Na casa paroquial, o padre receberá a filha do coronel para um café e uma conversa. "Muitas lembranças, minha filha", perguntará ele, ao vê-la observando a cidade pela janela. "Dias que nenhum de nós certamente irá conseguir esquecer!", responderá ela, em tom quase misterioso. "Não me diga que você veio até aqui só pra fazer esse velho padre feliz?", questionará ele. "Me diga o que mais vai dentro desse coração, minha filha?", continuará.
Tereza não conseguirá esconder a tristeza e dirá que as lembranças vieram à tona com sua volta. "Você tá falando dele, não é?", questionará o padre, referindo-se a Santo. "Tudo que soube dele durante todos esses anos são as brigas com meu pai", responderá ela. "Como é que Santo tá, padre? Me diz. Como é que ele tá?", perguntará Tereza, sem conseguir conter a curiosidade.
"Lutando, minha filha. Ele está lutando, como lutou desde o primeiro dia de sua vida!", falará padre Romão. "A luta de Santo não é contra ninguém. É a favor do povo, Tereza. É a favor desse povo, não é contra ninguém!", continuará o religioso. "Santo se fez o braço forte dessa gente. Do povo ribeirinho, das comunidades, dos pequenos produtores. Sempre foi! O sofrimento fez dele um grande homem, minha filha. Um grande homem!", dirá o religioso, deixando Tereza, de certa forma, orgulhosa.
As lembranças do amor interrompido virão com tudo à cabeça da filha do coronel, que não conseguirá se segurar e cairá no choro, emocionada. "O que foi, Tereza? Por Deus, eu disse alguma coisa?", perguntará o padre. "Não, padre. O senhor não disse nada. Fui eu que não tive coragem de dizer", dirá ela. "Eu construí minha vida em cima de uma mentira, padre! Às vezes eu percebo que construí minha vida inteira em cima de uma grande mentira!", concluirá Tereza, consolada pelo padre. (Com Notícias da TV)