Hermes Mitsuo, assim como muitos descendentes de japoneses, passou uma temporada trabalhando no Japão.
Mas depois de dez meses ele e a mulher, Elizabete, decidiram voltar para o Brasil e resolveram dedicar parte do seu tempo à propriedade rural da família, em Borrazópolis, no Vale do Ivaí. Interessado em produzir alimentos saudáveis, Mitsuo encontrou uma alternativa na produção de ovos caipiras e implantou a primeira granja de aves poedeiras neste sistema no município. A intenção é atender os consumidores interessados em um produto de mais qualidade no município e região. Em trinta dias ele espera que a produção chegue a 480 ovos por dia.
A propriedade da família de Mitsuo tem cinco alqueires, dois dos quais estão arrendados para a produção de grãos e o restante é ocupado com pasto e a criação de vacas e ovelhas. Como a área é pequena, o produtor procurou a assistência do IDR-Paraná para buscar alguma atividade produtiva rentável para implantar na propriedade. A fruticultura foi a primeira opção, mas a visita a uma granja de avicultura em Jardim Alegre atraiu a atenção de Mitsuo. O produtor ficou interessado pelo sistema de produção de ovos agroecológicos, com características orgânicas coloniais. Neste sistema as aves têm um galpão que serve como abrigo, mas boa parte do dia elas passam num espaço cercado por tela, onde podem pastejar e ciscar, manifestando seus instintos naturais. "É até bonito de ver as galinhas. Neste sistema elas têm qualidade de vida e produzem um ovo de mais qualidade", afirma Mitsuo.
BEM-ESTAR ANIMAL - Com a assistência dos servidores do IDR-Paraná e prefeitura de Borrazópolis, o produtor iniciou a implantação da granja na propriedade. Com recursos próprios ele construiu um galpão e adquiriu 500 aves da raça Isa Brown. Ele acredita que em trinta dias elas comecem a produzir os primeiros ovos. A prefeitura de Borrazópolis apoiou o produtor com o aterramento do local do aviário e a orientação da veterinária Ana Paula Miyagi, para atender a legislação pertinente à atividade de aves e produzir de forma legal. O extensionista do IDR-Paraná, Leandro Cividini, está acompanhando o trabalho e segue a elaboração do projeto de financiamento junto ao Banco do Brasil para financiar a construção da casa de classificação e embalagem de ovos pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). De acordo com Cividini, o custo de produção deve ficar em torno de R$ 5,00 a dúzia e o preço ao consumidor varia em torno de R$ 8,00 a R$ 12,00 a dúzia. “Pelos cálculos, o investimento deve ser coberto num prazo de cinco anos”, acredita.
Mitsuo tem como alvo os consumidores que procuram por produtos que levam em conta o bem-estar animal. Ele lembra que uma vantagem é o fato de Borrazópolis fazer parte do Consórcio Sid Centro (Consórcio Público Intermunicipal para o Desenvolvimento Rural e Sustentável da Região Centro do Paraná), composto por 28 municípios do Vale do Ivaí. Recentemente os integrantes do consórcio obtiveram a chancela do Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), permitindo que os proprietários de agroindústrias regularizadas comercializem seus produtos em todo o território nacional.
OTIMISTA - A propriedade de Mitsuo é a primeira a implantar o sistema de produção de ovos caipiras em Borrazópolis. Ele está otimista e acredita que, se tudo correr bem, em dois anos vai precisar de um novo galpão para abrigar mais 500 aves. Por enquanto, Mitsuo deve fazer o manejo das galinhas sozinho, mas não descarta a contratação de mão de obra para lidar com a criação tão logo as galinhas aumentem a produção de ovos.
Por - AEN
O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que dispõe sobre o acompanhamento integral para educandos com dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem.
A nova lei, publicada hoje (1º) no Diário Oficial da União, estabelece que o Poder Público deve desenvolver e manter programa de acompanhamento integral para alunos com transtornos de aprendizagem.
Assim, de acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, as escolas da educação básica das redes pública e privada, com o apoio da família e dos serviços de saúde existentes, ficam incumbidas de prestar cuidado e proteção aos educandos que, apresentando alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita ou instabilidade de atenção, poderão contar com apoio e orientação da área de saúde, de assistência social e de outras políticas públicas existentes no território.
A lei estabelece ainda que as necessidades específicas no desenvolvimento do aluno serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde, devendo ser realizada intervenção terapêutica, quando preciso, com metas de acompanhamento por equipe multidisciplinar composta pelos profissionais que forem necessários ao desempenho dessa abordagem.
Por - Agência Brasil
O grupo será formado por representantes de agricultores, da indústria de defensivos e fertilizantes e de distribuidores.
Em reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, nesta segunda-feira (29), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, criou um grupo de monitoramento em assessoramento sobre fertilizantes.
O grupo será formado por representantes de agricultores, da indústria de defensivos e fertilizantes e de distribuidores desses insumos com o objetivo de reforçar a atenção sobre o fornecimento de fertilizantes e para regularizar a importação para a próxima safra, 2022/2023. Os encontros do grupo serão semanais com atualização dos cenários e propostas de ação para mitigar riscos ao setor.
A preocupação do mercado em relação ao abastecimento de fertilizantes é reflexo da crise pós-covid e energética vivida por países como a China. Além do país asiático, Rússia, Canadá e Belarus são importantes fornecedores de fertilizantes para o Brasil.
Mesmo assim, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume de importação de fertilizantes no país bateu, em outubro, a marca histórica de 33,8 milhões de toneladas. O número indica um maior investimento na safra atual, bem como um aumento de área plantada das principais commodities nacionais, como soja e milho. A previsão da companhia é de que o Brasil importe, nos próximos meses, mais de 35 milhões de toneladas desses insumos.
Na reunião, a ministra explicou que o Brasil precisa diminuir a dependência dos insumos internacionais e fortalecer a produção interna. “Sabemos que o caminho não é curto, mas precisamos começar o quanto antes e inverter os 80% de dependência e os 20% de produção nacional”, declarou Tereza Cristina ao citar o Plano Nacional de Fertilizantes.
A ação prevê incentivos para a ampliação da produção nacional de fertilizantes e está sendo construído pelo Governo Federal, conforme o Decreto nº 10.605, de 22 de janeiro de 2021.
Por - MAPA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento do HIV. Trata-se da combinação de duas substâncias – a lamivudina e o dolutegravir sódico – em um único comprimido.
Para a agência, a aprovação representa um avanço no tratamento, já que reúne em uma dose diária dois antirretrovirais. “A possibilidade de doses únicas simplifica o tratamento e a adesão de pacientes”, informou, por meio de nota.
De acordo com a bula aprovada pela Anvisa, o novo medicamento reduz a quantidade de HIV no organismo, mantendo-a em um nível considerado baixo. Além disso, o remédio promove o aumento da contagem de cédulas CD4, que exercem papel importante na manutenção de um sistema imune saudável, ajudando a combater infecções.
Indicação
O novo medicamento será indicado como um regime complemento para o tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) em adultos e adolescentes acima de 12 anos pesando pelo menos 40 quilos, sem histórico de tratamento antirretroviral prévio ou em substituição ao regime antirretroviral atual em pessoas com supressão virológica.
O registro foi concedido ao laboratório GlaxoSmithKline Brasil Ltda. que, segundo a Anvisa, apresentou estudos de eficácia e segurança com dados que sustentam as indicações autorizadas. A bula aprovada pode ser consultada aqui.
Por - Agência Brasil
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram um equipamento de proteção de veículos que, acoplado aos postes de iluminação, amortece o impacto das batidas. O projeto surgiu a partir de um edital da Enel, que é a companhia energética do estado, no qual a instituição foi contemplada.
A Enel chegou a criar um dispositivo próprio, feito de concreto e areia, mas o poder público questionou a estética do produto e o comprometimento na acessibilidade das calçadas.
Quem liderou o projeto na UFC foi o professor Augusto Albuquerque, do Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil. Ele explica que o equipamento de proteção, chamado de defensa, é feito de plástico.
“Essa defensa é uma defensa plástica, e ela é preenchida com um material feito por uma mistura de poliuretano e resíduos de pneus.”
O professor falou ainda sobre a importância desse protetor para diminuir a gravidade dos acidentes nos ocupantes dos veículos.
“A ideia principal é salvar vidas. Porque quando você gera um amortecimento, parte da energia que seria absorvida pelo corpo humano, pelo poste, vai ser absorvida no amortecimento. Então, ao dissipar essa energia, você está também reduzindo o impacto no ser humano.”
Além disso, o equipamento reduz a destruição de postes porque amortece o impacto das batidas. Esses protetores são diferentes dos conhecidos guard rail e guarda corpo, que ficam em estradas, como explica o professor Augusto:
“A diferença é que o guard rail, ou as defensas tradicionais de estrada, são feitas para quebrarem com o impacto. O carro diminui a energia, mas só que geralmente essas defensas tem uma área de escape, e parte da energia continua sendo dissipada quando o carro vai entrando na área de escape. No caso do poste, a gente não tinha essa possibilidade. A defensa fica acoplada a um material com o qual o carro vai se chocar”.
A nova defensa recebeu uma patente, entregue pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), aos pesquisadores da Universidade Federal do Ceará e a Enel.
Por - Agência Brasil
A partir de dezembro, o governo federal pagará um vale-gás a famílias de baixa renda, para recompor a alta do preço do gás de cozinha. O Programa Gás do Brasileiros foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada e ficará em vigor por cinco anos.
Quem tem direito?
O benefício é destinado a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional, ou famílias que tenham entre seus integrantes quem receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Quando começa?
O pagamento começa em dezembro e, no primeiro mês, o Ministério da Cidadania informou que utilizará recursos próprios da pasta, no valor de R$ 300 milhões. Para os pagamentos de 2022, o governo ainda precisa encontrar espaço para a liberação de recursos do orçamento.
Pela lei, o programa será financiado com recursos dos royalties pertencentes à União na produção de petróleo e gás natural sob o regime de partilha de produção, de parte da venda do excedente em óleo da União e bônus de assinatura nas licitações de áreas para a exploração de petróleo e de gás natural. Além disso, serão utilizados outros recursos que venham a ser previstos no Orçamento Geral da União e dividendos da Petrobras pagos ao Tesouro Nacional.
O programa tem ainda como uma das fontes de financiamento o montante que cabe à União da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre combustíveis.
Qual o valor?
Cada família elegível receberá, a cada dois meses, o valor correspondente a uma parcela de, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 quilos de gás de cozinha, estabelecido pelo Sistema de Levantamento de Preços (SLP), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos seis meses anteriores, conforme regras que ainda serão definidas em decreto.
De acordo com o levantamento, o valor médio do botijão em 2021 é de R$ 102,48. Ou seja, cada família deve receber R$ 51,24. A estimativa para o ano que vem é que o valor médio do botijão suba para R$ 112,48.
Como cadastrar?
Não é necessário cadastramento, será usada a base de dados do CadÚnico e do BPC. O governo utilizará a estrutura do Programa Auxílio Brasil para realizar os pagamentos do vale-gás, por meio da Caixa Econômica Federal.
Ele será concedido, preferencialmente, às famílias com mulheres vítimas de violência doméstica que estejam sob o monitoramento de medidas protetivas de urgência. A preferência de pagamento também será para a mulher responsável pela família.
Por - Agência Brasil