Terça, 26 Janeiro 2016 13:42

Aprenda a lidar com as espinhas internas e amenize o incômodo

Além de nos incomodar com aquele aspecto nada agradável na pele, se for interna a espinha pode causar dor e inchaço.

 

Apesar de serem muito comuns na adolescência, elas podem surgir durante a vida toda, relacionadas à fatores como hormônios, estresse, higiene ou uso de produtos inadequados. 

 

Em entrevista ao site Minha Vida, Cláudia Sá, dermatologista da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro e da American Academy of Dermatology, respondeu questões sobre o problema.

 

"Existem três lesões básicas na acne: os comedões ou cravos, pústulas, que são as espinhas, e os nódulos, as espinhas internas", diz a especialista. A principal diferença entre pústulas e nódulos é a profundidade de um para o outro, sendo que a espinha interna é muito mais profunda, por isso leva mais tempo para ser tratada e demanda atenção especial. Assim como a comum, ela pode ser ocasionada devido a hormônios, ou estar relacionada com bactérias que estejam situadas na região interna da pele ou ao redor dos folículos pilosos. 

 

O Minha Vida ouviu outros especialistas para listas os cuidados que você deve que ter quando está com uma espinha interna. Confira: 

 

1. Não esprema! 

Se o hábito de tentar espremer uma espinha localizada na superfície da pele já é altamente prejudicial, tentar fazer esse procedimento com a espinha interna pode ser ainda pior. "Se você espreme uma espinha interna pode transformar a lesão num verdadeiro furúnculo, ocasionando um nódulo maior e mais inflamado, que exige tratamento com antibióticos e certamente deixará cicatriz", alerta Cláudia Sá, dermatologista da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro e da American Academy of Dermatology. Além disto, segundo a especialista, espremer este tipo de lesão além de machucar a pele, não vai produzir o efeito esperado, de extrair o conteúdo de pus, pois apesar destas lesões serem muito inflamatórias, elas geralmente não produzem a secreção. 

 

2. Tratamentos no consultório 

O consenso entre os dermatologistas é que os procedimentos realizados no consultório, ou sob orientação do especialista, são os que apresentam melhores resultados e menor risco para o paciente. Isso porque apenas o profissional poderá analisar o tipo de pele, como é a lesão, o local que ela está e até o que possivelmente está ocasionando o problema, para então indicar os recursos terapêuticos que melhor funcionarão para cada caso. "O tratamento da acne interna pode ser realizado através de medicamentos de uso oral ou tópico, combinando loções de limpeza e sabonetes específicos. Além destes, em casos mais graves, pode ser recomendado alguns procedimentos estéticos, como Laser Fracionado, Limpeza de Pele e Peeling", diz Angélica Pimenta, dermatologista e tricologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

 

3. Lave o rosto e faça esfoliação, mas com cuidado 

A higiene é fundamental para prevenir o aparecimento da acne, sejam cravos, espinhas internas ou não, e nisso se inclui tanto a limpeza diária quanto sempre retirar a maquiagem. Mas, atenção! Limpar o rosto demais, abusar da esfoliação e outros métodos pode causar efeito rebote. Ou seja, o organismo entende que há algo errado com o sebo protetor da pele, que ele está faltando, o que pode fazer com que o corpo produza ainda mais sebo para suprir essa deficiência. Além disso, "a lavagem ou a esfoliação constante pode provocar microtraumas na superfície da pele, ou dermatite de contato, e estimular o aparecimento de novas lesões", alerta Cláudia. A esfoliação da pele é importante para remover as células mortas do local e ajudar no controle da oleosidade, mas não pode ser feita de forma repetitiva e sem cuidados específicos para cada tipo de pele. Também é importante lembrar que pessoas com outras condições de saúde, como psoríase e dermatites não devem realizar o procedimento, pois correm o risco de piorar os sintomas. 

 

4. Técnicas caseiras 

Sobre as técnicas caseiras, apesar de amplamente difundidas pela sabedoria popular, não há consenso entre os especialistas sobre a real efetividade dos métodos. Além disso, dependendo do problema, de como ele é abordado e até do seu tipo de pele, pode haver piora dos sintomas. Alguns métodos que você pode tentar em casa são "utilizar compressas de algodão e vapor no rosto para abrir os poros e aumentar as chances de saída da espinha, além de fazer uma esfoliação da pele para retirar as células mortas, e assim, estimular a remoção da acne", diz Angélica. Mas não sem tomar os devidos cuidados e, no primeiro sinal de piora, procurar ajuda médica. A dermatologista Cláudia chama a atenção para "as compressas mornas, que podem ser úteis em outras situações dermatológicas, como no caso dos furúnculos, mas não tem ajuda comprovada nos nódulos decorrentes da acne. O vapor quente também pode aumentar a oleosidade e não ajuda na recuperação", afirma. 

 

5. Cuidado com a maquiagem 

O uso de certos tipos de maquiagem e não removê-la corretamente do rosto podem estar entre os fatores que estão ocasionando a acne e, por mais que seja um grande incômodo estético, usar estes produtos para esconder a espinha interna pode não ser uma boa ideia. Mas, se mesmo assim quiser utilizar é necessário aplicar produtos específicos. "A base pode ser empregada para cobrir as áreas inflamadas desde que haja a higienização da pele antes da aplicação da base e, além disto, só use produtos que tenham em sua composição alguma substancia que controle a oleosidade da pele, não basta ser 'oil free' (livre de óleo)", diz Cláudia. ((Com Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar)

 

 

 

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