PF diz que ex-presidente do INSS recebia R$ 250 mil mensais de propina

A Polícia Federal (PF) apontou que o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto recebia R$ 250 mil mensais em propina no esquema de descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas.

A conclusão está no relatório de investigação que baseou nesta quinta-feira (13) a deflagração da nova fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF).

Stefanutto foi preso por determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações.

Segundo a PF, o ex-presidente tinha influência na Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) e recebia propina utilizando empresas de fachada, como uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia.

De acordo com os investigadores, ele foi citado na investigação com o codinome “Italiano”. A apuração apontou que grande parte dos pagamentos foram realizados entre junho de 2023 e setembro de 2024.

“Ficou claro que, em troca de sua influência, Stefanutto recebia propinas recorrentes, utilizando diversas empresas de fachada para ocultar os valores. O valor mensal de sua propina aumentou significativamente para R$ 250 mil após assumir a presidência do INSS. Seus pagamentos provinham diretamente do escoamento da fraude em massa da Conafer”, diz a PF. 

Para os investigadores, Stefanutto exerceu “papel de facilitador” do esquema e citou que, antes de se tornar presidente do INSS, ele foi procurador do órgão.

“Stefanutto agiu de forma decisiva em duas frentes: primeiro, facilitando juridicamente a celebração do ACT da Conafer em 2017; e, em segundo, blindando o esquema em sua função como presidente do INSS, o que resultou no aumento da propina mensal para R$ 250 mil”, concluiu a PF.

Segundo os investigadores, o pagamento de propina foi necessário para manter as fraudes de descontos não autorizados.

“O pagamento de valores indevidos aos altos gestores do INSS era necessário porque, sem o apoio deles, seria impossível continuar com uma fraude de tamanha magnitude, que envolvia mais de 600 mil vítimas e gerava milhares de reclamações judiciais e administrativas”, completou o relatório. 

Outro lado

Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto informou que não teve acesso ao teor da decisão que resultou na prisão. 

“Trata-se de uma prisão completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”, diz a nota. 

A Conafer disse que está disposta a cooperar com as autoridades para elucidação dos fatos e defendeu a presunção de inocência de integrantes da confederação, que também foram alvo da nova fase da operação.

“Nós reafirmamos, com veemência, o princípio basilar do Estado de Direito: a presunção de inocência. Todos os citados nela têm o direito processual e moral de ter sua defesa assegurada e sua honra preservada enquanto não houver decisão judicial condenatória definitiva. A Conafer confia nas instituições e, ao mesmo tempo, exige que sejam respeitados os direitos fundamentais dos investigados”, declarou a entidade. 

 

 

 

 

 

POr - Agência Brasil

Participantes do Enem podem estudar por aplicativo do MEC

Os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 que farão as provas de ciências da natureza e matemática no próximo domingo (16) podem contar com o aplicativo MEC Enem – o Simuladão do Enem , para revisar os conteúdos.

O aplicativo (app) - lançado pelo Ministério da Educação (MEC) - visa apoiar estudantes na preparação para o Enem.

O app dSimuladão do Enem está disponível nas lojas de aplicativos Apple Store e Google Play. Também pode ser acessado na internet

Os interessados precisam se conectar pela plataforma Gov.Br, com o Cadastro de Pessoa Física (CPF). Em seguida, o estudante deve se cadastrar no aplicativo ou no site.

Conteúdos

Após se cadastrar na ferramenta com o login gov.br, o estudante terá acesso a conteúdos nos formatos de vídeo e apostilas.

A plataforma também apresenta as seguintes funcionalidades:  

  • trilhas de estudo segmentadas por complexidade e campo do conhecimento;  
  • simulados completos com questões de provas do Enem; 
  • simulados de questões alternativas por campo do conhecimento,
  • assistente virtual com inteligência artificial para construir planos ou cronogramas de estudo personalizados,
  • tira-dúvidas do estudante, com base em conteúdos exclusivos das matérias que caem no Enem

As conquistas e as pontuações de cada estudante ficam registradas em um perfil privado, sendo possível para o usuário do aplicativo, se quiser, compartilhar sua evolução nas redes sociais.  

Segundo dia de Enem

No domingo (16), os participantes resolverão questões de ciências da natureza e suas tecnologias; e de matemática e suas tecnologias.

Os portões abrem às 12h e serão fechados  às 13h (no horário de Brasília). A aplicação das provas começa às 13h30 e termina às 18h30, portanto, meia hora mais cedo em relação ao primeiro domingo de provas. 

Reaplicação

Os participantes que perderam a aplicação das provas do primeiro dia do Enem 2025 devido a problemas logísticos - desastres naturais ou por serem acometidos por doenças infectocontagiosas - terão a reaplicação do exame garantida. 

Por isso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) recomenda que, se for possível, os candidatos devem fazer o segundo dia de provas, mesmo que tenham perdido a aplicação das provas do último domingo.

As provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro. O prazo para solicitar a reaplicação, por meio da Página do Participante, no site do Inep, será do dia 17 de novembro até as 12h de 21 de novembro (horário de Brasília).

Efeitos da COP30 

Nas cidades de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, o primeiro dia de provas do Enem 2025 está agendado para 30 de novembro e o segundo será em 7 de dezembro, em razão da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), na capital paraense no período da aplicação regular do exame. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Safra deve recuar 3,7% em 2026, depois de um 2025 recorde

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 332,7 milhões de toneladas em 2026. Esse resultado representa recuo de 3,7% em comparação a este ano, que marca um recorde. 

As estimativas foram divulgadas nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que, todos os meses, apresenta o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Essa é a primeira edição a trazer dados para 2026.

Para este ano, a estimativa do IBGE é de uma safra de 345,6 milhões de toneladas, a maior já observada no país, sendo 18,1% mais volumosa que a de 2024.

Ao comentar a passagem de um ano com colheita recorde para outro com recuo na safra, o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, aponta a influência de fatores climáticos.

“Em 2025, a gente teve um clima que favoreceu muito o desenvolvimento das lavouras, a gente tem recorde de produção para várias culturas, como soja, milho, sorgo [cereal], algodão”, disse.

“Para 2026, a gente está no início de safra ainda, então a gente trabalha muitas vezes com médias ainda de rendimentos de anos anteriores, por isso também essa queda um pouco da produção e, provavelmente, o clima não será assim tão favorável”, completa.

Guedes descreve que 2026 será o ano sob a influência do fenômeno La Niña, com resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial, que traz chuvas mais intensas para a Região Centro-Oeste e pouca chuva para o Sul, o que pode afetar as lavouras.

Apesar de menor volume de produção, o IBGE aponta que a área a ser colhida deve ser maior em 2026. São estimados 81,5 milhões de hectares, quase o tamanho do Mato Grosso, expansão de 1,1% na comparação com 2025.

Culturas agrícolas

O levantamento do IBGE investiga 16 produtos: algodão (caroço de algodão), amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo, triticale (originário do cruzamento entre trigo e centeio), canola e gergelim. Os dois últimos aparecem pela primeira vez na pesquisa.

Na comparação dos prognósticos de 2025 e 2026, a agricultura brasileira deve ter redução principalmente nas seguintes culturas:

  •  milho (-9,3% ou -13,2 milhões de toneladas)
  •  sorgo (-11,6% ou -604,4 mil toneladas)
  •  arroz (-6,5% ou -815,0 mil toneladas)
  •  algodão (-4,8% ou -466,9 mil toneladas)
  •  trigo (-3,7% ou -294,8 mil toneladas),
  •  feijão (-1,3% ou -38,6 mil toneladas)
  •  amendoim em casca (-2,1% ou -25,5 mil toneladas)

Ao comentar a queda da produção de milho, o pesquisador do IBGE avalia que não se espera, para 2026, que o clima se comporte tão favoravelmente.

“Além disso, ainda pairam muitas dúvidas quanto à janela de plantio do cereal, uma vez que as lavouras da safra de verão encontram-se ainda em desenvolvimento no campo”, explica Guedes.

Influência dos preços

De acordo com o analista, preços mais baixos do algodão, arroz e feijão levam produtores a diminuir as áreas plantadas.

No caso do algodão, ele explica que 3 anos de safra crescente derrubaram o valor da colheita.

“Manteve a oferta alta e diminuiu os preços, então as margens estão apertadas para os produtores e a tendência é de redução na área de plantio”, disse.

Na agricultura, os produtores podem escolher qual produto plantar, baseados em informações de rentabilidade.

O feijão deve ver a safra (3 milhões de toneladas) reduzir 1,3%. “Mas ainda assim atendendo ao consumo brasileiro”, ressalva o IBGE.

Soja

No sentido oposto, o IBGE estima crescimento na safra da soja, que deve expandir 1,1% e chegar a 167,7 milhões de toneladas. O país é o maior produtor e maior exportador global da oleaginosa.

“A área plantada deve crescer 0,3%; e a produtividade, 0,8%, muito em função da possível recuperação da safra gaúcha, muito prejudicada em 2025. Chuvas escassas e irregulares têm trazido preocupação aos produtores do Centro-Oeste”, explica o IBGE.

O IBGE divulgou também que a capacidade de armazenagem agrícola no país cresceu 1,8% no primeiro semestre deste ano em comparação com o segundo semestre de 2024, chegando a 231,1 milhões de toneladas.

Capacidade dos métodos de armazenamento:

  •  silos: 123,2 milhões de toneladas (53,3% da capacidade útil total do país);
  •  armazéns graneleiros e granelizados: 84,2 milhões de toneladas (36,4%);
  •  armazéns convencionais, estruturais e infláveis: 23,8 milhões de toneladas (10,3%).

Em 30 de junho deste ano o Brasil tinha estoque total de 79,4 milhões de toneladas. Mais da metade era soja (48,8 milhões de toneladas), seguida pelo milho (18,1 milhões), arroz (6,1 milhões), trigo (2,4 milhões) e café (600 mil).

A capacidade de armazenagem e gerenciamento de estoque são utilizados na agricultura com forma de buscar maior rentabilidade para o agricultor, permitindo a escolha do melhor momento para a venda da produção no mercado.

Conab

Também nesta quinta-feira, a Companhia Nacional Abastecimento (Conab), empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, divulgou que a safra 2025/2026 deve ser de 354,8 milhões de toneladas de grãos. 

 

 

 

 

 

POr - Agência Brasil

 Brasil estima colheita de 354,8 milhões de toneladas de grãos

O Brasil colherá 354,8 milhões de toneladas de grãos na safra 2025/26, segundo estimativa da Companhia Nacional Abastecimento (Conab).

Em termos de área, a previsão para o atual ciclo é que o total utilizado para a produção seja de 84,4 milhões de hectares, o que corresponde a um crescimento de 3,3% na comparação com a safra anterior.

A segunda estimativa para a atual safra de grãos, divulgada nesta quinta-feira (13) pela Conab, indica que a produtividade média nacional ficará em 4,2 mil quilos por hectare.

A companhia, no entanto, alerta que as projeções podem variar, a depender das condições climáticas das regiões produtoras – o que inclui as áreas do sul onde ocorreram, recentemente, “eventos adversos”, bem como irregularidades pluviométricas no Mato Grosso e atraso de precipitações no Goiás.

Soja

No caso da soja, a Conab projeta um aumento de 3,6% na área a ser semeada, chegando a 49,1 milhões de hectares produzindo, segundo a estimativa, um total de 177,6 milhões de toneladas.

O plantio da oleaginosa segue “dentro da média dos últimos 5 anos, porém atrasado quando se compara com o percentual registrado em período semelhante da temporada anterior, com destaque para Goiás e Minas Gerais”, destacou a companhia ao informar que, nos dois estados, “não foram registrados índices de chuvas satisfatórios para o avanço da semeadura”.

No Mato Grosso, o plantio segue em ritmo semelhante ao registrado na última safra.

“Porém, com a instabilidade climática registrada em outubro, a implantação da cultura não foi feita nas condições consideradas ideais, onde algumas áreas semeadas no início de outubro sentiram os efeitos de déficit hídrico, comprometendo a população de plantas por hectare e o estabelecimento inicial da oleaginosa”, detalha o levantamento.

Milho

A produção total estimada para as três safras de milho no período é 138,8 milhões de toneladas. Se confirmado, o resultado representa uma redução de 1,6% na comparação com o ciclo anterior. Em termos de área cultivada, a Conab projeta um crescimento de 7,1%, na primeira safra.

“As baixas temperaturas ocorridas durante certos períodos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, retardaram a emergência e o desenvolvimento inicial da cultura, mas ainda sem interferir no potencial produtivo”, informou a Conab.

Algumas lavouras tiveram impactos negativos por conta de “intensas precipitações, fortes ventos e granizos ocorridos no início de novembro no Paraná, posteriores aos levantamentos realizados em campo”, acrescentou a companhia.

Arroz e Feijão

O levantamento da Conab projeta um total de 11,3 milhões de toneladas de arroz a serem colhidas nesta temporada. O resultado é 11,5% menor do que o obtido na safra anterior. Segundo a companhia, essa queda decorre da diminuição da área de cultivo.

“No Rio Grande do Sul, principal estado produtor do grão, a semeadura alcança mais de 78% do previsto, apesar de em algumas áreas ter ocorrido atraso na operação, devido aos volumes de chuva que impediam a entrada de maquinário no campo”, destacou a Conab.

A colheita estimada para as três safras de feijão é 3,1 milhões de toneladas, volume que, segundo a Conab, é semelhante ao ciclo anterior. A primeira safra apresenta queda de 7,3% na área plantada, totalizando 841,9 mil hectares.

O total a ser produzido deve ficar em 977,9 mil toneladas, resultado 8% inferior ao obtido na safra passada.

“O plantio segue em andamento nos principais estados produtores, já concluído em São Paulo, Paraná com 91% e Minas Gerais com 44%”, destacou a Conab.

Culturas de inverno

Com relação às culturas de inverno, a safra 2025 já se encontra em sua fase de colheita, tendo, na produção de trigo, o principal produto semeado. O segundo levantamento da Conab a safra de grãos indica 7,7 milhões de toneladas a serem colhidas.

As condições climáticas das principais regiões produtoras são consideradas “favoráveis” pela Conab, para as culturas.

“Entretanto, a redução dos investimentos em insumos, especialmente fertilizantes e defensivos, tornou as lavouras mais suscetíveis a doenças e limitou o pleno aproveitamento do potencial produtivo, resultando em espigas menores e com menor número de grãos”, alerta a companhia.

“Vale destacar que no Paraná, as chuvas intensas, registradas no início de novembro, podem influenciar as lavouras que ainda permanecem em campo”, acrescentou.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 PF prende Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (13), o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto. A prisão se deu em nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Stefanutto foi exonerado do cargo em abril, logo após a Operação Sem Desconto revelar as fraudes contra aposentados e pensionistas.

A operação investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.

Policiais federais e auditores da CGU cumprem 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas da prisão em 15 unidades da federação.

Os cumprimentos atingem os estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

“Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial”, divulgou a Polícia Federal.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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