Segundo o estudo, os relacionamentos em que a mulher é responsável por mais do que 60% dos cuidados com a educação dos filhos como estabelecer regras, impor limites, participar de atividades escolares e de brincadeiras tiveram as piores avaliações em relação à qualidade da vida sexual. O estudo não observou o comportamento dos casais em relação à realização de tarefas como alimentar e dar banho nas crianças.
"Uma das descobertas mais importantes é que o único arranjo ligado aos cuidados que parece realmente ser problemático para a qualidade do relacionamento e vida sexual do casal é quando a mulher responde pela maior parte do cuidado com os filhos", disse Daniel Carlson, professor‐assistente de sociologia da Universidade.
A equipe descobriu que quando esta atribuição é exclusiva dos pais, o contrário não ocorre, ou seja, quando o homem assume a maior parte dos cuidados com os filhos, isso não afeta não afeta de forma negativa a qualidade do relacionamento do casal.
Diante dos resultados, os cientistas já planejam novos estudos para avaliar esse tipo de comportamento dos casais. "Estamos tentando entender a razão de casais acharem tão positivo o compartilhamento das tarefas relacionadas à educação dos filhos", disse Carlson.
Em entrevistao professor Cary Cooper, especialista em psicologia organizacional e saúde na Escola de Negócios de Manchester, disse que as descobertas dos pesquisadores americanos fazem sentido, pois o 'novo' homem que está feliz em dividir a responsabilidade pelos cuidados provavelmente já investe mais no relacionamento.
Cooper acrescentou que hoje os homens estão mais pressionados para assumir responsabilidades que antes eram vistas como exclusivas das mulheres. "É cada vez comum que os homens optem por trabalhos com horários flexíveis para que possam assumir mais responsabilidades na família e vida doméstica", destaca.
"Há — a questão é se vai fazer diferença no relacionamento. Acho que pode fazer", acrescentou. (Com BBC Brasil)