Mas, muitas vezes, as pessoas se veem “perdidas” diante de tantos “conselhos” e opções oferecidas pelo mercado alimentício.
“Muitos produtos novos são puro modismo, desenvolvidos apenas para nos fazer gastar dinheiro”, comenta Camila Secches, endocrinologista titulada pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), especialista em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina de Itajubá.
E o Sal Rosa do Himalaia, o que é? É mesmo benéfico à saúde? Será que vale a pena colocá-lo no lugar do sal comum?
Você confere as respostas para estas e outras perguntas abaixo, para que, ao final da leitura, sinta-se mais segura para escolher o “sal ideal” para sua alimentação.
O que é o Sal Rosa?
Por que ele tem ganhado tanto destaque? Camila explica que há cerca de 200 milhões de anos, o mar alcançava o leito da cordilheira do Himalaia, que se situa na Ásia e atravessa vários países, como China, Nepal, Myanmar, Paquistão, Butão, Afeganistão e Índia. “O mar foi gradualmente se afastando da cordilheira ao longo dos anos, mas deixou no terreno uma camada de cristais de sal marinho”, diz.
“Anos depois, este sal foi encoberto com lava vulcânica. Acredita-se que a lava protegeu o sal da poluição e alterações climáticas e, por isso, hoje em dia, o Sal Rosa do Himalaia é o sal mais puro encontrado no planeta. As várias tonalidades de rosa dependem da quantidade e qualidade dos minerais que o compõe, especialmente da proporção de ferro”, destaca a especialista em nutrologia.
Benefícios do Sal Rosa do Himalaia para a saúde
Camila explica que o Sal Rosa do Himalaia é naturalmente rico em iodo. “Tem menos do que ¼ da sua composição em sódio e contém mais de 80 tipos de minerais e elementos que incluem magnésio, cálcio, potássio e bicarbonato”, diz.
Por conter tantos minerais, o Sal Rosa do Himalaia, de acordo com a endocrinologista Camila, pode estar associado a diversas situações:
Manter o equilíbrio hidroeletrolítico do corpo;
Restaurar o pH do estômago;
Diminuir o risco de doença do refluxo gastroesofágico;
Reduzir a incidência de bócio (aumento da tireoide);
Prevenir câimbras;
Manter a boa saúde dos ossos e dentes;
Ajudar o intestino a absorver nutrientes.
“É naturalmente isento de microrganismos e, por ter menos sódio do que o sal comum, tem menor impacto nos níveis pressóricos”, acrescenta Camila.
Sal Rosa do Himalaia x sal marinho x sal comum
Entenda por que atualmente fala-se muito sobre o Sal Rosa do Himalaia e por que ele é considerado a opção mais saudável.
Sal comum: Camila explica que o processo de refinamento do sal comum elimina todos os seus minerais e preserva apenas cloreto e sódio. “O sódio é o principal responsável pelo aumento da pressão arterial. Como a quantidade de sódio no sal comum é maior do que no Sal Rosa do Himalaia, podemos comer apenas 3 a 5g por dia. Quanto ao Sal Rosa, o consumo ideal é de 6 a 10g por dia (o dobro)”, diz.
“Além disso, o sal comum passa por um processo de clareamento químico e tratamento com substâncias antiagregantes (para não formar grumos quando exposto à umidade) e é desnecessariamente aquecido a altas temperaturas. E ainda, o iodo adicionado ao sal muitas vezes é sintético, o que dificulta o aproveitamento adequado pelo corpo”, acrescenta a especialista em nutrologia.
Sal Rosa: o Sal Rosa do Himalaia, por sua vez, não sofre refinamento ou processamento, nem recebe aditivos químicos. “É naturalmente rico em iodo”, destaca Camila.
Sal marinho: apesar do sal rosa vir das montanhas, ele tecnicamente também é um sal marinho, conforme destaca Camila. “O Sal Rosa do Himalaia é a forma mais pura de sal marinho disponível. O Sal Rosa é melhor do que o sal marinho, mas qualquer sal marinho é nutricionalmente superior ao sal comum. Quanto mais refinado for o sal marinho ou qualquer sal, pior será a sua qualidade. O sal rosa é comercializado puro, sem passar por nenhum processo químico, nem por refinamento ou processamento”, destaca.
Como usar o Sal Rosa?
Ele é utilizado para cozinhar, como substituto do sal comum, e também para temperar saladas, por exemplo. “Blocos de Sal Rosa são também usados como tábuas para servir e/ou preparar alimentos. Peixes e alguns cortes de carne podem ser preservados em Sal Rosa antes do seu preparo. Os blocos de Sal Rosa podem ainda ser aquecidos a temperaturas de 200 a 400F e usados como superfície de cozimento”, diz Camila.
A quantidade diária recomendada está relacionada ao teor de sódio e não deve exceder 2,3g ou 2.300mg de sódio, conforme destaca a endocrinologista.
O Sal Rosa também é usado em cosméticos como sais de banho. “Tomar banho de banheira com Sal Rosa do Himalaia promete ser uma experiência relaxante e terapêutica para mente e corpo”, diz Camila.
O sal é ainda utilizado em objetos de decoração como pot-pourri e nos óleos essenciais de aromaterapia.” Um outro objeto muito comum feito a partir do Sal Rosa são as Lâmpadas de Sal do Himalaia. É uma espécie de vela de sal, escavada de uma pedra maior de Sal Rosa, com um bulbo incandescente ou uma vela em seu interior. Quando iluminados, os cristais de sal emitem uma luz suave e aconchegante”, destaca Camila.(Com Dicas de Mulher)