Já entre os homens os dados são bem diferentes: 40% alegaram que não sabem se suas parceiras 'pularam a cerca' durante o relacionamento, enquanto 36% admitiram a traição e 24% negaram.
Para Rosana Braga, psicóloga e consultora de relacionamento do ParPerfeito, o resultado é polêmico e sugere que eles têm vergonha de admitir uma traição. "Os números se justificam por várias questões.
Além de eles se sentirem mais humilhados do que elas por conta da cultura machista que ainda prevalece sobre o discurso da igualdade de gêneros, devemos lembrar que as mulheres costumam ser mais cuidadosas ao mentir ou omitir algo. A isso, junta-se também o fato de eles não serem tão observadores e detalhistas quanto elas e a consequência é que realmente percebem com menos frequência quando são traídos", argumenta.
Quando questionados sobre a importância do sexo em seus relacionamentos, homens e mulheres também divergem. Para 39% deles, o sexo é fundamental, já para 37% delas o sexo é apenas importante fundamental aparece apenas na terceira colocação, opção escolhida por 26% das respondentes.
De acordo com Rosana Braga essas revelações mostram que, na prática, a sexualidade masculina ainda é exageradamente incentivada e a feminina, reprimida. "Reconhecer e assumir o quanto o sexo é relevante no relacionamento são questões bem diferentes, pois estão contaminadas por crenças sociais, tanto no caso dos homens quanto das mulheres", considera
Para a consultora, também é preciso considerar questões como carência, autoestima e maternidade quando pensamos no que é importante para uma mulher ao escolher seu parceiro e investir em uma relação. "Tudo isso conta no momento de avaliar o que é fundamental e o que é apenas importante. E sabemos que essas questões são sentidas e experimentadas de modos bem diferentes por homens e mulheres", conclui.(Com Bonde)