O estudo foi publicado na revista Nature e os pesquisadores explicaram que os animais foram criados sem uma molécula imune de combate a determinado patógeno, chamado interferon gama, e que, por conta disso, apresentaram déficits sociais e de comportamento, como o de interação com outros ratos.
Para tentar descobrir o que estava causando esse comportamento, os animais passaram por um exame de ressonância magnética funcional, que monitorou suas atividades cerebrais. Os resultados mostraram que certas regiões do cérebro no córtex pré-frontal, que são conhecidos por controlar o comportamento social, tornou-se hiperativo. No ser humano, a condição está relacionada ao autismo.
Depois disso, os autores da pesquisa injetaram nos animais a molécula interferon gama e notaram que, quase instantaneamente, eles passaram a se comportar como ratos saudáveis, sem qualquer alteração social. Monitorando a atividade cerebral dos roedores, a equipe descobriu que a introdução da proteína levou a um aumento nos níveis de um neurotransmissor chamado GABA, que alivia a hiperatividade.
Jonathan Kipnis, um dos autores do estudo, explicou em comunicado que “o cérebro e o sistema imune adaptativo foram pensados para ser isolados uns dos outros e, qualquer atividade imunológica no cérebro era percebida como um sinal de patologia. Agora, não só estamos mostrando que eles estão intimamente interagindo, mas que alguns traços de comportamento podem ter evoluído”. (Com Ifl Science)