Censo: Paraná registra 2º maior crescimento do Brasil em matrículas para ensino integral

A rede estadual de ensino do Paraná registrou o segundo maior crescimento do Brasil no número de matrículas para ensino integral, de acordo com o Censo Escolar de 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quarta-feira (9). Com 33.027 a mais do que em 2023, a rede estadual paranaense chegou a 98.297 inscrições em vagas integrais.

O índice só é inferior ao registrado pela rede estadual do Pará, que teve um crescimento de 35.480 matrículas nesta modalidade. Na sequência estão Bahia (32.757), Ceará (20.937) e Pernambuco (18.289). Em todo Brasil, foram 207.620 novas matrículas em escolas estaduais integrais.

Proporcionalmente, o número de matrículas no Paraná cresceu 50,6% entre 2023 e 2024, mais do que cinco vezes acima do crescimento médio das redes estaduais de todo o Brasil, que foi de 8,91%.

A proporção de alunos em tempo integral matriculados na rede pública paranaense também avançou consideravelmente no período. Nos anos finais do ensino fundamental público, a proporção de alunos de ensino integral aumentou de 8,4% para 12,5%. No ensino médio público, a proporção de alunos na educação integral em relação ao total cresceu de 6,9% para 10%.

O crescimento é resultado do Programa Paraná Integral, que fez saltar o número de escolas com ensino integral no Estado de 253 em 2023 para os atuais 412 colégios. Essa expansão tem significado um impacto positivo no aprendizado dos estudantes, com notas do Ideb superiores à média. Considerando apenas as escolas integrais, o Paraná atingiu a nota de 5,2 para as escolas do Ensino Médio, frente a uma média brasileira de 4,7, e de 5,5 no Ensino Fundamental, diante da média brasileira de 5,4.

MATRÍCULAS EM ALTA – O Censo Escolar apontou ainda que a rede estadual de ensino paranaense teve 912.166 matrículas em 2024. É o terceiro maior contingente de todo o Brasil, atrás apenas de São Paulo (3.584.373) e Minas Gerais (1.609.076). Mesmo tendo populações maiores que a do Paraná, Rio de Janeiro e Bahia têm menos alunos matriculados nas suas redes estaduais de ensino, com 666.232 e 686.140, respectivamente.

Ao todo, a rede estadual de ensino do Paraná chegou a 349.256 alunos matriculados no ensino médio e 505.294 nos anos finais do ensino fundamental.

Na comparação com 2023, o Paraná foi um dos 11 estados brasileiros que registraram crescimento no número de matrículas nas redes estaduais. Foram 18.509 novas matrículas ao todo, o terceiro maior crescimento do Brasil, atrás apenas de Goiás (75.871) e Pará (23.472). A alta paranaense foi de 2%. Em todo o Brasil, houve queda no número de matrículas nas redes estaduais de 0,1%.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Os dados do MEC também mostram um avanço nas matrículas do ensino profissionalizante no Paraná. O número de alunos matriculados neste modelo na rede estadual aumentou de 82.860 em 2023 para 106.832 em 2024, um crescimento de 23.972 novas matrículas, que representa uma alta de 28%.

Os números fazem do Paraná o quarto estado com maior proporção de matrículas de programas profissionais em relação ao total de matriculados no ensino médio. Ao todo, 28,5% dos alunos de ensino médio da rede pública estão em escolar técnicas. A proporção é quase o dobro da média brasileira, que é de 15,4%.

Para 2025, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-PR) firmaram uma parceria que trouxe um novo aumento expressivo na oferta de cursos técnicos integrados ao ensino médio. Serão disponibilizadas 5.950 vagas, um crescimento de 138% em relação às 2.500 vagas ofertadas em 2024.

Os cursos abrangem áreas como eletromecânica, automação industrial, mecatrônica e biotecnologia. Eles têm duração de três anos e são integrados à carga horária regular do ensino médio. Além disso, os estudantes contam com transporte e alimentação durante as aulas práticas. A matrícula para os interessados deve ser feita até 13 de janeiro, nas escolas participantes.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 PCPR e PMPR prendem 12 pessoas em operação contra o tráfico de drogas no Sudoeste

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em conjunto com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), prendeu 12 pessoas durante uma operação integrada deflagrada em combate ao tráfico de drogas.

A ação aconteceu nesta quarta-feira (9), nos municípios de Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques e Francisco Beltrão, na região Sudoeste do Estado.

Os presos têm ligação com o tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo e munições. Outras sete pessoas foram conduzidas para lavratura de termos circunstanciados por posse de droga para consumo pessoal.

Mais de 200 policiais, entre civis e militares, e mais de 50 viaturas de todas as regiões do Estado do Paraná participaram simultaneamente da operação, que tinha como objetivo o cumprimento 54 mandados de busca e apreensão domiciliar contra 49 investigados por comércio ilegal de drogas. A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) também prestou apoio operacional durante o cumprimentos dos mandados.

Conforme o delegado Rafael Moraes, ao todo foram apreendidos 548 comprimidos de ecstasy, 257 gramas de maconha, 15 pedras de crack, 38 gramas de cocaína, 92 gramas de dry, 10 cigarros eletrônicos, cinco balanças de precisão, sete armas de fogo, 551 munições de diversos calibres e dois simulacros de armas de fogo.

“As investigações revelaram que os alvos da operação estariam comercializando drogas nas quatro cidades. Consta ainda que a maior parte dos alvos integravam grupos de venda dos ilícitos mantidos em redes sociais e aplicativos de mensagens e que os fornecedores principais estariam na cidade de Francisco Beltrão", explica.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com avanços no saneamento, mortalidade infantil cai até 5,9% no Paraná, aponta estudo

O aumento da cobertura dos serviços de abastecimento com água tratada e a coleta e tratamento de esgoto adequado contribuem para a redução das taxas de internações e mortalidade infantil. Esse é o resultado de um estudo publicado em março pelo Instituto Trata Brasil, que analisou a incidência de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) no Brasil, entre 2008 e 2024.

No Paraná, no intervalo dos anos, o número de mortes por DRSAI reduziu em 3,6% na faixa etária de 0 a 4 anos e 5,9% entre crianças de 5 a 9 anos. Entre 2008 e 2024, o serviço de coleta de esgoto prestado pela Sanepar cresceu 24 pontos percentuais, saltando de uma cobertura de 56,15% para 80,16%. A Companhia encerrou 2024 disponibilizando o atendimento com coleta de esgoto para 81,44% dos paranaenses. Na Sanepar todo o esgoto coletado é tratado e 100% da população urbana atendida pela empresa recebe água potável.

Em relação ao número de internações, houve queda de 6,9% de 0 a 4 anos e de 3,9% de 5 a 9 anos, ambos melhores do que a média nacional (5,6% e 3,2%, respectivamente). No total, os internamentos caíram 0,2% ao longo do período e o no caso do Paraná ainda pesou negativamente no quadro de saúde os casos de dengue, que totalizaram 21,9 mil internações em 2024. A taxa de incidência de internações por DRSAI no Paraná também foi menor do que a média nacional no ano passado.

Para o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, o papel da Sanepar nos indicadores de saúde é inegável. “Os estudos revelam de que os investimentos na ampliação do serviço de esgoto e na manutenção da garantia de abastecimento de água, são também investimentos em saúde e bem-estar. A cada R$ 1 investido em saneamento, economiza-se R$ 4 em saúde”, afirma.

Entre 2025 e 2029, a previsão de investimentos é de quase 12 bilhões. “Esse compromisso também está refletido no compromisso assumido com o governador Ratinho Junior de tornar o Paraná o primeiro estado brasileiro a universalizar o saneamento, levando o benefício da coleta e tratamento de esgoto para 90% dos paranaenses e mantendo 100% da população com acesso à água potável", complementa.

CENÁRIO NACIONAL – O estudo traz uma descrição dos indicadores de morbidade e mortalidade – sua distribuição regional e evolução no tempo. Ele mostra que em 2008, o Brasil se encontrava com uma alta incidência de internações por mil habitantes e nos anos que precederam 2008, o país tinha baixa cobertura de serviço de água tratada e coleta de esgoto. Conforme avançaram as coberturas dos serviços de saneamento básico, com a inclusão de parcela significativa da população, caiu o número e a taxa de internação por DRSAI.

De acordo com o Trata Brasil, os resultados também indicam que a disponibilidade de serviços de saneamento tem efeitos acumulados no tempo sobre as taxas de incidência de internações. O estudo concluiu que, por exemplo, um aumento de 10 pontos percentuais na população com acesso à coleta de esgoto, reduz em 1,6% a taxa de incidência de internação por 10 mil habitantes no mesmo ano. Quando se considera o efeito acumulado, entre 36 e 48 meses, a taxa de incidência de internação reduz em 2,8%.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Nota Paraná: perguntas e respostas para entender as fraudes cometidas por algumas entidades sociais

Na manhã desta quarta-feira (9) a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) apresentou os primeiros resultados de uma auditoria realizada no Nota Paraná.

O trabalho identificou que 616 das 1.860 entidades sociais participantes – cerca de um terço do total – cometeram algum tipo de irregularidade ao longo dos últimos anos. A Sefa também informou o bloqueio do acesso a recursos oriundos de doações de notas fiscais por essas instituições.

Algumas das irregularidades são simples, como a falta de documentos ou de informações por algumas organizações, e podem ser facilmente corrigidas, com posterior desbloqueio dos recursos. Outras, no entanto, envolvem questões mais graves, incluindo violações às regras do programa, incongruências na prestação de contas e até tentativas de fraude.

Além do combate às fraudes, a medida do Governo do Estado visa o fortalecimento do programa nos próximos anos. A ideia é garantir que os recursos das notas fiscais doadas pelos consumidores paranaenses sejam destinados apenas a organizações sérias e comprometidas com as causas sociais para as quais foram criadas.

Confira perguntas e respostas sobre o pente-fino para entender melhor o programa:

Por que a Secretaria da Fazenda decidiu realizar um pente-fino para apurar fraudes no Nota Paraná?

A Secretaria e a coordenação do programa acompanham de perto as denúncias de irregularidades envolvendo o Nota Paraná, contando principalmente com o apoio da própria sociedade, que sempre se prontificou a fiscalizar como o programa vem sendo executado ao longo desses quase 10 anos. Sempre que uma ocorrência é identificada, a entidade é bloqueada.

Inclusive, esses casos mal eram noticiados justamente por serem considerados episódios isolados e cuja divulgação poderia prejudicar as organizações idôneas ao criar uma espécie de desconfiança na população.

Contudo, a pasta notou um aumento no número de denúncias relacionadas a tentativas de fraude, o que motivou a realização de um olhar mais minucioso para como o recurso era aplicado pelas entidades. Assim, essa operação mais incisiva vem também para mostrar que o Estado está de olho em quem viola as regras do programa, além de trazer mais transparência e justiça.

Quais foram as irregularidades identificadas?

Todos os dias o Nota Paraná recebe denúncias sobre irregularidades praticadas pelas instituições com os seguintes teores:

- Furtos de notas fiscais

- Recebimentos de arquivos de notas fiscais por e-mail

- Esquema com contadores

- Entrega de bobinas para impressão de notas fiscais

- Uso de recursos para uso pessoal

- Recursos não aplicados na entidade

- Entidades beneficiadas por fornecedores de notas fiscais

- Contratação de captadores de recursos com valores da Nota Paraná

-Urnas no comércio sem identificação

- Prestação de contas mediante recibos, sem emissão da nota fiscal

Todas essas práticas são proibidas pelo regulamento do Nota Paraná, pois tornam a distribuição dos créditos desequilibrada e até injusta. Irregularidades como recebimentos de arquivos de notas fiscais por e-mail, esquemas com contadores e entrega de bobinas para impressão de notas fiscais, por exemplo, se configuram como grandes esquemas que beneficiam apenas as entidades que já possuem muito dinheiro, fazendo com que instituições menores não recebam quase nada.

O mesmo acontece com a contratação de captadores com recursos do próprio programa: os infratores usam os valores que deveriam ser aplicados em ações sociais para otimizar seus ganhos, deixando outros grupos em uma clara desvantagem.

Isso sem falar dos roubos de urnas e notas fiscais, em que essa atitude desleal é ainda mais evidente. Além disso, notificamos uma entidade de cultura que se passava por ONG de proteção animal para conseguir angariar mais doações.

A Secretaria também identificou alguns casos mais graves. Em um deles, uma grande rede de postos criou uma entidade e repassava todas as notas fiscais geradas em seus estabelecimentos para a instituição. Com isso, recebeu mais de R$ 2,3 milhões em pouco mais de três anos.

Uma outra organização de defesa animal havia encerrado suas atividades em 2022, mas só informou o programa sobre isso em 2024. Com isso, ela recebeu R$ 460 mil indevidamente. Em janeiro de 2025, tentou reativar o CNPJ para resgatar mais créditos. 

Quais são as entidades irregulares?

A Secretaria da Fazenda e o Nota Paraná não divulgam os nomes das entidades por uma questão de sigilo dos dados. Contudo, é possível destacar que um terço das instituições cadastradas estão bloqueadas por algum tipo de irregularidade, seja cadastral ou por violar as regras do programa. Das 1.860 instituições participantes, 616 estão impossibilitadas de acessar os créditos gerados mensalmente. Organizações de assistência social (51,14%) e de atividades desportivas (25,81%) lideram o ranking.

Quais são as denúncias feitas ao MPPR?

A Secretaria da Fazenda encaminhou duas denúncias ao Ministério Público envolvendo irregularidades em instituições. Em uma delas, o proprietário de uma grande rede de postos de combustível em Curitiba criou uma entidade social e repassava, por meio de seu contador, todas as notas fiscais emitidas no estabelecimento como doação — um esquema que resultou na devolução de quase R$ 1,5 milhão em créditos de ICMS.

Outro caso repassado ao MPPR é o de uma entidade de Toledo, na região Oeste, que subornava o comércio local com presentes (chocolates, pizzas e bobinas térmicas, por exemplo) para garantir que as notas fiscais desses locais fossem encaminhadas para ela.

Elas se juntam a outras denúncias que já haviam sido encaminhadas pela Secretaria e pela coordenação do Nota Paraná.NOTA PARANÁ - PENTE FINO

Foto: Geraldo Bubniak/AEN


O que acontece quando uma entidade é bloqueada?

Quando uma entidade é bloqueada, fica impossibilitada de acessar os créditos gerados pelo Nota Paraná. Em um primeiro momento, o bloqueio pode acontecer por segurança — ou seja, quando a coordenação do programa identifica algo suspeito na prestação de contas ou mesmo na atividade da instituição. A partir disso, é solicitada uma explicação sobre o assunto

 A partir disso, a coordenação do programa pede mais esclarecimentos e analisa se a justificativa procede. Em caso positivo, o crédito é liberado. Por outro lado, caso sejam confirmadas as irregularidades, a instituição é excluída do programa e pode até mesmo ser denunciada junto ao Ministério Público.

Quais medidas serão tomadas a seguir?

A Secretaria da Fazenda anunciou algumas mudanças no Nota Paraná para coibir essas ações irregulares e tornar a distribuição de créditos mais justa entre as entidades participantes. Entre elas está a criação de um limite de notas fiscais que podem ser inseridas por uma instituição social. Com isso, o programa visa coibir tanto o roubo de urnas como o próprio encaminhamento de planilhas, como nos casos denunciados.

Esses ajustes, inclusive, são recorrentes ao longo dos quase 10 anos do programa. Em 2019, foi limitado a 40% o crédito a ser atribuído a um mesmo consumidor ou entidade. Em 2020, o programa implantou o conceito de Região Fiscal, que impede o cálculo do crédito a notas emitidas por fornecedor localizado em região fiscal distinta da entidade. As notas fiscais duplicadas também foram barradas.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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