O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) realiza ensaios que analisam os níveis de resíduos de agrotóxicos em alimentos, contribuindo para a segurança alimentar e evitando possíveis danos à saúde da população.
Ele é credenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para avaliar também a qualidade de fertilizantes em produtos agrícolas no território nacional.
Seus laboratórios possuem reconhecimento internacional e acreditação pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro sob o número CR 0244. Para garantir a precisão das análises, possuem equipamentos de ponta e técnicos especializados que seguem métodos reconhecidos internacionalmente e que atendem as normas do Mapa e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a Anvisa, 25% dos alimentos de origem vegetal consumidos no Brasil têm resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou sem autorização.
Os agrotóxicos ou agroquímicos são produtos utilizados em grande parte da produção convencional de alimentos no Brasil, para eliminar a proliferação de pragas ou plantas daninhas nas plantações. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), até 40% das colheitas de alimentos são perdidas por pragas e doenças de plantas, todos os anos.
Quando utilizados de maneira correta, os agroquímicos combatem doenças associadas ao cultivo de determinados produtos e ajudam no aumento da produtividade da lavoura. Mas, se usados de forma indiscriminada, estes produtos podem trazer danos para a saúde do consumidor e provocar danos ambientais, como contaminação do solo e dos recursos hídricos.
O Tecpar trabalha em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em diversas ações que visam o controle e monitoramento no uso de agrotóxicos no Estado, a fim de evitar esses danos. Uma delas é a avaliação contínua dos resíduos de agrotóxicos nos alimentos produzidos no Paraná.
“A Anvisa estabelece que os alimentos devem apresentar níveis de defensivos agrícolas dentro dos Limites Máximos de Resíduos (LMR), que é o limite aceitável de resíduo. Atualmente, os laboratórios do instituto são capazes de identificar mais de 700 princípios ativos de agrotóxicos em produtos agrícolas”, destaca a gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar, Daniele Adão.
Até setembro de 2024, o Instituto realizou 133 análises laboratoriais em 39 amostras de produtos agrícolas, das quais 78% atenderam os limites máximos de resíduos estabelecidos pela Anvisa. Entre os alimentos analisados estão tomate, feijão, alface, morango, laranja, soja, uva, pimentão e maçã.
AGROQUÍMICOS – Outra ação realizada em parceria com a Adapar é a avaliação de fertilizantes, corretivos agrícolas, inoculantes, substratos e outros insumos utilizados para a adubação do solo. Nos laboratórios do Tecpar são realizados ensaios físicos, químicos e biológicos, para verificar a conformidade desses produtos com as normas e legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo Daniele, esses produtos são essenciais para nutrir plantas e vegetais, porém é preciso analisar se a sua composição e qualidade estão em conformidade com a legislação. “As análises identificam a quantidade de nutrientes e metais contaminantes em produtos fiscalizados ou apreendidos pela Adapar, e também detectam o uso irregular de formulações em fertilizantes”, explica.
O Tecpar realiza, ainda, ensaios que avaliam a conformidade de inoculantes ou biofertilizantes, à base de bactérias Rhizobium e Bradyrhizobium. O inoculante é um produto que contém grande quantidade de bactérias benéficas para o desenvolvimento das plantas.
Por - AEN
O Paraná registrou o menor número de roubos nos primeiros oito meses de 2024 dos últimos 17 anos para o período.
Dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), indicam redução de 66,7% na comparação com o mesmo recorte de 2007 e de 24% quando confrontados os dados de 2024 com os de 2023. O número de furtos também teve queda.
Foram 12.337 casos de roubos registrados de janeiro a agosto deste ano, contra 37.066 ocorridos no mesmo período de 2007, ano em que os números passaram a ser contabilizados com a implementação do Boletim de Ocorrências Unificado (BOU). Já em 2023, no mesmo período, foram 16.297 registros.
Para o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, a redução nos índices de crimes contra o patrimônio é reflexo dos grandes investimentos do Estado na área e de uma presença cada vez maior das forças policiais nas ruas. “Isso é fruto de todo o investimento que o Governo do Estado tem feito, somada à ação eficaz e comprometida das polícias, possibilitando que chegássemos nesse resultado, o menor índice de roubo dos últimos 17 anos”, afirma.
De 2007 a 2018, a média de ocorrências de roubo no Paraná foi de 47 mil, com o pico registrado em 2016, quando 59.138 crimes do tipo ocorreram em todo o Estado. Se comparado o número daquele ano com o de 2024, a redução é ainda mais significativa, de 79%.
A partir de 2019, o número de roubos caiu significativamente, saindo de 41.524, para 33.704, redução de quase 19% de um ano para o outro. Em 2020, houve 23.685 ocorrências, que representou queda ainda mais expressiva, de 30% em relação ao ano anterior. Já 2021, com 17.954 registros, houve queda de 24% em relação a 2020. E em 2022 uma redução de 5% em relação a 2021.
Dos 399 municípios paranaenses, 77 não registraram crimes de roubo nos primeiros oito meses de 2024 (19% do Estado). São eles: Adrianópolis, Altamira do Paraná, Anahy, Ângulo, Arapuã, Atalaia, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu, Boa Ventura de São Roque, Bom Sucesso do Sul, Braganey, Brasilândia do Sul, Cafeara, Campo Bonito, Cruzeiro do Iguaçu, Cruzeiro do Sul, Cruzmaltina, Diamante d'Oeste, Doutor Camargo, Enéas Marques, Esperança Nova, Espigão Alto do Iguaçu, Flórida, Foz do Jordão, Godoy Moreira, Grandes Rios, Guapirama, Guaraci, Honório Serpa, Ibema, Iguatu, Ivatuba, Japira, Leópolis, Lobato, Mariópolis, Marquinho, Mato Rico, Mercedes, Mirador, Miraselva, Nova Aliança do Ivaí, Nova América da Colina, Nova Tebas, Novo Itacolomi, Paranapoema, Piên, Pinhal de São Bento, Pitangueiras, Porto Barreiro, Pranchita, Quatro Pontes, Rancho Alegre, Reserva do Iguaçu, Rosário do Ivaí, Salgado Filho, Salto do Itararé, Salto do Lontra, Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Inês, Santa Lúcia, Santa Mônica, Santana do Itararé, Santo Antônio do Caiuá, São Jerônimo da Serra, São José da Boa Vista, São Manoel do Paraná, Sapopema, Sulina, Tomazina, Tunas do Paraná, Tupãssi, Turvo, Uniflor e Verê.
Outros 224 municípios registraram 10 casos ou menos nesse período, sendo que 58 deles tiveram apenas uma ocorrência de roubo. Outras 50 cidades tiveram apenas dois casos; 35 tiveram três casos; 26, quatro casos; 17, cinco casos; 13, seis casos; nove, sete casos; cinco, oito casos; nove, nove casos; e dois, 10 casos de roubo entre janeiro e agosto de 2024.
FURTOS – O número de furtos registrado entre janeiro e agosto de 2024 também reduziu na comparação com o mesmo período de 2023. Foram 95.875 ocorrências neste ano, contra 112.942 no ano passado, queda de 15%. É o menor índice desde 2020, quando 94.973 crimes de furto foram cometidos no Estado. O furto difere-se do roubo por não envolver o uso de violência.
VEÍCULOS – Os crimes de roubo e furto de veículos também vêm diminuindo nos últimos anos no Paraná. Entre janeiro e agosto de 2024, foram 1.464 roubos e 7.519 furtos de veículos, queda de 33% e 12,7%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023.
No caso dos roubos de veículos, o número caiu mais que a metade em cinco anos, com redução de 53% na comparação com 2020, quando foram registrados 3.163 casos. Nos anos seguintes, foram registradas 2.780 ocorrências (2021), 2.374 (2022) e 2.196 (2023).
Já sobre os furtos, a redução em cinco anos foi de 11,5%, saindo de 8.495 em 2020 para 7.519 nos oito primeiros meses de 2024, o menor número no período. O melhor resultado até então havia sido em 2021, com 7.591 casos.
INVESTIMENTOS – O secretário da Segurança, Hudson Teixeira, enfatiza que o aumento de repasses, ano após ano, fortalece o combate à criminalidade e oferece mais qualidade no trabalho dos servidores, o que resulta na prestação de um serviço cada vez melhor para a população. Um exemplo é que, somente neste ano, foram entregues mais de 360 veículos, entre viaturas, lanchas, caminhões e ambulâncias para as forças de segurança pública estaduais.
Além disso, em oito meses foram destinados cerca de R$ 117 milhões para compra de helicópteros e blindados para a Polícia Militar.
Confira o comparativo dos casos de roubo ocorridos entre janeiro e agosto de cada ano desde 2007:
2007 - 37.066
2008 - 38.063
2009 - 43.159
2010 - 41.216
2011 - 38.508
2012 - 39.248
2013 - 39.503
2014 - 42.155
2015 - 45.089
2016 - 59.138 (pico de ocorrências)
2017 - 54.969
2018 - 41.524
2019 - 33.704
2020 - 23.685
2021 - 17.954
2022 - 17.016
2023 - 16.283
2024 - 12.321 (menor da série histórica)
Confira
os dados de roubos e furtos por mês e ano, além do número de ocorrências registradas em cada município paranaense em 2024.
Por - AEN
Um terço de todo o investimento que o Governo do Paraná planeja para 2025 será destinado para obras de infraestrutura e transporte.
De acordo com a projeção para o ano que vem apresentada no Anteprojeto de Lei Orçamentária (PLOA), enviado na última segunda-feira (30) à Assembleia Legislativa, serão mais de R$ 2,1 bilhões alocados apenas para melhorias em rodovias, asfaltamento e construção de novas vias.
Ao todo, o orçamento dedicado a investimentos para o próximo ano será de R$ 6,3 bilhões, valor quase 60% maior do que o registrado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, segundo números da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Desse total, 33% será alocado para as mais variadas obras espalhadas pelo Paraná.
Apenas para ter noção do tamanho do que isso tudo representa, esses 60% correspondem a um total de R$ 2,4 bilhões a mais que o Estado vai investir em 2025 em comparação àquilo presente na LOA 2024 (R$ 3,9 bilhões). Isso significa que praticamente toda essa diferença de um ano para o outro será usada em obras — dedicando o equivalente a todo o orçamento de investimento de 2024 para todas as demais áreas.
Para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, esse aumento nos investimentos previsto na PLOA é reflexo não só da boa saúde fiscal do Paraná, mas também do compromisso do Governo do Estado de devolver esse bom momento para a população. “Queremos destinar esses recursos a inúmeras obras para ajudar o Paraná a superar velhos gargalos históricos de infraestrutura que impactam no preço dos produtos desde que saem do campo”, diz.
Segundo ele, o orçamento de 2025 foi construído buscando priorizar o investimento e que o objetivo é, ao longo de todo o ano que vem, superar essas cifras — a exemplo do que aconteceu em 2024. Com R$ 3,9 bilhões previstos na LOA 2024 para serem investidos, o Estado somou R$ 4,4 bilhões empenhados entre os meses de janeiro e agosto. Assim, em apenas oito meses, o Paraná superou em 13% o que havia sido previsto para o orçamento de todo o ano.
“Temos a possibilidade de avançar muito mais só alocando parte do dinheiro que está no cofre aplicado e rendendo”, detalha Ortigara. “A gente pode potencializar isso e esse é um desafio importante que vamos encarar em 2025”.
CANTEIRO DE OBRAS – Segundo o texto do PLOA 2025, parte dos R$ 2,1 bilhões destinados a obras de investimento já tem rumo certo. O documento direciona mais de R$ 1,8 bilhão para cidades de todas as regiões do Estado. São trabalhos já em andamento, como a construção da Ponte de Guaratuba e a duplicação de rodovias como a PR-317 e a Rodovia dos Minérios, mas também de outros que devem começar nos próximos meses.
“Já estamos autorizando a fazer, por exemplo, a PR-151 entre Ponta Grossa e Palmeira, assim como continuar a revitalização da PR-280, entre Clevelândia e Pato Branco”, lista o secretário da Fazenda. “E ainda tem o novo Contorno de Curitiba, entre Araucária e Campo Largo, orçado em cerca de R$ 400 milhões”.
Segundo Ortigara, são pelo menos 20 obras em andamento, já autorizadas ou planejadas para 2025 espalhadas por todas as regiões do Paraná. Entre elas, estão ainda a PR-412 tanto no trecho entre Matinhos e Praia de Leste quanto entre Guaratuba e Garuva (SC), a PR-466 entre Guarapuava e Pitanga, e a ponte sobre o Rio Ivaí, conectando os municípios de Japurá e São Carlos do Ivaí, no Noroeste.
E, de acordo com o secretário da Fazenda, os investimentos vão também se reverter em asfalto em mais de 300 municípios. Com um orçamento previsto de R$ 224 milhões para 2025, o programa Asfalto Novo, Vida Nova vai asfaltar ruas de cidades com até 25 mil habitantes de todo o Paraná. “Mas temos o desafio de chegar a 100% das vias urbanas pavimentadas até 2026”, pontua Ortigara. “Ainda estamos gestando a possibilidade de ir além dos pequenos municípios. Queremos levar bom asfalto para todo o Estado”.
OUTROS INVESTIMENTOS – Embora os investimentos em obras de infraestrutura sejam os mais chamativos, eles não são os únicos no planejamento do Governo do Paraná. A PLOA 2025 apresentada pela Sefa garante ainda outros R$ 2,1 bilhões para a contratação de bens e serviços para todas as áreas do governo e mais R$ 1,4 bilhão na compra de equipamentos. Fecham a conta mais R$ 700 mil dedicados a outros tipos de investimentos.
Esses valores estão espalhados em diferentes frentes. Para a saúde, por exemplo, os investimentos previstos no orçamento de 2025 são superiores a R$ 1,1 bilhão, com destaque para a Atenção Básica (R$ 570 milhões) e à Assistência Hospitalar Ambulatorial (R$ 281 milhões). Eles vão permitir a continuidade da construção de 14 Ambulatórios Médicos de Especialidades, Pronto Atendimentos Municipais (PAM) e Unidades Mistas de Saúde (UMS).
Para a educação, a projeção é de R$ 679 milhões, para a segurança, R$ 437 milhões, e para a agricultura, R$ 372 milhões, apenas para investimentos. Eles passam pela aquisição de viaturas ostensivas, operacionais, embarcações e aeronaves; ampliação e construção de colégios estaduais; apoio para implantação ou modernização de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional e revitalização de estradas rurais.
“São recursos que vão resultar em equipamentos para a segurança pública ou na construção de estradas rurais”, cita Ortigara. Ele destaca ainda o investimento de R$ 295 milhões em Ciência e Tecnologia, que serão integralmente dedicados para o setor, desvinculando o valor do pagamento de salários — o que, segundo ele, dá mais potência e fôlego às pesquisas paranaenses.
Por - AEN
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começam a semana com a oferta de
com carteira assinada no Estado.A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 5.465 oportunidades. Na sequência, aparecem as de operador de caixa, com 981 vagas, auxiliar nos serviços de alimentação, com 743, e faxineiro, com 717 oportunidades.
A Grande Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (7.247). São 755 vagas para alimentador de linha de produção, 450 para operador de caixa, 381 para auxiliar nos serviços de alimentação, e 361 para operador de telemarketing receptivo.
Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 63 vagas para profissionais com ensino superior e técnico em diversas áreas, com destaque para as funções de técnico em estética (curso técnico em estética/massoterapia), com 5 vagas; eletricista de instalação industrial (curso técnico de eletricista), com 5 vagas; ajudante de eletricista (cursando técnico de eletricista), com 5 vagas; e assistente administrativo (curso superior completo em administração), com 4 vagas.
A Região de Cascavel aparece em seguida (4.559), com 1.167 oportunidades para alimentador de linha de produção, 332 para abatedor, 200 para operador de caixa e 192 para magarefe.
Nas demais regionais do Interior são destaques Londrina (2.619), Campo Mourão (1.648), Foz do Iguaçu (1.380) e Pato Branco (1.374). Em Londrina, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 811 vagas, operador de caixa, com 116, servente de obras, com 94, e vendedor de comércio varejista, com 83 oportunidades.
Na Região de Campo Mourão, há oferta de emprego para as funções de alimentador de linha de produção, com 631 oportunidades, magarefe, com 190, costureiro na confecção em série, com 101, e vendedor de comércio varejista, com 56.
Em Foz do Iguaçu, os destaques são para alimentador de linha de produção (528), repositor de mercadorias (153), operador de caixa (99) e abatedor (40) .
Na Região de Pato Branco, são ofertadas 461 vagas para alimentador de linha de produção, 75 para magarefe, 60 para faxineiro e 44 para vendedor de comércio varejista
ATENDIMENTO – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Por - AEN
O Paraná tem investido cada vez mais em novos hospitais, estruturas de saúde e serviços para aumentar a atenção com a saúde infantil.
São pelo menos três novos hospitais inteiros dedicados a este tipo de atendimento, além de diversas alas pediátricas, maternidades em unidades municipais e convênios para o cuidado da saúde de bebês, crianças e adolescentes.
São mais de R$ 750 milhões aplicados ou em execução pelo Governo em obras, reformas, ampliações, equipamentos e custeio da estrutura de saúde infantil no Estado ao longo dos últimos anos. O objetivo é capilarizar o serviço de saúde por diferentes regiões do Estado, ampliando a oferta de atendimentos especializados, exames, cirurgias e consultas para o público infantil.
“A saúde da criança sempre foi uma prioridade da Secretaria de Estado da Saúde e isso fica evidente nos vários aportes que realizamos nos últimos anos. Remodelamos e reestruturamos o Hospital Infantil Waldermar Monastier, em Campo Largo, destinamos recursos para hospitais de referência como o Pequeno Príncipe e o Erastinho, em Curitiba, além dos investimentos em estruturas próprias como o Hospital da Criança em Maringá”, disse o secretário estadual de Saúde, César Neves.
HOSPITAIS – Com hospitais, alas pediátricas e maternidades espalhadas por todas as regiões do Paraná, os exames preventivos, consultas e tratamentos podem ser realizados pelas crianças sem que elas precisem se deslocar para outras regiões. Na prática, isso ajuda na aderência aos tratamentos e faz com que elas não precisem, por exemplo, perder longos períodos de aulas.
Um dos maiores investimentos feitos pelo Estado para capilarizar a atenção em saúde infantil foi a construção do Hospital da Criança em Maringá. Foram aportados R$ 124,2 milhões pela Secretaria de Saúde na construção do hospital, que teve um investimento total de R$ 181,8 milhões contando também os recursos da União, do município e da Organização Mundial da Família. Além disso, o Estado vai transferir R$ 72 milhões para o custeio da unidade ao longo de quatro anos.
Inaugurado em setembro, o hospital tem 61 leitos de internação, três salas de cirurgia e 23 consultórios. Em até quatro anos, o atendimento será expandido para 40 leitos de UTI pediátrica e neonatal e 148 leitos de enfermaria, além de centro cirúrgico, centro de especialidades, laboratório e centro de imagens.
A unidade vai atender 115 municípios do Paraná, com capacidade para realizar mais de 2,7 mil consultas e cerca de 300 internações mensais. “Este será um dos maiores hospitais do País em número de leitos de pediatria, ampliando a nossa capacidade de atendimento na região”, afirmou o secretário.
O hospital se soma à estrutura especializada em saúde infantil do Estado que já contava com o Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. A unidade na Região Metropolitana de Curitiba é referência nos atendimentos a crianças de média e alta complexidade de todo o Estado.
Em cinco anos, foram aplicados R$ 239 milhões pelo Estado em equipamentos, ampliações e custeio do hospital. Como resultado, a unidade aumentou todos os seus serviços, como a oferta de leitos ativos, de 68 em 2019 para 112 em 2024, mais do que dobrou o total de internações por mês, de 194 para 479, e multiplicou o número de cirurgias realizadas, de 53 para 300.
Com previsão para ser concluído até 2026, está em andamento a obra de uma nova unidade do Hospital Pequeno Príncipe. O hospital, que vai ser construído no bairro Bacacheri, em Curitiba, vai receber R$ 20 milhões de investimentos do Estado e deve ampliar as atividades do complexo pediátrico, cuja unidade no bairro Água Verde já é o maior do Brasil neste tipo de atendimento.
O local vai funcionar como um novo hospital-dia para procedimentos intermediários entre os atendimentos ambulatoriais e as internações hospitalares tradicionais.
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO – Como parte da ampliação nos atendimentos pediátricos, estão os investimentos em unidades hospitalares especializadas de referência. Uma delas é o Erastinho, primeiro hospital oncopediátrico do Sul do Brasil. O Estado investiu cerca de R$ 19 milhões na unidade, sendo R$ 11 milhões para a construção da estrutura do hospital filantrópico e outros R$ 8,1 milhões para a compra de equipamentos.
A expansão permitiu que o Hospital Erasto Gaertner dobrasse sua capacidade de atendimentos a crianças e adolescentes, passando para 17 mil consultas, 500 cirurgias e 85 mil procedimentos ao ano. A unidade tem como foco o diagnóstico precoce de câncer, com atendimento humanizado aos pacientes.
Na área de reabilitação de pacientes com lesões neuromusculares e malformações congênitas, o Estado vai investir R$ 65 milhões para a construção de um novo hospital no Complexo de Reabilitação Silvio Santos. A unidade vai funcionar em parceria com a Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), que é a instituição mais experiente neste tipo de tratamento no Brasil.
A parceria, que vai trazer para o Paraná novos protocolos assistenciais, vai triplicar os serviços prestados pelo Hospital de Reabilitação, com maior oferta de exames, tratamentos e entregas de próteses, órteses e equipamentos.
MATERNIDADES – Também foram entregues ou estão em construção hospitais maternidades e alas materno-infantis em diferentes regiões do Paraná, ampliando a atenção da saúde neonatal do Litoral ao Oeste do Estado.
Para construção de hospitais para cuidados de gestantes e bebês, o Estado está investindo R$ 4,7 milhões de investimentos estaduais nas obras do novo Hospital Maternidade de Guaratuba, R$ 21,1 milhões no Hospital e Maternidade Doutor Paulo Fortes, em São Mateus do Sul, na região Sul do Paraná, e outros R$ 60 milhões serão aplicados na construção do Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais.
Já foram entregues as alas materno-infantis do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, fruto de um investimento de R$ 10 milhões, e do Hospital Universitário de Londrina, com ampliação de 39 leitos para procedimentos obstétricos e neonatal, em que foram aportados R$ 3,79 milhões. Com 13% da execução da obra, o Estado ainda está expandindo uma ala do Hospital da Providência, em Apucarana, com investimentos de R$ 33,8 milhões.
Em paralelo, a Secretaria Estadual da Saúde também conduz um projeto de construção de maternidades municipais nas cidades em que existem obras de Pronto Atendimentos Municipais (PAM). O projeto ajuda a regionalizar os atendimentos às gestantes, evitando que elas tenham que se deslocar para outros municípios para realização de exames de acompanhamento, dando mais conforto às mães e bebês.
Até o momento, o Estado já liberou recursos para quatro cidades: Reserva, Bela Vista do Paraíso, Pinhão e Marechal Cândido Rondon. A proposta é de que as maternidades tenham 800 metros quadrados e realizem cerca de 400 atendimentos mensais, entre partos, exames simples e consultas. Cada maternidade receberá um investimento de R$ 7 milhões.
Todos estes esforços fazem do Paraná o líder nacional em consultas pré-natal pelo SUS. Os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) mostram que 87,4% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais. Na sequência estão Santa Catarina (83,2%), São Paulo (82,9%), Rio Grande do Sul (82,7%), Ceará (82,1%) e Minas Gerais (81,9%).
ATENDIMENTO – O aumento na atenção em saúde infantil vai além da construção de novos hospitais ou alas pediátricas ao todas as regiões do Estado. A Sesa também tem realizado investimentos crescentes na compra de equipamentos e aparelhos para realização de exames e diagnósticos.
Apenas nos últimos dois anos, a Sesa fez 41 convênios infantis e materno-infantis para compras de equipamentos para 30 instituições de saúde diferentes. Ao todo, foram repassados R$ 50 milhões para hospitais, santas casas, associações e institutos de 15 regionais de saúde do Estado.
Segundo dados da Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, outros R$ 19,8 milhões ainda foram aplicados em materiais e capacitações de profissionais para o fortalecimento e qualificação na atenção primária da saúde infantil.
“Estamos constantemente reforçando e capacitando as equipes que atuam nos nossos hospitais e nas unidades básicas de saúde, principalmente no que tange à saúde preventiva das crianças, como campanhas para erradicação da desnutrição e de esclarecimento sobre as doenças próprias da infância”, explicou César Neves.
Neste sentido, uma das ações recentes de sucesso do Estado foi a campanha de vacinação em crianças e adolescentes da rede estadual de ensino, cuja força-tarefa aplicou 292.699 doses de imunizantes ao longo de dois meses com a atualização de 495.076 carteiras de vacinação.
Por - AEN
O Paraná está na quarta colocação nacional e segue na liderança na Região Sul em números absolutos de universitários matriculados em cursos de graduação, nas modalidades presenciais e de ensino a distância (EAD).
Ao todo, são 687,5 mil alunos em instituições de ensino superior públicas e privadas. A informação está no Censo da Educação Superior, edição de 2023, divulgada quinta-feira (3), pelo Ministério da Educação (MEC). Considerando somente os cursos presenciais, o Paraná soma 306,8 mil alunos universitários.
Em todo o país, no ano passado, o MEC contabilizou 9,9 milhões de alunos matriculados em cursos de nível superior, sendo 5 milhões na modalidade presencial. O Sul concentra 1,7 milhão estudantes, o que corresponde a 17,4% do total de universitários brasileiros. Desse total, 741.394 alunos dos três estados estudam em cursos presenciais de graduação, entre bacharelados, licenciaturas e de tecnologias. O Paraná fica atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente.
As universidades ligadas ao Governo do Paraná contribuem de maneira significativa para colocar o Estado nessa posição de destaque nacional. Juntas, as sete instituições estaduais contam, atualmente, com 69.300 alunos matriculados, sendo 62.979 em cursos presenciais. De acordo com dados da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) as estaduais ofertam 19.030 vagas anuais para 438 cursos, em Curitiba e em outros 28 municípios do interior paranaense.
Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, o desempenho da educação superior tem impacto direto no desenvolvimento social e econômico local e regional. “O Paraná é o estado que tem o maior número de matrículas na região Sul e, certamente, o Sistema Estadual de Ensino Superior contribui para esse resultado”, afirma. “Atualmente, não só o sistema estadual, mas também o sistema federal, enfrentam um desafio para redimensionar as ofertas de cursos e vagas, e revitalizar o processo pedagógico para que possamos cada vez mais atrair, reter e formar os estudantes”.
Segundo os indicadores do censo do ano passado, ao todo, 368.290 professores atuaram na educação superior do Brasil, sendo 181.657 na rede pública. Desse total, 130.244 docentes têm título de doutorado. As estaduais do Paraná contam com 7.626 professores, dos quais 5.650 são doutores, número que equivale a 72,8% do quadro de docentes.
ACESSO – No ano passado, o Paraná saltou de 54,9% para 59,7% na proporção de concluintes do ensino médio inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além de medir o desempenho dos estudantes ao final da educação básica, o Enem é usado como critério de seleção para o ingresso no ensino superior e acesso a programas de bolsas-auxílio e financiamentos estudantis, com impacto direto nos resultados da educação superior brasileira.
INVESTIMENTO – O Governo do Paraná investe, anualmente, mais de R$ 4 bilhões para manter o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Esse montante vem sendo ampliado a cada exercício. Em 2024, para além do orçamento das universidades, o Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, administrado pela Seti, conta com R$ 708,9 milhões para financiar programas e projetos estratégicos das instituições de ensino superior e de pesquisas científicas e tecnológicas. Esse valor é 37% superior aos R$ 517 milhões de 2023.
Por - AEN