fundos da mesma natureza.
A iniciativa foi desenvolvida para oferecer uma alternativa de financiamento ao Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural, que têm se mostrado insuficientes para atender a toda a demanda nacional e no próprio Estado. Diferentemente do programa federal, cuja maior parte dos recursos são usados para custeio e comercialização da produção, o FIDC Agro Paraná será focado na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas.
Segundo o governador, a criação do fundo busca aproveitar dois dos principais potenciais econômicos do Paraná, que são a força da agroindústria e o modelo produtivo cooperativista. “Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná, tanto é que já temos quatro cooperativas que estão preparando os seus fundos, além da sinalização de outros segmentos do setor que já demonstraram interesse em aderir”, afirmou.
Ratinho Junior também esclareceu que os aportes do Governo do Estado por meio da Fomento Paraná buscam equalizar os juros dos futuros financiamentos, e que toda a gestão do fundo será privada. “Quem definirá os investimentos que serão feitos será o setor produtivo. O que o Estado definiu foram algumas regras para incentivar a cadeia econômica, como a preferência pela aquisição de produtos feitos no Paraná”, acrescentou.
A expectativa é de que, conforme a iniciativa avance com a atração de mais investidores, o Executivo Estadual possa fazer novos aportes para multiplicar os investimentos em todas as regiões produtivas do Paraná. “O Governo do Estado dispõe no total de R$ 2 bilhões, o que pelos nossos cálculos podem gerar uma alavancagem de até R$ 14 bilhões em investimentos totais para o agronegócio na medida em que o projeto se consolide”, concluiu o governador.
GESTÃO FINANCEIRA – Além de ser a principal cotista nesta etapa do processo, a Fomento Paraná atuará como o braço do Estado na definição das políticas de aplicação de recursos do fundo. A participação dela é limitada a 20% dos recursos totais aplicados, sendo o restante oriundo da iniciativa privada e de outros investidores qualificados, incluindo as próprias cooperativas.
A gestão do FIDC Agro Paraná será feita pela Suno Asset, escolhida por meio de chamada pública da Fomento Paraná. Pertencente ao Grupo Suno, a gestora possui mais de R$ 1,5 bilhão sob sua gestão, sendo mais de R$ 500 milhões investidos no agronegócio, e trabalhará para atrair mais investidores privados ao novo fundo.
“O Paraná é o primeiro Estado a ter um instrumento de crédito deste tipo, em um arranjo que também envolve as cooperativas e empresas integradoras paranaenses e uma empresa gestora, que buscarão no mercado outros investidores para alavancar o negócio”, destacou o presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile.
O foco inicial será nas cooperativas e empresas integradoras paranaenses, que possuem uma estrutura financeira e administrativa mais robusta, e a partir da consolidação do Fundo, diversas outras cooperativas e integradoras poderão ser atendidas.
O acesso aos recursos pelos produtores rurais cooperados e integrados será definido em uma segunda etapa e os critérios seguirão o regramento definido pela Fomento Paraná e pela Suno Asset. “É mais uma vertente de crédito que se abre para o agronegócio paraense com uma taxa de juros e formas de amortização muito atrativas, em que as cooperativas e integradoras também poderão ganhar como investidoras do próprio fundo”, pontuou o presidente da Fomento Paraná.
Além dos investimentos serem feitos exclusivamente no Paraná via cooperativas e integradoras, o regulamento do fundo também prevê que os produtos e serviços a serem financiadas com recursos do fundo sejam prioritariamente adquiridos de empresas instaladas no Estado.
“A ideia principal é que os implementos, máquinas e equipamentos sejam preferencialmente produzidos no Paraná, criando um ciclo virtuoso de geração de emprego, renda e aumento da arrecadação”, argumentou o presidente da Fomento Paraná.
VOCAÇÃO – Uma das motivações para a criação do FIDC Agro Paraná foi aproveitar o potencial das cooperativas paranaenses, que segundo o governador são um dos principais ativos econômicos do Estado. Atualmente, há 226 cooperativas atuantes no Paraná, das quais 16 figuram entre as 500 maiores empresas do Brasil e 11 entre as maiores cooperativas agroindustriais do mundo.
Em 2024, as cooperativas paranaenses tiveram um faturamento de R$ 205,7 bilhões, segundo dados do Sistema Ocepar. Com o aumento da produção e o retorno dos investimentos agroindustriais feitos nos últimos anos, a expectativa é que esta movimentação chegue a R$ 300 bilhões até 2026 e a R$ 500 bilhões em 2030.
PRESENÇAS – Também participaram do anúncio na B3 o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes; o secretário de Comunicação, Cleber Mata; o diretor Administrativo do BRDE e ex-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; os deputados federais Pedro Lupion e Arnaldo Jardim; e o Chief Information Officer (CIO) da Suno Asset, Vitor Duarte. Pela Fomento Paraná, estiveram presentes as diretoras Administrativa e Financeira, Mayara Puchalski, e Jurídica, Louise Garnica; os diretores de Operações do Setor Público, Mounir Chaowiche; Operações do Setor Privado, Renato Maçaneiro; e de Mercado, Vinícius Rocha.
Por - AEN
Frente fria, massa de ar frio e ventos frios e úmidos vão mudar o tempo no Paraná nos próximos dias.
Em Curitiba, a queda nas temperaturas será de até oito graus entre esta quinta-feira (03) e o sábado (05), de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). As temperaturas mais baixas do fim de semana devem ser registradas em Palmas (Sudoeste) e General Carneiro, no Sul.
A primeira frente fria de 2025 já está sobre o Oceano Atlântico, perto da costa de Santa Catarina e do Paraná. “É uma massa de ar instável, por isso ao longo da tarde e noite desta quinta podem ocorrer alguns temporais em diversas regiões do Paraná. São temporais irregulares, não há previsão de grande volume de precipitação e também não serão aquelas tempestades severas, mas podem gerar algum transtorno para a população”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
A partir de sexta-feira e até o fim da semana, o vento vindo do oceano e a aproximação de uma nova massa de ar frio fazem as temperaturas caírem principalmente na região Centro Sul do Paraná. Enquanto, nesta quinta, a temperatura mínima em Curitiba ficou próxima dos 20°C, no fim de semana deve chegar a 12°C – uma queda de oito graus. Em cidades como Palmas e General Carneiro – as mínimas previstas são em torno de 9°C.
MÁXIMAS MENORES – Em relação à queda da temperatura máxima, o impacto será mais visível no Leste, Centro Sul, Campos Gerais e até o extremo sul do Norte Pioneiro – onde a previsão é que fiquem em torno de 20°C no sábado, enquanto na quarta foi 30°C. Na Capital, durante o sábado e o domingo, as temperaturas máximas ficarão abaixo dos 20°C, podendo ficar ainda mais frio: até 16°C no sábado. O vento ficará mais gelado e constante, até moderado em alguns momentos, aumentando a sensação de frio.
“O que vamos ter é o predomínio de um vento Sudeste/Sul associado a uma massa de ar frio que vai se aproximar do Paraná. O núcleo dessa massa de ar frio não vai atingir diretamente o Estado, mas, mesmo assim, vai influenciar o tempo no Centro-Sul e Leste paranaenses", afirma o meteorologista.
"Na Região Metropolitana de Curitiba e no Litoral a tendência é de que o vento sul úmido soprado do oceano para o continente mantenha a cobertura de nuvens presente, que pode causar alguma garoa ocasional no fim de semana. Será uma mudança mais significativa nas condições do tempo com o retorno do frio um pouco mais rigoroso”, ressalta Kneib.
INTERIOR – Já no Interior do Estado o sol predomina com um pouco mais de força, mas ainda assim as temperaturas não serão tão elevadas como nos dias anteriores. A tendência é de temperaturas abaixo dos 30°C no sábado. No domingo pode passar um pouco desse valor nos extremos Oeste e Noroeste, mas ainda abaixo dos valores registrados durante esta semana. Em Loanda, por exemplo, a máxima passou dos 33°C nesta quarta-feira, mas não deve passar dos 28°C no fim de semana.
SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.
Por - AEN
Como permitir que pessoas cegas ou com baixa visão, usuárias de bengala, possam antecipar obstáculos estáticos acima da linha da cintura?
Esse é o desafio proposto no 1º Concurso Público de Inovação do Paraná - Desafio de Inovação: Bengalas Inteligentes, lançado pelo vice-governador Darci Piana nesta quarta-feira (2), no Palácio Iguaçu. Com investimento de R$ 2,8 milhões, a iniciativa é uma parceria entre o Governo do Estado e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O concurso tem como objetivo reconhecer e premiar protótipos de bengalas ou dispositivos complementares utilizados por pessoas com deficiência visual. A iniciativa é fruto de um convênio entre a ABDI e as secretarias estaduais da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA) e do Desenvolvimento Social e Família (Sedef). Serão financiados protótipos de novas bengalas tecnológicas, que poderão incorporar sensores, sistemas de navegação e Inteligência Artificial.
As bengalas disponíveis atualmente no mercado limitam-se à identificação de objetos posicionados abaixo do quadril. As novas soluções que serão apresentadas no concurso devem permitir a detecção de obstáculos acima da linha da cintura como, por exemplo, um galho de árvore ou uma placa de sinalização.
“Essa é a grande preocupação do governo, cuidar da nossa gente. Não adianta sermos os melhores em educação, aplicação de investimentos, infraestrutura, se a nossa população não é bem cuidada”, afirmou Darci Piana. “Tenho certeza que esse concurso ajudará muitas pessoas. Daqui um ano estaremos apresentando essa bengala àqueles que têm problema de visão, e com certeza daremos dignidade e um meio de locomoção muito mais fácil do que com a bengala comum”.
O propósito é oferecer uma solução mais durável, acessível e tecnologicamente avançada para os desafios enfrentados pelas pessoas cegas e com baixa visão. A ideia é que sejam incorporadas tecnologias avançadas, como sensores, big data, internet das coisas e inteligência artificial, promovendo segurança, autonomia para as pessoas e, sobretudo, a inclusão social.
De acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência visual, sendo que 582 mil são cegas. Segundo levantamento do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), no Paraná mais de 82 mil pessoas cadastradas têm deficiência visual, com 13 mil delas cegas e 69 mil com baixa visão.
O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, destacou que o objetivo do concurso é desenvolver uma solução inovadora e acessível para as pessoas cegas. “Esse é o primeiro concurso nacional para buscar uma solução para a tecnologia assistiva. É uma iniciativa importante que o governador Ratinho Junior traz para que a gente possa ter uma bela solução para atender não só o Paraná, mas o Brasil”, ressaltou.
“Nossa ideia é que, no futuro, o SUS possa comprar essa tecnologia para melhorar a vida dessa parcela da população. São as pessoas que usam, os cegos e aqueles com baixa visão, quem vão dizer qual é a melhor tecnologia. A ideia é que uma indústria se instale no Paraná para poder ampliar essa tecnologia para o Estado e para o País”, acrescentou.
Para o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, o desenvolvimento de uma bengala inteligente contribui para levar mais dignidade às pessoas. “Uma população considerável e fica à mercê na rua, com dificuldade, mas enfrentando a vida, e por quê não melhorar a vida dessas pessoas? O concurso é grandioso, de um governo inovador que está cuidando das pessoas e que terão essa atenção”.
“Uma bengala normal prevê um obstáculo do chão, como um degrau, calçada, travessia, mas não vê um obstáculo aéreo. Então é um desafio muito grande, de fazer com que tecnologias como a inteligência artificial possam servir também de forma assistiva para as pessoas cegas”, concluiu.
CONCURSO – O concurso de inovação é aberto à participação de proponentes de todo o País, ampliando o alcance da iniciativa e fazendo com que diferentes soluções possam ser apresentadas. Somado a isso, a iniciativa tem a missão de disponibilizar os dispositivos inteligentes no mercado brasileiro a um preço mais acessível.
As inscrições para o concurso vão até o dia 5 de maio e podem ser feitas através do site da ABDI, onde também está disponível o edital. Coordenado pelo HUBTEC, Escritório de Encomendas Tecnológicas da ABDI, em parceria com o Governo do Paraná, o certame utiliza os instrumentos de Compras Públicas de Inovação para promover e estimular o uso da tecnologia a favor da pessoa com deficiência.
O concurso será realizado em duas fases. Na primeira, serão selecionadas até 10 propostas, com prêmios individuais de até R$ 180 mil. Na segunda, os três melhores projetos receberão apoio técnico da ABDI para aprimorar e expandir seus protótipos, além de premiação em dinheiro, sendo o 3º lugar com R$ 200 mil, o 2º lugar com R$ 300 mil e a melhor solução com R$ 500 mil.
Segundo o assessor especial da presidência da ABDI, André Rauen, a iniciativa permite demonstrar que licitações na modalidade concurso são instrumentos efetivos de fomento ao processo inovativo. “O Hubtech é um escritório especializado em vencer o apagão das canetas. Temos uma rede extremamente qualificada de profissionais para promover uma modelagem contratual que dá segurança jurídica e coragem ao gestor para ele inovar, nesse caso transformando a realidade das pessoas através de ciência e tecnologia”, comentou.
“É um projeto muito bonito, em que vamos usar todo o nosso estoque de conhecimento em modelagem contratual para resolver um problema, que é identificar obstáculos acima da linha de cintura para pessoas cegas ou com baixa visão, criando uma bengala que permita essa identificação e lhes garanta mobilidade total”, complementou.
DESAFIO – O diretor do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), Enio Rodrigues da Rosa, lembrou que o maior desafio das pessoas cegas são os obstáculos na rua. “O grande desafio da bengala inteligente é uma solução para os obstáculos superiores. É uma iniciativa bacana e que o Governo do Estado encampou. Esperamos que ao final do concurso tenhamos uma bengala que proporcione para nós um pouco mais de segurança ao nos deslocarmos pelas ruas”, explicou.
“Qualquer tipo de bengala é importante, inclusive as inteligentes, mas precisamos chamar a atenção da população e da sociedade para cuidarmos melhor dos nossos municípios. Uma cidade acessível e sem obstáculos é boa para qualquer pessoa, principalmente para as pessoas cegas”, finalizou.
PRESENÇAS – Participaram do lançamento do concurso o diretor-geral da SEIA, Marcos Stamm; o diretor de Relações Institucionais e Alianças Estratégicas da SEIA, Diego Nogueira; o diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jamil Abdanur Júnior; o coordenador da Política Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Sedef, Felipe Braga Côrtes; a deputada estadual Cloara Pinheiro; a desembargadora do TJPR, Ana Cláudia Finger; o presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná (Cindepar) e prefeito de Prado Ferreira, Silvio Damaceno; o presidente da Agência Curitiba, Dario Paixão; o vereador de Curitiba Marcos Vieira; e demais autoridades.
Por - AEN
O Paraná conta a partir de agora com uma sobre o uso ético, transparente e eficiente de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) pela administração pública estadual.
A regulamentação foi instituída pelo , sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quarta-feira (2).
O plano lançado pelo Governo do Estado aborda temas como princípios éticos, mecanismos de transparência e diretrizes regulatórias para o uso responsável da IA, em conformidade com princípios éticos e a legislação vigente, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ele também prevê uma série de medidas para capacitação dos servidores públicos, modernização da infraestrutura, estabelecimento de parcerias estratégicas e promoção do ecossistema de inovação no Estado.
O documento estabelece os parâmetros básicos para iniciativas e ações já empreendidas pelo Governo do Estado. O objetivo é aproveitar ao máximo o potencial da IA para a melhoria dos serviços públicos, a eficiência da gestão pública e o desenvolvimento socioeconômico do Paraná, além de apontar possíveis usos futuros da tecnologia pelo executivo estadual.
Princípios como a proteção de dados, a responsabilidade no uso dos algoritmos, a equidade no desenvolvimento de soluções e a segurança cibernética também fazem parte do documento. Além disso, o plano enfatiza a necessidade de que as aplicações de IA no setor público sejam explicáveis e auditáveis, evitando vieses discriminatórios e garantindo a confiabilidade das decisões automatizadas.
O texto explora o conceito de ambiente regulatório experimental, que permitirá testar e aprimorar a aplicação da lA em um ambiente controlado. Chamado de sandbox regulatório, ele já é utilizado por outros países para testar tecnologias emergentes antes da sua implementação de forma mais ampla à população.
Outro ponto relevante é o incentivo à capacitação dos servidores públicos para lidar com tecnologias baseadas em IA. Estão previstos treinamentos e parcerias com universidades, centros de pesquisa e empresas especializadas para garantir que as equipes estejam preparadas para gerenciar e supervisionar o uso da IA levando em conta os riscos e oportunidades associados à tecnologia.
Além disso, o plano reforça a importância do cumprimento das normas nacionais e internacionais de proteção de dados, especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando o uso indevido de informações pessoais dos cidadãos paranaenses.
SOLUÇÕES EM ANDAMENTO – Um dos objetivos do Plano de Diretrizes de Inteligência Artificial na Administração Pública é estimular a expansão do uso da IA por meio do aprofundamento das parcerias com o setor privado, universidades e a disseminação da cultura de inovação em todo o governo.
Entre os exemplos de ações em andamento, estão parcerias firmadas com a Google para a oferta de 30 serviços digitais até o fim de 2025, dos quais seis já estão disponíveis à população. Entre eles, estão plataformas para melhorar a capacidade de leitura de crianças do ensino fundamental e aprimorar as habilidades de escrita com correções automáticas para estudantes do ensino médio.
Atualmente, mais de 500 mil estudantes paranaenses da rede estadual de ensino já utilizam diferentes ferramentas com esta tecnologia em sala de aula para facilitar o processo de aprendizagem. As ferramentas de IA estão presentes no ensino de disciplinas como matemática, inglês e redação.
Em outra frente, estão soluções focadas em melhorias de serviços públicos. É o caso, por exemplo, da biometria facial automática do Detran-PR para a atualização da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e da prova de vida digital disponível a aposentados e pensionistas da Paranaprevidência.
Por - AEN
Abril é dedicado à causa da pessoa autista e tem um significado especial no Paraná. O Estado é um dos pioneiros na elaboração e emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea).
No total, são 36.081 pessoas atendidas desde 2020 e há um crescimento acentuado nos últimos anos. Da implementação até 2022 foram emitidas 5.383 carteirinhas. Entre 2023 e fevereiro de 2025 foram mais 30.698 unidades, um aumento de 470%. O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado neste 2 de abril.
Os números são resultados de ações desenvolvidas pela da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), responsável pela Política da Garantia de Direitos das Pessoas com Deficiência. Uma das explicações para o crescimento é um mutirão organizado pela Sedef em todo o Paraná para divulgar o auxílio. Somente em abril de 2024, quando o mutirão ocorreu pela primeira vez, foram confeccionados mais de 5 mil documentos em todo o Estado. Neste ano, de janeiro até agora, 3.964 pessoas receberam a carteirinha.
Para continuar garantindo o acesso de mais pessoas ao documento, o Paraná já iniciou neste mês um mutirão com as organizações sociais e escritórios regionais da Secretaria para ampliar o benefício. A Ciptea garante direitos às pessoas autistas e suas famílias, como o atendimento prioritário em espaços públicos e privados, oferecendo identificação das pessoas com transtorno do espectro autista.
“Além de todas essas funções, o documento é essencial para a coleta de dados e informações sobre a área. Sem números específicos, a elaboração de políticas públicas fica comprometida”, disse o secretário da pasta, Rogério Carboni.
A emissão do documento é feita 100% online, oferecendo mais comodidade e segurança para a pessoa autista e seus familiares. Neste ano, os mutirões ocorrerão em organizações da sociedade civil organizada. O objetivo é fazer levantamentos de quantas pessoas que pertencem àquela instituição não possuem carteirinha. Serão mais de 460 instituições consultadas em todo o Estado.
Para a confecção, são solicitados alguns exames, como tipagem sanguínea, e documentos, como laudo com relatório, documentos pessoais do autista e familiares. No site www.carteiradoautista.pr.gov.br estão todas as orientações para fazer a carteirinha.
Documentos necessários para a solicitação da Carteira do Autista:
- RG, CPF do autista.
- RG, CPF do responsável.
- Fotografia do autista digitalizada, a mais recente possível. Serão aceitas apenas fotos nas proporções usadas para documentos e com boa resolução para impressão.
- Laudo médico digitalizado, que deve conter os dados do paciente, a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e assinatura e carimbo de identificação com CRM do médico responsável;
- Exame de Tipo Sanguíneo digitalizado.
REFORÇO – Para reforçar a conscientização e o apoio à causa, o Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado, permanecerá iluminado de azul durante todo o mês. O Abril Azul surgiu em 2008, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Nesse caso, a cor auxilia em situações em que a criança, por exemplo, apresenta uma sobrecarga sensorial.
Por - AEN
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se manifesta de forma única em cada indivíduo, afetando principalmente a comunicação, a interação social e o comportamento.
Neste 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) destaca as políticas públicas voltadas para garantir diagnóstico precoce, tratamento e inclusão de pessoas com TEA no Sistema Único de Saúde (SUS).
"O autismo não é uma doença, mas uma forma diferente de perceber e interagir com o mundo. Por isso, é essencial oferecer suporte desde a infância, com profissionais capacitados e uma rede de apoio integrada", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Desde 2018, a Sesa vem estruturando a rede de cuidado para pessoas com TEA, investindo na capacitação de profissionais, na elaboração de protocolos e na ampliação de serviços especializados.
Uma das principais iniciativas foi a implementação da Capacitação Multiprofissional em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), desenvolvida em parceria com o The Scott Center for Autism Treatment, do Florida Institute of Technology, nos Estados Unidos, impactando ainda mais na melhora da qualidade de vida e possibilidade de desenvolvimento da autonomia das pessoas
Além da formação para profissionais de saúde, a Sesa disponibilizou em 2021 um curso específico para pais, cuidadores e educadores que já conta com mais de 67 mil inscritos. O material aborda estratégias da ABA para o desenvolvimento de crianças e adolescentes com TEA. Em 2023, a secretaria também promoveu uma série de lives técnicas sobre o tema, disponíveis no canal da Escola de Saúde Pública no YouTube, com conteúdos que vão desde avaliação diagnóstica até intervenções terapêuticas.
Em relação à assistência em saúde, a Secretaria também efetivou a publicação do Protocolo de Avaliação e Atendimento à Pessoa com TEA, documento que padroniza o fluxo de cuidado nos municípios, promovendo o acesso a cuidados de maneira humanizada e adequada ao cidadão.
Paralelamente, a rede de serviços especializados foi ampliada e hoje conta com 237 estabelecimentos credenciados em todo o Estado, incluindo parcerias com as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Com isso, foi possível disponibilizar mais de 2,1 milhões de atendimentos a pessoas com TEA, somente em 2024.
"Nosso compromisso é garantir que as pessoas com TEA tenham acesso a um atendimento digno e qualificado, desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo. Estamos construindo uma rede que acolha essas pessoas em todas as fases da vida, promovendo inclusão e qualidade de vida para elas e suas famílias", avaliou.
TEA – Os sintomas mais comuns são dificuldades de comunicação, das interações sociais e comportamentos repetitivos. O diagnóstico é feito com frequência por volta de três anos, com maior prevalência no sexo masculino. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo afeta uma em cada 100 crianças.
DIREITOS – As ações realizadas pela Saúde seguem em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e com a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo. Para mais informações acesse AQUI.
Por - AEN











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