Segunda, 15 Julho 2013 15:41

Psicanalista traça perfil dos homens que amam demais

Depois de frequentar grupos de apoio por dois anos e perceber que em nenhum deles havia espaço para os homens que amam demais, a psicanalista Taty Ades resolveu pesquisar e escrever um livro para ajudá-los.

 

Assim nasceu no livro "HADES – Homens que Amam Demais".

 

Na publicação a autora explica que que os homens que homens com essa característica têm entre 30 e 55 anos e apresentam-se muito mais dependentes afetivamente do que sexualmente.

 

 

Sintomas sutis

 

A psicanalista explica que os homens desde pequenos são condicionados a serem fortes, a não chorarem e não assumirem que estão sofrendo por amor. E muitas vezes os sintomas são sutis e ninguém percebe. "Se ele vê que está se afastando dos amigos, que não pratica as atividades que gosta, está cada vez mais isolado e obcecado pela parceira querendo modificá-la e colocando-a no centro de sua vida, ele está doente e viciado em amor", avalia Taty Ades. 

 

 

Várias causas

 

"Os pais normalmente são alcoólatras e, de algum modo, esse homem que ama demais sofreu violência doméstica, tanto física quanto verbal. Dessa forma, ele transporta suas frustações para a vida e repete a história. Quando realizei as entrevistas, desmembrei suas vidas chegando até a infância. Percebi que muitos repetem os padrões de comportamento de suas famílias, o que afeta bastante seus relacionamentos hoje", analisa.

 

 

'Cegueira emocional'

 

Esse homem que ama demais, explica Taty, começa a viver em função da amada, vasculha tudo e corre sério risco de estar caindo na cilada do ciúme excessivo. Além disso, se culpa por tudo que acontece de errado, e ainda por cima possui uma autoestima muito baixa, por isso, não se dá valor. Por ser humilhado todo o tempo pela amada, esse homem sofre o que a psicanalista chama de 'cegueira emocional'.

 

 

Risco de separação

 

"É como se esse amor obsessivo estivesse mais do que claro e ele insiste em não querer ver. É muito triste quando você percebe o amor doentio. O casal não aproveita o melhor desse sentimento e corre grande risco de se separar", completa a autora'.

 

 

Perfil pede apoio profissional 

 

Nem sempre as pessoas que vivem um relacionamento doentio têm forças para dar um fim a ele. Por isso, é preciso procurar a ajuda de psicólogos e até mesmo, em alguns casos, de psiquiatras. "O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC da FMUSP), por exemplo, oferece terapia para os dependentes de amor. Vale a pena tentar", aconselha Taty.

 

 

 

 

 

Fonte - Bonde

 

 

 

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