Muita gente reclama de sentir uma fome descomunal, que parece não ter fim. Mas será que o que você sente é mesmo fome e por que isso acontece com você? Para responder estas questões é preciso entender um pouco mais sobre o que se passa no seu organismo, além de analisar alguns de seus comportamentos.
De onde vem a sensação de fome?
Do ponto de vista fisiológico, a fome resulta, entre outros fatores, de uma ligeira quebra na taxa de glicose (açúcar) no sangue, a que se dá o nome de hipoglicemia. Simplificando, a fome funciona como um alerta do organismo de que a energia fornecida na refeição anterior já foi totalmente utilizada ou não está mais disponível. A sensação de fome é normal quando surge após um intervalo de tempo razoável entre as refeições ou após a prática de atividades físicas, como caminhadas, exercícios na academia e até tarefas domésticas intensas.
Se por outro lado, surgir um apetite voraz pouco tempo após uma refeição, significa que esta não foi suficiente em quantidade ou não foi equilibrada. Com efeito, os carboidratos complexos (presentes em alimentos como pão, arroz, massas, batatas e leguminosas) e as proteínas (presentes na carne, peixe, ovos e lacticínios) ajudam a atrasar o reaparecimento do apetite. A sensação de saciedade pode ser ainda mais prolongada se as suas refeições forem ricas em fibras, comumente encontradas em alimentos integrais.
É fome ou vontade de comer?
A vontade de comer, sem verdadeira necessidade nutricional, pode aparecer quando estamos tristes, inativos ou simplesmente cansados. É uma manifestação inconsciente do cérebro à procura de conforto. De fato, assim que começamos a mastigar um alimento, vários receptores situados na boca e no tubo digestivo registram as suas propriedades: sabor, textura, aroma, etc. Estas informações são transmitidas ao cérebro e, se forem agradáveis, provocam a liberação de neurotransmissores, como dopamina e serotonina, responsáveis pela sensação de bem-estar.
Para combater a vontade de comer, que muitas vezes nada mais é do que a procura inconsciente de bem-estar, tente encontrar outras fontes de prazer. A prática de atividades físicas é uma boa opção, já que também estimula a produção de substâncias que proporcionam bem-estar físico e emocional. (Com Bonde)