Por outro lado, já nos casos de fraqueza repentina em determinada área do corpo, problemas inesperados para falar, alterações súbitas da visão e da boca, além de vômitos e náuseas, podem indicam que o quadro é uma isquemia.
O neurologista Maurício Hoshino esclarece que "saber identificar os sintomas do AVCI e do aneurisma cerebral é crucial e pode atenuar eventuais sequelas que os problemas podem trazer. Além disso, sempre vale lembrar que quanto mais rápido for realizado o atendimento, maiores serão as chances de sucesso minimizando sequelas e outros graves danos à saúde".
Estimativas revelam que apenas 20% dos aneurismas intracranianos sofrerão uma ruptura em algum momento da vida. No entanto, quando isso acontece, cerca de 50% dos pacientes morrem nos primeiros 30 dias do ocorrido ou, mais grave ainda, antes de dar entrada em algum pronto atendimento. Números da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que passa de 5 milhões o número de mortes em decorrência do AVC. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, este índice é de aproximadamente 100 mil casos. Resumindo, 1 em cada 6 pessoas irá sofrer de um AVC.
O especialista pontua que "embora os números assustem, é possível atenuar as chances de sofrer algum problema cerebral adotando regras básicas. Alimentar-se de forma mais saudável, praticar atividade física e, principalmente, evitar alimentos gordurosos e calóricos, que contribuem para o entupimento das artérias, dificultando a circulação sanguínea, são hábitos simples que podem ser incorporados ao dia a dia de qualquer pessoa".
Entendendo, diferenciando e conhecendo os principais fatores de riscos das doenças cerebrais:
No acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), o cérebro perde a circulação e a oxigenação, originando diversos problemas, entre eles, o sumiço da fala, o peso elevado de um dos braços ou pernas ou o desvio da boca.
Aproximadamente 80% dos casos de AVC são isquêmicos, quando o fluxo de sangue de uma região específica do cérebro é interrompido, interferindo, assim, nas funções neurológicas dependentes daquela região afetada. Já 20% dos casos são hemorrágicos, quando existe hemorragia no local (sangramento), aliados ao edema cerebral (inchaço) e aumento da pressão
intracraniana.
Os principais fatores de risco são: hipertensão arterial, doença cardíaca, diabete, tabagismo, além do uso de pílulas anticoncepcionais e álcool, que aumentam o estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) da pessoa.
Uma das causas do acidente vascular cerebral hemorrágico é o aneurisma cerebral, onde ocorre um alargamento anormal na parede de uma artéria e consequente fragilidade, permitindo rompimento durante esforço físico ou pico de pressão alta. Os principais fatores de risco são: antecedentes de aneurisma na família, hipertensão arterial, alteração do colesterol e triglicerídeos, diabete melito (açúcar no sangue) e o fumo. (Com Bonde)