Escolas públicas estaduais e municipais poderão participar do edital aberto pela Copel para o financiamento de projetos que tornarão o consumo de energia mais eficiente nas instalações das unidades de ensino, por meio da troca de equipamentos elétricos antigos e da instalação de geração solar.
A chamada foi publicada pelo Programa de Eficiência Energética da empresa, regulado pela Aneel, e prevê a elaboração dos projetos e o custeio integral de sua execução pela Copel.
O objetivo é promover a sustentabilidade com o combate ao desperdício de energia elétrica e ainda contribuir com a melhoria da infraestrutura nas escolas. As inscrições vão até o início de março, e podem ser feitas por instituições de ensino infantil, fundamental, médio e educação profissional e de jovens adultos.
A partir da documentação entregue, a seleção das escolas a serem contempladas ocorrerá com base em critérios técnicos e socioeconômicos, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e proporção de alunos em relação à população do município.
Também será levado em consideração o consumo de energia da unidade e as condições físicas para instalação de geração fotovoltaica. Estima-se que serão selecionadas em torno de 50 escolas municipais e 50 estaduais para as fases seguintes do edital.
A execução dos projetos é prevista para ocorrer ao longo dos anos de 2025 e 2026, com recursos a fundo perdido e execução por conta da Copel. A inscrição com submissão de documentos está aberta até 7 de março, e deve ser feita pelo site da empresa.
OUTROS PROJETOS - A Copel é signatária do Pacto Global da ONU e está formalmente engajada no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que estabelecem metas a serem alcançadas até 2030 para melhorar a vida das pessoas e promover o cuidado com o meio ambiente. Há pouco mais de um ano, a empresa incluiu o ODS 4 – Educação de Qualidade, entre seus objetivos prioritários.
Entre as ações realizadas pela Companhia ao longo de 2023 nesse segmento, estão o lançamento do programa de bolsas para o ensino superior em Engenharia Elétrica, o Aluno Energia, que já está beneficiando 15 estudantes de Curitiba.
Outra iniciativa com foco na melhoria do ensino e abertura de oportunidades para estudantes universitários é o Hackathon Copel, que contou com mais de 200 participantes de todo o Paraná em sua segunda edição, realizada em outubro.
A parceria com os cursos se estende ao longo do ano, por meio de coorientações ofertadas pela empresa, por meio de seus especialistas, a trabalhos de conclusão de curso, pelo programa Sinergia.
A educação básica também recebe a atenção da Copel, que há várias décadas leva informações sobre o uso consciente e seguro da energia elétrica às escolas, através do Programa Iluminando Gerações. No último ano, 77 mil crianças participaram das palestras, teatro e eventos promovidos.
Além disso, voluntários da Companhia atuam em 50 instituições de ensino infantil, escolas e instituições do terceiro setor dedicadas à educação, cadastradas na Chamada Pública de Voluntariado do Programa EletriCidadania.
CHAMADA AMPLA - Órgãos do poder público e municípios que queiram tornar mais eficiente sua iluminação pública e, ainda, prestadores de serviços públicos e propriedades rurais, áreas comuns de condomínios, clientes comerciais e industriais, podem inscrever-se na Chamada Pública PEE COPEL 008/2023.
O edital selecionará projetos voltados à troca de equipamentos com vistas à economia de energia, com submissões abertas até 21 de março de 2024, também pelo site.
Ao todo, são R$35 milhões disponíveis para a troca de lâmpadas, eletrodomésticos, maquinário industrial e outros equipamentos movidos a eletricidade, desde que eles substituam similares antigos trazendo ganhos de eficiência no consumo da energia elétrica.
Esgotadas as possibilidades de tornar o consumo mais eficiente, também poderão ser inscritos na chamada projetos de instalação de sistemas solares para geração própria. Os recursos são do Programa de Eficiência Energética regulado pela Aneel.
Por - AEN
Kauane, Jaques, Edisséia e Mário, todos moradores do bairro Boqueirão, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), têm um sonho em comum a se realizar em breve.
Os filhos deles, assim como de outros milhares de paranaenses em 106 municípios de todas as regiões do Estado, serão beneficiados por escolas municipais construídas, reformadas e equipadas pelo Governo do Estado. O investimento desde 2019 foi de R$ 149.839.540,42.
O montante corresponde ao total aplicado via Programa de Transferência Voluntária, cujos valores são transferidos aos caixas municipais, e via Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), em contratações de crédito, pela Secretaria das Cidades (Secid).
Matricular um filho em uma escola com estrutura diferenciada pode ter muitos significados. Kauane Antunes aguarda com ansiedade a conclusão da obra da CMEI Professora Maria de Lourdes da Silva Chagas, construído com o investimento de R$ 5.095.505,69 (SFM). A futura unidade, que tem inauguração prevista para o segundo semestre de 2024, terá 12 salas de aula, refeitório, espaços para convivência, espaços administrativos e sanitários, distribuídos em um projeto arquitetônico exclusivo desenvolvido pela Prefeitura de Araucária.
Para Kauane, 16 anos, solteira, desempregada e mãe de Lorena Emanuele, de dois anos, a vaga a apenas meia quadra de casa representa o início, para a filha, de uma trajetória em busca do conhecimento. “O meu sonho é que ela tenha uma vida boa, que seja feliz, com bom aprendizado e consiga uma boa colocação profissional”, disse.
Já Mario Bussolin não vê a hora de iniciarem as aulas na Escola Municipal Professora Egipciana Carrano. A unidade também terá 12 salas de aula, laboratórios de ciências, informática, artes e matemática; sala de ballet e judô; sala multifuncional, duas salas de suporte, biblioteca, espaços de permanência cobertos e descobertos, pátio, parquinho de areia, quadra poliesportiva, refeitório, cozinha, sala dos professores, sanitários e vestiários. O investimento construção é de R$ 7.947.858,58 (SFM).
O edifício em construção substitui o antigo, pré-frabricado, que foi demolido para dar lugar à nova obra, que ficará pronta ainda no primeiro semestre do ano. Animado com a diversidade de serviços a serem oferecidos, Mário comemora, ainda, outros ganhos. “Meus filhos estudam atualmente em escolas que ficam a quatro quilômetros de casa. Todo dia, são duas viagens, para levar e trazer as crianças. Quando a escola estiver funcionando, vou ganhar tempo e economizar o dinheiro da gasolina”, comemorou.
Jaques Douglas destacou que há muito o bairro merecia obras como as do CMEI e da escola. “É fundamental para o bairro. Demorou ter uma obra grande como essas. Bom para a região e para a comunidade”, afirmou. Jaques tem dois filhos que atualmente estudam em escolas de outro bairro e que, ele espera, serão transferidos assim que as matrículas forem abertas.
Moradora do Boqueirão há dois anos, Edisséia de Fátima de Oliveira é mãe de Melissa, de nove anos. “Essa escola é muito importante. Assim que inaugurar, quero passar minha filha para cá para facilitar o acesso”, afirmou.
“O trabalho da Secretaria das Cidades é muito amplo. Muito além de obras, viabiliza oportunidades de crescimento às pessoas pela boa educação. Esses quase R$ 150 milhões autorizados são um exemplo da preocupação do Governo com a formação das nossas crianças. São escolas, creches, equipamentos para a educação, construídos ou adquiridos, em parceria com as prefeituras, para fazer a diferença na vida dos seus alunos”, acrescentou o secretário das Cidades, Eduardo Pimentel.
OBRAS NO ESTADO – As histórias do investimento na educação infantil se repetem em 106 municípios cujas prefeituras receberam o apoio do Governo do Estado. Até o momento 74 escolas municipais e uma escola profissionalizante foram entregues.
Foram atendidos os municípios de Agudos do Sul, Altamira do Paraná, Arapongas, Araruna, Araucária, Assaí, Assis Chateaubriand, Astorga, Bituruna, Borrazópolis, Cafeara, Cafelândia, Campo Mourão, Céu Azul, Chopinzinho, Cidade Gaúcha, Clevelândia, Contenda, Diamante do Norte, Dois Vizinhos, Douradina, Farol, Faxinal, Fazenda Rio Grande, Flor da Serra do Sul, Guamiranga, Guapirama, Guarapuava, Ibiporã, Iguaraçu, Imbaú, Itaguajé, Ivaté Jundiaí do Sul, Lupionópolis, Mallet, Miraselva, Nossa Senhora das Graças, Nova Laranjeiras, Nova Santa Bárbara, Novo Itacolomi, Palmital, Peabiru, Piên, Pinhão, Porecatu, Porto Vitória, Prado Ferreira, Rebouças, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Rio Bom, Rio Negro, Santa Tereza do Oeste, Santo Inácio, São José dos Pinhais, São Pedro do Paraná, Tupãssi e Vitorino.
Em relação aos CMEIs, as populares creches, são 30 projetos. Os recursos foram liberados para Altamira do Paraná, Alto Paraná, Arapuã, Araucária, Atalaia, Céu Azul, Chopinzinho, Cianorte, Colombo, Corbélia, Entre Rios do Oeste, Lupionópolis, Mangueirinha, Nova Santa Rosa, Nova Tebas, Novo Itacolomi, Rebouças, Santa Fé, Santa Mariana, Santa Mônica, São José da Boa Vista, São Manoel do Paraná, Sulina, Tibagi e Uraí.
De acordo com a Secretaria das Cidades, foram construídas, ainda, quatro bibliotecas nos municípios de Araruna, Prudentópolis e Quatro Barras, este com duas unidades. Outros seis municípios receberam os recursos para a aquisição de equipamentos para creches e/ou escolas: Amaporã, Borrazópolis, Brasilândia do Sul, Floraí, Guamiranga e Santa Cruz do Monte Castelo.
Outra forma do Governo do Estado apoiar os municípios é com a liberação de recursos para a reforma dos espaços educacionais. Um exemplo vem do município de Contenda, também na RMC. Lá, a prefeitura foi autoriza a aplicar R$ 232.574,43 para reformar os mais de 700 m² de área construída da Escola Municipal Vanilda Dzierwa. No local, foram feitas a troca da estrutura, das telhas de cobertura e das esquadrias da fachada principal.
Além das obras estruturais, alguns convênios preveem a aquisição de ônibus para o transporte escolar. Foram atendidos Antonina, Antônio Olinto, Araruna, Assis Chateaubriand, Bom Sucesso, Centenário do Sul, Cidade Gaúcha, Coronel Domingos Soares, Cruzmaltina, Diamante do Sul, Flórida, Godoy Moreira, Grandes Rios, Icaraíma, Iguaraçu, Ipiranga, Itaguajé, Joaquim Távora, Mandirituba, Missal Nova América da Colina, Nova Esperança, Nova Laranjeiras, Nova Tebas, Planalto, Rolândia, Santa Inês, São Jerônimo da Serra, São João do Ivaí e Tapira.
REDE ESTADUAL – Os recursos para a rede estadual vêm de outra fonte, o Fundepar. No começo do ano, o instituto liberou mais R$ 361 milhões para obras de melhorias, reformas, ampliações e construções de escolas estaduais. São nove ampliações, 67 reformas e 12 novas unidades escolares, algumas com recursos oriundos da transformação da Copel em corporação.
Entre as obras estão a ampliação do Colégio Estadual Walde Rosi Galvão, em Pinhais; a construção de Unidade Nova CE Zacarias Cardoso de Cristo, em Rio Branco do Sul; a construção da Unidade Nova Lagoinha, em Mandirituba; a reforma no Colégio Estadual de Educação Profissional Fernando Costa, em Santa Mariana; a ampliação do Colégio Estadual Jorge Schimmelpfeng, em Foz do Iguaçu; as reformas da Escola Estadual Francisco Inácio de Oliveira, em Tomazina, e Colégio Estadual José Pavan, em Jacarezinho; e a construção de uma unidade nova em Pato Branco.
Por - AEN
O Seminário sobre Mudanças Climáticas e Migrações realizado pela Zicocul (Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano), que tem como presidente o Governo do Paraná, chegou a conclusões importantes nesta semana.
O evento aconteceu em Foz do Iguaçu e atraiu delegações de Argentina, Bolívia, Paraguai e outros estados do Brasil para discutir os efeitos da mobilidade humana por fatores ambientais e climáticos no Gran Chaco Sudmericano, que compreende áreas limítrofes desses países.
Esta região fica sobre a maior floresta seca contínua do mundo, com 1,1 milhão de quilômetros quadrados, e abriga 9 milhões de pessoas, com grande diversidade cultural e biodiversidade. Também é uma das regiões mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e enfrenta hoje o aumento das temperaturas, escassez de água, inundações, desmatamento e incêndios.
A apresentação feita por técnicos do grupo que discute o tema na Zicocul apontou conclusões e recomendações sobre migrações ambientais para todas as áreas compreendidas pela região, mas que podem ser levadas a outros territórios da América do Sul.
O estudo, que teve início em maio de 2022, concluiu que é necessário passar da emergência para a prevenção e resiliência; garantir o acesso digno à água como direito humano fundamental; realizar demarcação de territórios e entrega de títulos aos povos indígenas; além de garantir uma abordagem abrangente à mobilidade humana ambiental, especialmente realocações.
Outra proposta é valorizar o papel das populações indígenas como atores estratégicos da região do Chaco, bem como dos jovens e das mulheres, promovendo intervenções integrais para a capacitação.
Entre as recomendações relativas à realidade atual, a ideia é desenvolver sistemas de alerta precoce e apoiar os existentes; criar mecanismos de monitorização e avaliação permanente das situações de risco; desenvolver um protocolo preventivo comunitário para enfrentar as ameaças climáticas e ambientais; implementar mecanismos para identificar e cuidar das pessoas afetadas pela ocorrência de eventos ambientais e climáticos, que são mobilizadas em situações de vulnerabilidade; e priorizar a preservação e geração de meios de subsistência locais.
"É um estudo de altíssima qualidade, com excelente fundamentação técnica e relatos de moradores de comunidades afetados por efeitos de mudanças climáticas na região. O grupo discutiu formas de enfrentamento e apresentou propostas. Em nome da presidência da Zicocul, nos comprometemos a levar a discussão do assunto adiante, tendo em vista tratar-se de um tema que afeta diversas localidades", afirmou o representante do Paraná no Codesul, Orlando Pessuti.
O projeto sobre migrações ambientais no Grande Chaco Americano contou com o apoio da iniciativa MiEUx (Migration EU eXpertise – Experiência em Migração da União Europeia), Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), onde ocorreu o evento, e também das secretarias de Estado de Planejamento, que exerce a Secretaria-Executiva pro tempore da Zicosul, e de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), além da Fundação Araucária, por meio do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – Napi Trinacional.
Por - AEN
Um grande passeio de bike por atrativos turísticos da região Oeste do Paraná é a proposta do 8º Circuito Regional de Cicloturismo.
Ele tem 15 etapas, cada uma realizada em uma cidade que faz parte da Adetur Cataratas e Caminhos, Instância de Governança Regional (IGR) cujas atividades têm apoio da Secretaria do Turismo do Paraná. A última edição do evento reuniu mais de oito mil participantes.
A primeira etapa acontece no dia 17 de março em Marechal Cândido Rondon com percursos de 30 e 40 km em estradas de chão, pedra irregular e asfalto. As inscrições estão abertas no site www.adeturcataratasecaminhos.org.br/cicloturismo. Os participantes receberão café da manhã, frutas e água antes e durante o percurso, que também tem carro de apoio. A largada acontece no Centro de Eventos Werner Wanderer às 8 horas. A orientação é que os participantes cheguem ao local a partir das 06h30.
As outras etapas acontecerão nos municípios de Mercedes, Pato Bragado, Medianeira, Foz do Iguaçu, Guaíra, Céu Azul, Entre Rios do Oeste, Matelândia, Santa Helena, Terra Roxa, Itaipulândia, Missal, Serranópolis do Iguaçu e Santa Terezinha do Itaipu. Cada município é responsável por preparar o trajeto e organizar as rotas por onde os participantes devem passar. A programação completa dos trajetos pode ser consultada AQUI.
A 8ª edição, que tem programação até outubro do ano que vem, é chamada de Caminhos do Iguaçu porque os participantes passam pelo local onde está sendo desenvolvido um projeto de trilhas para interligar o Parque Nacional do Iguaçu (em Foz do Iguaçu) ao Parque Nacional de Ilha Grande (em Guaíra).
“Os ciclistas viverão uma imersão de experiências na nossa região, passando pelos principais atrativos, empreendimentos turísticos, priorizando áreas naturais e rurais. Cada município lançará sua ciclorrota, com a sinalização permanente, oportunizando que o ciclista retorne a esse roteiro”, destaca a coordenadora técnica da Adetur Cataratas e Caminhos, Sara Fernanda de Moraes.
O evento é promovido pela Adetur Cataratas e Caminhos, com apoio da Secretaria do Turismo e das prefeituras por onde passa o percurso. Essa edição também conta com o apoio da Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu, Cresol Conexão, Calé Bike Shop, Pet Bike Shop, HDC Bike Shop e Proativa Sport Clothing.
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná prendeu 17 pessoas por tráfico de drogas durante uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (29) em Coronel Vivida, no Sudoeste do Estado.
A ação contou com o apoio do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) e da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC). A ação busca desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas.
Cerca de 140 policiais civis participam da ação para cumprir 48 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e prisão temporária. A operação também contou com o apoio de cães policiais da PCPR e PCSC e um helicóptero da PCPR.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos, em três locais distintos, mais de três quilos de maconha, o que resultou em quatro prisões em flagrante por tráfico de drogas.
O delegado Romulo Contin conta que havia uma hierarquia entre os membros e uma divisão de tarefas. A operação buscou desarticular a estrutura de ponta a ponta. “Algumas pessoas trabalhavam como gerentes nas biqueiras, outros atuavam no transporte da droga e havia até os que guardavam os entorpecentes. Essa organização era comandada por dois homens e se ramificava por diversos bairros do município”, afirma.
As investigações foram iniciadas em novembro de 2023, após um casal ser preso por extorsão. As diligências seguem a fim de localizar e prender outros envolvidos.
por - AEN
Com o avanço da colheita, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), atualizou os dados sobre as perdas na safra paranaense de verão 2023/2024 em decorrência do clima.
Segundo a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quinta-feira (29), o Estado deve colher 21,12 milhões de toneladas de grãos em uma área de 6,2 milhões de hectares. No relatório de janeiro, estimava-se um volume de 22,1 milhões de toneladas.
A expectativa divulgada pelos técnicos corresponde a uma redução de 17% com relação às 25,5 milhões de toneladas esperadas no começo do ciclo e, se confirmada, representa um volume 21% menor comparativamente ao colhido na safra de verão 2022/2023, de 26,67 milhões de toneladas.
Segundo o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a quebra se deve principalmente às condições climáticas enfrentadas pelos agricultores. “Tivemos calor intenso, poucas chuvas e mal distribuídas no Paraná, em especial a partir da segunda quinzena de dezembro. É um ano bastante desafiador”, diz. No fim de março, uma nova estimativa deve trazer dados mais refinados sobre as perdas.
Para a soja, estima-se uma produção de 18,23 milhões de toneladas, 16,4% menor do que a estimativa inicial, de 21,8 milhões. A primeira safra de milho deve gerar 2,59 milhões de toneladas, 12,6% abaixo do esperado no começo do ciclo (2,9 milhões); e 167,2 mil toneladas de feijão devem ser colhidas na primeira safra, quebra de 23% sobre a estimativa inicial, de 216 mil toneladas. Segundo os técnicos do Deral, os preços também estão em queda nas três principais culturas neste período.
SOJA – Foram colhidos 52% dos 5,8 milhões de hectares de soja plantados. O relatório do Deral estima a produção em 18,2 milhões de toneladas, uma redução em torno de um milhão de toneladas em relação aos dados de janeiro. A perda no campo, até este momento, é estimada em 3,6 milhões de toneladas ou 16,4% para esta safra.
“Inicialmente, em condições normais, era esperada uma produção de 21,8 milhões de toneladas. Contudo, o clima adverso, especialmente o calor intenso e a estiagem, reduziram a produção no campo”, explica o analista do Deral Edmar Gervásio. Nesta semana, 61% das lavouras estão em boas condições, 32% em condições medianas e 7% em condições ruins.
MILHO – O plantio do milho segunda safra avançou pelo Estado. Até esta semana, já foram plantados 66% dos 2,4 milhões de hectares previstos para esta safra. Essa área teve um leve aumento desde janeiro e, com isso, a produção pode ser 3% maior do que no ciclo 22/23, somando aproximadamente 14,6 milhões de toneladas. As lavouras já plantadas têm condição boa para 94% da área e apenas 6% têm condição mediana.
Já a colheita da primeira safra de milho chegou a 65% dos 296 mil hectares plantados. “A produção atualizada é de 2,59 milhões de toneladas, 373 mil toneladas a menos do que a expectativa inicial, resultando numa perda no campo de 12,6%”, explica Edmar Gervásio.
FEIJÃO – Segundo os técnicos do Deral, muitos produtores que tiveram problemas com a soja nesta safra optaram pelo plantio de feijão na segunda safra, também devido aos bons preços. Com isso, houve um aumento de área de 18% em relação à safra 2022/2023. Estima-se a produção de 691 mil toneladas em 347,7 mil hectares. Se o clima colaborar, esse volume pode ser 44% superior ao da safra anterior, quando foram colhidas 480,5 mil toneladas. Cerca de 97% das lavouras estão em boas condições, e 3% em condições médias.
BOLETIM – Além de mais informações sobre a safra de grãos, o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 23 a 29 de fevereiro elaborado pelo Deral, apresenta dados sobre o preço de pescados, um prato cujo consumo cresce no período da quaresma. A pesquisa de preços no varejo realizada pelo Deral apontou que o quilo do filé de tilápia estava sendo comercializado em fev/24 por R$ 52,16, alta de 3% quando comparado ao mesmo período de 2023. Entretanto, quando comparado aos preços de jan/24, há uma queda de 4,5% no preço.
Também há análises a respeito do preço da carne bovina e do custo médio de produção de suínos no Paraná, e ponderações sobre a exportação de mel em 2023. De acordo com dados fornecidos pelo Agrostat Brasil, durante o período de janeiro a dezembro de 2023, as exportações nacionais de mel "in natura" alcançaram 28.555 toneladas. Embora esse volume represente uma redução de 22,7% em comparação com o mesmo período de 2022, no qual foram exportadas 36.886 toneladas, o setor manteve sua presença marcante no cenário global.
No cenário estadual, o Paraná encerrou o ano de 2023 como o quarto maior exportador de mel natural, registrando uma receita cambial de US$ 7,284 milhões, um volume de 2.626 toneladas e um preço médio de US$ 2,77 por quilo. Em comparação com o ano anterior, houve uma diminuição no volume exportado (4.466 toneladas) e na receita (US$ 16,799 milhões), com um preço médio anterior de US$ 3,76 por quilo.
Por - AEN