A diminuição deste hormônio promove algumas mudanças no corpo e bem-estar prejudicando a qualidade de vida. Portanto, assim como já é comum ouvir sobre reposição hormonal para mulheres nesta faixa etária, é importante o homem também realizar procedimento como exames e orientações médicas para o início de um tratamento para reposição hormonal.
A redução gradual do nível da testosterona também pode comprometer a saúde do homem. Uma das doenças mais comum é o hipogonadismo, onde os testículos não produzem quantidades suficientes de testosterona e comprometem a produção de espermatozoides. Em longo prazo, se não houver um tratamento adequado, a doença pode ainda ocasionar infertilidade.
Os principais sintomas são: desânimo, falta de concentração, perda da libido, disfunção erétil, entre outras. Por isso é preciso ficar alerta aos sinais e buscar ajuda profissional para realizar o diagnóstico o quanto antes. Em alguns casos, de acordo com a orientação médica, o tratamento de Terapia de Reposição Hormonal Masculina pode ser indicado.
"A diminuição do desejo e o distúrbio da função sexual são os principais motivos que levam o paciente ao consultório e, onde podemos identificar se há ou não o quadro de hipogonadismo", explica Ruth Clapauch, médica endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Geralmente, o hipogonadismo atinge homens acima dos 40 anos, e as mudanças mais evidentes são redução do nível de testosterona, maior tendência para engordar e, simultaneamente, uma perda maior da massa óssea. O tratamento da doença consiste na reposição do nível de testosterona, e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida minimizando os sintomas.
Uma pesquisa publicada no European Heart Journal avaliou 83.010 homens sabidamente com níveis de testosterona baixos e observou que a normalização dos níveis de testosterona está relacionada à redução da taxa de mortalidade por todas as causas e a redução da incidência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Para a realização do tratamento, especialistas ressaltam a importância de haver o diagnóstico preciso, realizado através do conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição da concentração de androgênios e exames laboratoriais. "O tratamento adequado para a reposição hormonal masculina deve ser acompanhado e prescrito pelo médico e representa uma melhora significativa em todos os aspectos físicos e emocionais", conclui Ruth Clapauch.
Cuidado
Após a realização do diagnóstico, que deve ser feito pelo médico, os pacientes que tiverem diagnóstico ou histórico de câncer de próstata ou na glândula mamária, não devem realizar a reposição de Terapia de Reposição Hormonal com Testosterona, nesses casos a reposição pode acelerar o crescimento desses tumores; não existe uma correlação entre a reposição de testosterona e o surgimento desses tumores. (Com Bonde)