Desenvolvido pela ONG Parceria Internacional para os Microbicidas (IPM, na sigla em inglês), o anel deve ser trocado mensalmente e adapta uma tecnologia usada em contraceptivos - comumente usados para liberar hormônios - para enviar uma droga antirretroviral que combate o vírus HIV.
Outro estudo, feito pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, em inglês) usando o mesmo método de prevenção, mostrou que a infecção pelo vírus caiu 27%. É a primeira vez que duas pesquisas em estágio avançado confirmaram a eficácia do uso de microbicidas contra o HIV.
Os resultados das pesquisas foram divulgados ontem na Conferência de Retrovírus e Infecções Oportunistas, nos EUA. Ambos constataram diferenças importantes na eficácia do anel, dependendo de fatores como consistência, adesão e idade da mulher.
De acordo com a NIH, o risco de infecção por HIV diminuiu 56% em mulheres com idade em torno de 21 anos. No exame da IPM, a redução para a mesma faixa etária foi de 37%.
As duas instituições não constataram efeitos significativos do dispositivo em mulheres com menos de 21 anos. Por isso, os pesquisadores ainda tentam compreender o uso da nova tecnologia e os fatores que precisam ser estudados.
“Estes resultados dão uma nova esperança para mulheres que precisam de mais e diferentes tipos de proteção contra a infecção por HIV”, explica a diretora da IPM, Zeda Rosenberg. “Vamos buscar a aprovação do anel mensal de dapirivina e trabalhar com parceiros para determinar seu papel no fortalecimento dos esforços para prevenção ao HIV”, completa. (Com Catraca Livre)