Funciona assim: a pulseira tem alguns sensores que percebem mudanças na temperatura da pele e no pH do suor do usuário, sinais que indicam uma alta na glicose. O dispositivo também tem micro agulhas que ficam protegidas por uma camada mais fina. Em situação de glicemia alterada, pequenos filamentos são aquecidos e derretem essa camada, liberando as agulhas que injetam um medicamento antidiabético na pessoa, a Metformina - droga que facilita a absorção da glicose pelas células, diminuindo sua concentração na corrente sanguínea. Essas agulhas são tão fininhas que as picadas são quase imperceptíveis.
O dispositivo é feito de grafeno, um material extremamente forte e flexível à base de carbono. Essa composição faz com que a pulseira seja super fina e confortável e, ao mesmo tempo, tão resistente quanto o diamante. O grafeno também conduz a eletricidade 100 vezes mais melhor do que o silício, que é a matéria prima da maioria dos chips de computador. Ainda não há informações sobre o custo dessas pulseiras.
O aparelho foi testado em ratos com diabetes e em dois homens adultos que também tinham a doença, e os resultados foram satisfatórios - ou seja, a concentração de açúcar no sangue foi controlada com sucesso pela pulseira. Mas antes que os cientistas possam continuar os testes em humanos, alguns problemas precisam ser resolvidos: em dias de muito calor, por exemplo, os sensores do dispositivo podem ser enganados.
Outra complicação é que a dose de Metformina que é liberada precisa ser exata para cada pessoa, e isso ainda não foi acertado.
Os estudos vão continuar até que esses ajustes sejam feitos, mas os cientistas estão otimistas: é um passo importante para facilitar a vida de quem sofre com diabetes, e evitar que elas precisem tomar injeções de insulina todos os dias, por exemplo. (Com Super Interessante)