Quarta, 13 Novembro 2013 17:51

Tem dificuldade para acordar cedo? Talvez você seja uma pessoa B

 

O movimento não é novo, mas pouca gente sabe o que significa a Sociedade B. Já ouviu falar?

 

Este é o termo usado mundo afora para definir pessoas que têm dificuldades de realizar suas tarefas no período da manhã.

 

E olha que tem gente muito importante que joga neste time, como Bill Gates e o presidente norte-americano Barack Obama. Ambos já declararam que, apesar de exercerem atividades pela manhã, são mais produtivos à noite.

 

Assim como eles, há muitos outros indivíduos ao redor do mundo que conseguem render mais à tarde. Não se trata de preguiça, segundo os defensores do movimento, mas de predisposição biológica. Pessoas que se denominam como Bs, argumentam que além de ser tudo mais calmo e silencioso durante a noite, pela manhã se sentem mais cansadas e letárgicas.

 

Foram pessoas assim que criaram em 2007, na Dinamarca, o movimento chamado de B-Society (Sociedade B/livre tradução). O B vem de "biológico", pois o grupo se baseia em estudos da cronobiologia e defende que, como cada pessoa tem um ritmo biológico diferente, e alguns realizam melhor suas atividades pela manhã e outros no período da tarde e noite, por isso as empresas e escolas deveriam oferecer horários alternativos.

 

Isso porque, segundo os Bs, a produtividade do colaborador seria melhor aproveitada pela empresa. Além disso, o grupo afirma que deixar o funcionário trabalhar dentro do seu relógio interno evita problemas de saúde, como irritabilidade, depressão e estresse. "Por que precisamos trabalhar todos no mesmo horário, e enfrentar os mesmos engarrafamentos?", questionam os integrantes do movimento. "Por que temos que correr ao mesmo tempo para pegar as crianças na escola antes que elas fechem? Por que tudo tem que funcionar nos mesmos ritmos e horários, se isso causa problemas gigantescos na infraestrutura da sociedade?"

 

Na Europa, há vários testes sendo realizados com a flexibilização de horários. A escola Vorbasse School, na Dinamarca, introduziu horários flexíveis de estudo: os alunos podem escolher fazer trabalhos das 8 às 10 ou das 14 às 16 horas. Na Suécia, escolas secundárias oferecem – desde 2007 - turnos opcionais entre 8 e 20 horas.

 

Segundo reportagem publicada pelo O Globo, a Sociedade B chegou ao Brasil somente em 2012 e, embora ainda não seja uma prática disseminada no mercado, algumas empresas começam a dar mais atenção aos diferentes perfis de produtividade de seus funcionários. É o caso da Unilever, por exemplo, que permite que os colaboradores escolham entrar no trabalho entre 8h e 10h30. A Rexam, fabricante mundial de embalagens no Rio de Janeiro, é outro exemplo. A empresa resolveu flexibilizar seus horários depois de realizar estudos sobre a produtividade dos funcionários, e constatar que aqueles classificados como B são mais produtivos no fim do dia.

 

 

Influência externa

 

Especialistas observam que a propensão matutina ou vespertina pode ser notada já a partir dos seis a sete meses de idade. Entretanto, o meio externo também influencia na determinação a esta ou aquela característica, como por exemplo, a rotina dos pais. Se os pais acordam e dormem cedo, é possível que a criança se adapte com o tempo.

 

De acordo com pesquisas do movimento, de 10% a 15% da população são matutinas ou pessoas "A", cujo melhor desempenho é das 6h às 22h e o pico de energia antes do meio-dia. Já as pessoas "B" corresponderiam de 15% a 25% e funcionariam melhor de 9h a 1h, tendo seu melhor rendimento à tarde. A grande maioria, por sua vez, consegue se adequar a um dos dois tipos, e ao longo da vida a preferência pela manhã ou noite pode variar.

 

 

Opinião contrária

 

Para o professor da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Menna-Barreto, a flexibilização de algumas horas no trabalho podem ser positivas, mas estudar ou trabalhar em horários extremos, como das 22 às 8 horas, pode gerar mais problemas do que aliviar, pois estaria incoerente com os horários das demais atividades cotidianas. Ele acredita que, embora seja difícil, é possível que pessoas com ritmos diferentes se adaptem aos mesmos horários.

 

Segundo o cronobiólogo Till Roennberg, que mapeou mais de 125 mil pessoas e escreveu o livro "Tempo interno", algumas atitudes podem ajudar na adaptação ao estilo A de viver e melhorar a saúde e o mau humor das pessoas B, como tomar sol durante o dia, caprichar no café da manhã antes de trabalhar e manter a mesma rotina de horário para almoçar. (Com informações do Terra e O Globo via Bonde)

 

 

 

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