No Brasil os números são alarmantes, pois cerca de 11 milhões de pessoas têm depressão, de acordo com números do IBGE. Visando isso, foi realizada uma pesquisa no Hospital das Clínicas e Hospital Universitário de São Paulo que investigava a expressão não verbal da doença.
Em entrevista ao UOL, a professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Clarice Goronstein, disse que o diagnóstico normal é baseado em algumas perguntas que dependem de uma resposta do paciente, mas às vezes ele esconde muitas coisas, por isso existe a importância do diagnóstico visual da comunicação não verbal.
A pesquisa investigou 100 pessoas que já haviam sido diagnosticadas com depressão anteriormente (grupo-depressão) e 83 que não tinham (grupo-controle). Cada uma delas passou por uma entrevista de 15 minutos, onde tiveram seus comportamentos filmados.
Com base em cinco minutos de gravação, os analisadores, que não sabiam quem tinha a doença, tiveram que identificar as expressões de cada um dando pontuações, que variavam de 0 a 10. No quesito sorrisos por exemplo, o grupo-depressão recebeu a nota 1,0. Já o grupo-controle teve 2,3. Contato ocular deu 8,4 para o grupo controle e 6,3 para o grupo-depressão.
Os estudiosos afirmam que a expressão facial tem o poder de confirmar ou desmentir alguma afirmação. Por isso a intenção de Clarice é oferecer esse conhecimento aos profissionais de saúde no Brasil. (Com UOL)