A ruiva sorri e tira o outro sapato. “Esperei você mais que esperei qualquer outra mulher”, diz ele. Eliza ri e ajeita a almofada sob a cabeça de Arthur. “Me beija, Scarlett!”, pede o bonitão. Eliza se levanta para sair, ele a segura pela mão. Ele a olha, acordado. “Me beija, Eliza!”.
Eliza, surpresa, recua. "Para com isso, Arthur!", ela pede. Arthur volta a si e pede desculpa. "Você prometeu que ia me respeitar aqui!", diz ela. "Eu tava sonhando, aí eu te vi. Falei sem pensar", responde Arthur. "Esse sonho aí devia ser muito do sem vergonha!", fala ela. Arthur fala que ninguém controla o sonho e diz que era até engraçado: "Você era a Scarlett O’Hara e eu, o Rhett Buttler daquele filme 'E o vento levou'. No sonho a gente repetia a cena em que os dois se despedem, ele vai pra guerra. Ao fundo, o magnífico pôr do sol da Georgia. É um dos filmes mais românticos de todos os tempos. Eu assisto toda vez que preciso colocar meus sentimentos em ordem".
Eliza pergunta se ele está mal e ele fala que está confuso. "E você sabe porque. Daqui a pouco, o concurso acaba, você vence, eu ganho a/ Eu vou cuidar da minha vida, você da sua. E a gente nunca mais vai se ver", diz ele. "Claro que vai! Você vai ser meu agente!", fala ela. "Não é a mesma coisa. Tô falando dessa convivência. A gente nunca mais vai se ver assim. No meio da noite, conversando sem ninguém interromper. Eu gosto muito desse Arthur em que eu me transformo quando eu tô com você", responde o bonitão. "Eu também gosto muito da Eliza que você descobriu dentro de mim", diz ela.
"Sabe, Eliza, quando a gente conversa, eu reencontro um Arthur mais ingênuo, mais puro até. O mundo me estragou, eu me estraguei, mas você traz meu lado bom de volta", afirma ele. "Sabe o que eu gosto? Quando você me chama de 'encantadora'. Você fala de um jeito tão lindo que eu até acho que é verdade", diz Eliza. "Você é especial. Acredita nisso", responde Arthur. Ele faz um gesto de aproximação, mas ela se retrai e os dois se despedem. (Com Extra Globo)