O Dr. Eduardo Bertero, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia. Ele falou sobre o problema e tirou algumas dúvidas frequentes entre os homens.
Entenda a subfertilidade masculina
Segundo o médico urologista, cerca de 15% dos casais não conseguem engravidar. Desses casos, três em cada dez são causados por um fator masculino isolado. "A maior causa conhecida e curável da subfertilidade masculina é a varicocele, caracterizada por varizes das veias que drenam o testículo, mais comum à esquerda", conta Dr. Eduardo.
O tratamento deve ser feito com uma microcirurgia. Devem-se amarrar as veias dilatadas, preservando os vasos linfáticos e as artérias.
Além disso, existem alguns tratamentos medicamentosos para tratar alterações de qualidade do sêmen. No entanto, até o momento eles não oferecem resultados consistentes.
O profissional explica que há formas de prevenir a subfertilidade masculina. Uma delas é evitar o tabagismo, conhecido fator de risco. Já o consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode levar a desequilíbrios hormonais, assim como o uso de alguns medicamentos.
A obesidade também é considerada uma possível causa da subfertilidade. O excesso de peso facilita o aparecimento de doenças crônicas, como o diabetes, que comprometem a qualidade dos espermatozoides. "Muita exposição ao calor, como frequentes idas a saunas, também pode contribuir para o problema", completa o médico.
Se o casal apresenta dificuldades para engravidar, deve realizar exames para verificar se está tudo bem com a saúde tanto do homem quanto da mulher. No caso do público masculino, um espermograma pode avaliar uma possível infertilidade.
Antioxidantes podem aumentar a fertilidade
Um estudo britânico publicado em 2011 revelou que os antioxidantes podem ser ótimos aliados para melhorar a fertilidade masculina. A revisão dos dados levantados concluiu que os homens que consumiam determinadas vitaminas tinham mais chances de engravidar sua parceira.
O benefício dessas substâncias no organismo se dá pelo controle dos radicais livres, que causam danos ao DNA do esperma, podendo resultar na diminuição dos espermatozoides e na sua capacidade de fertilização.
Apesar disso, é preciso lembrar que o consumo de antioxidantes não aumentaria o número de espermatozoides produzidos, podendo não contribuir com todos os casos de infertilidade.