“A mão envelhece assim como nosso rosto e deve receber os mesmos cuidados. O ideal é que o creme tenha uma base siliconada que hidrata melhor e também o filtro solar”, afirma a dermatologista Dayana Espíndola Volpato Thá, da Clínica Thá Dermatologia.
Para quem passa generosos minutos no trânsito e debaixo do sol, a reaplicação deve ser constante ou optar por um acessório. “Existem luvas especiais com filtro solar, que podem ser usadas quando a pessoa vai se expor ao sol”, indica a dermatologista.
Os primeiros sinais de que a pele das mãos envelheceu são o enrugamento, manchas e irregularidades. Além dos fatores externos, essa parte do corpo sofre mais a ação do tempo por outro motivo tem a tendência natural de perder gordura e elasticidade com o avanço da idade. A pele da mão tem pouca sustentação por ter pouca quantidade de fibroblastos (células jovens que possuem elastina e que garantem a sustentação e resistência da pele).
Tratamentos — Os tratamentos para as mãos são os mesmos que para outras regiões envelhecidas da pele. “Existem peelings e laser para as manchas e ruguinhas das mãos. Ainda pode-se hidratar com procedimentos injetáveis”, explica a dermatologista. “Essa hidratação injetável é feita com ácido hialurônico que é bem fluido e que tem a capacidade de ‘puxar’ a água”, esclarece. É possível ainda fazer preenchimento nas mãos que consiste em injetar um produto, que, depois de injetado, é moldado como se fosse uma massinha de modelar, devolvendo o volume perdido às mãos.
O laser e a luz pulsada são multifuncionais e combatem linhas finas e também são usadas no tratamento de manchas de sol. A aplicação é rápida e não deixa marcas nem feridas. “A luz pulsada tem como alvo a melanina das manchinhas das mãos e o laser fracionado melhora o aspecto das manchas e diminui as ruguinhas”, afirma a dermatologista.
Os peelings são bons aliados no rejuvenescimento porque descascam a camada mais prejudicada, forçando o surgimento de uma nova. Eles amenizam danos mais superficiais. “Para otimizar os resultados, os peelings devem ser feitos mais de uma vez”, ressalta.
Olhos
Tempo seco, coceira e ceratocone
Durante a primavera aumentam os casos de alergia ocular provocados pelos pólens das flores. Especialmente em tempo seco e altas temperaturas, há um cenário bastante favorável para casos de intensa coceira nos olhos. O que muita gente não sabe é que, além de causar vermelhidão, irritação e até mesmo infecção ao levar dedos sujos aos olhos essa coceira pode aumentar o astigmatismo (imperfeição no formato da curvatura da córnea), impedindo a luz de entrar homogeneamente e resultando em distorções e borrões na imagem final. Em casos graves, a alteração no formato da córnea pode resultar em ceratocone com perda acentuada da acuidade visual.
“O tratamento do astigmatismo consiste, primeiramente, em detectar que parte da curvatura da córnea está causando problemas de visão e seguir com um tratamento personalizado. Isso inclui desde o uso de lentes corretivas até cirurgia refrativa a laser. Com relação ao ceratocone, em alguns casos a doença permanece na fase mais simples, sendo tratada com o uso de óculos de grau. Já a forma mais grave pode resultar na perda da visão, com indicação de transplante de córnea. Por isso, essa doença ocular preocupa tanto e exige prevenção e diagnóstico precoce para interromper sua progressão e permitir um tratamento mais bem-sucedido”, diz o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos.
Vale a pena conhecer um pouco mais do que cada tratamento oferece lembrando sempre de evitar coçar os olhos vigorosamente.
Cinco etapas
O ceratocone pode ser classificado em cinco etapas: inicial, moderada e estável, moderada em evolução, avançada e avançada com opacidades (forma mais grave). O tratamento vai do uso de lentes de contato, lenters intraoculares, laser e até o transplante de córneas em estágios avançados.(Com Bem Paraná)