'Nossos resultados sugerem que é importante manter uma relação íntima com o parceiro, mas que não é necessário transar todos os dias, por exemplo, desde que você esteja mantendo essa conexão' explica a doutora Amy Muise, pesquisadora líder do estudo.
Hoje em dia é fácil encontrar estudos e diversos livros de autoajuda afirmando que transar todos os dias eleva a autoestima, deixa mais feliz, e deixa a união do casal mais apaixonado. Porém, para o psicanalista Sérgio Gomes, membro do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, estabelecer padrões com relação a sexualidade seja transar uma vez por mês ou três vezes por semana é arriscado e pode ajudar a criar estigmas.
'Generalizações são sempre problemáticas. Para se criar uma estatística um pouco mais fiel, seria preciso levar em conta fatores como idade, gênero, orientação sexual, renda, religião, o papel do romantismo na vida dos entrevistados, etc. Cada grupo e cada cultura tem parâmetros muito diferentes de sexualidade', analisa Gomes, doutor em psicologia clínica pela PUC-Rio. 'A sexualidade humana é muito complexa, e me parece superficial estabelecer índices a serem cumpridos para se obter o que todos dizem que é a felicidade. Nem sempre o sexo é medida de bem-estar'.
Mas afinal, qual a frequência ideal?
Uma descoberta realizada pela Universidade de Toronto-Mississauga pode ajudar a medir o termômetro da relação.
Segundo a recente pesquisa conduzida pela psicóloga social Amy Muise e publicada na revista "Social Psychological and Personality Science", fazer sexo uma vez por semana já é o suficiente para ter um bom nível de felicidade no casamento ou relação estável. (com O Globo)