O que esse grupo de cientistas está buscando é justamente uma forma de aumentar os níveis de antioxidantes das células. E os esforços se concentram na vitamina B3, encontrada em alimentos como frango, porco e atum.
"O que nós temos feito é aumentar o processo natural dos antioxidantes no corpo. Fizemos isso com ratos por meio de modificações genéticas e esses ratos viveram mais e com mais saúde", explicou em entrevista ao site BBC Manuel Serrano, do Centro Nacional de Pesquisa sobre o Câncer na Espanha, que é um dos líderes do estudo.
Segundo Serrano, não é possível replicar o experimento com modificações genéticas em seres humanos, mas o grupo tem feito testes para saber se dá para atingir o mesmo resultado de outra maneira. A ideia é aumentar a síntese de derivados da vitamina B3 para, consequentemente, melhorar os níveis de antioxidantes no organismo.
"Os derivados da vitamina B3 são a chave para a defesa dos antioxidantes do nosso corpo. Então uma possibilidade que estamos estudando é que, complementando a dieta com vitamina B3, poderíamos melhorar esse processo de defesa", afirmou.
"Ainda não temos a certeza de que isso daria certo. É algo que precisamos testar para ver se tem um impacto na defesa dos antioxidantes."
Caso isso se confirme, o consumo de alimentos que contenham vitamina B3 seria importante para o aumento dos antioxidantes no organismo – o que em tese poderia conter o envelhecimento. Essa vitamina pode ser encontrada em alimentos como atum e outros peixes, frango, carne de porco, fígado, ovos, leite, amendoim e arroz. Mas Serrano alerta que nada consumido em excesso vai fazer bem.
"Acho que quando o assunto é comida, a melhor estratégia é ter uma dieta balanceada, porque com certeza frango e porco têm outras substâncias que não são tão boas. Então não quero dizer às pessoas para comerem o quanto quiserem de frango e porco. Acho que isso não seria racional", ressaltou. (com BBC)