Ministro lança edital para desenvolvimento de foguete de treinamento

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, lançou, nesta terça-feira (15), em São José do Campos, no interior de São Paulo, edital para desenvolvimento de um protótipo de foguete de capacitação e treinamento.

O edital prevê recursos não reembolsáveis de subvenção econômica no valor de R$ 8 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

“Esse edital é o começo de uma onda para movimentar todo o ecossistema produtivo do setor aeroespacial do Brasil”, disse o ministro hoje, na cerimônia de lançamento do edital.

De acordo com o ministério, a seleção pública tem o objetivo de incentivar soluções para o desenvolvimento do protótipo com qualquer tipo de propulsão (sólida, híbrida ou líquida) e também de capacitar equipes operacionais e pessoal técnico nos centros de lançamento nacionais. Com essa chamada, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) pretendem fortalecer o setor espacial brasileiro e viabilizar maior inserção do país no setor espacial mundial.

Segundo o ministro, o foguete de treinamento é importante, por exemplo, para preparar a tripulação do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. “Precisamos manter a tripulação do centro preparada, operacionalmente pronta. Então, precisamos dos foguetes para treinar a preparação, o lançamento, o acompanhamento e tudo o mais. Os foguetes são essenciais”, disse Pontes.

O ministro destacou que o projeto será bom também para as empresas produtoras, que vão desenvolver tecnologias para outros tipos de foguetes e foguetes de maior porte.

“Esse edital é uma retomada para que o Brasil possa produzir um protótipo de foguete para ser lançado na base de Alcântara ou no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, com total segurança e confiança”, disse o presidente da Finep, Waldemar Barroso.

Mais informações sobre o edital podem ser obtidas no site da Finep.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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Dois em cada três estudantes precisam de reforço escolar, diz pesquisa

Após dois anos de pandemia, pais e responsáveis dizem que estudantes precisam de reforço escolar para recuperar a aprendizagem.

Segundo as famílias, pelo menos dois em cada três estudantes precisarão de apoio em algum conteúdo. Para 28% dos responsáveis, a prioridade das escolas nos próximos dois anos deve ser justamente a promoção de programas de reforço e recuperação. 

Os dados são da pesquisa "Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias", realizada pelo Datafolha a pedido do Itaú Social, da Fundação Lemann e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As perguntas foram feitas por telefone a 1.306 pais e responsáveis de 1.850 estudantes, em todo o país, em dezembro de 2021.

Para eles, os estudantes devem receber apoio em matemática (71%), língua portuguesa (70%), ciências (62%) e história (60%). Consideradas apenas crianças em fase de alfabetização, esse percentual sobe: 76% precisarão de mais atenção das escolas na retomada das aulas presenciais, segundo as famílias.

"Foi difícil o fechamento das escolas para todas as etapas de ensino, mas especialmente difícil para as crianças menores, especialmente na fase da alfabetização", diz a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patricia Mota Guedes. "Isso colocou um peso nas famílias, de uma expertise que não é delas. Alfabetizar é uma das tarefas mais difíceis". 

De acordo com levantamento divulgado recentemente pela organização Todos pela Educação, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% das crianças com 6 ou 7 anos de idade não sabiam ler ou escrever em 2021, o que representa mais de 2,4 milhões de crianças no país.

Ensino presencial 

A pesquisa mostra ainda que 88% dos estudantes da rede pública de ensino tiveram as escolas reabertas em 2021. Segundo os pais e responsáveis, 83% dos estudantes que retornaram às atividades presenciais estão evoluindo no aprendizado. 

De acordo com as famílias, os alunos que voltaram às atividades presenciais estão mais animados (86%), mais otimistas com o futuro (80%), mais independentes para realizar as tarefas (84%) e mais interessados nos estudos (77%) do que aqueles que continuaram no ensino remoto, respectivamente 74%, 72%, 72% e 60%.

"Um ponto muito importante é o apoio das famílias à retomada presencial, à vacinação e ao papel dos professores. A gente observa, mais uma vez, o apoio muito grande ao papel do professor e a necessidade de prioridade e valorização desse profissional. Afinal, foram dois anos em que tiveram contato com professores de forma próxima como nunca ocorreu", diz Patrícia. 

O estudo mostra também a percepção das famílias de que a gestão educacional deve priorizar mais oportunidades de capacitação para os professores (23%), garantir o aumento salarial dos docentes (43%), melhorar a infraestrutura das escolas (30%) e ampliar o uso de tecnologia na educação (22%).

Segundo Patrícia, a parceria com as famílias será essencial para que a aprendizagem seja retomada. "Que essa parceria entre escola e família só se fortaleça ainda mais, porque é nessa retomada das aulas presenciais, com o diagnóstico [de aprendizagem dos alunos], que a gente vai ter a real dimensão e a real magnitude do desafio do ensino aprendizagem à nossa frente nos próximos dois, três anos, pelo menos". 

Desigualdades

A pesquisa identificou que, em dezembro de 2021, mais de 800 mil estudantes continuavam sem receber nenhum tipo de atividade escolar, mesmo estando matriculados. Um em cada quatro estudantes encerrou o ano sem nenhuma atividade presencial. Entre os estudantes de escolas de baixo nível socioeconômico, esse índice chegou a 34%. 

Em 2022, as redes de ensino no Brasil buscam estratégias para conduzir o ano letivo. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, a segurança na volta às aulas presenciais, em meio à onda de transmissão de covid-19 provocada pela variante Ômicron, depende do engajamento de toda a comunidade escolar, incluindo os responsáveis. Além de estar atentos aos sintomas e aos protocolos, os pais devem se vacinar, vacinar seus filhos e participar da prevenção no dia a dia.

A pesquisa revela que, em dezembro de 2021, 89% dos estudantes de 12 a 17 anos da rede pública estavam vacinados e que no caso de 76% das crianças de 6 a 11 anos, os pais e responsáveis declararam que pretendiam vaciná-las imediatamente.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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Fórmula 1 confirma sprint race no GP de São Paulo pelo 2º ano seguido

A Comissão de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta segunda-feira (14) que o Grande Prêmio (GP) de São Paulo, entre 11 e 13 de novembro, receberá uma das três sprint races (corridas curtas, realizadas no sábado anterior à prova oficial, no domingo) da temporada 2022. As demais etapas serão nos GPs da Emilia-Romagna (22 a 24 de abril) e da Áustria (8 a 10 de julho).

A sprint race dura um terço (no caso de São Paulo, 24 voltas) da prova oficial e define a ordem de largada para domingo. No ano passado, os três primeiros colocados da corrida curta pontuaram. A partir de 2022, os oito melhores somarão pontos, em ordem decrescente (o vencedor ganha oito, o segundo leva sete e assim por diante). Um dia antes, na sexta-feira, o treino da tarde servirá de classificação para a sprint.

Em 2021, o autódromo de Interlagos foi o palco de uma das três sprint races da competição (vencida pelo finlandês Valtteri Bottas) e será o único a recebê-la novamente. As outras duas foram em Silverstone (Reino Unido) e Monza (Itália), com triunfos do holandês Max Verstappen e de Bottas, respectivamente. O modelo de corrida curta foi pensado para atrair mais público e valorizar a experiência do fim de semana de prova.

“Para nós, do GP de São Paulo de Fórmula 1, a confirmação da sprint pelo segundo ano consecutivo é um atestado de que conseguimos realizar um excelente trabalho no ano passado. A sprint valoriza ainda mais a prova de Interlagos”, disse Alan Adler, chefe-executivo da prova, em nota à imprensa.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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Pesquisa mostra caminhos para produção de anticoncepcional masculino

Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontam caminhos que podem levar ao desenvolvimento de um anticoncepcional masculino.

O estudo, publicado na revista Molecular Human Reproduction, mostra que a partir da proteína Eppin, que regula a capacidade de movimentação do espermatozoide é possível desenvolver medicamentos que controlem a fertilidade dos homens.

Segundo o professor do departamento de Biofísica e Farmacologia da Unesp, Erick José Ramo da Silva, a partir de experimentos feitos em camundongos foi possível identificar dois pontos da proteína que regulam a movimentação dos espermatozoides. “Ela tem um papel muito importante no controle da motilidade temática por interagir com outras proteínas que agora estão no sêmen. E essas proteínas, ao interagirem com a Eppin, promovem o ajuste fino da motilidade, o controle da motilidade”, explica o pesquisador que faz estudos na área há 20 anos.

Segundo Silva, foram usados anticorpos para descobrir quais são os pontos da Eppin, que tem função semelhante nos camundongos e nos seres humanos, responsáveis por regular a movimentação célula reprodutiva masculina. Após a ejaculação, o espermatozoide precisa nadar para chegar ao óvulo e fazer a fecundação.

Porém, antes da ejaculação, os espermatozoides não se movimentam. O estudo trabalhou em identificar justamente qual é a interação que faz com que as células fiquem paradas antes do momento certo. “Quem impulsiona o espermatozoide para dentro é o próprio processo de ejaculação. Somente depois de alguns minutos da ejaculação é que o espermatozoide vai adquirir a motilidade progressiva para seguir a jornada dele”, detalha o professor.

Princípio ativo

Ao entender detalhadamente como as proteínas mantém os espermatozoides parados e depois ativam a movimentação dessas células, os pesquisadores abrem a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos que atuem dessa forma. “A gente estuda como essas proteínas interagem para entender como elas interrompem a motilidade para que a gente possa pensar estratégias farmacológicas, usando um composto, um princípio ativo, que pudesse incisar essa relação que naturalmente acontece”, acrescenta.

Um medicamento que fosse capaz de interromper a movimentação dos espermatozoides seria um anticoncepcional com efeito quase imediato, afirma Silva.

O estudo, inciado em 2016, foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e teve parceria com os departamentos de Farmacologia e de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além do Instituto de Biologia e Medicina Experimental do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas, da Argentina.

Silva diz que, agora, as pesquisas devem continuar no sentido de buscar compostos ou moléculas que possam atuar nos pontos identificados pelo estudo. Essa nova etapa terá colaboração com cientistas da Inglaterra, de Portugal e da Universidade de São Paulo (USP).

O pesquisador conta, no entanto, que ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino tem enfrentado dificuldades devido a falta de financiamento pelas indústrias farmacêuticas.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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