Terça, 11 Dezembro 2012 22:17

O coito interrompido é um método anticoncepcional?

Especialista alerta sobre meios ineficazes de prevenção da gravidez.

Embora existam diversos meios seguros de anticoncepção, a falta de informações e de acesso, associados aos tabus e ao desconhecimento de como a sexualidade pode ser saudável, expõem adolescentes e adultos aos riscos de uma gravidez indesejada e de doenças sexualmente transmissíveis quando adotam meios comprovadamente ineficazes de evitar filhos.

 

O coito interrompido, ou gozar fora, acontece quando o homem retira o pênis da vagina no momento que percebe que irá ejacular. As falhas advêm da falta de controle da ejaculação, principalmente nos adolescentes, quando alguma quantidade de esperma é eliminada dentro da vagina ou na vulva.

 

Também durante a excitação, no líquido lubrificante que o homem produz podem estar presentes espermatozóides e deles resultar a gravidez, mesmo se eliminados na entrada da vagina. A preocupação do casal e a relação incompleta são motivos comuns de frustação e insatisfação sexual.

 

Colabora para os riscos de uma gravidez indesejada a avaliação errônea do período fértil, que deve associar o meio do ciclo com a presença vaginal de uma secreção do tipo muco, transparente e abundante. Esta secreção não é corrimento nem sinal de excitação sexual.

 

Outro meio popular de anticoncepção também ineficaz é a ducha vaginal, que nada mais é do que lavar a vagina minutos após o coito, que pode facilitar infecções e reduzir a lubrificação vaginal.

 

Ter relações sexuais durante a menstruação pode falhar se ocorrer no final de um longo período de sangramento, e se considerarmos a sobrevida de até 72 horas do espermatozóide dentro do corpo feminino. É muito raro, mas não é impossível.

 

A tabelinha ou a abstinência no período fértil falham mais na adolescência, devido às irregularidades do ciclo menstrual das garotas.

 

E existem ainda crenças sem fundamento que afirmam que a mulher sem orgasmo não engravida; que se ela for virgem, ejacular na vulva não oferece riscos; relação sexual dentro da água não engravida; homens idosos não têm espermatozóides.

 

Mitos e verdades

 

- Mito: o coito interrompido é um método anticoncepcional

- Verdade: o coito interrompido não é método, e além de ineficaz, pode causar frustração sexual

 

Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual

 

 

 

 

 

Fonte - Folha de Londrina

 

 

 

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