Mas será, por exemplo, que o bebê é capaz de sentir quando a mãe chora ou fica triste?
Apesar de todos os avanços da medicina, o que acontece na vida intrauterina ainda permanece um grande mistério para a ciência. Segundo Heloisa Brudniewski, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, sabe-se que o bebê recebe hormônios liberados pela mãe, mas não é possível estabelecer como ele sente essas reações emocionais.
De acordo com a médica, quando a mãe está triste ou nervosa, ela libera hormônios que levam a alteração da frequência cardíaca e da pressão arterial. Esses hormônios também podem alterar a frequência cardíaca do feto, mas não é possível saber que ele "sente" nesse momento.
Cláudio Basbaum, doutor especialista em Ginecologia e Obstetrícia e especialização na Universidade de Paris, também afirma que não é possível atribuir efeitos nocivos sobre a "consciência do bebê" a momentos de dificuldades ou ansiedades momentâneas no dia a dia de uma mulher grávida, mesmo quando ela fica mais triste ou chora.
O médico diz que o desenvolvimento saudável e a felicidade do bebê na vida intrauterina não dependem de eventuais emoções maternas, até porque, ela não poderá ser uma otimista o tempo todo, todos os dias da gestação.
Por Paulo Nobuo (Bolsa de Mulher)