A canção é do Rei Roberto Carlos e estourou nas rádios do país inteiro como tema da novela ‘Salve Jorge’. Todo mundo cantou e ainda se emociona com a letra. Mas o Rei que nos desculpe: para um homem ser o "cara" de mulher não precisa desse grude todo. Basta ter alguma afinidade, empatia, confiança, compatibilidade e muito companheirismo.
Quem garante é um especialista no assunto, o psicólogo e coaching amoroso da Agência Free Love, Rafael Higino Wagner. Ele explica que as pessoas cada vez mais buscam aquela que as complete de alguma forma, a sua "alma gêmea". Mas essa busca pode, às vezes, confundir dependendo do nível de ansiedade de cada um e ser até mesmo negativa. "Se uma relação traz complementaridade, respeito e tem tudo para ir adiante", explica.
Essa procura pela "alma gêmea" deve se iniciar com um desenvolvimento pessoal e nos questionando se estamos prontos para um relacionamento e se temos os mecanismos necessários para sermos felizes em uma relação a dois. Geralmente, explica o psicólogo, essas perguntas só são respondidas quando se entrega a essa relação, mas é necessário abdicar de algumas coisas.
"Só enxergaremos a nossa outra 'metade' se estivermos dispostos a nos relacionar, abertos a esse encontro e é a partir daí que passamos a enxergar no outro aquilo que consideramos essencial para uma boa convivência", avalia Rafael.
"Só enxergaremos a nossa outra "metade" se estivermos dispostos a nos relacionar, abertos a esse encontro e é a partir daí que passamos a enxergar no outro aquilo que consideramos essencial para uma boa convivência", avalia Rafael.
Por isso, alguns pontos devem ser analisados para saber se é uma relação que nos fará bem, que durará para toda vida ou boa parte dela. Entre eles, as afinidades que temos com o outro, os pontos em comum, as semelhanças de personalidade, os valores familiares e de amizade parecidos.
Na opinião do psicólogo, a compatibilidade é a principal característica para que duas pessoas fiquem juntas e sejam felizes. A recomendação para os casais é simples: conversem. "Fale sobre o que gosta e mesmo que os gostos sejam diferentes e exista respeito. Aí poderá estar o "tempero" da relação", recomenda.
Pontos em comum sustentam relação
É importante que o casal tenha pontos em comum que sustente a relação. Se for o caso de uma paquera, analise objetivamente se aquela pessoa 'sensacional' que conheceu no jantar com amigos tem tudo a ver com você. Converse muito, faça programas que evidenciarão os gostos em comum e se pensam de uma forma complementar.
Pequenas diferenças são construtivas
Às vezes, pequenas diferenças são construtivas e fazem com que a relação se balanceie, mas é essencial que existam semelhanças de personalidade como o apego à família, se os dois gostam da presença dos entes queridos, se os amigos têm a mesma importância na vida de cada um, se podem contar com a companhia do outro para atividades que consideram importantes. Geralmente, explica o psicólogo, um casal ideal passa horas conversando sobre vários assuntos e nunca se cansam da presença um do outro.
Intimidade: quando ambos falam o que pensam
Tem tudo para ir adiante um relacionamento onde ambos podem falar o que pensam e discutir a respeito e ainda chegar a uma solução de determinados assuntos sem desgastes. Assim como podem sentir prazer na vida sexual e doam-se e recebem aquilo que gostam ao expor suas necessidades e trocas de afeto mútuo.
Empatia: você pensa no outro sem se anular
O casal é próximo, um sente que a presença do outro lhe dá forças e ambos conseguem agir pensando não em si mesmos, mas importando-se com o companheiro. Você pensa naquilo que é bom para ele, mas sem se anular e esse equilíbrio se reflete no convívio do casal. Quando há empatia, um também sente que o outro faz o melhor por vocês. Claro que as queixas existirão, mas sem o sentimento de que existe egoísmo de um dos parceiros.
Confiança: quando você acredita na palavra do outro
Este é um dos itens mais importantes nessa relação de compatibilidade. Quando se pode acreditar na palavra do parceiro, se confia naquilo que promete e as cobranças ficam em segundo plano, a companhia é tão agradável que se tem a sensação de que conhece o outro muito bem e esse vínculo não permite deslealdade. A relação se sustenta pela autoconfiança refletida no outro. 'É algo leve. Ambas as partes acreditam que se completam e não sobra espaços para dúvidas que abalariam a relação em longo prazo', explica Wagner.
Companheirismo: compartilham medos e evoluem juntos
A base de tudo encontra-se na amizade dos dois. Muitos acreditam que isso pode afastar o romance, mas é justamente o contrário. Quando se tem uma relação de respeito mútuo e ponderação, o relacionamento pode durar para sempre, pois sente-se que o outro está ali para auxiliar seu crescimento, para ouvir e ser ouvido. Assim, se compartilha os medos, inseguranças e juntos evoluem na vida a dois contando, principalmente, com respeito e companhia.
Fonte - Tempo de Mulher