Número de pessoas que acessam banco online cresce 22 milhões em 2 anos

Mais de 119,6 milhões de pessoas usaram a internet para acessar bancos ou outras instituições financeiras em 2024. Esse número supera em 22,5 milhões o total de brasileiros que utilizaram internet banking em 2022.

O dado de 2024 representa também 71,2% dos 168 milhões de brasileiros que tinham acesso à internet. Em 2022, o percentual era 60,1%; em 2023, 66,7%.

Os dados fazem parte de um suplemento sobre tecnologia da informação e comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O analista do IBGE Gustavo Geaquinto Fontes destacou o crescimento identificado pela pesquisa. “Foi um aumento muito rápido, 11,1 pontos percentuais em um período de dois anos”, constata.

Bancarização e Pix

Ele explica que a pesquisa não pergunta qual o serviço que a pessoa realizou pela internet, mas aponta algumas hipóteses.

“Pode ser pelo aumento da bancarização, mas também, cada vez mais pessoas fazem uso de bancos por meio de aplicativos de celular, por exemplo”, diz Fontes. “O uso do Pix se expandiu muito de forma rápida”, acrescenta o analista.

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.
Pix tinha quase 160 milhões de pessoas físicas cadastradas no final de junho - Foto: Marcello Casal Jr/Arquivo/Agência Brasil

O também analista Leonardo Quesada lembra que o dado específico sobre acesso a bancos ou outras instituições financeiras pela internet é coletado a partir de 2022 apenas, mas reforça a hipótese do Pix.

“O Pix acaba também favorecendo muito isso porque a pessoa acaba usando ali dentro no celular, no celular usando a internet, tem aplicativo do banco, então eu acho que facilitou, só que a gente acaba tendo uma série meio curta para comparar antes do Pix. Então a gente não pode dizer somente em relação ao Pix, mas eu acho que faz sentido, sim, ele ter fortalecido esse movimento”, contextualiza.

Dados do Banco Central (BC) mostram a evolução da bancarização no país. Em 30 de junho, havia 202,5 milhões de pessoas físicas com contas bancárias. No período de comparação do IBGE – final de 2022 para o final de 2024 –, o BC identifica crescimento de 6% (188,3 milhões para 199,8 milhões).

Criado pelo BC em novembro de 2020, o Pix somou no fim de junho deste ano 159,9 milhões de pessoas físicas cadastradas. O uso dessa forma instantânea de pagamento chegou a ser apontado pelo governo do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, como prejudicial a companhias americanas.

Serviços públicos

Outro uso de internet que apresentou crescimento na pesquisa do IBGE são os serviços públicos. Em 2022, quando o dado começou a ser coletado, 54 milhões de pessoas realizaram algum tipo de serviço público pela internet. O número saltou para 65,2 milhões em 2024. Em termos proporcionais, passou de 33,4% dos usuários de internet para 38,8% no intervalo de dois anos.

"Têm sido disponibilizados cada vez mais serviços públicos por meio da internet", constata Gustavo Fontes.

A pesquisa do IBGE visitou domicílios no último trimestre de 2024 e fez perguntas sobre os hábitos dos brasileiros 90 dias antes da realização da pesquisa. Alguns usos têm histórico desde 2016.

A compra ou encomenda de bens e serviços de forma online também foi destacada pelo IBGE. Em 2022, 42% das pessoas que usavam a internet fizeram alguma compra ou encomenda. Em 2024, eram 48,1%.

Smartphone, celular, em uso.
Conversar por chamadas de voz ou vídeo é a principal atividade do brasileiro na internet - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Principal uso

O IBGE constatou que, de 2019 a 2024, houve uma inversão entre os dois primeiros usos de internet por parte dos brasileiros. Em 2019, a principal atividade era enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail, que era prática de 95,8% das pessoas. Em 2024, essa prática, que inclui o popular WhatsApp, passou para 90,2%.

Por outro lado, conversar por chamadas de voz ou vídeo passou no mesmo período de 91,4% para 95%, sendo atualmente a principal atividade realizada pelo brasileiro na internet.

Sem dado de bets

Um uso de internet que tem crescido no país não foi pesquisado de forma específica pelo IBGE:  o acesso a plataformas digitais de apostas, as chamadas bets.

O estudo Raio X do Investidor Brasileiro, elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), estima que 23 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma aposta em plataformas online em 2024. Esse número representa 15% da população com 16 anos ou mais de idade.

O IBGE reconhece que o uso de bets “explodiu no país”, o que pode ser repensado pela Pnad.

“Essa parte tecnologia tem evoluído muito rápido, sejam serviços, sejam hábitos de uso de internet, então é claro que, em uma próxima revisão, a gente pode avaliar a possibilidade de incluir itens que a gente considera que são relevantes, que aumentaram a importância daquele uso na sociedade”, frisa Fontes, lembrando que a pesquisa foi iniciada em 2016 e novos itens de investigação já foram incluídos em 2022.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Começa nesta quinta-feira reembolso de descontos ilegais do INSS

Começa nesta quinta-feira a devolução dos descontos indevidos feitos por entidades associativas nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social. Ao todo, 533 mil beneficiários serão contemplados ainda nesta semana. 

Estão aptos a receber o reembolso, os beneficiários que aderiram, até a última segunda-feira (21), ao acordo proposto pelo governo federal. Aposentados e pensionistas que ainda não aderiram ao acordo têm até o dia 14 de novembro para fazê-lo.

O reembolso será feito na conta em que o benefício é pago, por ordem de adesão – quem aderiu primeiro, receberá primeiro. O pagamento será em parcela única, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país.

Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais de um milhão de pessoas (1.052.128) já formalizaram o pedido de ressarcimento.

Novo canal de aviso

Para reforçar a comunicação com quem ainda não aderiu ao acordo, os bancos que pagam os benefícios também começaram a avisar os aposentados e pensionistas sobre a possibilidade de pedir o ressarcimento.

“Escolhemos meios seguros para nos comunicarmos com os aposentados e pensionistas: a partir de agora, quem ainda não aderiu será avisado pela instituição financeira de que tem uma pendência. Isso foi feito para proteger quem mais precisa e garantir que ninguém fique sem o valor de volta”, destacou o presidente do INSS, Gilberto Waller.

Vantagens da adesão

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na semana passada, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, destacou algumas vantagens para quem aderir ao acordo.

A primeira delas é não ser necessário, ao aposentado, gastar dinheiro com advogado. Outra vantagem é a possibilidade de o aposentado entrar com ações contra as associações que fizeram a cobrança indevida.

“[Ao aderir ao acordo,] ele se compromete a não entrar na Justiça contra o governo, mas ele pode entrar contra as associações. Por exemplo, se ele acha que merece receber uma ação por dano moral, ele pode entrar regressivamente contra as associações para receber esse dinheiro”, disse ele durante o programa.

Ele explica que o governo está apurando para diferenciar as entidades associativas que são idôneas, das que não são. “Essas associações [não idôneas] só voltarão a funcionar após o pente fino que estamos fazendo. Vamos atrás de cada centavo dessas associações que fraudaram o INSS, para ressarcir o Tesouro. Inclusive já bloqueamos R$ 2,8 bilhões dessas associações, por meio de ações judiciais na justiça”.

Quem pode aderir?

Podem aderir ao acordo os aposentados e pensionistas que contestaram os descontos indevidos e não receberam resposta da entidade ou associação após 15 dias úteis. Atualmente, mais de 3,2 milhões de pedidos de 1,9 milhão de pessoas já superaram o prazo para receber resposta das associações e entidades que representam aposentados, por isso, podem aderir ao acordo.

A adesão é gratuita e, antes de assinar o acordo, os aposentados e pensionistas podem consultar o valor que têm a receber. A adesão pode ser feita exclusivamente pelos seguintes canais:

- Aplicativo ou siteMeu INSS

- Agências dos Correios em mais de 5 mil municípios

A central telefônica 135 está disponível para consultas e contestações, mas não realiza adesão ao acordo.

Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS?

1- Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha;
2- Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um);
3- Role a tela até o último comentário, leia com atenção e, no campo “Aceito receber”, selecione “Sim”;
4- Clique em “Enviar” e pronto. Depois, basta aguardar o pagamento

Como funciona o processo até a adesão ao acordo?

1- O beneficiário registra a contestação do desconto indevido;
2- Aguarda 15 dias úteis para que a entidade responda;
3- Se não houver resposta nesse prazo, o sistema abre a opção para adesão ao acordo de ressarcimento.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 CNJ comunica vazamento de dados de 11 milhões de chaves Pix CNJ comunica vazamento de dados de 11 milhões de chaves Pix

Mais de 11 milhões de chaves Pix tiveram dados cadastrais vazados, comunicou na noite desta quarta-feira (23) o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O incidente ocorreu no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), que conecta juízes e o Banco Central (BC).

Tanto o CNJ como o BC informaram que foram acessados de forma indevida dados de 11.003.398 chaves Pix. As informações cadastrais expostas foram as seguintes:

• nome da pessoa;
• chave Pix;
• nome do banco;
• número da agência;
• número da conta.

Segundo o CNJ, o problema ocorreu no domingo (20) e na segunda-feira (21) e foi prontamente corrigido.

O CNJ e o BC reiteraram que não foram expostos dados sensíveis, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário.

De acordo com os dois órgãos, as informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras.

O Sisbajud é uma ferramenta eletrônica que permite aos juízes pedir informações financeiras e bloquear ativos de devedores. O sistema substitui o antigo BacenJud e facilita a comunicação entre o Judiciário e o sistema financeiro para o cumprimento de ordens judiciais.

Canal de consulta

O CNJ informou que oferecerá, em breve, uma ferramenta exclusiva para o cidadão consultar se foi afetado pela exposição de dados. A divulgação desse canal ocorrerá no site do CNJ: www.cnj.jus.br

Esse será o único meio de comunicação às pessoas afetas. O CNJ ressaltou que não contatará as vítimas por mensagens, SMS, e-mail ou chamadas telefônicas.

Transparência

O BC informou ter adotado as ações necessárias para a apuração detalhada do caso. O órgão ressaltou que o incidente tem baixo impacto potencial para os usuários e que a comunicação não é exigida pela legislação. A autarquia, no entanto, decidiu divulgar a ocorrência por causa do princípio de transparência.

Em breve, o BC também detalhará a ocorrência na página específica em seu site destinada a comunicar todas as exposições e vazamentos de dados desde a criação do Pix.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Movimento nos aeroportos brasileiros cresce 10% em 2025

A aviação comercial brasileira bateu recorde no primeiro semestre de 2025. Nos primeiros seis meses deste ano, 61,8 milhões de passageiros viajaram em voos domésticos e internacionais.

A movimentação nos aeroportos cresceu 10% na comparação com o mesmo período do último ano.

De janeiro a junho deste ano, foram 13,8 milhões de turistas em voos internacionais, alta de 15,3%. Em voos nacionais, o crescimento foi de 8,6%, com movimentação superior a 40 milhões de pessoas.

“Estamos vivendo o melhor período da nossa aviação civil e os números comprovam isso. Se mantivermos esse ritmo no segundo semestre deste ano, vamos fechar 2025 com o melhor resultado da história. Isso significa um ganho expressivo não apenas para o nosso setor, mas para todos. Quando a aviação vai bem, o turismo vai bem, assim como a parte hoteleira e, principalmente, a nossa economia”, afirmou, em nota, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. 

Demanda

De acordo com levantamento do ministério, com base no Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre os 10 maiores aeroportos do país com maior movimentação, o melhor desempenho foi observado no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, que passou de 6,5 milhões de passageiros para 8,2 milhões de viajantes em 2025, crescimento superior a 26%.

Com 6,2 milhões de passageiros transportados, o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, também teve destaque no semestre, com alta de quase 15%. O maior terminal do país, o de Guarulhos, em São Paulo, cresceu 8% nos seis primeiros meses do ano, com quase 22 milhões de viajantes.

Embora tenha perdido uma posição no ranking dos mais movimentados, o Aeroporto de Brasília apresentou alta de 7,6% período, com movimentação superior a 7,5 milhões de pessoas, melhor resultado desde 2019.

Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, a perspectiva é positiva para os próximos meses diante dos investimentos públicos na infraestrutura de aeroportos e apoio institucional a companhias aéreas.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Tarifaço não é "problema comercial" com EUA, diz presidente da Apex

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, disse nesta terça-feira (22) que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil não se trata de um “problema” de comércio, mas da ação de grupos políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Eu não consigo achar o problema que nós temos com os Estados Unidos, para poder agir. Porque o que está vindo para nós não é um problema de comércio, é uma ação perversa de família, de grupos extremistas que querem danificar o país, querem danificar quem trabalha, danificar as empresas e danificar a soberania do nosso país. E diante disso devemos estar unidos como nunca antes”, disse Viana.

A afirmação foi feita durante cerimônia de assinatura de um convênio da Apex com a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), voltado para a exportação de produtos agroindustriais produzidos pelas cerca de 1,5 mil cooperativas ligadas à organização.

Cooperativas

Batizado de Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), a ação é destinada exclusivamente às cooperativas e visa dar os subsídios para que elas consigam atingir mercados externos, por meio de capacitações.

Segundo dados da Unicafes, 92,6% das cooperativas adotam práticas sustentáveis na produção; 75% são agroindústrias e 73,4% promovem a inclusão de jovens e mulheres. A valorização das mulheres é um dos eixos do projeto, como reconhecimento ao trabalho desenvolvido e a dedicação ao cultivo de suas terras e ao desenvolvimento das comunidades onde atuam.

A presidente da Confederação Unicafes, Fátima Torres, destacou que a iniciativa vai ajudar a aumentar a força e a competitividade das cooperativas na abertura de novos mercados, tanto fora quanto dentro do país.

“Nós vamos estar disponibilizando capacitação para as nossas cooperativas e essa formação serve para os mercados. Claro que a Apex tem um foco no mercado internacional, mas essa capacitação vem para promover, cada vez mais, o amadurecimento da gestão das nossas cooperativas. E aí, a outra coisa é que, a partir desse convênio, nós vamos poder cada vez mais internacionalizar o nosso cooperativismo solidário”, afirmou.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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