Sexta, 11 Novembro 2016 22:05

Terceira idade e o diabetes; saiba como lidar

Idosos já podem apresentar, por conta da idade – e não por causa de doenças – sintomas como perdas cognitivas e de memória, diminuição da atenção e concentração, sintomas depressivos, queda da autoestima, sentimentos agressivos que podem vir em função da limitação ou perda das condições físicas. 

 

Por isso só, o idoso doente já não é um paciente comum. E essa faixa etária de pacientes só tende a aumentar.

 

No Brasil, 13,7% da população é idosa, isso é, aproximadamente 28 milhões de pessoas (IBGE). Com aumento da expectativa de vida, já se fala até em Quarta Idade (dos 80 aos 100 anos). 

 

A psicóloga Lecticia Rapôso falou, no 2º Congresso Regional de Diabetes do Rio de Janeiro (com apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes), sobre a diferença no atendimento do idoso com diabetes do atendimento a pacientes de outras faixas etárias. 

 

"Claro, não existe uma forma só de envelhecer e, este processo recebe influências dos padrões de cada um. Mas o envelhecimento bem-sucedido envolve autonomia, bem-estar psicológico, estratégias de enfrentamento e capacidade produtiva", ressalta. 

 

A profissional também enquadrou outra situação em que o diabetes se encaixa, ou seja, quando aparece na melhor idade. "Quando durante o envelhecimento surge o diabetes, que é uma doença crônica, isso é, que não tem cura, e sim um tratamento contínuo, o idoso sofre outras transformações, além daquelas advindas da idade. O adoecimento e o envelhecimento se confundem. Dessa forma, o sentimento é maior de aceitação, podendo ser um bom gancho para um tratamento bem-sucedido". 

 

O adoecimento pode ser encarado como mais uma perda entre tantas que ocorrem nesta etapa da vida, nesse caso, pode aparecer o estado depressivo ou revoltado; tristeza, desânimo e desesperança em relação ao futuro, em função de preocupações em relação as complicações e seus desdobramentos. 

 

 

No tratamento do idoso com diabetes é preciso: 

 

- Relacionar o desenvolvimento da doença com o doente, sua história, aceitação, nível social, cognitivo, aspectos psicológicos – e com o entendimento das demandas desta etapa do ciclo vital.

 

- Analisar que no adoecimento crônico não só o indivíduo é afetado, mas toda família, que por sua vez afeta o paciente. Pois se é um idoso o portador do diabetes, a família pode ter que se reorganizar para ajudá-lo no monitoramento. 

 

- Cada etapa do ciclo vital tem as suas demandas e tarefas, que afetarão o curso da doença crônica, e esta, por sua vez, afetará as demandas e tarefas desta etapa. 

 

Cabe ao médico não só olhar para a doença e sim para o doente, pois cada idoso faz o seu processo de envelhecimento de uma forma peculiar, enfrentando de forma mais ou menos intensa essa etapa da vida. 

 

É preciso conhecer as histórias de seus pacientes, suas crenças, seus valores, sentimentos, questões familiares, sociais e culturais que aliados aos conhecimentos do Diabetes, podem favorecer um tratamento bem-sucedido a cada um de seus pacientes. (Com Bonde)

 

 

 

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    Há vários anos que se debate a possibilidade de a vitamina D ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e auto-imunidade nas ilhotas pancreáticas (ou Ilhotas de Langerhans, grupo especial de células do pâncreas que produzem insulina e glucagon), mas o assunto gera bastante controvérsia.

     

    No entanto, um novo estudo, publicado na revista Diabetes, analisou 8676 crianças com alto risco de desenvolver diabetes tipo 1, e descobriu que as que tinham níveis mais altos de vitamina D (quando bebês e crianças) tinham um risco menor de desenvolver auto-imunidade nas ilhotas e de diabetes tipo 1, afirma o jornal Indian Express.

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    A substância será armazenada em uma embalagem em formato de caneta, o que deverá facilitar o manuseio durante a aplicação, o reúso do recipiente e seu transporte. O anúncio foi feito hoje dia 11, pelo governo federal.

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