Genoma SUS: Paraná integra projeto que coletará informação genética de 21 mil brasileiros

O Paraná faz parte do Genoma SUS do Ministério da Saúde, projeto de pesquisa que pretende desenvolver um banco de dados a partir do genoma sequenciado de 21 mil brasileiros.

Lançada nesta segunda-feira (25), em Ribeirão Preto (SP), a iniciativa faz parte do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão – Genomas Brasil, criado pelo Ministério da Saúde em 2020 para desenvolver sequenciamento genômico para diagnóstico e também para tratamentos.

Com o Genoma SUS, a proposta do Ministério da Saúde é estruturar um banco com informações genéticas e dados clínicos, a partir de um grupo de indivíduos que terão as amostras genéticas sequenciadas. A partir das características identificadas, chamadas de marcadores, será possível apontar a tendência para futuras doenças como câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras.

Integram o Genoma SUS oito centros de pesquisa em seis estados, sendo dois do Paraná: em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em parceria com o Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec), e em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC) vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os demais locais de pesquisa estão instalados no Pará (em Belém, na Universidade Federal do Pará), Pernambuco (em Recife, na Fundação Oswaldo Cruz/Instituto Aggeu Magalhães), Rio de Janeiro (na Universidade Federal do Rio de Janeiro); Minas Gerais (em Belo Horizonte na Universidade Federal de Minas Gerais); e no estado de São Paulo (em Ribeirão Preto e na capital, em ambas as cidades nos câmpus da USP).

Os centros de pesquisa são responsáveis por fazer a coleta das amostras, sequenciamento do genoma completo, análise dos dados e organizar a biblioteca com as informações.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, explica que o Paraná tem investido financeiramente para contribuir efetivamente na melhoria da saúde pública. "A medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças. O programa Genoma Brasil é de extrema importância para todo o País para que possamos futuramente criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional", disse o secretário.

Ele participou do lançamento, junto com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o coordenador do centro de pesquisa em Guarapuava, David Livingstone, entre outros representantes dos centros de pesquisa.

GENOMAS PARANÁ – Desde 2023, a medicina de precisão é desenvolvida em Guarapuava por meio do Projeto Genomas Paraná, que reúne pesquisadores das universidades estaduais do Centro-Oeste (Unicentro) e de Ponta Grossa (UEPG), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec), e do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Genômica. Os recursos para o financiamento das pesquisas são da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O Genomas Paraná é um projeto de pesquisa que tem como objetivo compreender as características da população considerando a saúde, o ambiente em que se vive, o estilo de vida, o histórico familiar e o perfil genético de cada pessoa. A previsão é que tenha 10 anos de duração.

Entre as etapas do projeto está a descrição do perfil genético e epidemiológico da população do Paraná, começando com uma amostra representativa do município de Guarapuava. Por meio da construção de um banco de dados e uso de técnicas de Inteligência Artificial, o projeto busca identificar biomarcadores de predisposição genética para doenças crônicas não transmissíveis, como a síndrome metabólica e comorbidades associadas (obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares).

Atualmente a pesquisa está na fase de coleta de amostras de 4,5 mil participantes. Para o grupo de amostragem, os pesquisadores previram a entrevista e coleta de material genético de 2 mil pessoas selecionadas por amostragem aleatória, 2 mil por amostragem por conveniência (voluntários) e 500 idosos cognitivamente saudáveis com idade superior a 80 anos.

 

 

 

 

 

Por - AEN

Funcionária desvia R$ 100 mil de empresa e acaba presa no Paraná

A Polícia Civil prendeu em flagrante uma jovem, de 24 anos, por desviar aproximadamente R$ 100 mil da empresa em que trabalhava em Salto do Lontra, Sudoeste do Paraná.

A funcionária, que atuava no setor financeiro e tinha acesso às contas da empresa, realizava pequenas transferências via PIX para a conta pessoal sem o conhecimento do proprietário.

De acordo com as investigações, os desvios tiveram início em outubro de 2023 e consistiam em transferências de valores diversos, geralmente em montantes baixos para evitar suspeitas. Ao perceber a irregularidade, o proprietário acionou a Polícia Civil, que efetuou a prisão em flagrante após ela realizar mais uma transferência de R$ 250,00.

Segundo o delegado André Mendes, a suspeita confessou que o dinheiro era destinado para pagamento das contas pessoais e também para plataformas de jogos online. Ela foi presa em flagrante e a jovem aguarda decisão judicial na Cadeia Pública de Dois Vizinhos.

 

 

 

 

Por - Catve

 4,6 milhões de paranaenses passaram a ter coleta de esgoto nos últimos anos, aponta estudo

O estudo Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento no Paraná, divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Trata Brasil, mostra os impactos dos investimentos em saneamento na melhoria nas condições econômicas e sociais do Estado no período de 2005 a 2022.

Em 2022, 96,1% da população paranaense era abastecida com água tratada e 76,3% atendida com esgotamento sanitário, um dos melhores indicadores do Brasil. 

A rede de distribuição de água, que era de 40 mil quilômetros de extensão em 2005, passou para 72,9 mil quilômetros em 2022 – uma taxa de crescimento de 3,6% ao ano. Nesse mesmo período, a rede de coleta de esgoto cresceu 4,8%, de 19 mil quilômetros para 42,2 mil quilômetros. Entre 2005 a 2022, 2,3 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao serviço de abastecimento de água tratada e 4,6 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao serviço de coleta de esgoto em suas residências no Paraná.

O Trata Brasil utilizou dados do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, que é alimentado com informações das empresas de saneamento e dos municípios; de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Único de Saúde (SUS); do Ministério da Educação; e de outras instituições. 

O estudo mostra que a expansão do saneamento requer investimentos volumosos em obras de construção civil, com a criação de empregos e expansão da renda, impactando a economia do setor, incluindo fornecedores de materiais de construção e escritórios de engenharia e arquitetura.

Em valores corrigidos, o Trata Brasil aponta que foram investidos R$ 22,1 bilhões em obras de manutenção e expansão de redes de água e de esgoto no Paraná, entre 2005 e 2022, o que equivale a R$ 1,23 bilhão por ano na média do período. Essas obras sustentaram 9.329 empregos diretos por ano no setor da construção civil, somando R$ 351 milhões em salários, benefícios e contribuições trabalhistas. Além disso, foram gerados 4.530 empregos indiretos por ano. Toda a renda proveniente dessa movimentação impactou o PIB da construção civil da região no período.

O estudo também indica que o saneamento melhora as condições de saúde e de escolaridade da população. Ao longo de 2019, por exemplo, o SUS registrou no Brasil 273,4 mil internações hospitalares por doenças de veiculação; na Região Sul, foram 27,8 mil, e, no Paraná, 12,2 mil. Crianças e jovens com acesso a água potável e ao serviço de coleta e tratamento de esgoto tiveram, em média, 3% menos atraso escolar do que os que não tiveram acesso a saneamento no período analisado.

SANEPAR – Presente em 344 cidades do Paraná, a Sanepar apresenta indicadores acima da média nacional. Em 2022, ano considerado para o estudo do Trata Brasil, a Sanepar abastecia 100% da população urbana com água potável e atendia 78,9% com coleta de esgoto (e 100% de tratamento). No fim de 2023, a Companhia ampliou para 80,2% o atendimento com esgotamento sanitário.

O Trata Brasil inclui no estudo dados sobre a área rural dos municípios, que são os responsáveis pelo saneamento dessas localidades. Mesmo sem ter essa responsabilidade contratual, a Sanepar tem feito investimentos em abastecimento rural em parceria com os municípios, por meio do programa Sanepar Rural. Ao longo de 2023, a Companhia formalizou 21 parcerias para obras em comunidades rurais, com investimentos em torno de R$ 14 milhões em conjunto com os municípios.

FUTURO – O estudo também aponta aspectos do período 2023-2040. De acordo com o Trata Brasil, os investimentos em saneamento devem alcançar R$ 31,2 bilhões no Paraná. A renda direta, indireta e induzida gerada por esses investimentos deve somar R$ 26,1 bilhões

Além disso, os ganhos com o turismo devem alcançar R$ 4,5 bilhões, indicando um fluxo médio anual de R$ 251,209 milhões no período. Ele é fruto da valorização ambiental que pode ser obtida com a despoluição dos rios e córregos. Em termos de renda imobiliária, estima-se que o ganho para os proprietários de imóveis que alugam ou que vivem em moradia própria será de R$ 126,4 milhões por ano até 2040.

CIDADES SANEADAS – No comparativo nacional, Maringá é a cidade que tem melhor saneamento básico do País, segundo a edição de 2024 do ranking do Instituto Trata Brasil, divulgado na semana passada. Além disso, o Paraná tem outras quatro cidades entre as mais bem ranqueadas do País, todas atendidas pela Sanepar: Cascavel em 9º, Ponta Grossa em 10º, Foz do Iguaçu em 13º e Londrina em 14º. São José dos Pinhais em 21º e Curitiba em 22º também estão na lista das 50 cidades brasileiras com melhores indicadores na área.

PANORAMA NACIONAL – O panorama nacional aponta que mais de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água e cerca de 90 milhões não são atendidos com o serviço de coleta de esgoto, além de apenas 52,2% do esgoto ser tratado. 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 PIB do Paraná cresce o dobro da média nacional em 2023, com alta de 5,8%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu o dobro da média nacional em 2023, de acordo com os dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgados nesta segunda-feira (25).

A economia paranaense cresceu 5,8% ao longo do ano, enquanto a brasileira teve alta de 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado paranaense também é superior ao desempenho de outros estados brasileiros que já divulgaram suas variações de PIB em 2023, como Minas Gerais, que segundo a Fundação João Pinheiro (FJP) teve aumento de 3,1%, e Ceará, que de acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (IPECE) registrou alta de 2,4% no mesmo período.

Todos os setores da economia paranaense fecharam 2023 em alta. O desempenho geral, no entanto, foi puxado principalmente pelos resultados da agropecuária, que cresceu 26,91% no Estado no período – no ano passado, por exemplo, houve recorde na produção de proteína animal. Como base de comparação, a agricultura nacional, que também teve uma forte alta, fechou o ano com expansão de 15,1%.

O setor de serviços do Paraná cresceu 4,18% e a indústria teve avanço de 3,79% em 2023. Mais uma vez, a economia paranaense esteve acima da média nacional em todos os segmentos, já que, de acordo com o IBGE, os serviços no Brasil subiram 2,4% e a indústria nacional registrou alta de 1,6%.

Em valores monetários, o PIB paranaense chegou a R$ 665,65 bilhões, sendo R$ 355,08 bilhões gerados pelo setor de serviços, R$ 145,53 bilhões pela indústria e R$ 73,66 bilhões pela agropecuária, além de R$ 91,39 bilhões provenientes dos impostos.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o índice paranaense, acima dos demais estados, demonstra o dinamismo da economia local. “O Índice de Atividade Econômica do Banco Central já apontava que o Paraná tinha sido o estado com o maior crescimento do País em 2023. Os dados do PIB só confirmam este movimento de alta acima dos padrões nacionais. Com um índice de desemprego em baixa e avanço real do salário médio, o Paraná mostra dinamismo na economia, com ganhos sociais à população”, afirma.

TRIMESTRE – No resultado apenas do 4º trimestre de 2023, o desempenho paranaense também ficou acima da média nacional. Nos últimos três meses do ano, a economia paranaense cresceu 4,87% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O índice nacional neste mesmo recorte foi de 2,1%.

No final do ano, a economia do Estado foi puxada pelo bom desempenho industrial local. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a indústria do Paraná cresceu 8,02%, enquanto o setor industrial nacional subiu 2,9% no período.

A agropecuária paranaense ainda teve alta de 4,4% e os serviços expandiram 3,92% no trimestre. No Brasil, a agricultura se manteve estável, sem variação, e o setor de serviços registrou alta de 1,9%.

Confira o PIB do Paraná em 2023:

pib

Confira a publicação completa do PIB no site do Ipardes.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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