Outras mudanças são no esquema vacinal da poliomielite e no número de doses da vacina contra o HPV. Nesse caso, a terceira não será mais necessária. As alterações começaram a valer no dia 4 de janeiro.
Campanha de vacinação 2016
As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde na Nota Informativa N° 149, de 2015, trazendo as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2016. A iniciativa também contou com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde e do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
Um das principias alterações está relacionada à vacina do papiloma vírus humano, o HPV. O esquema vacinal será alterado para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira. Deixa de ser necessária, assim, a administração da terceira dose.
Estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos aceitável em meninas saudáveis entre 9 e 14. Ela não é inferior, quando comparada à resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. A exceção vai para as mulheres entre 9 e 26 anos que vivem com HIV. Essas devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Outra alteração importante diz respeito à vacina conta a hepatite B, que terá sua oferta expandida para todas as camadas da população, independentemente de idade ou de condições de vulnerabilidade. Com mais expectativa e qualidade de vida da população idosa, que agora tem atividade sexual maior, a probabilidade de doenças sexualmente transmissíveis também aumenta.
Mudanças para os bebês
Ainda de acordo com as informações do ministério, para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas etapas: aos 2 e aos 4 meses. Ela deve ser seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que poderá ser tomado até os 4 anos.
Essa recomendação também vem em virtude de estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do modelo anterior, de três doses mais um reforço.
Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança está relacionada à nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, já que existe a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi registrado no ano de 1989.
A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos 2, 4 e 6 meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP) de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo usada como reforço para crianças até os 4 anos de idade.